04/11 -
Shein proíbe venda de bonecas sexuais após indignação com aparência infantil dos produtos
Manifestantes protestaram em Paris em frente ao local onde a Shein vai inaugurar uma loja.
Getty Images via BBC
A gigante do varejo online Shein disse ter proibido a venda de todas as bonecas sexuais em sua plataforma após ser acusada de exibir produtos com "aparência infantil" em seu site.
A agência nacional francesa de defesa do consumidor levantou preocupações no fim de semana sobre a descrição e categorização das bonecas, afirmando que isso deixava "poucas dúvidas quando à natureza de pornografia infantil do conteúdo".
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A empresa afirmou, nesta segunda-feira (3/11), que baniu permanentemente "todas as contas de vendedores vinculadas a produtos de bonecas sexuais ilegais" e que reforçará os controles em sua plataforma global.
A Shein também disse que removeu temporariamente a categoria de produtos adultos como medida de proteção.
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"Todos os anúncios e imagens relacionados às bonecas foram removidos de sua plataforma", informou a Shein, acrescentando que fará uma revisão completa e planeja impor controles mais rigorosos sobre os vendedores.
"A empresa também reforçou sua lista de palavras-chave proibidas para evitar ainda mais tentativas de burlar as restrições de listagem de produtos por parte dos vendedores", disse a companhia.
O presidente-executivo da empresa, Donald Tang, afirmou que "a luta contra a exploração infantil é inegociável para a Shein".
"Esses anúncios eram de marketplace, feitos por vendedores terceirizados, mas eu levo isso para o lado pessoal. Estamos rastreando a origem e tomaremos medidas rápidas e decisivas contra os responsáveis."
Denúncia na França
Em um comunicado, o Ministério Público de Paris disse ter recebido denúncias da Direção Geral de Concorrência, Assuntos do Consumidor e Controle de Fraudes (DGCCRF, na sigla em inglês) da França sobre a Shein, assim como das plataformas de varejo online Ali Express, Temu e Wish, referentes à venda de bonecas sexuais com aparência infantil.
A Procuradoria disse ter encaminhado a investigação ao OFMNI, órgão francês responsável pela prevenção de violência contra menores de idade.
O DGCCRF levantou as preocupações iniciais sobre as bonecas no sábado (1/11).
Em resposta, a Shein disse que removeu os anúncios de bonecas sexuais com aparência infantil assim que tomou conhecimento do problema e deu início a uma investigação para entender comos os produtos conseguiram ser oferecidos para venda na plataforma.
O ministro das Finanças da França, Roland Lescure, ameaçou banir do país a varejista sediada em Singapura, caso ela continuasse a vender os produtos - dias antes da empresa inaugurar sua primeira loja física em Paris.
Pessoas foram vistas protestando em frente à loja de departamentos BHV, na região da Prefeitura de Paris, onde a loja da Shein deve ser inaugurada nesta semana.
A marca já havia sido alvo de críticas devido ao impacto ambiental da moda fast fashion e pelas condições de trabalho das pessoas que fabricam os produtos vendidos na plataforma.
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04/11 -
Veja os nomes que subiram ou caíram no ranking dos mais populares do Brasil, segundo o Censo de 2022
IBGE divulga pela 1ª vez os nomes e sobrenomes mais populares do Brasil
Dados do Censo 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados nesta terça-feira (4) mostram as variações entre os nomes mais populares do Brasil nas últimas décadas. Enquanto "José" — o nome masculino mais popular — registrou uma queda de 23,47% em novos registros, "Maria" teve um crescimento de 21,42%. O levantamento aponta ainda as novas tendências de popularidade no Brasil.
Os números apontam que há mais de 12 milhões de "Marias" e 5 milhões de "Josés" no Brasil. Mais de 6% dos brasileiros têm o primeiro nome "Maria", e 2,54% têm o nome começando com "José". Clique aqui para ver a lista.
O número de pessoas chamadas "José" caiu de 306.003 em 2010 para 234.198 em 2022. Já as "Marias" passaram de 1.038.773 para 1.261.268.
A perda de popularidade não se restringe a "José". Nomes masculinos populares registraram quedas ainda mais acentuadas no número de registros por década.
O nome "Carlos", por exemplo, teve a maior diminuição percentual, registrando uma queda de 39,8% (de 244.401 para 146.905). "Francisco" e "Antônio" seguem a mesma tendência, com queda de 38,8% e $26,9%, respectivamente.
O nome "Lucas" apresentou uma redução de 35,8% em seus registros, e "Gabriel" teve uma queda de 39,22%.
Ainda que a maioria dos nomes considerados populares esteja em declínio, alguns resistem à tendência ou até registraram crescimento na última década.
Entre os nomes masculinos, "João" é um dos mais estáveis, com um crescimento de 1,67% em seus registros (de 709.119 para 720.923). O destaque positivo fica com Pedro, com aumento de 24,4% no número de registros (de 385.409 para 479.410).
Entre os femininos, enquanto Júlia registrou uma queda de 0,13% (de 228.844 para 228.543), nomes como Ana mantiveram um grande volume, com 893.009 registros na última década, um crescimento de 8,7%.
Veja a variação dos registros de nomes no Brasil, segundo o IBGE
Femininos:
1º lugar: Maria
2º lugar: Ana
3º lugar: Francisca
4º lugar: Julia
5º lugar: Antônia
6º lugar: Juliana
7º lugar: Adriana
8º lugar: Fernanda
9º lugar: Márcia
10º lugar: Patrícia
Masculinos:
1º lugar: José
2º lugar: João
3º lugar: Antônio
4º lugar: Francisco
5º lugar: Pedro
6º lugar: Carlos
7º lugar: Lucas
8º lugar: Luiz
9º lugar: Paulo
10º lugar: Gabriel
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04/11 -
Kaká, Messi, Ronaldinho, Zidane: veja nomes que surgiram no Brasil após craques do futebol vencerem a Bola de Ouro
Veja nomes que surgiram no Brasil após sucesso de craques do futebol
O sucesso de grandes jogadores de futebol nas últimas décadas inspirou o surgimento de nomes registrados pela primeira vez no Brasil, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base nos dados do Censo de 2022.
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O g1 selecionou atletas vencedores da Bola de Ouro e identificou o aparecimento de quatro nomes no período em que eles se destacaram dentro de campo.
São eles, em ordem alfabética:
Kaká: brasileiro, melhor do mundo em 2007;
Messi: argentino, melhor do mundo em 2009, 2010, 2011, 2012, 2015, 2019, 2021 e 2023;
Ronaldinho: com os brasileiros Ronaldo Fenômeno, melhor do mundo em 1997 e 2002; e Ronaldinho Gaúcho, melhor do mundo em 2005;
Zidane: francês, melhor do mundo em 1998.
Não havia nenhum registro desses nomes no IBGE em décadas anteriores aos prêmios vencidos pelos craques.
Ricardo Izecson dos Santos Leite, o "Kaká", criou um nome que nem é o seu. O apelido familiar foi escolhido em vez de Ricardo para sua carreira no futebol e, depois de seu auge na década de 2000, virou nome de 121 Kakás pelo Brasil.
Kaká, escolhido melhor do mundo no futebol em 2007
Roscoe Myrick/Creative Commons
"Ronaldinho" também surgiu com dois brasileiros que não se chamam exatamente assim. Os Ronaldos Fenômeno e Gaúcho eram conhecidos no diminutivo quando atletas, em carreiras iniciadas na década de 1990 -- quando "Ronaldinho" passou a virar nome no Brasil. Desde então, há 187 Ronaldinhos pelo país.
Ex-jogador Ronaldo 'Fenômeno' é homenageado antes de amistoso entre Brasil e Escócia, em Londres
Tom Hevezi/AP
"Messi" virou homenagem ao craque argentino Lionel Messi nos anos 2000 e teve ascensão meteórica até a década de 2010: são 363 Messis brasileiros, sendo que há 42 mulheres com o nome, conforme dados do IBGE.
Lionel Messi em partida pela seleção da Argentina.
Reuters
Responsável por uma derrota do Brasil no final da Copa do Mundo de 1998, o francês Zinedine "Zidane" foi de carrasco a homenageado na escolha do nome de 711 brasileiros. Não havia nenhum Zidane antes da década em que ele surgiu e explodiu no futebol.
Zinedine Zidane na cerimônia da Bola de Ouro 2022
REUTERS
Sem estatística de quando surgiu, o nome Pelé, do rei do futebol, é registrado por 75 brasileiros.
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Craques do futebol brasileiro
Outros nomes já existiam e se popularizaram pela carreira de craques que passaram pelo futebol brasileiro.
É o caso de Neymar, atualmente no Santos e maior artilheiro da Seleção Brasileira. Com 23 registros na década de 1950, o nome alcançou o pico de 1.468 registros na década de 2010, quando o jogador vestia a camisa 10 da seleção nas Copas de 2014 e 2018. Ao todo, há 2.443 pessoas chamadas Neymar, com Y.
Neymar antes de Santos x Fluminense
Jota Erre/AGIF
Campeão do mundo em 1994, Romário contribuiu para popularizar seu nome: saiu de 101 registros em 1940 para o auge de 32.110 na década de 1990, justamente quando venceu a Copa do Mundo nos Estados Unidos. Aposentado do futebol em 2009, Romário viu o nome cair para 861 registros na década de 2010.
O goleiro Taffarel ganhou Copa do Mundo, mas nunca foi escolhido melhor do mundo. Ele, no entanto, popularizou seu nome, que passou a ser registrado pelo IBGE na década de 1980 -- quando o atleta iniciou a carreira. São 262 homens chamados Taffarel pelo país. Porém, os registros acabam logo na década seguinte, de 1990, sem novos "Taffareis" depois de 2000.
Ídolos pelo país
Jogadores de futebol que marcaram época em times brasileiros surgem entre os homenageados para crianças que nasceram enquanto ou depois de suas carreiras. É o caso de Zico e Giorgian [Arrascaeta] (Flamengo), Evair e Deyverson (Palmeiras), Rivelino e Sócrates (Corinthians), Dalessando (Internacional) e Robinho (Santos).
O mesmo acontece até com carrascos de clubes brasileiros, como o argentino Juan Román Riquelme. Ídolo do argentino Boca Júnior, ele venceu três Copas Libertadores com direito a eliminações de brasileiros pelo caminho. O desempenho fez com que alguns dos torcedores o homenageassem.
Veja os números dos nomes de alguns craques do futebol:
Riquelme (jogador argentino): 25.942
Rivelino (ídolo do Corinthians): 4.859
Evair (ídolo do Palmeiras): 4.673
Sócrates (ídolo do Corinthians): 1.836
Dalessandro (ídolo do Internacional): 847
Deyverson (ídolo do Palmeiras): 695
Zico (ídolo do Flamengo): 582
Marcelinho (ídolo do Corinthians): 278
Bebeto (campeão do mundo em 1994): 247
Robinho (ídolo do Santos): 222
Maradona (campeão do mundo e ídolo da Argentina): 128
Dunga (campeão do mundo em 1994): 90
Coutinho (ídolo do Santos): 47
Giorgian (de Arrascaeta, uruguaio ídolo do Flamengo): 42
Muricy (técnico ídolo do São Paulo): 30
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04/11 -
Quais os riscos econômicos se Brasil declarar facções criminosas como terroristas?
Em agosto, empresa na Faria Lima foi alvo de operação que investiga dinheiro do crime organizado
EPA via BBC
Parlamentares e governadores de oposição ao governo federal estão se mobilizando para aprovar leis que classifiquem como grupos terroristas as facções criminosas que atuam no país — como o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV).
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Alguns projetos tramitam a meses no Congresso, mas a mobilização ganhou impulso após a megaoperação policial em favelas no Rio de Janeiro na semana passada — que resultou em 121 mortes e é considerada uma das mais letais da história da cidade.
A Câmara de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados deve colocar em pauta nesta terça-feira (4) um projeto de lei que amplia o conceito de terrorismo para incluir organizações criminosas e milícias privadas.
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O projeto de lei 1.283/2025 é de autoria do deputado Danilo Forte (União Brasil-CE) e relatado pelo deputado Nikolas Ferreira (PL-MG).
O projeto altera a Lei Antiterrorismo (13.260, de 2016) para "ampliar as motivações do crime de terrorismo, especificar infraestruturas críticas e serviços de utilidade pública, estender a aplicação da lei a organizações criminosas e a milícias privadas que realizem atos de terrorismo, além de estabelecer majorante para ato de terror cometido por meio de recurso cibernético".
Ferreira já anunciou que pretende abrir mão da relatoria do projeto para que ela seja assumida pelo secretário estadual de Segurança de São Paulo, Guilherme Derrite (PP-SP), que anunciou que vai se licenciar do cargo e voltar à Câmara dos Deputados, para liderar a questão e vê-la aprovada no Plenário.
O projeto foi aprovado pela Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado e tramita em regime de urgência.
Ferreira deu um parecer favorável para que o projeto de lei seja aprovado na CCJ — comparando os grupos criminosos a um Estado paralelo.
"Se se observa que um Estado qualquer, mesmo que seja um Estado paralelo, está usurpando a soberania nacional, inclusive do ponto de vista territorial, para oprimir nossos concidadãos, é mister que se entre imediatamente em guerra contra tal estado", disse o deputado no seu parecer.
"Para isso deve-se utilizar todas as ferramentas que o Direito oferece. A presente iniciativa legislativa consiste em uma dessas ferramentas"
Mas especialistas e acadêmicos com que a BBC News Brasil conversou afirmam que a aprovação de projetos que ampliem o conceito de terrorismo no Brasil para abranger as facções criminosas podem ter efeitos negativos na economia brasileira — abrindo o país a sanções internacionais.
Efeitos indesejados e de grande escala
Ao justificar seu projeto de lei, o deputado Danilo Forte afirma que a classificação de grupos criminosos como terroristas daria mais ferramentas ao poder público para lidar com as facções.
"Neste sentido, este Projeto de Lei ao tipificar atos de terror praticados por grupos criminosos organizados na Lei Antiterrorismo brasileira, possibilita a responsabilização dos integrantes e líderes dessas organizações por atos preparatórios, antecipando a tutela penal para reforçar a capacidade de prevenção e resposta a essas ameaças antes que se concretizem", afirma Forte no projeto de lei.
"Além disso, a competência investigativa passa a ser atribuída à Polícia Federal, garantindo uma investigação mais especializada e abrangente."
Ele argumenta também que haveria maior facilidade para apreensão de bens de criminosos classificados como terroristas.
"A possibilidade de decretação de medidas assecuratórias de bens, direitos ou valores do investigado ou acusado assegura que os recursos utilizados para financiar tais atividades sejam identificados e bloqueados, desarticulando financeiramente os indivíduos ou redes responsáveis por tais atos de terror", diz o deputado no projeto de lei.
"Ressalte-se que essas medidas de congelamento de bens e valores podem ser realizadas em cooperação internacional, o que é essencial diante da natureza transnacional do crime organizado no Brasil."
Mas para o ex-policial e pesquisador do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, Roberto Uchôa, a simples redesignação de facções criminosas como grupos terroristas não teria efeitos práticos significativos no combate a grupos como o PCC e o CV.
E além disso, segundo ele, uma nova lei nesse sentido teria um efeito indesejado para a economia brasileira — e talvez de grande impacto.
"Eu acho que nem os deputados têm noção do que eles estão fazendo. Eu acho que para variar, é mais uma uma discussão legislativa com base no fígado", disse Uchôa à BBC News Brasil.
Ele acredita que se o Brasil passar a classificar as facções como terroristas, países como os EUA "automaticamente vão designar também".
"Dificilmente eles não vão acompanhar a legislação brasileira", diz Uchôa, que é membro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (ONG apartidária que reúne especialistas na área).
"Isso tem algumas consequências que esses parlamentares não estão verificando. Para começar, isso dá um poder para os americanos sancionarem e prenderem qualquer pessoa ligada a essas organizações."
Projetos de lei que equiparam facções a grupos terroristas ganharam impulso após megaoperação policial no Rio de Janeiro na semana passada
EPA via BBC
Como a redesignação de facções criminosas poderia afetar a economia nacional?
O ex-policial e pesquisador dá como exemplo um fundo de investimento que seja apontado em investigações brasileiras como possivelmente conectado a uma organização criminosa.
"Você imagina que essa empresa que tem um fundo de investimento ligado ao PCC seria a primeira a ser sancionada [internacionalmente]. Começa-se sancionando ela, e depois pode se ir sancionando outras tantas empresas que tiveram de alguma forma ligações com esse fundo de investimento. A escala disso, nós não sabemos onde pode parar. "
O problema maior, segundo o pesquisador, é que o crime organizado está profundamente infiltrado na economia brasileira — atuando em diversos setores.
Por isso, empresas e indivíduos de todos esses setores estariam teoricamente expostos a sanções internacionais que visem combater terrorismo — caso houvesse indício de alguma conexão com o crime organizado.
Do PIX ao Banco do Brasil
Em agosto, a Polícia Federal deflagrou três operações (Carbono Oculto, Quasar e Tank) que demonstraram o quão profunda são essas conexões entre o crime organizado e a economia nacional.
A estimativa da PF é de que um esquema operado pelo PCC tenha movimentado pelo menos R$ 52 bilhões entre 2020 e 2024.
Uma reportagem da BBC News Brasil mostrou como investigações policiais indicaram que o PCC controla postos de gasolina para ganhar dinheiro sonegando impostos e adulterando combustível. Os mesmos postos — além de padarias e lojas de conveniência — seriam então usados para lavar dinheiro do tráfico de drogas.
Segundo as investigações, os recursos ilícitos eram ocultados com ajuda de fintechs, empresas de tecnologia que oferecem serviços financeiros.
Por fim, havia a suposta participação de fundos de investimento sediados nas imediações da Faria Lima para a blindagem do patrimônio do PCC contra eventuais investigações.
"Bancos, fintechs, mercado financeiro... a Carbono Culto é uma evidência do tamanho da infiltração do crime organizado no mercado financeiro. Veja só a quantidade de empresas legais que poderia se dizer que têm envolvimento com dinheiro de origem ilegal."
Segundo Uchôa, não é nem preciso haver condenação de nenhuma empresa ou indivíduo para que ele sejam sancionados internacionalmente. As decisões de sanções são discricionárias dos governos — bastando por exemplo a citação em investigações.
Isso seria particularmente problemático no caso de agentes públicos, segundo ele.
"Vamos pensar como é que seria, por exemplo, alguma investigação que apontasse envolvimento de agente público brasileiro com essas organizações criminosas, o que não é difícil, porque a corrupção envolvendo agentes públicos e organizações criminosas no brasileiro é algo de conhecimento geral", diz.
"Os americanos poderiam sancionar todo mundo que possa ter alguma ligação. Haja concurso público para botar gente no lugar da quantidade de gente que vai ser sancionada dentro do serviço público da gestão pública brasileira."
Outro problema seria o aumento dos custos para as empresas.
"Esse tipo de legislação abre as portas para uma quantidade impressionante de sanções em vários agentes do mercado. O país está pronto para isso?"
"Isso vai exigir um nível de compliance e um nível de preparo para evitar a entrada do dinheiro ilegal que vai gerar um custo impressionante para as empresas e bancos e tudo mais."
Rafael Alcadipani, professor da Fundação Getúlio Vargas, concorda com a avaliação de que sanções americanas — no caso de os EUA considerarem o PCC e o CV como grupos terroristas — podem ter efeitos amplos no Brasil.
"Eles [os EUA] teriam a possibilidade de criar sanções e tomar ativos de forma muito mais rápida. Por exemplo, se o governo americano de repente considerar que o Pix e o sistema bancário brasileiro têm infiltração das facções criminosas, e que por isso precisa ser descartado do sistema Internacional, ele pode agir. Isso pode gerar sanções que são sanções mais pesadas", diz Alcadipani, também integrante do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
"Isso pode trazer complicações muito maiores para o Brasil, inclusive de ordem geopolítica. O governo americano poderiam tomar ativos na hora que eles quiserem. Se eles decidirem, em um exemplo extremo, que terroristas estão fazendo transações econômicas pelo Banco do Brasil, os EUA poderiam adotar sanções fortes sobre o Banco do Brasil."
EUA e 'narcoterroristas'
Em visita a Brasília em maio, o responsável pelo setor de sanções do Departamento de Estado, David Gamble, solicitou formalmente que o Brasil adotasse a designação de terroristas ao PCC e CV.
Em reuniões com representantes do Ministério da Justiça, Gamble argumentou que essas facções criminosas têm conexões com cartéis internacionais e representam uma ameaça à segurança dos EUA.
O governo brasileiro, porém, rejeitou o pedido. O argumento citado na época pelo secretário nacional de Segurança Pública, Mário Sarrubbo, em entrevistas à imprensa, foi o de que facções como PCC e CV não se enquadram na definição de terrorismo da legislação brasileira.
Uchôa afirma que mesmo que o Brasil não classifique PCC e CV como narcoterroristas, países estrangeiros ainda assim podem fazê-lo. Na semana passada, Argentina e Paraguai anunciaram que adotariam essa postura.
"Os americanos não precisam de autorização do Brasil para fazer isso. Eles podem fazer unilateralmente, como fizeram com a Venezuela ou com o México", diz.
Em entrevista à BBC News Brasil, o relator especial da ONU sobre Direitos Humanos e Contraterrorismo, Ben Saul, disse que o uso de legislações antiterrorismo contra grupos criminosos pode abrir caminho para outros tipos de abusos.
Ele cita o caso dos EUA, que em abril deste ano designou oito cartéis de drogas — como o mexicano Sinaloa e o venezuelano Tren de Aragua — como organizações terroristas.
Depois dessa designação, segundo Saul, o governo americano passou a deportar imigrantes venezuelanos acusando-os de ligações com o Tren de Aragua. E começou também a atacar barcos no mar do Caribe e no oceano Pacífico, classificando os seus ocupantes de "narcoterroristas".
"Antes de os EUA invocarem a Lei de Estrangeiros Inimigos para deportar centenas de venezuelanos para El Salvador sob a alegação de suspeita de terrorismo, a primeira coisa que eles fizeram foi declarar o Tren de Aragua como uma organização terrorista. E depois disso é que vieram as deportações sumárias", disse Saul.
"Agora, temos ataques militares contra os chamados narcoterroristas, dizimando-os no Caribe. Portanto, muitas vezes é um caminho para uma série de abusos ainda maiores."
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04/11 -
Aneel recomenda ao Ministério de Minas e Energia renovar concessão da Light no Rio por 30 anos
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta terça-feira (4) a recomendação da renovação da concessão da Light por mais 30 anos na Região Metropolitana do Rio de Janeiro.
O parecer será encaminhado ao Ministério de Minas e Energia (MME). A pasta é quem dará a decisão final.
O Aneel entendeu que a distribuidora:
cumpriu os critérios de eficiência da continuidade de fornecimento e de gestão econômico-financeira;
comprovou a regularidade fiscal, trabalhista;
e demonstrou qualificações jurídica, econômico-financeira e técnica.
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04/11 -
Comissão do Senado adia análise de isenção do IR para até R$ 5 mil
A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado adiou nesta terça-feira (4) a votação da proposta que amplia a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil por mês.
O colegiado apreciará o texto nesta quarta (5). Depois disso, a proposta está pronta para votação no plenário principal do Senado, que pode ocorrer no mesmo dia.
Por unanimidade, Câmara aprova isenção do imposto de renda
Aprovado pela Câmara por unanimidade no início de outubro, o projeto também cria um desconto no IR para os contribuintes que ganham entre R$ 5 mil e R$ 7.350 mensais.
Para compensar as reduções no imposto, o texto prevê uma tributação mínima para pessoas com alta renda, criando uma alíquota progressiva de até 10% aos que recebem mais de R$ 600 mil por ano.
A proposta foi apresentada pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em março deste ano. O Planalto trabalha para concluir a análise do texto ainda neste ano, a fim de que a nova isenção passe a valer já em 2026.
Para se tornar lei, o projeto precisa ser aprovado pelo conjunto dos senadores e sancionado pelo presidente Lula. Pelas regras, para que as novas regras do IR passem a valer já em 2026, é preciso que todo este processo esteja concluído até o final deste ano.
Prioridade para o governo Lula
O prazo apertado para concluir a análise foi um dos motivos que levaram o relator da proposta no Senado, Renan Calheiros (MDB-AL), a não fazer mudanças no conteúdo do projeto chancelado pelos deputados.
Ao longo das últimas semanas, o senador chegou a sinalizar algumas alterações no texto construído na Câmara por seu adversário político, o deputado Arthur Lira (PP-AL).
Nesta terça, ao apresentar o seu parecer, Renan defendeu, no entanto, que é preciso ser "pragmático".
O parlamentar reconheceu que há espaço para "aprimoramentos", mas ponderou que eventuais modificações no Senado poderiam "frustrar" a população porque obrigariam o texto a voltar à Câmara dos Deputados.
"Há um consenso da necessidade de aprovarmos a medida que surge em prol dos trabalhadores de nosso país", disse.
A ampliação da faixa isenta de IR é uma das principais promessas de campanha de Lula. Auxiliares do petista avaliam a medida como um "trunfo" para as eleições de 2026, quando Lula deve disputar um quarto mandato.
Aumenta da isenção do IR é uma das principais promessas de campanha do governo Lula.
getty images
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que 25 milhões de brasileiros devem ser beneficiados com o projeto, deixando de pagar ou pagando menos Imposto de Renda. Atualmente, estão isentas de IR as pessoas que ganham até R$ 3.036 mensais.
Em uma audiência no Senado, Haddad estimou que cerca de 200 mil contribuintes serão impactados com a tributação mínima para alta renda. O governo afirma que a medida se trata de "justiça tributária".
ISENÇÃO ATÉ R$ 5 MIL: perguntas e respostas sobre as mudanças no IR
Menos imposto
Haddad fala sobre isenção do Imposto de Renda, orçamento, alta dos juros e das críticas ao governo
A proposta não altera a atual tabela progressiva do Imposto de Renda. O texto apenas amplia um mecanismo que concede descontos a fim de zerar a tributação para quem recebe até R$ 5 mil por mês.
Os contribuintes que recebem entre R$ 5.000,01 e R$ 7.350 mensais não serão isentos. O projeto prevê, porém, que estes terão direito a um desconto no IR.
A redução para esses casos será progressiva. Ou seja, quanto maior o rendimento, menor a redução.
Pela proposta, não haverá mudança na regra atual de tributação de renda para as pessoas que têm rendimentos acima de R$ 7.350. O modelo atual de cobrança do IR é feito em faixa com uma alíquota progressiva, que vai de 7,5% a 27,5%.
Se aprovadas pelo plenário e sancionadas por Lula, as novas regras passarão a valer já em 2026 e vão impactar a declaração do Imposto de Renda feita em 2027.
Tributação sobre alta renda
As perdas de arrecadação com a nova isenção serão compensadas, segundo o projeto, com uma tributação mínima de até 10% para pessoas que têm rendimentos anuais superiores a R$ 600 mil.
O valor mínimo será exigido se o imposto total pago pelo contribuinte for inferior ao piso de tributação. Por exemplo, se a pessoa já recolheu 2,5%, o imposto devido será equivalente aos outros 7,5%. Se, após os cálculos, o resultado for negativo ou igual a zero, nada mais será devido.
A alíquota de tributação será progressiva e poderá chegar a 10% para os rendimentos que vão até R$ 1,2 milhão por ano. Acima disso, a cobrança será de 10%.
O texto permite que os contribuintes de alta renda abatam valores já pagos ao longo do ano a título de Imposto sobre a Renda.
Também prevê que alguns rendimentos, como os obtidos por LCI (Letra de Crédito Imobiliário) e LCA (Letra de Crédito do Agronegócio), poderão ser excluídos da base de cálculo do imposto.
O patamar mínimo de tributação, segundo o relator e o Ministério da Fazenda, vai corrigir distorções tributárias. Atualmente, pessoas de alta renda recolhem, em média, uma alíquota efetiva de 2,5% de IR sobre seus rendimentos totais — muito abaixo da média paga por trabalhadores.
Após ter sinalizado alteração, manteve no texto um dispositivo que assegura que lucros e dividendos apurados em 2025 e distribuídos até 2028 ficarão livres de imposto.
O projeto também estabelece que lucros ou dividendos remetidos ao exterior terão cobrança de IR na fonte, com uma alíquota de 10%.
Durante a passagem da proposta na Câmara, Arthur Lira afirmou que, com base em dados da Receita Federal, a ampliação da isenção do IR custará R$ 31,2 bilhões em 2026.
No próximo ano, segundo o cálculo apresentado por Lira, o governo vai arrecadar R$ 15,2 bilhões com o imposto mínimo para pessoas de alta renda e mais R$ 8,9 bilhões com a tributação de dividendos enviados ao exterior. Somados, os valores são superiores à perda de arrecadação.
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04/11 -
Aneel adia avaliação de processo que pode levar à cassação da concessão da Enel São Paulo
O diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Gentil Nogueira de Sá Júnior, pediu vista (mais tempo de análise) no processo que analisa falhas da Enel São Paulo durante eventos climáticos extremos. O procedimento pode levar à cassação da concessão da empresa.
🔎A Enel São Paulo é responsável pelo fornecimento de energia para cerca de 8 milhões de pessoas na capital paulista e em outros 23 municípios da região metropolitana.
Multas em aberto contra Enel superam R$ 260 milhões em SP
Eventos climáticos de 2023 e 2024 colocaram em xeque a capacidade de resposta da concessionária, que levou dias para restabelecer o fornecimento de energia. Mais de R$ 300 milhões em multas já foram aplicadas contra a distribuidora pela Aneel (veja no vídeo acima).
O contrato atual da Enel SP termina em 2028, mas a empresa já pediu renovação antecipada.
A decisão da Aneel pode recomendar a “caducidade” (término forçado da concessão) ao Ministério de Minas e Energia, que dá a palavra final.
Relatora do caso, a diretora Agnes Maria de Aragão da Costa votou para acompanhar o relatório da área técnica da Aneel.
O que diz o documento?
No parecer, a área técnica da agência reguladora afirma que observou uma diminuição do tempo médio de atendimento a ocorrências emergenciais desde que foi elaborado um plano de recuperação para a Enel SP.
🔎Em outubro de 2024, a Aneel emitiu um Termo de Intimação contra a Enel São Paulo, motivado pelo descumprimento do plano de contingência firmado com a agência e com a Arsesp (Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo).
💡A ação também levou em conta a reincidência de falhas no atendimento aos consumidores em situações de emergência — como no evento climático extremo registrado em 11 de outubro de 2023.
Além disso, que o número de interrupções de fornecimento de energia acima de 24 horas também caiu, e a empresa também mobilizou mais equipes para atender a emergências em caso de contingenciamento. Ou seja, que a empresa está de fato aprimorando serviços.
Apesar disso, os técnicos avaliam que "resta dúvida quanto à regularização definitiva, em função de ações e resultados" pois não houve período de chuvas após as ações. Esses casos em específico teriam sido resoluções de "caráter provisório".
Por isso, a área técnica da Aneel defendeu que a Enel continue sendo acompanhada, durante um maior que os 90 dias previstos no Plano de Recuperação, "para verificação dos resultados alcançados em período úmido após a conclusão de ações estruturantes".
"Recomenda-se o acompanhamento regulatório até março de 2026 para assegurar e a regularização definitiva das falhas e transgressões (1 período úmido após a conclusão das ações estruturantes)", diz trecho da nota técnica.
Aneel cobra Enel por demora em religar luz em São Paulo
Por que a Enel pode perder a concessão?
A ação foi aberta após descumprimento de um plano de contingência firmado com a agência e com a Arsesp (reguladora paulista) — e após episódios graves de demora na recomposição de energia, sobretudo em:
outubro de 2023, quando tempestades deixaram bairros dias sem luz
outubro de 2024, com novos temporais e registros de longos apagões
Cenário regulatório e disputa
A análise sobre a caducidade ocorre paralelamente ao pedido da Enel para renovar o contrato antes de 2028.
Em outubro, o diretor-geral da Aneel, Sandoval Feitosa, disse que o processo que apura falhas da Enel deve ser julgado antes da discussão sobre renovação — apesar de parecer técnico preliminar favorável à empresa.
“Não vejo possibilidade de avançar na renovação antes de deliberar sobre o processo sancionador”, afirmou Feitosa.
Após a nota técnica da Aneel que apontava requisitos atendidos pela Enel, o Ministério Público Federal em São Paulo pediu a suspensão imediata da renovação.
A Prefeitura de São Paulo também cobra que não haja renovação sem revisão dos critérios de avaliação do serviço.
O que diz a Enel
A empresa divulgou uma nota à imprensa. Veja na íntegra:
"A Enel Distribuição São Paulo implementou todas as ações propostas e cumpriu integralmente com o Plano de Recuperação apresentado à Aneel. A companhia manteve ao longo do ano trajetória contínua de melhoria, numa demonstração de que todas as ações, acompanhadas em fiscalizações mensais pelo regulador, são estruturais e permanentes.
O Plano estabeleceu iniciativas concretas e mensuráveis, que foram integralmente atendidas, com objetivo de buscar melhorias em três frentes: redução do tempo de atendimento a ocorrências emergenciais; redução de interrupções de longa duração (>24h) e mobilização rápida de equipes em contingências de nível extremo. Em relação ao tempo médio de atendimento emergencial, desde novembro de 2023 até outubro de 2025, a companhia registrou uma melhora de 50%.
Já as interrupções com mais de 24 horas de duração reduziram em 90% no mesmo período. As melhorias foram comprovadas pelos relatórios de fiscalização da Aneel e consideradas satisfatórias pelo regulador.
A distribuidora tem investido um volume recorde de recursos para expandir e modernizar a rede elétrica e reforçou de forma estrutural seu plano operacional para reduzir o impacto aos clientes diante do avanço dos eventos climáticos na área de concessão. A companhia reitera que tem forte compromisso com os seus clientes e seguirá trabalhando para seguir aprimorando o serviço prestado."
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04/11 -
Brasil tem 4,3 mil nomes usados por apenas 20 pessoas, segundo o IBGE; veja quais são eles
O Brasil tem 4.309 nomes usados por 20 pessoas, segundo dados do Censo 2022 divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (4).
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Os nomes usados por menos de 20 pessoas não são divulgados por conta de sigilo estatístico, segundo o instituto.
Também não aparecem na pesquisa abaixo os nomes com mais de 20 ocorrências. Por isso, caso não encontre o seu nome, é possível pesquisá-lo no site do IBGE.
Esses 4,3 mil são os nomes menos comuns entre os 124 mil divulgados pelo IBGE (ao todo, são 130 mil nomes, segundo o instituto).
Entre esses nomes que apenas 20 pessoas usam estão Agassiz, Oberdania e Juergen, por exemplo. Consulte na tabela abaixo.
Maria e José são os nomes mais comuns do Brasil, segundo o IBGE
IBGE divulga pela 1ª vez os nomes e sobrenomes mais populares do Brasil
Os nomes mais comuns seguem sendo Maria – com 12 milhões de pessoas ou 6% da população –, e José – 5 milhões e 2,5% –, segundo o IBGE. Em 2010, eles já eram os mais populares.
Veja o top 30 abaixo ou consulte os 32 mil mais populares no infográfico que vem a seguir:
Maria: 12.284.478
José: 5.164.752
Ana: 3.948.650
João: 3.430.608
Antônio: 2.241.094
Francisco: 1.665.494
Pedro: 1.624.478
Carlos: 1.474.492
Lucas: 1.341.525
Luiz: 1.335.098
Paulo: 1331639
Gabriel: 1.211.227
Marcos: 1.082.739
Davi: 876.593
Rafael: 873.321
Luís: 838.237
Daniel: 770.743
Miguel: 715.241
Gustavo: 680.738
Felipe: 676.680
Guilherme: 676.181
Francisca: 665.602
Eduardo: 658.697
Matheus: 652.373
Julia: 650.271
Bruno: 645.929
Marcelo: 644.503
Arthur: 617.823
Leonardo: 566.973
Rodrigo: 561.663
Pedestres na Rua 25 de Março
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IBGE divulga sobrenomes mais populares pela 1ª vez: Silva e Santos lideram
O IBGE também divulgou, pela 1ª vez, a lista de sobrenomes mais populares. Dos quase 195 mil divulgados (no total, são 200 mil), os que estão no topo são Silva, com 34 milhões, e Santos, com 21 milhões, segundo o levantamento.
Veja o ranking:
Silva: 34.030.104
Santos: 21.367.475
Oliveira: 11.708.947
Souza: 9.197.158
Pereira: 6.888.212
Ferreira: 6.226.228
Lima: 6.094.630
Alves: 5.756.825
Rodrigues: 5.428.540
Costa: 4.861.083
Sousa: 4.797.390
Gomes: 4.046.634
Nascimento: 3.609.232
Araújo: 3.460.940
Ribeiro: 3.127.425
Almeida: 3.069.183
Jesus: 2.859.490
Barbosa: 2.738.119
Soares: 2.615.284
Carvalho: 2.599.978
Martins: 2.576.764
Lopes: 2.337.914
Vieira: 2.102.389
Rocha: 2.044.495
Dias: 2.035.387
Gonçalves: 2.028.298
Fernandes: 1.835.974
Santana: 1.815.982
Andrade: 1.707.452
Batista: 1.703.130
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04/11 -
Entenda as novas regras do BC para tentar impedir a lavagem de dinheiro do crime organizado
BC cria regras contra crime organizado em fintechs
O Banco Central (BC) anunciou na segunda-feira (3) um novo pacote de medidas para aumentar a segurança e a transparência no sistema financeiro. As novas regras tornam o controle sobre as contas mais rigoroso — especialmente aquelas identificadas em investigações por terem sido usadas por organizações criminosas para movimentar dinheiro de forma irregular.
A iniciativa faz parte de um esforço mais amplo para reduzir brechas exploradas por grupos ligados ao crime organizado em operações via PIX, fintechs e instituições de pagamento.
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As novas normas entram em vigor no dia 1º de dezembro e terão impacto direto sobre bancos, fintechs e instituições de pagamento. O principal objetivo, segundo o BC, é garantir a rastreabilidade das operações financeiras e evitar que recursos ilícitos circulem de forma disfarçada dentro do sistema.
Veja nas perguntas abaixo o que vai mudar com as novas regras do BC.
O que são as chamadas “contas-bolsão”?
O que muda com as novas regras?
Qual será o novo capital mínimo das instituições?
O que são as chamadas “contas-bolsão”?
As medidas miram especialmente as chamadas "contas-bolsão", estruturas criadas por algumas fintechs para centralizar o dinheiro de vários clientes em uma única conta aberta em um banco tradicional.
🔎 Na prática, esse modelo funciona como um cofre coletivo: o banco enxerga apenas a fintech como titular, sem identificar individualmente os clientes que movimentam valores dentro dessa conta.
Esse mecanismo dificulta que o sistema financeiro rastreie a origem dos recursos e, segundo investigações, foi utilizado por facções criminosas, como o Primeiro Comando da Capital (PCC), em esquemas de lavagem de dinheiro.
Investigação revela como fintechs lavam dinheiro do PCC no mercado ilegal de combustíveis
Como as informações dos usuários das contas-bolsão não são comunicadas às autoridades de controle, o sistema se tornou um canal eficiente para ocultar transações de origem ilícita.
Um dos casos mais recentes que chamou a atenção das autoridades foi identificado na Operação Carbono Oculto, deflagrada em agosto deste ano. A investigação revelou que a fintech BK Bank foi usada para movimentar cerca de R$ 46 bilhões em operações suspeitas, ligadas ao setor de combustíveis, ao longo de cinco anos.
O que muda com as novas regras?
A partir de dezembro, as instituições financeiras e de pagamento deverão criar critérios próprios para identificar irregularidades em contas-bolsão. Para isso, poderão utilizar dados disponíveis em bases públicas ou privadas.
🔎 Caso seja constatado o uso irregular — como movimentações em nome de terceiros sem respaldo legal —, o relacionamento com o cliente deverá ser encerrado.
Em nota, o BC explicou que a medida “visa acabar com as chamadas contas-bolsão, que ocorrem quando o cliente utiliza os recursos mantidos nas contas para efetuar pagamentos, recebimentos ou compensações em nome de terceiros, com o objetivo de ocultar ou substituir obrigações financeiras desses terceiros”.
Segundo Izabela Correa, diretora de Cidadania e Supervisão de Conduta do Banco Central, o órgão vinha observando um aumento no uso indevido desse tipo de conta.
“São normas que já havíamos anunciado que seriam publicadas neste ano. Elas impõem a obrigação de encerrar o relacionamento quando a instituição identificar que a conta é usada para fins de pagamento sem respaldo legal”, afirmou.
Correa destacou ainda que as novas exigências não afetam contas legítimas — como as voltadas a operações de câmbio, conhecidas como Forex —, que continuarão funcionando normalmente. O foco, reforçou, está apenas nas contas usadas para dificultar a identificação dos verdadeiros titulares dos recursos.
Qual será o novo capital mínimo das instituições?
As mudanças também alcançam a estrutura financeira das instituições. O Banco Central e o Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovaram um aumento do capital mínimo exigido para que bancos, corretoras e outras instituições possam operar no país.
Segundo as instituições, a medida busca fortalecer a solidez do sistema e dificultar o uso indevido de recursos, inclusive em operações via PIX. (Veja abaixo os novos valores)
Aumento do capital mínimo
Arte/g1
De acordo com Gilneu Vivan, diretor de Regulação do BC, não há uma solução única para os problemas de segurança do sistema financeiro.
“O que existe são várias ações complementares para reforçar diferentes pontos. A ideia é investir em controles mais eficazes e fechar diversas portas que ainda permitem brechas”, explicou.
O BC informou que haverá um período de transição até que as novas exigências estejam completamente implementadas. Veja o cronograma:
Até 30 de junho de 2026: regra atual;
De 1º de julho a 31 de dezembro de 2026: 25% do valor exigido;
De janeiro a junho de 2027: 50%;
De julho a dezembro de 2027: 75%;
A partir de 1º de janeiro de 2028: 100% das novas exigências em vigor.
Além disso, a nova regulação determina uma parcela adicional de capital para instituições que utilizem em sua marca a palavra “banco” ou expressões equivalentes, em português ou outros idiomas.
Operação do MP-SP com Receita e Polícia Federal
TV Globo
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04/11 -
Haddad cita Bill Gates e diz que não faz sentido trocar energia limpa do Brasil
Haddad rebate Bill Gates e diz que não faz sentido trocar energia limpa do Brasil
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, rebateu o bilionário e cofundador da Microsoft Bill Gates. Em discurso feito durante a abertura do Bloomberg Green Summit, em São Paulo, Haddad disse que o Brasil tem "vantagens competitivas aderentes à pauta climática" e que não vai deixar de investir na transição energética.
O que você achou do novo formato de vídeo que abre esta reportagem?
“Independentemente do que o Bill Gates ache, o Brasil tem energia limpa e barata. Não faz sentido trocá-la por energia suja e cara”, disse.
➡️ As falas de Haddad vêm em resposta às afirmações feitas recentemente por Bill Gates em seu blog pessoal. Na semana passada, o bilionário disse que embora a mudança climática seja séria, ela "não levará ao fim da civilização", reiterando que em vez de se concentrar na temperatura como a melhor medida de progresso, a resiliência climática seria melhor construída por meio do fortalecimento da saúde e da prosperidade.
Durante seu discurso, Haddad ainda reforçou a importância dos biocombustíveis e do fortalecimento do marco regulatório do setor elétrico, apesar dos lobbies no setor. “O Brasil tem 40 anos de tradição em biocombustíveis, e não vamos abdicar dessa agenda”, afirmou.
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O ministro também citou a criação do chamado Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), projeto apoiado pelo Banco Mundial, como prioridade do Brasil na presidência da COP30.
“Se colocarmos esse fundo de pé, teremos resultados práticos e eficientes. Preservar florestas é bom para todos, sempre, e a um custo muito baixo diante dos benefícios”, disse.
Economia e quadro fiscal
O ministro também fez comentários sobre a economia brasileira, destacando avanços na reforma tributária, na isenção do Imposto de Renda até R$ 5 mil e no mercado de trabalho, que tem mostrado uma taxa de desemprego em níveis historicamente baixos.
“O Brasil, nos últimos três anos, fez muita coisa importante para criar um ambiente de negócios favorável . E isso já está sendo percebido pelos investidores”, afirmou. Segundo o ministro, o país registrou o maior número de leilões de infraestrutura na B3 em décadas e colhe resultados das reformas estruturais.
Haddad também rebateu críticas sobre o cumprimento das metas fiscais e disse que não pretende alterar o resultado primário previsto para o ano.
🔎 A meta fiscal de 2025 é de déficit zero – equilíbrio entre gastos e despesas, desconsiderando os precatórios. No entanto, o governo tem uma margem que flexibiliza o centro da meta, permitindo até um déficit de 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB), o que equivale a R$ 31 bilhões.
Para 2026, a meta é de superávit primário de 0,25% do PIB, também com banda de tolerância.
No mês passado, Haddad descartou alterar a meta fiscal de 2026, mesmo após o Congresso rejeitar a medida provisória que previa alternativas ao aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A proposta, que reunia ações de ajuste fiscal, foi derrubada pela Câmara no início de outubro.
O governo esperava arrecadar mais de R$ 20 bilhões em 2026 com o aumento de impostos sobre aplicações financeiras e apostas esportivas, vista como crucial pela equipe em ano eleitoral.
Com a MP caducada, o governo agora busca uma nova saída para fechar o Orçamento de 2026 sem elevar tributos.
Juros e expectativas econômicas
Haddad também voltou a defender a redução dos juros.
"[As taxas de juros] vão ter que cair. Por mais pressão que os bancos façam sobre o Banco Central para não baixar juros, elas vão ter que cair", disse.
“Não tem como manter 10% de juro real com inflação de 4,5%. Você vai sustentar um juro de 15% em nome do quê?", questionou o ministro, reiterando que se fosse diretor do Banco Central (BC) "votaria pela queda" das taxas na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), prevista para quarta-feira (5).
O Brasil passou a ter o segundo maior juro real do mundo após a taxa básica, a Selic, atingir 15% ao ano em junho.
🔎 O juro real é formado, entre outros pontos, pela taxa de juros nominal subtraída a inflação prevista para os próximos 12 meses. Assim, segundo levantamento compilado pelo MoneYou, os juros reais do país ficaram em 9,53%.
O ministro também afirmou que o país pode crescer controlando a dívida e reduzindo custos financeiros, reafirmou o compromisso do governo com as metas fiscais e a responsabilidade nas contas públicas e destacou que a construção política é gradual.
“É mais fácil convencer dez pessoas da equipe econômica do que 513 deputados, mas estamos avançando com paciência e no ritmo que a economia permite”.
Haddad fala durante evento que anunciou plano de socorro a empresas afetadas pelo tarifaço
Adriano Machado/Reuters
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04/11 -
IBGE divulga pela 1ª vez os sobrenomes mais populares do Brasil; veja o ranking
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta terça-feira (4), pela 1ª vez, a lista de sobrenomes mais comuns do Brasil.
O sobrenome mais popular do Brasil é Silva, com 34 milhões de brasileiros, ou 17% da população. Derivado do latim, o nome significa selva ou floresta e, segundo o IBGE, é provável que as pessoas que passaram a usar o sobrenome viessem de áreas florestais ou de vegetação abundante.
O 2º sobrenome mais popular do Brasil é Santos (21,4 milhões, 10,5% da população). Abreviação de Todos os Santos, era atribuído a quem nascia no Dia de Todos os Santos (1º de novembro) e foi amplamente adotado por convertidos ao cristianismo durante a Inquisição, segundo o IBGE.
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Veja abaixo o ranking dos 30 mais populares na lista abaixo.
Silva: 34.030.104
Santos: 21.367.475
Oliveira: 11.708.947
Souza: 9.197.158
Pereira: 6.888.212
Ferreira: 6.226.228
Lima: 6.094.630
Alves: 5.756.825
Rodrigues: 5.428.540
Costa: 4.861.083
Sousa: 4.797.390
Gomes: 4.046.634
Nascimento: 3.609.232
Araújo: 3.460.940
Ribeiro: 3.127.425
Almeida: 3.069.183
Jesus: 2.859.490
Barbosa: 2.738.119
Soares: 2.615.284
Carvalho: 2.599.978
Martins: 2.576.764
Lopes: 2.337.914
Vieira: 2.102.389
Rocha: 2.044.495
Dias: 2.035.387
Gonçalves: 2.028.298
Fernandes: 1.835.974
Santana: 1.815.982
Andrade: 1.707.452
Batista: 1.703.130
No infográfico abaixo, é possível consultar todos os sobrenomes usados por pelo menos 100 pessoas. Caso o seu não esteja nele, é possível checá-lo no site do IBGE, que também informa mais detalhes sobre cada nome, como a origem e a cidade em que ele é mais comum.
No site do IBGE é possível consultar quão popular é o seu sobrenome, e outros detalhes.
Maria e José seguem sendo os nomes mais comuns
Os dados foram coletados no Censo 2022 e permitem saber, também, quais são os nomes mais comuns: Maria, entre as mulheres; e José, entre os homens. Clique aqui para ver mais detalhes
Veja os vídeos que estão em alta no g1
Consumidores na Rua 25 de Março, Centro de SP, em imagem do dia 9 de dezembro de 2023
Renato S. Cerqueira/Futura Press/Estadão Conteúdo
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04/11 -
Censo 2022: Maria e José são os nomes mais populares do Brasil; veja ranking dos mais comuns
Os nomes Maria e José são os mais populares do Brasil, segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia de Estatística (IBGE) divulgado nesta terça-feira (4) a partir do Censo de 2022.
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Há mais de 12 milhões de Marias (6% da população) e 5 milhões (2,5%) de Josés no Brasil. Clique aqui para ver, também, os nomes menos comuns.
Os dados foram levantados pelo Censo 2022. Segundo o IBGE, o país tem 128.125 nomes próprios – 124 mil deles, que são usados por pelo menos 20 pessoas, foram divulgados nesta terça.
Além dos nomes, o IBGE divulgou, pela 1ª vez, a lista de 195 mil dos 201.601 sobrenomes usados no Brasil. Nesse caso, Silva (16,7% do país) e Santos (10,52%) são os mais populares. Clique aqui para saber mais.
Veja abaixo o top 30 dos nomes mais comuns:
Maria: 12.284.478
José: 5.164.752
Ana: 3.948.650
João: 3.430.608
Antônio: 2.241.094
Francisco: 1.665.494
Pedro: 1.624.478
Carlos: 1.474.492
Lucas: 1.341.525
Luiz: 1.335.098
Paulo: 1331639
Gabriel: 1.211.227
Marcos: 1.082.739
Davi: 876.593
Rafael: 873.321
Luís: 838.237
Daniel: 770.743
Miguel: 715.241
Gustavo: 680.738
Felipe: 676.680
Guilherme: 676.181
Francisca: 665.602
Eduardo: 658.697
Matheus: 652.373
Julia: 650.271
Bruno: 645.929
Marcelo: 644.503
Arthur: 617.823
Leonardo: 566.973
Rodrigo: 561.663
No infográfico abaixo, é possível consultar todos os nomes usados por pelo menos 100 pessoas. Caso seu nome não esteja nele, é possível checá-lo no site do IBGE, que também informa mais detalhes sobre cada nome, como a origem e a cidade em que ele é mais comum.
Comparação com 2010
O ranking de 2022 também permite a comparação com o Censo anterior, realizado em 2010. Veja quais nomes entraram e quais saíram dos top 10 masculino e feminino nesses 12 anos:
Masculino: saiu "Marcos", entrou "Gabriel" (10º colocado)
Feminino: saiu "Aline", entrou "Julia" (4º colocado)
No infográfico abaixo, veja o ranking dos sobrenomes mais comuns:
Parque do Ibirapuera, em São Paulo, em foto de agosto de 2024
Paulo Pinto/Agência Brasil
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04/11 -
Dólar sobe e fecha a R$ 5,39 com cautela global; Ibovespa avança e tem 7º recorde seguido
Haddad espera investimentos de governos no fundo de preservação do Brasil na COP30
O dólar fechou em alta de 0,77% nesta terça-feira (4), negociado a R$ 5,3988. O Ibovespa, por sua vez, avançou 0,17%, aos 150.704 pontos. Com isso, o principal índice da bolsa brasileira alcançou seu sétimo recorde seguido.
O dia foi marcado pela cautela global dos investidores, que derrubou as principais bolsas e impulsionou o dólar frente a uma cesta de moedas fortes. O Ibovespa resistiu ao pessimismo, enquanto agentes esperam pela decisão do Copom sobre a taxa básica de juros nesta quarta-feira (5).
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▶️ O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central iniciou hoje sua reunião de dois dias, com foco em apresentações técnicas sobre inflação, câmbio, emprego e atividade. A decisão sobre a Selic será anunciada amanhã e a expectativa do mercado é de que a atual taxa (15% ao ano) seja mantida.
▶️ Durante a manhã, o IBGE divulgou a produção industrial de setembro. Em setembro, houve queda de 0,4% na comparação com o mês anterior, mas cresceu 2% na comparação anual. O acumulado em 12 meses foi de 1,5%.
▶️ Nos EUA, a paralisação do governo entra no segundo mês e segue impedindo a divulgação de dados oficiais, como o relatório de empregos e os indicadores de inflação ao consumidor e ao produtor. Incertezas sobre a política monetária e a situação das empresas de tecnologia também pressionaram os mercados.
▶️ A aversão a risco dos investidores aumentou após executivos de grandes bancos americanos alertarem para uma possível queda nas ações em Nova York, que vêm acumulando recordes nas últimas semanas. A revisão das apostas sobre cortes de juros no país também trouxe mais cautela aos mercados.
Veja a seguir como esses fatores influenciam o mercado.
Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair
💲Dólar
a
Acumulado da semana: +0,35%;
Acumulado do mês: +0,35%;
Acumulado do ano: -12,64%.
📈Ibovespa
Acumulado da semana: +0,78%;
Acumulado do mês: +0,78%;
Acumulado do ano: +25,29%.
À espera do Copom
Os investidores brasileiros iniciam a semana com os olhos voltados para a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que começa hoje e será concluída na amanhã (5).
A expectativa é de que o BC mantenha a taxa básica de juros em 15% ao ano, em linha com o consenso do mercado.
Para Alison Correia, analista de investimentos e cofundador da Dom Investimentos, o ponto central desta reunião será o discurso que acompanhará o anúncio.
Segundo ele, há um consenso de que a Selic permanecerá no patamar atual, mas o mercado quer entender quando o Banco Central começará a discutir a possibilidade de cortes.
“Mais importante do que a manutenção da taxa é o que será dito depois”, afirmou Correia, acrescentando que há expectativa de que as reduções nos juros possam ocorrer já no início do próximo ano.
O especialista destaca ainda que as declarações do presidente da instituição, Gabriel Galípolo, e de outros dirigentes serão fundamentais para medir o tom da autoridade monetária.
Produção industrial no Brasil
A produção industrial brasileira caiu 0,4% em setembro, na comparação com agosto, eliminando parte do avanço de 0,7% registrado no mês anterior.
Mesmo com esse recuo, o setor ainda está 2,3% acima do nível pré-pandemia (fevereiro de 2020), mas permanece 14,8% abaixo do recorde histórico de maio de 2011.
Na comparação com setembro de 2024, houve crescimento de 2,0%. No acumulado do ano, a indústria avançou 1,0% frente ao mesmo período do ano anterior.
Em 12 meses, o crescimento foi de 1,5%, mostrando perda de ritmo em relação aos meses anteriores: agosto (1,6%), julho (1,9%), junho (2,4%) e maio (2,8%). A média móvel trimestral variou 0,1% no trimestre encerrado em setembro, após alta de 0,2% em agosto.
Entre as 25 atividades pesquisadas, 12 tiveram queda. Os principais recuos vieram dos setores farmacêutico (-9,7%), extrativo (-1,6%) e automobilístico (-3,5%). Juntas, essas áreas representam cerca de 23% da indústria.
Por outro lado, 13 atividades cresceram, com destaque para alimentos (1,9%), fumo (19,5%) e madeira (5,5%).
Na comparação anual, os alimentos cresceram 7,1%, impulsionados por carnes, sucos e açúcar. Já o setor de petróleo e biocombustíveis caiu 7,2%, pressionado pela menor produção de álcool etílico, devido à priorização do açúcar pelas usinas.
EUA em paralisação pelo 35º dia
A paralisação do governo dos EUA chegou ao 35º dia nesta terça-feira, igualando o recorde histórico estabelecido durante o primeiro mandato de Donald Trump.
O impasse entre democratas e republicanos no Congresso continua sem avanços, e os efeitos se espalham por diversos setores.
A assistência alimentar para cerca de 42 milhões de pessoas foi interrompida, deixando famílias sem os cerca de US$ 180 mensais. Funcionários federais, incluindo policiais, militares e agentes de aeroportos, estão sem receber salários.
Desde o início da paralisação, mais de 3,2 milhões de passageiros enfrentaram atrasos ou cancelamentos de voos.
O Escritório de Orçamento do Congresso estima que, se durar mais uma semana, o impacto na economia pode chegar a US$ 11 bilhões.
No Senado, os republicanos têm maioria, mas não conseguem aprovar medidas sem apoio de democratas, que exigem a prorrogação de subsídios de saúde.
“A questão é por quanto tempo os democratas vão continuar com isso”, disse o líder republicano John Thune.
Já Chuck Schumer criticou o presidente, afirmando que “enquanto Trump se gaba da reforma dos banheiros da Casa Branca, os americanos estão preocupados com o plano de saúde”.
O shutdown também tem provocado o atraso dos dados oficiais, como o payroll e o índice de preços ao consumidor (CPI), deixando os investidores sem parâmetros claros sobre os próximos passos do Federal Reserve (Fed), o banco central americano.
Bolsas globais
Em Wall Street, os mercados americanos fecharam em queda nesta terça-feira, após o forte desempenho das ações de tecnologia no início da semana.
Empresas como Nvidia e Amazon, que haviam impulsionado os índices, agora recuam diante de preocupações sobre uma possível bolha no setor de inteligência artificial.
A Tesla também caiu após o fundo soberano da Noruega anunciar que votará contra o pacote bilionário de remuneração proposto para Elon Musk, CEO da companhia.
O índice S&P 500 recuou 1,17%, aos 6.771,74 pontos. O Nasdaq teve perdas de 2,04%, aos 23.348,64 pontos, e o Dow Jones caiu 0,53%, aos 47.085,61 pontos.
Na Europa, os mercados fecharam mistos, com os investidores no aguardo pelos resultados de empresas como BP, Philips, Geberit e Ferrari.
Além disso, eles acompanharam discursos de autoridades monetárias: a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, falou em Sófia (Bulgária), enquanto representantes dos bancos centrais da Espanha e do Reino Unido participam de evento em Madri.
No fechamento, os principais índices europeus não tiveram uma direção única. O índice pan-europeu STOXX 600 encerrou em queda de 0,3%, CAC 40, da França, caiu 0,52%, e o DAX, da Alemanha, recuou 0,76%.
Por outro lado, o FTSE 100, do Reino Unido, avançou 0,14%, o Ftse/Mib, de Milão, teve valorização de 0,09%, e o Ibex-35 de Madri teve estabilidade.
Na Ásia, os mercados fecharam em queda, com investidores realizando lucros em setores que tiveram bom desempenho ao longo do ano. Com poucos balanços previstos nos próximos meses, há uma migração para setores mais estáveis, como empresas estatais e pagadoras de dividendos.
A incerteza sobre a recuperação econômica da China e tensões geopolíticas também pesam sobre o sentimento do mercado.
No fechamento, o Nikkei, de Tóquio, caiu 1,74%, o Hang Seng, de Hong Kong, recuou 0,79% e o SSEC, de Xangai, perdeu 0,41%. O CSI300, que reúne grandes empresas chinesas, caiu 0,75%.
Em outros mercados, o Kospi, da Coreia do Sul, teve queda de 2,37%, o Taiex, de Taiwan, recuou 0,77% e o Straits Times, de Cingapura, caiu 0,59%.
*Com informações da agência de notícias Reuters.
Notas de real e dólar
Amanda Perobelli/ Reuters
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04/11 -
Embraer registra R$ 10,9 bilhões de receita no 3° trimestre de 2025 e bate recorde no período
Embraer registra R$ 10,9 bilhões de receita no 3° trimestre de 2025
A Embraer registrou quase R$ 11 bilhões de receita no 3° trimestre deste ano e bateu recorde para o período, de acordo com resultados financeiros divulgados pela empresa nesta terça-feira (4).
Segundo a Embraer, o valor da receita no 3° trimestre de 2025 foi de R$ 10,9 bilhões. O número é 15,8% maior do que a receita de R$ 9,3 bilhões registrada no 3° trimestre do ano passado.
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A receita total da fabricante brasileira de aviões em 2025 está em R$ 27,5 bilhões, valor 27% maior do que os R$ 21,6 bilhões registrados no mesmo período de 2024.
Ainda segundo a Embraer, os principais destaques do 3° trimestre deste ano foram os setores de Aviação Comercial e Defesa & Segurança, que tiveram crescimentos de receitas de 27,5% e 23,8%, respectivamente, em relação ao 3° trimestre de 2024.
A empresa brasileira entregou 62 aviões no 3° trimestre de 2025:
20 jatos comerciais (13 E2s e 7 E1s)
41 jatos executivos (23 leves e 18 médios)
1 jato de Defesa & Segurança (KC-390 Millennium)
As 62 aeronaves entregues representam aumento de 5% em relação às 59 unidades entregues no 3° trimestre de 2024.
Unidade da Embraer em Gavião Peixoto, SP
Divulgação
O lucro líquido ajustado no 3° trimestre de 2025, também divulgado nesta terça-feira (4), foi de R$ 289 milhões - número menor em relação ao R$ 1,2 bilhão do mesmo período em 2024.
De acordo com a Embraer, o lucro do 3° trimestre de 2024 foi maior porque, na ocasião, a empresa recebeu 150 milhões de dólares de um acordo de arbitragem com a Boeing.
No 2° trimestre, o lucro havia sido de R$ 675 milhões.
No acumulado do ano, o lucro líquido ajustado está em cerca de R$ 535 milhões, contra R$ 1.5 bilhão dos primeiros nove meses de 2024.
A empresa também divulgou que as tarifas de importação aos Estados Unidos totalizaram 17 milhões de dólares no 3° trimestre deste ano. O acumulado do ano está em 27 bilhões de dólares.
Até o fim do ano, a Embraer estima entregar de 77 a 85 aviões na Aviação Comercial e de 145 a 155 aviões na Aviação Executiva, com receita total entre 7 bilhões a 7,5 bilhões de dólares.
Recentemente, a fabricante reportou que encerrou o 3° trimestre de 2025 com uma carteira de pedidos recorde de US$ 31,3 bilhões, maior volume já registrado na história da fabricante brasileira.
Embraer encerra 3º trimestre com carteira de pedidos recorde
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04/11 -
Fundo soberano norueguês rejeita pacote de remuneração de US$ 1 trilhão para Elon Musk
Musk poderia deixar Tesla se plano salarial de US$ 1 trilhão for rejeitado
O fundo soberano da Noruega, o maior do mundo, anunciou nesta terça-feira (4) que votará contra a aprovação do pacote de remuneração proposto ao CEO da Tesla, Elon Musk, avaliado em até US$ 1 trilhão, durante a assembleia anual da empresa que acontece nesta semana.
Os acionistas da fabricante de veículos elétricos decidirão, em 6 de novembro, se aprovam o pacote — considerado o maior plano de compensação já oferecido a um executivo —, alvo de críticas por ser considerado excessivo.
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Até o momento, o fundo norueguês é o maior investidor externo da Tesla a divulgar publicamente seu voto. O segundo maior, a gestora Baron Capital, informou na segunda-feira (3) que apoiará o plano de remuneração de Musk.
Os principais investidores institucionais da empresa — incluindo BlackRock, Vanguard e State Street — ainda não revelaram suas intenções de voto.
Valorização da empresa, mas preocupação com o tamanho do pacote
O conselho da Tesla vem pressionando os acionistas a aprovarem o plano, e a presidente do conselho, Robyn Denholm, alertou na semana passada que Musk poderia deixar a companhia caso o acordo fosse rejeitado.
Embora o pacote possa garantir ações avaliadas em até US$ 1 trilhão ao longo de dez anos, o custo dessas ações na data da concessão será descontado, reduzindo o valor líquido para Musk para cerca de US$ 878 bilhões, segundo uma análise da Reuters.
“Reconhecemos o valor significativo criado sob a liderança visionária do sr. Musk, mas estamos preocupados com o tamanho total da recompensa, a diluição das ações e a falta de mecanismos que reduzam o risco de dependência de uma única figura-chave — em linha com nossa posição sobre remuneração executiva”, afirmou o Norges Bank Investment Management (NBIM) em seu site.
O fundo, que é o sétimo maior acionista da Tesla, com uma participação de 1,12% avaliada em cerca de US$ 17 bilhões, também votou contra o plano anterior de remuneração de Musk — decisão que provocou uma reação dura do executivo, que chegou a recusar um convite para participar de uma conferência em Oslo.
Diversos grupos já tentaram, sem sucesso, barrar pacotes bilionários concedidos a Musk, incluindo o plano de US$ 56 bilhões aprovado em 2018 e ratificado novamente pelos investidores no ano passado, embora ainda enfrente disputas judiciais.
Votos contra membros do conselho e plano de ações
O NBIM também informou nesta terça-feira que votará contra dois dos três diretores da Tesla que buscam reeleição: Kathleen Wilson-Thompson e Ira Ehrenpreis. O fundo apoiará apenas Joe Gebbia, que ingressou no conselho em 2022
O fundo norueguês, que administra cerca de US$ 2,1 trilhões, também se posicionará contra o plano geral de ações proposto pela Tesla — voltado a todos os funcionários, mas que pode ser usado pelo conselho para beneficiar Musk.
A Tesla argumenta que seu CEO “não receberá nada” caso o valor de mercado da empresa não cresça substancialmente, e que a remuneração máxima só será paga se a companhia atingir diversas metas, entre elas alcançar um valor de mercado de US$ 8,5 trilhões — quase seis vezes o atual.
Mesmo assim, especialistas em remuneração executiva, avaliação de empresas, robótica e tendências automotivas afirmam que Musk ainda poderia lucrar dezenas de bilhões de dólares sem cumprir boa parte dessas metas.
Grandes gestoras americanas vêm sendo pressionadas por políticos republicanos a reduzirem a atenção dada a fatores ambientais, sociais e de governança (ESG) nas empresas em que investem — e Musk é considerado um aliado do ex-presidente Donald Trump.
Essa pressão política torna mais difícil que os grandes investidores votem de forma independente, segundo Matt Moscardi, CEO da consultoria Free Float Analytics. “Neste momento, os grandes investidores praticamente não podem votar contra a administração”, afirmou.
Elon Musk em foto de setembro de 2025
AP Photo/Julia Demaree Nikhinson
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04/11 -
Criminosos ampliam o uso da inteligência artificial nas fraudes
Polícia Civil do RS prende quatro suspeitos de aplicar fraudes milionárias com inteligência artificial
Na semana passada, acompanhei mais uma edição do Annual Women’s Retirement Symposium, seminário que discute como proteger o patrimônio das pessoas aposentadas ou a caminho de fazê-lo. O tema central foi o aumento de fraudes e golpes impulsionados pela utilização de inteligência artificial. Norte-americanos acima dos 55 anos detêm 70% da riqueza pessoal do país – e se tornaram os principais alvos dos criminosos. Acredito que situação semelhante ocorre no Brasil, por isso as informações são valiosas para nós.
Norte-americanos acima dos 55 anos detêm 70% da riqueza pessoal do país – e se transformaram nos principais alvos dos criminosos cibernéticos
Age without limits
Segundo levantamento do instituto Pew Research, 73% dos americanos já foram vítimas de algum tipo de fraude. O FBI estima que, ano passado, idosos nos Estados Unidos perderam US$ 4,885 bilhões, o equivalente a 26 bilhões de reais – valor que representa um aumento de 43% em relação a 2023. O mais grave é o crescimento de golpes relacionados a criptomoedas, sendo que o grupo mais afetado foi o da faixa acima dos 60.
Matthew Strope, coordenador da área contra fraudes da consultoria financeira Robinhood, alertou para o nível de sofisticação alcançado com o uso da inteligência artificial: “um cliente recebeu uma ligação com a voz da neta aos prantos, explicando que tinha se envolvido num acidente de trânsito. Em seguida, um suposto advogado entrou no circuito pedindo dinheiro para resolver o problema. A voz da jovem havia sido clonada a partir de uma postagem que ela fizera numa rede social”.
A técnica dos criminosos consiste em explorar a emoção das vítimas e criar um senso de urgência, portanto a recomendação é: dar uma pausa, refletir e se proteger. A pausa é para pôr a cabeça para funcionar: no caso citado, por que um advogado estaria no local do acidente? Esse momento de reflexão serve para a pessoa se livrar da pressão a que está sendo submetida e evita que caia numa cilada.
As instituições financeiras têm criado mecanismos para impedir os golpes, bloqueando movimentações que fujam do perfil dos clientes. Ainda assim, não é o bastante. O mais importante é se manter alerta. O chamado phishing-based malware é um ataque cibernético no qual a vítima é induzida a instalar um software malicioso através de um link ou arquivo infectado. O objetivo é roubar dados, controlar sistemas e causar danos financeiros. Exemplos comuns incluem um e-mail que parece ser do seu banco, dizendo que sua conta será bloqueada, ou dos correios, avisando sobre uma encomenda que ficou retida. Para se proteger, tenha sempre em mente:
Desconfie de mensagens urgentes ou alarmantes.
Verifique o remetente e o domínio do e-mail.
Nunca baixe arquivos de fontes desconhecidas.
Use antivírus e mantenha o sistema atualizado.
Ative a autenticação em dois fatores, que exige duas formas distintas de verificação para confirmar a identidade do usuário.
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04/11 -
Suprema Corte dos EUA pode barrar tarifas de Trump?
Governo Trump recorre à Suprema Corte para manter em vigor as tarifas comerciais
O governo do presidente americano, Donald Trump, enfrenta na Suprema Corte dos EUA, nesta quarta-feira (05/11), uma disputa que pode se tornar a maior de sua guerra comercial.
Do outro lado da disputa estão pequenas empresas e um grupo de Estados americanos que argumentam que a maioria das tarifas impostas por Trump são ilegais e, portanto, deveriam ser derrubadas.
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Se a Suprema Corte concordar com esse argumento, a estratégia comercial de Trump seria virada de cabeça para baixo, incluindo as abrangentes tarifas globais anunciadas em abril deste ano.
O governo Trump pode acabar também sendo obrigado a devolver parte dos bilhões de dólares arrecadados com as tarifas, que funcionam como impostos sobre importações.
A decisão final dos nove juízes deve sair após meses de análise dos argumentos e de debate sobre o mérito do caso. Depois disso, o tribunal votará. Estima-se que a decisão deve sair até janeiro de 2026.
Trump descreve a disputa em termos épicos e alerta que uma derrota pode limitar sua atuação em negociações comerciais e colocar em risco a segurança nacional. No domingo (02/11), ele afirmou que não comparecerá pessoalmente à audiência para evitar distrações.
"Queria muito ir... Só não quero fazer nada que desvie a importância dessa decisão", disse. "Não se trata de mim, e sim do nosso país."
Trump já havia declarado que, se perder o caso, os EUA ficarão "enfraquecidos" e em uma "bagunça financeira" por muitos anos.
O que está em jogo tem bastante importância para empresas americanas e estrangeiras, que vêm arcando com os custos e as consequências das tarifas, que têm mudado rapidamente.
A exemplo da Learning Resources, empresa dos EUA que vende brinquedos produzidos principalmente no exterior e que integra uma das ações na Suprema Corte. A empresa estima que as tarifas impostas por Trump lhe custaram sete vezes mais neste ano do que no ano anterior, totalizando US$ 14 milhões (aproximadamente R$ 75 milhões).
"Elas causaram um prejuízo inacreditável nos nossos negócios", afirmou o CEO da empresa, Rick Woldenberg, observando que a companhia precisou transferir a fabricação de centenas de itens desde janeiro.
Poucas empresas, porém, contam com uma vitória na Suprema Corte.
Trump sofreu derrota após tribunal bloquear tarifaço anunciado no começo de abril
Carlos Barria/Reuters
"Esperamos que isso seja considerado ilegal, mas também estamos nos preparando para o caso de se elas se consolidarem", disse Bill Harris, cofundador da Cooperative Coffees, cooperativa sediada na Geórgia (EUA).
A empresa, que importa café de mais de uma dezena de países, já pagou cerca de US$ 1,3 milhão (R$ 7,4 milhões) em tarifas desde abril.
Um teste para o poder presidencial de Trump
Ao julgar o caso, a Suprema Corte dos EUA terá de responder a uma questão mais ampla: até onde vai o poder presidencial?
Analistas jurídicos afirmam ser difícil prever a decisão dos juízes, mas um resultado favorável a Trump ampliaria o alcance do poder dele e de futuros ocupantes da Casa Branca.
O processo trata das tarifas impostas pelo governo Trump com base na Lei de Poderes Econômicos de Emergência Internacional de 1977, norma usada pela Casa Branca por causa, entre outros motivos, de sua rapidez e flexibilidade. Ao declarar uma emergência segundo essa lei, o presidente pode emitir ordens imediatas e contornar procedimentos mais longos e tradicionais.
Trump invocou a lei pela primeira vez em fevereiro, ao taxar produtos da China, do México e do Canadá, argumentando que o tráfico de drogas oriundo desses países configurava uma emergência.
Em abril, recorreu novamente à medida e ordenou tarifas entre 10% e 50% sobre bens de quase todos os países do mundo, incluindo o Brasil. Dessa vez, afirmou que o déficit comercial dos EUA, quando o país importa mais do que exporta, representava uma "ameaça extraordinária e incomum".
À época, o Brasil afirmou que não havia déficit americano na relação entre os dois países, pelo contrário. "As estatísticas do próprio governo dos Estados Unidos comprovam um superávit desse país no comércio de bens e serviços com o Brasil da ordem de US$ 410 bilhões ao longo dos últimos 15 anos", afirmava um comunicado do governo brasileiro.
Essas tarifas passaram a ser aplicadas de forma gradual durante o verão (junho a setembro, no hemisfério Norte), enquanto o governo Trump pressionava outras nações a firmar "acordos".
O Brasil também foi alvo em agosto de uma taxação adicional de 50% para diversos produtos exportados para os EUA, como café, carne e açúcar orgânico. Desta vez, o governo Trump atribuiu as novas tarifas a decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) brasileiro contra aliados, incluindo o ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro.
Perguntas e respostas sobre o encontro entre Lula e Trump
Opositores das medidas de Trump nos EUA afirmam que a lei autoriza o presidente a regular o comércio, mas não menciona a palavra "tarifas", e sustentam que apenas o Congresso pode criar impostos, conforme a Constituição dos EUA.
Eles também contestam se os temas citados pela Casa Branca, especialmente o déficit comercial, configuram de fato emergências.
Parlamentares de ambos os partidos afirmam que a Constituição lhes atribui a responsabilidade de criar tarifas, taxas e impostos.
Mais de 200 congressistas do Partido Democrata nas duas Casas legislativas e uma congressista do Partido Republicano, a senadora Lisa Murkowski, apresentaram um documento à Suprema Corte argumentando que a lei de emergência não concede ao presidente o poder de usar tarifas como instrumento de pressão em negociações comerciais.
Enquanto isso, na semana passada, o Senado aprovou, de forma simbólica e bipartidária, três resoluções que rejeitam as tarifas impostas por Trump, entre elas, uma que busca encerrar o estado de emergência nacional declarado pelo presidente. As medidas, porém, não devem ser aprovadas pela Câmara.
Ainda assim, grupos empresariais disseram esperar que a reprimenda envie uma mensagem aos juízes da Suprema Corte.
'Um dreno de energia como nunca vi'
Três instâncias inferiores da Justiça americana já haviam decidido contra o governo Trump. Após ouvir os argumentos nesta quarta-feira (05/11), a Suprema Corte terá até junho para emitir sua decisão, embora a maioria espere um veredito até janeiro.
Qualquer que seja o resultado, a decisão terá impacto sobre cerca de US$ 90 bilhões (R$ 513 bilhões) em tributos de importação já pagos, aproximadamente metade da receita tarifária arrecadada pelos EUA neste ano até setembro, segundo analistas do banco Wells Fargo.
Autoridades do governo Trump alertaram que esse valor pode chegar a US$ 1 trilhão (R$ 5,7 trilhões) caso o tribunal demore até junho de 2026 para se pronunciar.
Se o governo for obrigado a devolver o dinheiro arrecadado, a Cooperative Coffees "com certeza" tentará reaver o valor, disse Bill Harris. Mas, segundo ele, isso não compensará todos os prejuízos causados.
A empresa precisou contratar uma linha extra de crédito, aumentar preços e buscar formas de sobreviver com lucros menores.
"É um dreno de energia como nunca vi", afirmou Harris, que também é diretor financeiro da Cafe Campesino, uma das 23 torrefadoras que compõem a Cooperative Coffees. "Isso domina todas as conversas e parece sugar a vida da gente."
O que pode acontecer a seguir
A Casa Branca afirma que, se perder, imporá taxas por outros meios, como uma lei que permite ao presidente aplicar tarifas de até 15% por 150 dias.
Mesmo assim, as empresas teriam algum alívio, uma vez que esses outros meios exigem medidas como a emissão de notificações formais, o que leva tempo e deliberação, disse o advogado comercial Ted Murphy, da Sidley Austin.
"Não se trata apenas de dinheiro", disse Murphy. "O presidente anunciou tarifas no domingo que entram em vigor na quarta-feira, sem aviso prévio, sem qualquer processo real."
"Acho que isso é o mais importante para as empresas neste caso, se isso vai ou não fazer parte do nosso futuro", acrescentou.
Não há sinais claros de como o tribunal irá decidir.
Nos últimos anos, ele derrubou políticas importantes, como o perdão de empréstimos estudantis da era Biden, por considerar que a Casa Branca havia excedido seus limites.
Mas os nove juízes, seis dos quais foram nomeados por republicanos, incluindo três por Trump, têm demonstrado deferência a este presidente em outras disputas recentes e, historicamente, têm dado margem de manobra à Casa Branca em questões de segurança nacional.
"Eu realmente acho que há argumentos para que a Suprema Corte siga em todas as direções diferentes", disse Greta Peisch, sócia da Wiley e ex-advogada comercial do governo Biden.
Adam White, pesquisador sênior do American Enterprise Institute, disse esperar que o tribunal revogue as tarifas, mas evite questões como o que constitui uma emergência nacional.
O caso já complicou os acordos comerciais da Casa Branca, como o firmado em julho com a União Europeia.
O Parlamento Europeu analisa a ratificação do pacto, que estabelece tarifas de 15% sobre produtos europeus em troca de concessões, como a ampliação da entrada de produtos agrícolas americanos.
"Eles não vão agir antes de ver o resultado da decisão da Suprema Corte", disse John Clarke, ex-diretor de comércio internacional da Comissão Europeia.
Na Suíça, que recentemente reduziu sua previsão de crescimento econômico ao citar a tarifa de 39% imposta pelos EUA sobre seus produtos, o chocolatier Daniel Bloch afirmou que receberia com alívio uma decisão contrária ao governo Trump.
Sua empresa, a Chocolats Camille Bloch, está arcando com cerca de um terço do custo das novas tarifas sobre o chocolate kosher que exporta aos EUA há décadas, numa tentativa de conter o aumento de preços e manter as vendas. A decisão, segundo ele, eliminou os lucros da unidade e não é sustentável.
Bloch espera que Trump reconsidere as tarifas, porque "seria o mais fácil".
"Se a Corte derrubasse as tarifas, claro que veríamos isso como um sinal positivo", disse. "Mas não confiamos que isso trará a solução."
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04/11 -
Ascensão social está mais difícil para os mais pobres, diz estudo
Ascensão social está mais difícil para quem ganha menos, diz estudo
A ascensão de status e classe social está mais difícil para pessoas de renda mais baixa, aponta um estudo da Tendências Consultoria divulgado em primeira mão para o g1.
Segundo a pesquisa, a redução da chamada mobilidade social – ou seja, a capacidade de melhorar de vida — segue uma tendência comum em países com grande desigualdade de renda e reflete o que o mercado chama de “educação não revertida em produtividade”.
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➡️ Na prática, isso significa que os grupos mais pobres nem sempre conseguem transformar mais anos de estudo em produtividade ou aumento renda – como conquistar empregos melhores ou receber promoções com salários mais altos, por exemplo.
Segundo a consultora da Tendências Giuliana Folego, o mercado de trabalho brasileiro é caracterizado por alta informalidade, baixos salários e forte segmentação.
Veja os vídeos em alta no g1:
Veja os vídeos que estão em alta no g1
Assim, mesmo com maior acesso ao mercado de trabalho, pessoas de renda mais baixa tendem a permanecer em empregos de baixa remuneração e pouca proteção social.
Ou seja, embora o ingresso no mercado de trabalho seja o principal caminho para reduzir a pobreza, isso não é suficiente para superá-la.
“Esse descompasso decorre, principalmente, da baixa qualidade da educação básica, do desalinhamento entre os currículos escolares e demandas do mercado de trabalho, bem como da limitada oferta de empregos qualificados”, explica a consultora.
“Assim, mesmo com avanços formais em escolaridade, os trabalhadores desses grupos continuam concentrados em ocupações de baixa remuneração e produtividade, o que mostra que a ampliar o acesso à educação, sem melhorias estruturais no ensino e no setor produtivo, não é suficiente para viabilizar uma mobilidade social efetiva”, completa.
Juros altos: ricos mais ricos, pobres mais pobres
O estudo também mostra que os juros elevados têm aumentado a renda das classes mais altas e piorado o orçamento das mais baixas.
Isso acontece porque, enquanto as altas taxas favorecem famílias cuja renda depende da remuneração do capital financeiro – como rendimentos de investimentos, por exemplo –, as classes mais baixas enfrentam um momento de restrições de crédito e menor capacidade de pagamento.
“A taxa de juros em patamares elevados favorece muito o aumento da remuneração [de ativos], principalmente para a classe A, que vive principalmente da renda proveniente do mercado financeiro”, explica Folego.
O estudo mostra que, enquanto as famílias de classe A têm 72% da renda total vinda de fontes além do trabalho e da previdência social, nas classes mais baixas esse percentual é de 1,3%.
🔎A categoria “outras fontes de renda” considera informações divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e pelo Governo Federal. Os dados incluem seguro-desemprego, pensão alimentícia, aluguel ou arrendamento, renda de ativos financeiros e rendas habituais (como lucros e dividendos, ganhos de capital, indenizações, etc.), outros programas sociais e benefícios assistenciais emitidos pelo INSS, entre outros.
Esse cenário se agrava com a expectativa de desaceleração do mercado de trabalho nos próximos meses e com o reajuste nulo do Bolsa Família em 2026 — o que deve fazer com que a renda dos mais pobres cresça menos do que as das demais classes neste e no próximo ano.
“As classes D e E devem mostrar um crescimento menor, que é principalmente condicionado ao reajuste nulo do Bolsa Família. Também há uma queda no número de beneficiários desde o ano passado, por conta das regras mais rigorosas e mecanismos de fiscalização do programa”, diz Folego.
Veja abaixo:
A consultora da Tendências ressalta que a desaceleração na massa de renda das famílias deve acontecer mesmo em ano eleitoral – período em que o governo costuma priorizar políticas sociais e de transferência de renda.
“Já temos algumas coisas previstas para 2026, como a ampliação do programa ‘Gás do povo’, que deve ser expandido, e a tarifa social de energia elétrica, que deve oferecer gratuidade total para famílias inscritas no CadÚnico com consumo até 80 kWh por mês”, diz.
Consumo mais caro
Ainda segundo o estudo, as classes de renda mais baixa também são as que mais gastam, proporcionalmente, com itens essenciais. Veja abaixo:
Segundo a Tendências, embora a inflação de itens essenciais tenha desacelerado ao longo deste ano – especialmente por conta dos preços dos alimentos – a sensação de que os preços continuam altos ainda é expressiva entre a população, principalmente nas faixas de renda mais baixa.
“Isso ocorre porque, mesmo com a desaceleração, os preços continuam em trajetória de alta. Um exemplo é a expectativa de elevação de 4% para o preço dos alimentos até o final de 2025, conforme o IPCA”, diz Folego.
Além disso, a consultora destaca que outros itens importantes da cesta de consumo das famílias — como energia elétrica e tarifas de transporte público — continuam a pressionar o orçamento doméstico.
“Para 2026, projeta-se uma leve desaceleração da inflação de itens essenciais, especialmente energia elétrica. Contudo, a tendência é que os preços desses itens continuem sua trajetória de alta, mesmo que em ritmo mais moderado”, afirma.
Alívio com medidas do governo
Mesmo assim, a consultoria prevê que as medidas recentemente anunciadas pelo governo podem trazer algum alívio às famílias das classes C, D e E nos próximos meses.
Além da expansão de programas como o “Gás do povo” e da tarifa social de energia elétrica, a consultora destaca reformas em discussão pelo governo relacionadas à renda – como a ampliação da isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil e a isenção parcial para rendas de até R$ 7,3 mil, por exemplo.
“Nesse caso, o benefício fiscal seria direcionado justamente à classe C, formada por famílias com renda mensal entre R$ 3.500 e R$ 8.500”, diz Folego.
A consultora acrescenta que, caso a validade indeterminada da proposta seja aprovada, a tendência é que esses valores sejam direcionados para o consumo.
“Com isso, as famílias passariam a contar com uma renda um pouco maior. E a Classe C, principalmente, tende a converter isso em consumo”, conclui.
Comunidades da Vila Andrade contrastam com o luxo de mansões do Panamby, na Zona Sul de SP
Celso Tavares/G1
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04/11 -
Aneel vai analisar nesta terça processo que pode levar à cassação da concessão da Enel São Paulo
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) vai analisar nesta terça-feira (4) o processo que pode levar à cassação da concessão da Enel São Paulo — responsável pelo fornecimento de energia para cerca de 8 milhões de pessoas na capital paulista e em outros 23 municípios da região metropolitana.
A distribuidora é investigada por falhas recorrentes no atendimento a consumidores após temporais e interrupções de energia. O contrato atual da Enel SP termina em 2028, mas a empresa já pediu renovação antecipada. A decisão da Aneel pode recomendar a “caducidade” (término forçado da concessão) ao Ministério de Minas e Energia, que dá a palavra final.
O processo é relatado pela diretora Agnes Maria de Aragão da Costa e tramita sob sigilo.
Aneel cobra Enel por demora em religar luz em São Paulo
Por que a Enel pode perder a concessão
A ação foi aberta após descumprimento de um plano de contingência firmado com a agência e com a Arsesp (reguladora paulista) — e após episódios graves de demora na recomposição de energia, sobretudo em:
outubro de 2023, quando tempestades deixaram bairros dias sem luz
outubro de 2024, com novos temporais e registros de longos apagões
setembro de 2025, quando casas voltaram a ficar sem energia por mais de 48h
No mês passado, o diretor Fernando Mosna afirmou que a empresa apresenta “padrão reincidente e preocupante de resposta lenta”.
Cenário regulatório e disputa
A análise sobre a caducidade ocorre paralelamente ao pedido da Enel para renovar o contrato antes de 2028.
Em outubro, o diretor-geral da Aneel, Sandoval Feitosa, disse que o processo que apura falhas da Enel deve ser julgado antes da discussão sobre renovação — apesar de parecer técnico preliminar favorável à empresa.
“Não vejo possibilidade de avançar na renovação antes de deliberar sobre o processo sancionador”, afirmou Feitosa.
Após a nota técnica da Aneel que apontava requisitos atendidos pela Enel, o Ministério Público Federal em São Paulo pediu a suspensão imediata da renovação.
A Prefeitura de São Paulo também cobra que não haja renovação sem revisão dos critérios de avaliação do serviço.
Críticas ao serviço
Desde que assumiu a antiga Eletropaulo em 2018, a Enel é alvo de críticas por piora na qualidade do fornecimento. A prefeitura afirma, em ação civil pública, que houve:
aumento das quedas de energia em dias de chuva
redução de 51% na força de trabalho
corte de quase 50% nos custos operacionais
descumprimento de metas de investimentos
A gestão municipal também diz que a prática regulatória que permite desconsiderar apagões causados por eventos climáticos extremos mascara o real desempenho da empresa.
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04/11 -
Senado vota nesta terça projeto que eleva para R$ 5 mil a faixa de isenção do IR; relator mantém texto da Câmara
Isenção do IR: calculadora mostra quanto você deixará de pagar
O Senado deve votar nesta terça-feira (4) o projeto que eleva para R$ 5 mil mensais a faixa de isenção do Imposto de Renda (IR) para pessoas físicas.
O relator da proposta, senador Renan Calheiros (MDB-AL), decidiu manter o texto aprovado pela Câmara dos Deputados, sem mudanças de mérito. Ele havia cogitado fazer modificações (entenda mais abaixo), mas preferiu acelerar a entrada em vigor da medida. Qualquer modificação levaria a análise novamente para a Câmara.
Após a aprovação no Senado, o texto deve ir para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Segundo o Ministério da Fazenda, o modelo aprovado pelos deputados e mantido por Renan não cria novas despesas nem receitas. O impacto fiscal gerado com o aumento da isenção é compensado por mudanças tributárias previstas no próprio projeto.
O relator entende que é possível, se o texto for aprovado na CAE, levar à votação no plenário do Senado ainda nesta terça.
Como é hoje e como fica
Atualmente, quem ganha até R$ 3.036 por mês (considerando o desconto simplificado) está isento do Imposto de Renda. A partir desse valor, a tributação começa a subir de acordo com a faixa salarial, chegando a até 27,5%.
Com o projeto, a isenção sobe para R$ 5 mil mensais.
Quem recebe até R$ 7.350 terá um desconto parcial, reduzindo o imposto a pagar. A tabela sobe progressivamente, a depender da renda, com alíquota máxima de 27,5% para as faixas mais altas.
Hoje, lucros e dividendos são isentos. Com a nova regra, haverá uma tributação progressiva — de até 10% — para quem recebe mais de R$ 600 mil por ano em lucros e dividendos. Quem tem apenas salário como fonte de renda continua dentro da tabela normal do IR.
Calculadora: veja quanto você deixará de pagar com nova isenção
Projeto para arrecadação
O projeto original do governo previa mecanismos de aumento de arrecadação, para tentar fechar o rombo das contas públicas. A Câmara derrubou esses dispositivos, por entender que aumentavam desnecessariamente a carga tributária.
Renan chegou a dizer que incluiria mecanismos de arrecadação em seu parecer. Ao optar por manter o mesmo texto da Câmara, não desistiu totalmente da ideia. Ele articulou com o senador Eduardo Braga (MDB-AM) um projeto que aumenta a receita do governo. Renan (autor do projeto) e Braga (relator) esperam que o texto também seja votado nesta terça na CAE.
O texto estabelece uma fonte de receitas que, segundo o projeto, pode chegar a R$ 6,68 bilhões em 2028.
O projeto aumenta a tributação sobre setores considerados de alta lucratividade:
Instituições financeiras: a alíquota da CSLL subiria de 15% para 20%, no caso de bancos e sociedades de crédito.
Fintechs, corretoras e distribuidoras: alíquota da CSLL passaria de 9% para 15%.
Apostas esportivas (bets): a contribuição sobre a receita bruta do jogo passaria de 12% para 24% — metade desse valor compensará estados e municípios pela perda com o IR.
A previsão de arrecadação é:
2026: R$ 4,98 bilhões
2027: R$ 6,38 bilhões
2028: R$ 6,68 bilhões
O texto também cria o Pert-Baixa Renda, um programa de regularização tributária voltado a contribuintes que receberam até R$ 7.350 mensais em 2024, com foco em combater o superendividamento.
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04/11 -
Ibovespa atinge 150 mil pontos: o que explica o recorde da bolsa e como isso afeta a economia
Ibovespa registra sexto recorde seguido e fecha acima dos 150 mil pontos
O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores brasileira, fechou em alta de 0,61% nesta segunda-feira (3) e superou, pela primeira vez na história, a marca de 150 mil pontos.
Com o resultado, o índice de ações da B3 atingiu sua sexta máxima seguida. Só em 2025, já são 21 recordes de fechamento — puxados pelo cenário de cortes de juros nos Estados Unidos e pela expectativa de redução também na taxa básica brasileira, a Selic.
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Apesar de algumas oscilações, o movimento positivo que ganhou força nas últimas semanas vem se mantendo desde o início do ano: entre janeiro e esta segunda-feira, o Ibovespa acumulou alta de 25%, passando de 118.533 pontos em 3 de janeiro para os atuais 150.454 pontos.
Mas o que explica a disparada da bolsa brasileira? E o que isso significa para a economia do país — e para o seu bolso? O g1 conversou com especialistas para entender. Veja nas perguntas abaixo:
O que está por trás dos sucessivos recordes?
O que significa a marca de 150 mil pontos?
Como a alta do Ibovespa impacta a economia — e o seu bolso?
180 mil pontos? O que esperar à frente
O que está por trás dos sucessivos recordes?
A economista-chefe do PicPay, Ariane Benedito, afirma que o fator decisivo para a sequência de recordes da bolsa brasileira foi a mudança de postura do Federal Reserve (Fed).
Na última quarta-feira (29), o banco central dos EUA reduziu os juros pela segunda vez em 2025, para a faixa de 3,75% a 4% ao ano — o menor nível desde novembro de 2022. Na reunião anterior, de 17 de setembro, o Fed já havia encerrado um período de nove meses sem reduções.
"Com isso, os investidores estrangeiros voltaram a olhar para os mercados emergentes, especialmente para o Brasil, que ainda paga juros reais muito altos", analisa Benedito.
🔎 Na prática, juros menores nos EUA reduzem o rendimento das Treasuries, os títulos do governo americano, que são vistos como os investimentos mais seguros do mundo. O movimento faz investidores buscarem aplicações mais rentáveis em mercados emergentes. Nesse cenário, o Brasil tem se destacado, favorecendo a bolsa e o real frente ao dólar.
O corte de juros nos EUA contrasta com uma Selic ainda elevada: a taxa básica brasileira está em 15%, o maior nível em quase 20 anos. O Comitê de Política Monetária (Copom) se reunirá nesta terça (4) e quarta-feira (5) para definir a próxima decisão, e a expectativa é de manutenção da taxa.
Gustavo Jesus, sócio da Victrix Capital, afirma que a perspectiva de corte de juros no Brasil em 2026 colabora com a migração de investidores da renda fixa para a variável. “Os mercados já se antecipam a esse movimento”, afirma.
Do ponto de vista das empresas, Ricardo Trevisan, CEO da Gravus Capital, afirma que o Ibovespa foi impulsionado, principalmente, pela alta nas ações de empresas do setor financeiro, com destaque para grandes bancos como Itaú Unibanco, Bradesco, Banco do Brasil e BTG Pactual.
"Esses bancos, juntos, representam cerca de 25% do índice e têm se beneficiado da manutenção da taxa Selic em patamares elevados, que sustenta margens de juros robustas e atrai investidores em busca de dividendos consistentes", diz Trevisan.
Ariane Benedito, do PicPay, destaca o bom desempenho de commodities como minério de ferro, petróleo e produtos do agronegócio, que fortalecem empresas importantes no Ibovespa. Ela também cita os balanços financeiros positivos de diversas companhias e a desaceleração da inflação.
"Mesmo com o tom fiscal [condução das contas públicas pelo governo] trazendo aversão ao risco, o ambiente de juros estáveis diminui essa preocupação com o futuro e dá mais previsibilidade e confiança para o investidor apostar no curto prazo", diz.
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O que significa a marca de 150 mil pontos?
Gustavo Jesus, da Victrix Capital, afirma que os 150 mil pontos não têm um significado técnico, mas formam um marco psicológico importante que atrai atenção para a bolsa.
"É um patamar simbólico, que reforça a percepção de recuperação do mercado. Essa alta de 25% no ano surpreendeu grande parte dos investidores, que estavam mais focados em renda fixa no início de 2025", analisa.
Para Hênio Scheidt, gerente de Produtos da B3, o marco indica que os investidores seguem diversificando e sofisticando suas carteiras, "com a renda variável sendo um componente chave de suas estratégias de investimento".
"Há uma retomada gradual de investidores locais e internacionais em renda variável na bolsa do Brasil", diz.
De modo geral, a alta do Ibovespa tem sido impulsionada por um fluxo constante de capital estrangeiro, observa Trevisan, da Gravus Capital. Segundo dados da B3, 58,30% dos recursos aplicados na bolsa brasileira — considerando o mercado como um todo, não apenas o índice — têm origem internacional neste ano.
“O investidor tem sido atraído pelo diferencial de juros reais no Brasil [ou seja, por retornos mais altos que nos EUA] e pela perspectiva de cortes à frente, o que torna o mercado nacional mais competitivo em relação a outras economias emergentes”, afirma Trevisan.
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Como a alta do Ibovespa impacta a economia — e o seu bolso?
Ariane Benedito, economista-chefe do PicPay, explica que o impacto para a população em geral é indireto, mas existe. Ao captar recursos por meio de ações, as empresas costumam investir mais, o que gera empregos e aumenta a arrecadação de impostos, com efeitos positivos na economia.
“Há também uma possível melhora nos salários. Mas o impacto no dia a dia do brasileiro comum é gradual”, diz. Ela destaca ainda que o movimento pode fortalecer o real frente ao dólar, reduzindo os preços das importações e influenciando também os preços ao consumidor.
Hênio Scheidt, da B3, segue a mesma linha. "A confiança dos investidores nas empresas brasileiras incentiva o crescimento econômico, do qual todos — investidores ou não — podem se beneficiar indiretamente", diz.
Gustavo Jesus, sócio da Victrix Capital, fala em um ciclo virtuoso, que favorece diretamente investidores e empresas, com impactos positivos para a economia do país.
“Quando a bolsa sobe, os investidores que lucram com isso tendem a consumir mais, o que ajuda a movimentar a economia. Além disso, empresas mais valorizadas conseguem captar recursos, ampliar investimentos e gerar empregos, beneficiando o país como um todo", avalia.
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180 mil pontos? O que esperar à frente
Ricardo Trevisan, CEO da Gravus Capital, vê o cenário com otimismo. Com a expectativa de queda gradual da taxa básica de juros e de um crescimento econômico mais robusto, ele acredita que o Ibovespa pode superar os 170 mil pontos, com potencial para atingir os 180 mil no próximo ano.
"Essa alta seria impulsionada pela recuperação de setores chave como o imobiliário e o varejo, que são altamente sensíveis à redução dos juros e ao aumento do consumo", afirma.
Benedito, do PicPay, fala em "otimismo moderado" para o fim de 2025. A tendência, diz a economista, é de uma consolidação entre 148 mil a 155 mil pontos até dezembro, conforme as projeções de mercado.
Por outro lado, ela também enxerga um viés positivo para 2026, caso o Federal Reserve mantenha o ciclo de cortes de juros nos EUA e o Brasil consiga preservar as regras do novo arcabouço fiscal — mecanismo criado para controlar o crescimento dos gastos públicos.
Nesse cenário, o índice poderia alcançar os 165 mil pontos, a depender do ânimo dos investidores e da consolidação dos dados econômicos. “Já em um cenário mais otimista, com melhora do fiscal e commodities firmes, há espaço até para 175 mil pontos”, diz.
Gustavo Jesus, da Victrix Capital, adota uma postura mais cautelosa e não arrisca projeções. O economista pondera que há variáveis fora do controle e naturalmente imprevisíveis, como crises e acontecimentos futuros, sejam positivos ou negativos.
“Por isso, a forma mais indicada de investir na bolsa é manter uma alocação de longo prazo, compatível com o perfil de risco. Essa estratégia tende a oferecer retornos superiores aos da renda fixa no longo prazo”, sugere.
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Vista do prédio da B3, Bolsa de valores de São Paulo, localizada na região central da capital paulista, nesta sexta-feira (12). O Ibovespa flertou com os 129 mil pontos na máxima do dia, encerrando aos 128.896,98 pontos, em alta de 0,47% na sessão. Foi o quarto avanço semanal consecutivo para o índice da B3, que sobe agora 4,03% no mês, cedendo ainda 3,94% no ano.
GABRIEL SILVA/ATO PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
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04/11 -
Mega-Sena pode pagar R$ 41 milhões nesta terça-feira
Como funciona a Mega-sena
O concurso 2.936 da Mega-Sena pode pagar um prêmio de R$ 41 milhões para os acertadores das seis dezenas. O sorteio ocorre às 20h desta terça-feira (4), em São Paulo.
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No concurso do último sábado (1º), ninguém levou o prêmio máximo.
A aposta mínima para a Mega-Sena custa R$ 6 e pode ser realizada também pela internet, até as 19h – saiba como fazer a sua aposta online.
A Mega tem três sorteios semanais: às terças, quintas e sábados.
Mega-Sena
Marcelo Brandt/G1
Para apostar na Mega-Sena
As apostas podem ser realizadas até as 19h (horário de Brasília) em qualquer lotérica do país ou por meio do site e aplicativo Loterias Caixa, disponíveis em smartphones, computadores e outros dispositivos.
É necessário ter 18 anos ou mais para participar. O pagamento, nesse caso, é realizado de forma online, com opção via PIX.
Probabilidades
A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para um jogo simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 6, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa.
Já para uma aposta com 20 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 232.560,00, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 1.292, ainda de acordo com a instituição.
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04/11 -
Trump tenta culpar democratas por 'shutdown' e pressiona Senado a acabar com 'filibuster', que dá poder à minoria
Trump tem até hoje para informar como pretende pagar auxílio para alimentação
Com seu governo profundamente afetado pelo "shutdown" do governo americano, a paralisação de serviços federais devido à falta de acordo entre republicanos e democratas no Congresso, o presidente dos EUA, Donald Trump, tem pressionado seus próprios aliados para acabar com uma ferramenta legislativa do país que dá poder à minoria democrata: o "filibuster".
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"Chegou a hora de os republicanos jogarem sua ‘CARTA TRUMP’ e partirem para o que é chamado de Opção Nuclear — Acabar com o filibuster, e acabar com ele AGORA!", escreveu Trump em suas redes sociais.
🤔 O que é isso? O filibuster é uma antiga ferramenta legislativa existente nos EUA que impede a tramitação dos projetos de lei, a menos que 60 senadores votem a favor. O termo se refere a qualquer manobra prevista no regimento para obstruir uma votação. A mais famosa é usar o direito de fala em plenário para discursar por horas, de forma a esgotar o tempo para a votação da matéria — na prática, porém, qualquer ação que dificulte a obtenção de 60 votos para um projeto essencial é chamada de filibuster.
Foto do Senado dos EUA, no Capitólio, em Washington, na madrugada de terça-feira, 8 de novembro de 2022
J. Scott Applewhite/AP
Ao longo dos anos, o filibuster tem frustrado projetos políticos tanto de governos democratas quanto republicanos, e Trump vem reclamando dela desde seu primeiro mandato na Casa Branca.
Para passar pelo Senado, o projeto orçamentário proposto pelos republicanos precisa de três quintos dos votos na Casa (ou seja, da aprovação de 60 dos 100 senadores). A maioria republicana, no entanto, conta com 53 cadeiras, sendo necessário o apoio de pelo menos 7 democratas.
O apoio de parte do partido rival no Legislativo dos EUA quase sempre foi imprescindível ao longo da história do país. A crescente polarização fomentada pelo trumpismo, porém, tem tornado cada vez mais difícil a convergência bipartidária.
Os democratas dizem que só aprovarão o projeto caso programas de assistência médica que estão prestes a expirar sejam prolongados. Já os republicanos de Trump insistem que saúde e orçamento devem ser tratados como questões separadas.
Em entrevista exibida no domingo (2), Trump afirmou que "não se deixará ser extorquido" pelos democratas que exigem negociações para estender os subsídios para a saúde. Ecoando os republicanos no Congresso, o presidente disse no programa “60 Minutes”, da CBS, que só negociará quando o governo reabrir.
Trump disse que os democratas "perderam o rumo" e previu que eles cederão aos republicanos. "Acho que eles terão que ceder", disse Trump. "E se eles não votarem, o problema é deles."
Sem acordo nem votação, o atual "shutdown" segue em vigor e deve se tornar o mais longo da história dos EUA, caso não seja encerrado nesta semana. A paralisação mais longa aconteceu durante o primeiro mandato de Donald Trump e durou 35 dias, entre 2018 e 2019.
Com o governo impedido de gastar, milhares de servidores públicos serão colocados em licença, enquanto outros, que trabalham em serviços essenciais, podem ter os salários suspensos. A remuneração será paga de forma retroativa quando o orçamento for normalizado.
Hesitação republicana
Para sair da crise, Trump tem voltado a pressionar os líderes de seu partido para que alterem as regras do Senado e acabem com o filibuster.
Os senadores republicanos, porém, têm rejeitado repetidamente essa ideia desde o primeiro mandato de Trump, argumentando que a regra que exige 60 votos para superar quaisquer objeções no Senado é vital para a instituição.
Acabar com o filibuster durante a atual legislatura parece ser a solução mais cômoda para os republicanos agora — mas eles sabem que, no futuro, com o Senado tendo uma eventual maioria democrata, a falta desse instrumento deixaria o caminho livre para a aprovação de pautas contrárias à sua agenda.
Os republicanos esperam que pelo menos alguns democratas mudem seus votos, já que moderados vêm negociando há semanas com republicanos de base possíveis acordos que poderiam garantir votos suficientes para a aprovação do projeto de lei de saúde em troca da reabertura do governo. Os republicanos precisam de mais cinco votos democratas para aprovar seu projeto.
História do filibuster
Ao contrário da Câmara dos Representantes, o Senado impõe poucas restrições ao direito de fala dos legisladores. Mas os senadores podem usar as regras da Casa para dificultar ou bloquear votações. Isso é o que, na prática, é o filibuster — um termo que, segundo registros do Senado, começou a aparecer em meados do século XIX.
Mas a forma como o filibuster é usado hoje não se assemelha à tática "clássica" de ocupar o plenário com discursos que podem passar de 20 horas de duração.
Agora, os senadores informam seus líderes — e muitas vezes confirmam publicamente — que irão obstruir um projeto de lei. Não são necessários discursos longos. No entanto, o Senado ainda precisa reunir 60 votos para superar esse obstáculo. Se conseguirem, os senadores poderão prosseguir para a aprovação final, que requer apenas maioria simples.
O regimento do Senado já foi mudado anteriormente para acabar com os filibusters, mas apenas para nomeações presidenciais para o Judiciário, exceto juízes da Suprema Corte. Isso ocorreu em 2013, quando os democratas estavam fartos das repetidas obstruções republicanas às nomeações do presidente Barack Obama, especialmente para o Tribunal de Apelações dos Estados Unidos para o Circuito do Distrito de Columbia.
Essa é a chamada "opção nuclear", citada por Trump.
Outra opção para se driblar o filibuster seria alterar o regimento do Senado, em particular a Regra XXII: estabelecida em 1917, ela determina a invocação da "cloture", ou interrupção do debate, que força a aprovação de uma matéria por maioria simples.
A "cloture", no entanto, precisa de três quintos dos votos (60, com todas as cadeiras ocupadas) para que ela seja invocada. Para alterar o regimento, seriam necessários dois terços dos votos da Casa para afrouxar a exigência dos três quintos.
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03/11 -
OpenAI pagará US$ 38 bilhões para ter infraestrutura da Amazon na corrida pela IA
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A OpenAI, dona do ChatGPT, anunciou um acordo de US$ 38 bilhões (R$ 204 bilhões) com a AWS, divisão de computação na nuvem da Amazon, para comprar capacidade adicional de desenvolvimento para sua plataforma de inteligência artificial.
Assim, a startup continua sua ambiciosa campanha por mais potência computacional e de armazenamento, junto a provedores de nuvem, como a AWS, e fabricantes de chips, para garantir sua competitividade na corrida pela IA.
A OpenAI pretende a ser a primeira do setor a desenvolver um modelo de IA geral, conhecido como AGI (na sigla em inglês), que se iguale ao conjunto das capacidades intelectuais humanas.
'Bolha' da IA pode estourar? Trilhões em investimentos esbarram em baixo retorno
"Desenvolver a IA mais avançada requer capacidades de cálculo muito grandes e confiáveis", explicou o diretor da OpenAI, Sam Altman, em comunicado. "Nossa parceria com a AWS reforça o ecossistema que apoiará esta nova fase e tornará a IA avançada acessível para todos".
A negociação fez subir as ações da Amazon na bolsa de Nova York, e também refletiu positivamente para a Nvidia, cujos chips serão utilizados nessa parceria (saiba mais abaixo).
Sam Altman, CEO da OpenAI
Yuichi YAMAZAKI / AFP
Possível bolha da IA
Na semana passada, Altman revelou que a OpenAI assumiu compromissos de U$ 1,4 trilhão (R$ 7,5 trilhões) com fornecedores de serviços na nuvem e da indústria de chips.
Esses contratos exigirão 30 gigawatts (GW) de eletricidade, o que equivale a mais de 2% da capacidade total instalada nos Estados Unidos no final de 2023, segundo dados da EIA, a agência de informação energética dos EUA.
Uma parte dos investidores mostra cada vez mais cautela diante do frenesi de compras da OpenAI.
Isso porque as receitas projetadas da empresa para este ano giram em torno de US$ 13 bilhões (R$ 69,7 bilhões), mas estima-se que ela não será lucrativa antes de 2029, conforme admitido pelo próprio Altman.
Questionado sobre o tema em um episódio do podcast "BG2 Pod" publicado na última sexta-feira (31), Altman demonstrou sinais de irritação e respondeu que a OpenAI gerará "muito mais" receitas do que essa estimativa.
Data centers de IA podem consumir energia equivalente à de milhões de casas
Como será o convênio com a AWS
O acordo com a AWS foi o primeiro desde que a OpenAI formalizou sua nova estrutura, na qual a empresa tem mais liberdade para se afastar de suas origens sem fins lucrativos e gerar benefícios para seus investidores.
O convênio com a AWS tem duração de sete anos e assegura à OpenAI disponibilidade adicional imediata na nuvem, com um lançamento completo antes do final de 2026.
A parceria anunciada baseia-se na colaboração existente entre as duas empresas, com os modelos mais abertos da OpenAI já disponíveis nos servidores da Amazon.
Apagão na nuvem da Amazon derruba aplicativos e serviços ao redor do mundo
As infraestruturas de nuvem que a AWS colocará à disposição da empresa californiana serão baseadas principalmente em processadores do gigante Nvidia, os GPUs (Unidades de Processamento Gráfico), considerados os mais avançados do mercado.
Elas não serão utilizadas apenas para trabalhos nos novos modelos da OpenAI, mas também para operar o ChatGPT e gerenciar as solicitações dos mais de 800 milhões de usuários semanais da plataforma, especificou a companhia.
A OpenAI opta pelos chips da Nvidia, em vez dos desenvolvidos pela AWS, que, segundo especialistas, atingiram níveis de desempenho agora próximos aos GPUs da líder mundial do setor.
Parceira privilegiada da OpenAI, da qual controla 27% do capital após ter investido mais de US$ 13 bilhões (R$ 69,7 bilhões), a Microsoft aceitou há alguns meses a ideia de que a startup de São Francisco busque capacidades de nuvem em outros lugares.
Isso mostra que a Microsoft, embora também forneça serviços de nuvem, já não consegue atender toda a demanda de seus clientes em termos de armazenamento e processamento de dados.
O que é nuvem?
Toda empresa que trabalha com processamento de dados precisa de computadores para armazenar informações, arquivos e softwares.
Esses computadores, que geralmente são grandes equipamentos com alta capacidade, podem ser mantidos pela própria empresa em sua sede ou em outro lugar.
Como isso custa caro e exige manutenção constante, as empresas optam por terceirizar essa estrutura e contratam companhias com maior capacidade de manter esses supercomputadores, como AWS, Azure, Google Cloud, Oracle e IBM.
Nuvem é o nome dado ao serviço que permite transferir, guardar e processar dados em outros lugares, usando a internet. Pessoas também usam serviços na nuvem ao salvarem fotos no Google Fotos e no iCloud, da Apple, ou ao rodar jogos online, sem baixar e instalar programas, por exemplo.
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03/11 -
Única mina de potássio em atividade no Brasil localizada em Sergipe é vendida
Mina subterrânea em Rosário do Catete
Adema/Arquivo
Foi concluída, nesta segunda-feira (3), a aquisição do Complexo Mineroquímico de Taquari-Vassouras, única mina de potássio em operação no Brasil, localizado no município de Rosário do Catete (SE). A informação foi divulgada pela VL Holding, empresa responsável pela compra.
Segundo a empresa, a previsão é que sejam realizados investimentos para elevar a eficiência e a produtividade da mina de potássio, insumo considerado essencial para a produção de fertilizantes.
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O CEO da empresa, Daniel Moreira, afirmou que um dos diferenciais do empreendimento é a facilidade logística, com a operação próxima dos principais polos consumidores do Nordeste, eliminando a dependência de portos, navios e condições climáticas.
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O governo de Sergipe confirmou a operação e afirmou que se colocou à disposição para apoiar o processo de transição entre as empresas. O complexo de Taquari-Vassouras tem mais de 40 anos de existência e até 2024 possuía cerca de 1500 funcionários.
A prefeitura de Rosário do Catete disse foi informada pela gerência da Mosaic sobre a venda da mina e que também está acompanhado o processo de transição.
A VL Holding confirmou que os funcionários que trabalham na mina serão mantidos e que os serviços realizados no local não foram interrompidos.
Antes de ser vendida, a mina era administrada pela empresa estadunidense Mosaic Potássio Mineração, desde 2018.
Sobre a transação
De acordo com a Mosaic, a VL Mineração, subsidiária da VL Holding, assumirá a operação de mineração e processamento de potássio, além da manutenção e outras obrigações.
Em troca, a Mosaic receberá US$ 27 milhões em espécie, com US$ 12 milhões pagos no fechamento, US$ 10 milhões um ano após o fechamento e até US$ 5 milhões em seis anos como pagamentos contingentes.
Além disso, a VL Mineração assumirá a responsabilidade por aproximadamente US$ 22 milhões em obrigações de descomissionamento de ativos (ARO).
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03/11 -
Globo conquista 49 prêmios no GEMA Awards 2025
Campanha It's not OOH - It's Our Own Heroes.
Divulgação/TV Globo
A Globo conquistou 49 troféus no GEMA Awards 2025, promovido pela Global Entertainment Marketing Academy of Arts & Sciences. A premiação reconhece campanhas criativas e estratégicas de setores como filmes, TV e streamings, música, esportes e vídeo-games.
Do total de prêmios recebidos pela Globo, oito foram conquistados na edição global da premiação — que reúne os trabalhos de empresas do mundo todo —, e 41 troféus foram conquistados na edição voltada para a América Latina.
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🌎Edição global
Na edição global, a TV Globo foi premiada com dois ouros, duas pratas e dois bronzes. O destaque ficou com a campanha que valoriza o jornalismo profissional e uma peça das Olimpíadas de Paris, reconhecida em duas categorias.
O Globoplay também se destacou, levando um ouro e uma prata com “It’s Not OOH, It’s Our Own Heroes”, campanha que levou atletas olímpicos para outdoors de todo o país, e “Globoplay - E Se...”.
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🌎 Edição América Latina
Já na edição voltada para a América Latina, a Globo conquistou mais 23 ouros e 18 pratas, com trabalhos que evidenciam a diversidade de formatos e narrativas da empresa.
O Globoplay foi responsável por 14 ouros e seis pratas, com campanhas de séries originais como "Os Outros" e "O Jogo que mudou a história".
A TV Globo levou nove ouros e 12 pratas, para filmes de jornalismo, novelas, eventos esportivos e especiais como Roberto Carlos: 50 anos de emoções.
"Os prêmios reforçam o compromisso da Globo com a excelência criativa e a relevância de suas narrativas, que seguem conectando pessoas e gerando impacto por meio de histórias que emocionam, informam e transformam", disse a empresa em nota oficial.
Confira abaixo todos os prêmios do Gema Awards 2025:
Global
Medalhas de Ouro
TV Globo:
Professional Journalism- more than important – News Promo
Planet Earth- The Clock Time – Documentary Promo
Globoplay:
It’s Not OOH, It’s Our Own Heroes – Ad Campaign
Medalhas de prata
TV Globo:
Olympics I’m the podium– Sports Promo
Golden Movies- Action/ Adventure Clip-based promo
Globoplay:
Globoplay’s what if– Internal Marketing Promotion
Medalhas de Bronze
TV Globo:
Globo Tetris– Variety Promo
Olympics- I’m the Podium – Olympics Promo
América Latina
Medalhas de ouro
TV Globo:
Jornalismo Globo – More Than Important – News Promo
Olympics – I Am My Own Podium – Special Event Promo
Girl of the moment – Telenovela/Sopa Opera Promo
Black Talks 2024 – Diversity & Inclusion Awareness
Euro & Copa América 2024 – Copywriting
Golden Movies – Editing
Golden Movies – Use of Score or Music Without Lyrics
Where There’s a Show, There’s Multishow – Use of Music with Original Lyrics
Roberto Carlos: 50 years of emotions – Variety Promo
Globoplay:
The Others – Season 2 – Drama Trailer
The Others – Season 2 – Drama Promo
Caso Robinho – Documentary Promo
The Game – Original Series Promo
The Game – Champions – Best Work never seen
The Game – Videogame – Out-of-House Promotion
The Game – Button – Delivering on a Dime
The Game – Program Campaign
Justice – Hallelujah – Use of Music
Justiça 2 (Justice 2) – Opening Title/Credits
The Game – Videogame – Motion Graphics
Olympic Christ – Visual Effects
Globoplay’s What If – Marketing Video/Sizzle Reel
Mônica e Amigos: Como Tudo Começou – Children/Family Promo
Medalhas de prata
TV Globo:
Mania de Você – Drama Trailer
Golden Movies – Holiday/Seasonal Promo
Jornal da Globo – Let’s Chat a Little Further? – News Promo
The Others – Original Series Promo
Sportv Paralympic Manifesto – Special Event Promo
Cup’s Invasion – Sports Promo
Caldeirão Tetris – Variety Promo
Sportv Sound ID – Sound Design
Roberto Carlos: 50 Years of Emotions – Use of Music
Olympics – Virtual Production – Best Use of Technology/Innovation
Planet Earth – The Clock Time – Copywriting
Coming soon to Globo- Alfredo Honório Show- Marketing Video/Sizzle Reel
Globoplay:
Justice: Misconduct – Values – I’m Not Crying, You Are!
The Game – Videogame – Promo Not Using Programming Footage
Justice: Misconduct – Editing
Cosme e Damião – Opening Title/Credits
Olympic Christ- Social Media Video
It’s Not OOH, It’s Our Own Heroes – Out-of-Home Ad
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03/11 -
Reforma Casa Brasil: programa de crédito do governo para reforma da casa começa hoje; veja como entrar
Reforma Casa Brasil: veja como entrar no programa de crédito do governo
A Caixa Econômica Federal iniciou nesta segunda-feira (3) as contratações do programa "Reforma Casa Brasil", que vai conceder crédito para reformas de casas para famílias de todas as faixas de renda.
As condições do crédito e os juros dependerão dos ganhos mensais. Ao todo, serão disponibilizados R$ 40 bilhões — R$ 30 bilhões do Fundo Social no Programa Minha Casa, Minha Vida, para pessoas com renda de até R$ 9,6 mil, e outros R$ 10 bilhões disponibilizados pelo banco em linha própria para famílias com renda superior a esse limite.
Veja abaixo como vai funcionar e o que é preciso fazer para participar:
Modalidades de financiamento
Taxas de juros por faixa de renda
O que pode ser financiado
Passo a passo para se inscrever
Fontes de recursos e metas
Por que o programa foi criado
Cuidados para quem for participar
Modalidades de financiamento
O programa, coordenado pelo Ministério das Cidades, oferecerá duas modalidades principais de financiamento:
Para famílias com renda de até R$ 9,6 mil mensais: financiamento a partir de R$ 5 mil, com prazo de pagamento de até 60 meses.
Para famílias com renda acima de R$ 9,6 mil: condições serão definidas pela Caixa; o financiamento terá valor mínimo de R$ 30 mil, prazo de pagamento de até 180 meses, com taxas variando conforme o valor do crédito.
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Taxas de juros por faixa de renda
As taxas de juros variam conforme a faixa de renda da família:
Faixa 1 (renda até R$ 3.200): juros a partir de 1,17% ao mês.
Faixa 2 (renda entre R$ 3.200,01 e R$ 9.600): juros de 1,95% ao mês.
Acima de R$ 9.600: juros entre 1,33% a 1,95% ao mês, e financiamento de até 50% do valor de avaliação do imóvel, limitado ao teto do Sistema Financeiro de Habitação (SFH), recentemente atualizado para R$ 2,250 milhões.
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Arquiteto viraliza nas redes sociais com reforma de casa simples na periferia de Brasília
Marcos Vinícius Teixeira da Silva/ arquivo pessoal
O que pode ser financiado
Os recursos poderão ser usados para:
🏡compra de materiais de construção;
🏡pagamento de mão-de-obra;
🏡contratação de serviços técnicos, como elaboração de projeto ou acompanhamento de obra.
Além disso, para evitar sobreendividamento, o valor da parcela será limitado a 25% da renda familiar. E cada família poderá ter apenas uma operação ativa por vez.
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Passo a passo para se inscrever
A contratação será simplificada e feita digitalmente, pelo site ou aplicativo da Caixa, a partir de 3 de novembro.
Veja o passo a passo:
Acesse o site da Caixa e preencha as informações sobre renda e imóvel no campo destinado, para verificar se você atende aos critérios do programa. Inicialmente, segundo a Caixa, as contratações poderão acontecer tanto no aplicativo e na rede de agências do banco;
Caso você se enquadre no programa e o empréstimo seja contratado por apenas um membro da família, você será direcionado para o aplicativo para concluir a contratação de forma digital;
Após aprovação, assine o contrato digitalmente;
Envie fotos do imóvel antes da reforma. A ideia é que em pouco tempo o primeiro depósito seja liberado na conta;
Realize as compras e dê início à obra;
Envie novas fotos comprovando o andamento ou a conclusão da obra. Após isso, o restante do crédito será liberado.
Segundo a Caixa, as famílias que possuem mais de um integrante com renda ou que não têm conta na Caixa devem procurar uma agência do banco para realizar a contratação.
O banco ainda informou que, nas linhas do Minha Casa, Minha Vida, "não haverá necessidade de garantia do imóvel".
"A liberação dos recursos ocorrerá em conta corrente ou poupança em duas etapas: 90% na contratação e 10% após envio de fotos da reforma, que deve ser realizado por meio do aplicativo Caixa", disse o banco em nota oficial.
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Fontes de recursos e metas
Dos R$ 40 bilhões anunciados, estão previstas duas fontes:
R$ 30 bilhões provenientes do Fundo Social (voltados para famílias com renda até R$ 9,6 mil).
R$ 10 bilhões da Caixa, via Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), para as famílias com renda acima desse limite.
O governo tem como meta inicial realizar 1,5 milhão de contratações.
O programa atenderá famílias que já possuem imóvel, mas enfrentam problemas estruturais ou de adequação — por exemplo, telhados danificados, pisos comprometidos, instalações elétricas ou hidráulicas precárias, falta de acessibilidade ou necessidade de ampliação.
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Por que o programa foi criado
O programa parte do diagnóstico de que o déficit habitacional brasileiro não se restringe à falta de moradias, mas também à inadequação das que já existem.
Durante evento em maio, Lula destacou que “o cidadão que quiser reformar a sua casa, fazer uma garagem, um quarto, um banheiro, esse cidadão tem o direito de ir ao banco e pegar um crédito com o juro mais barato possível.”
Segundo o governo, a iniciativa complementa o novo modelo de crédito imobiliário anunciado em 10 de outubro.
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Cuidados para quem for participar
É necessário comprovar que o crédito está sendo usado apenas para a reforma permitida — quem tentar burlar as regras poderá perder as taxas reduzidas e passar a responder por condições de crédito comum.
A comprovação das obras será feita por meio de fotos que serão analisadas por inteligência artificial, para verificar se as imagens correspondem ao imóvel declarado, se houve manipulação ou montagem, entre outros aspectos.
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Imóveis.
Crédito: Divulgação
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03/11 -
Black Friday 2025: tudo o que você precisa saber para fazer boas compras
Consumidor pode aumentar vantagens ao usar as plataformas certas
PicPay/Divulgação
Data mais importante do varejo nacional, a Black Friday é um dos períodos mais aguardados do ano pelos consumidores. Com descontos mais vantajosos do que no restante do ano, muita gente espera o fim de novembro para tirar do papel aquela compra planejada. Enquanto o dia não chega, vale se preparar para saber identificar as ofertas reais e garantir uma experiência de compra segura.
O PicPay, um dos principais bancos digitais do país, está de olho no que vem por aí e reuniu uma série de dicas para que o consumidor aproveite ao máximo a Black Friday e termine a jornada de compra satisfeito. A última edição revela o interesse cada vez maior pela data: em 2024, somente no PicPay, foram mais de R$ 11 bilhões transacionados - um avanço de 35% em relação a 2023.
Em 2025, segundo o banco, 80% dos usuários já sinalizam intenção de compra, reforçando a relevância da data e a importância de se preparar com antecedência.
Compras com proteção em cada clique
Como aliado dos consumidores, o PicPay torna o processo de compra mais simples e eficiente, com segurança do início ao fim. Cada transação é protegida por múltiplas camadas de proteção, formando um verdadeiro escudo digital.
“O consumidor encontra uma experiência de ponta a ponta na Black Friday do PicPay: desde o planejamento das compras, flexibilidade para pagar como preferir até ofertas e benefícios exclusivos. Nosso objetivo é unir conveniência, segurança e economia para que cada usuário aproveite ao máximo a data mais importante do varejo”, destaca Alexandre Moshe, VP Executivo de Audiências e Ecossistemas do PicPay.
Chegue preparado na Black Friday com as dicas a seguir.
1. Planeje com antecedência
Planejar com antecedência é o primeiro passo para aproveitar melhor a Black Friday. De acordo com uma pesquisa do PicPay, 45% dos consumidores começam a se preparar mais de um mês antes, o que faz toda a diferença na hora de encontrar boas oportunidades.
Uma boa prática é listar os produtos de interesse e acompanhar a variação de preços ao longo das semanas. Assim, fica mais fácil identificar descontos realmente vantajosos e evitar falsas promoções.
E se você já sabe quanto pretende gastar, vale deixar esse valor guardado em um lugar onde ele possa render, como no Cofrinho PicPay, que oferece rendimento de até 121% do CDI. Até a Black Friday chegar, seu dinheiro trabalha por você. E o desconto fica ainda melhor.
2. Compare ofertas
Nem todo desconto é o que parece. Por isso, comparar ofertas continua sendo uma das estratégias mais eficazes para aproveitar a Black Friday com inteligência.
A boa notícia é que agora dá pra fazer isso em um só lugar: no PicPay Shop, você pode buscar produtos, conferir os preços de diferentes lojas e escolher o melhor custo-benefício sem sair do app.
Além de economizar tempo, essa prática ajuda a evitar falsas promoções e garante que o desconto que parece bom seja realmente vantajoso.
3. Use o Pix para rapidez e economia
Usar o Pix é uma das formas mais práticas e econômicas de aproveitar a Black Friday. Em 2024, 48% das compras realizadas no PicPay durante o período foram pagas com Pix — reflexo da agilidade e da liquidação imediata que o meio oferece.
Além da conveniência, muitas lojas ainda disponibilizam condições especiais para quem opta por pagar dessa forma, tornando o desconto ainda mais vantajoso.
4. Fique de olho nas grandes categorias e tendências
A Black Friday é uma excelente oportunidade para investir em categorias que tradicionalmente concentram as melhores ofertas. Eletrônicos, eletrodomésticos e itens de marketplace, por exemplo, estão entre os campeões de vendas e registraram um crescimento de 205% no PicPay na mesma época do ano passado.
Ficar de olho nessas tendências ajuda a direcionar melhor suas compras e aproveitar os maiores descontos do período.
5. Aproveite o cashback para estender o desconto
Durante a Black Friday, uma das estratégias mais eficazes para economizar é usar o cashback a seu favor. Plataformas como o PicPay oferecem esse benefício, que consiste em devolver parte do valor gasto na compra para o cliente. Assim, é possível planejar suas compras de forma inteligente e aproveitar ao máximo cada oferta da Black Friday.
6. Verifique a reputação da loja antes de comprar
Verificar a reputação da loja é uma etapa essencial antes de qualquer compra, especialmente em datas como a Black Friday, quando o volume de transações cresce e as tentativas de fraude também.
Em 2024, foram registradas 17,8 mil tentativas de golpe, segundo levantamento da ConfiNeotrust e da ClearSale. As operações barradas somaram R$ 27,6 milhões, com um ticket médio de R$ 1.550 — três vezes maior que o das compras legítimas.
Por isso, prefira sempre sites reconhecidos ou marketplaces confiáveis e cheque com atenção as políticas de troca e devolução. Esses cuidados simples ajudam a garantir que o desconto não saia caro.
7. Atenção a produtos não planejados - mas com bons preços
Mesmo com planejamento, é comum que a Black Friday traga oportunidades que estão fora da lista. Segundo dados do PicPay, 70% dos consumidores acabam comprando algo não planejado — e tudo bem, desde que a oferta seja realmente vantajosa e o orçamento permaneça sob controle.
Nessas horas, ter flexibilidade no pagamento faz toda a diferença. No PicPay Shop, por exemplo, é possível escolher entre sete formas diferentes de pagar, o que ajuda a equilibrar o impulso de aproveitar uma boa promoção com uma decisão financeira consciente.
8. Aproveite oportunidades além da Black Friday
Depois da Black Friday, a economia não precisa parar: a Cyber Monday e o período que antecede o Natal trazem ótimas oportunidades para quem quer comprar com inteligência.
Na Cyber Monday, primeira segunda-feira após a Black Friday, muitos produtos digitais e eletrônicos continuam com desconto, então vale planejar com antecedência e aproveitar o que ficou de promoção. Já no Natal, liquidações de fim de ano e ofertas de estoque final permitem garantir presentes e itens essenciais por preços melhores.
O segredo é se organizar e transformar cada data em oportunidade, em vez de só consumir por impulso.
Ainda não tem uma conta PicPay? Acesse o site e abra a sua.
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03/11 -
Governo federal proíbe todos os cafés da marca Vibe Coffee
Cafés da marca Vibe Coffee, proibida pelo governo federal
Divulgação
O governo federal proibiu nesta segunda-feira (3) a venda de todos os cafés da marca Vibe Coffee, do Espírito Santo.
Publicado no Diário Oficial da União, o veto foi feito pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e inclui a comercialização, distribuição, fabricação propaganda e uso do produto.
Segundo a Anvisa, a proibição ocorreu pelos seguintes motivos:
ausência de licença sanitária da empresa;
ausência de regularização dos produtos (comunicado de início de fabricação);
falhas graves de boas práticas de fabricação, como ausência de rastreabilidade, ausência de procedimentos operacionais padrão e condições inadequadas de higienização;
irregularidades constadas em uma inspeção da Vigilância Sanitária do Espírito Santo.
Em nota, a Vibe Coffee afirma que não possui qualquer auto de infração, notificação ou processo administrativo junto ao órgão.
E que foi a própria empresa quem solicitou uma inspeção da Vigilância Sanitária estadual, "com o objetivo de obter orientações técnicas para a emissão do alvará sanitário".
Após terem sido identificadas "algumas irregularidades estruturais e ausência de determinados Procedimentos Operacionais Padrão", a empresa suspendeu suas atividades para realizar as obras e adequações necessárias.
"Após as correções, todas as evidências serão encaminhadas à Vigilância Sanitária estadual para reavaliação e liberação do retorno das operações", afirmou a Vibe Coffee.
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Governo proíbe pó para café em sachê da marca Cafellow
Governo federal proíbe pó para café em sachê da marca Cafellow
Em seu site, a Vibe Coffee comercializa vários cafés nas versões moído ou em grão. Segundo a empresa, os produtos são fabricados a partir de grãos oriundos de produtores do Espírito Santo e de Minas Gerais.
Essa foi a segunda proibição relacionada a marcas de café vendidas pela internet em menos de uma semana. Na última quinta-feira (30), a Anvisa vetou o pó para preparo de café em sachê Fellow Criativo, da marca Cafellow.
O produto, também vendido por meio de e-commerce, contém o extrato de cogumelo Agaricus Bisporus, “ingrediente não avaliado quanto à segurança de uso em alimentos”, segundo a agência.
ENTENDA:
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Divulgação
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03/11 -
iFood paga quase R$1 bilhão em tributos após derrota judicial sobre benefício tributário indevido
O iFood pagou quase R$ 1 bilhão em tributos à Receita Federal após o governo obter vitória na Justiça, que considerou indevido o uso de benefícios fiscais desde 2023 pela gigante de intermediação de entregas no Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse).
Apesar de ter tido as suas receitas fortemente multiplicadas durante a pandemia de Covid-19 diante do boom das entregas de alimentos em domicílio, o iFood foi a empresa que mais deixou de recolher impostos sob o programa, criado com o objetivo declarado de socorrer setores impactados pelas restrições de circulação nas cidades.
Originalmente uma empresa brasileira, o iFood passou a ser 100% controlado pelo grupo holandês Prosus em 2022.
Decisão de agosto do Tribunal Regional Federal da 3ª Região que ainda não havia sido levada a público confirmou a tese do governo de que o iFood não tinha direito à isenção de impostos sob o programa após a edição de uma portaria que limitou as atividades elegíveis.
Veja os vídeos em alta no g1
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O entendimento do tribunal é que os pagamentos deveriam ter sido retomados a partir de maio de 2023, mas a companhia continuou se beneficiando sob o amparo de liminares.
Em documento visto pela Reuters, a Receita Federal citou no processo “enorme dano ao erário” e apontou que a empresa deixou de recolher, de maneira indevida, mais de R$900 milhões em tributos federais.
Ifood diz que está em dia com obrigações
Em resposta sobre a decisão da Justiça, o iFood informou que já fez os pagamentos dos valores devidos em parcelas nos meses de setembro e outubro, ressaltando que está “em dia com todas as suas obrigações junto à Receita”.
"O iFood esclarece que os recursos utilizados para o pagamento desses tributos estavam provisionados no seu balanço e, portanto, não houve impacto financeiro na operação," disse em nota.
A empresa acrescentou ainda que usufruiu do benefício somente enquanto esteve vigente a decisão judicial que o autorizava a fazê-lo, tendo interrompido seu uso desde janeiro deste ano.
Os pagamentos ajudam o governo na busca pela meta de déficit fiscal zero neste ano, enquanto a equipe econômica avalia soluções para cobrir o buraco aberto no Orçamento depois que o Congresso Nacional derrubou a medida provisória 1303, que elevava tributos e previa alguns cortes de despesas.
Procurada, a Receita Federal afirmou que não comenta temas em discussão no Poder Judiciário nem situações que envolvam contribuintes específicos.
Criado em 2021, o Perse zerou alíquotas de IRPJ, CSLL, PIS e Cofins para empresas dos setores de eventos e turismo e áreas correlatas.
O programa, porém, passou por alterações legais que miravam restringi-lo desde o governo Jair Bolsonaro, e foi extinto em abril deste ano depois da aprovação de um teto de R$15 bilhões em renúncia fiscal, parte do esforço do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para reduzir gastos tributários.
“O Perse estava previsto para terminar quando a renúncia fiscal chegasse aos R$15 bilhões. Então, como o iFood era o maior beneficiário do programa, estava lá em primeiro lugar, ele foi consumindo esse limite, e os outros contribuintes começaram a se sentir, inclusive, prejudicados”, disse a procuradora da Fazenda Nacional Raquel Mendes.
Segundo ela, o pagamento do iFood ao governo não vai gerar uma reabertura do Perse para novas concessões de benefícios, apesar de, na prática, os R$15 bilhões de limite do programa não terem sido efetivamente consumidos após a devolução dos tributos.
Argumentos do fisco anexados ao processo apontam que a empresa de entregas “sequer foi afetada pela pandemia, pelo contrário, cresceu absurdamente”, com receitas tributáveis mensais que saltaram de R$236 milhões em março de 2020 para R$836 milhões em dezembro de 2022 e R$1,2 bilhão em dezembro de 2024.
A elevada renúncia de arrecadação gerada pelo Perse mesmo após o fim da pandemia foi alvo de críticas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que descrevia o programa como mal desenhado, com renúncias excessivas que dificultavam o trabalho do governo para melhorar a trajetória das contas públicas.
Em 2023, ele chegou a propor a extinção do programa, mas por pressão do Congresso a iniciativa acabou prorrogada no ano passado, prevendo o teto de R$15 bilhões, valor que foi consumido em menos de um ano.
Celso Tavares/G1
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03/11 -
Banco Central publica norma para acabar com 'contas-bolsão' usadas pelo crime organizado para lavar dinheiro
O Banco Central publicou uma resolução nesta segunda-feira (3) com o objetivo de fechar contas-bolsão irregulares, que têm sido utilizadas por organizações criminosas para lavar dinheiro.
💰Contas-bolsão são contas bancárias únicas abertas por fintechs em um banco tradicional para centralizar e movimentar dinheiro de um grupo de clientes, como se fosse um cofre comum. Para o banco em que a conta-bolsão foi aberta, o titular da conta é apenas a fintech que a abriu.
💸Fintechs são empresas de base tecnológica que oferecem soluções financeiras de forma 100% digital.
🔎Esse tipo de mecanismo, de conta-bolsão, dificulta a identificação, de forma individualizada, da origem e o rastreio dos recursos movimentados.
Investigação revela como fintechs lavam dinheiro do PCC no mercado ilegal de combustíveis
Esse tipo de conta-bolsão foi utilizado pelo Primeiro Comando da Capital (PCC) para lavar dinheiro do crime organizado. Os criminosos se aproveitam da brecha que não prevê a comunicação às autoridades de controle dos nomes dos clientes da conta-bolsão e dos valores que são movimentados.
🔎Na megaoperação Carbono Oculto, realizada em agosto deste ano e com foco no setor de combustíveis, foi identificado o uso da fintech BK Bank para operações com dinheiro ilícito em contas-bolsão. De acordo com a Receita Federal, no período de cinco anos, os bandidos movimentaram R$ 46 bilhões somente nesta fintech.
As normas publicadas nesta segunda-feira entram em vigor em 1º de dezembro. Pelas regras, as instituições deverão estabelecer critérios próprios para identificar irregularidades nas contas-bolsão. Para isso, poderão utilizar dados armazenados em bases públicas ou privadas.
"[A medida] visa acabar com as chamadas 'contas-bolsão', que ocorrem quando o cliente titular utiliza os recursos mantidos nas contas para efetuar pagamentos, recebimentos ou compensações em nome de terceiros, com o objetivo de ocultar ou substituir obrigações financeiras desses terceiros", afirmou o Banco Central em nota.
Segundo a diretora de Cidadania e Supervisão de Conduta do Banco Central, Izabela Correa, o BC tem observado a utilização de conta de clientes de forma irregular por meio das chamadas contas-bolsão.
"São normas que a gente já tinha antecipado que publicaríamos ao longo desse ano. A gente traz algumas obrigatoriedades ao sistema financeiro, de encerramento de relacionamento quando a instituição identificar que o cliente utiliza a conta com objetivo de pagamento sem respaldo legal", acrescentou a diretora do BC, Izabela Correa.
Izabela reiterou que as regras somente têm o objetivo de acabar com as contas-bolsão irregulares, ou seja, aquelas utilizadas para ocultar ou inviabilizar a identificação dos titulares dos recursos. As contas lícitas, como as de negociação de câmbio, conhecidas como Forex, por exemplo, não serão fechadas.
Infográfico explica caminho do dinheiro no esquema do PCC.
Arte/g1
Capital mínimo
O Banco Central e o Conselho Monetário Nacional (CMN) também aumentaram o chamado "capital mínimo" que as instituições financeiras precisam para poder operar no país.
O objetivo também é dificultar desvios de recursos pelo sistema PIX e a lavagem de dinheiro pelo crime organizado.
"Não existe bala de prata, o que a gente tem são varias ações em que se procura reforçar diferentes pontos do sistema. Vai se investir em melhores controles para que a gente tenha o fechamento de diferentes portas no sistema financeiro", disse Gilneu Vivan, diretor de Regulação do BC.
Segundo o governo, a fixação de limites mínimos de capital social integralizado e de patrimônio líquido constitui "medida essencial para assegurar a adequada estrutura patrimonial das instituições e a preservação da solidez do sistema como um todo".
Conforme o BC, haverá uma regra de transição para as instituições:
Até 30/06/2026 – Regra atual
De 30/06/2026 até 31/12/2026: 25%
De 01/01/2027 até 30/06/2027: 50%
De 01/07/2027 até 31/12/2027: 75%
A partir de 01/01/2028: 100% regra nova
A nova regulação também prevê uma parcela adicional de capital às instituições que utilizem em sua nomenclatura a expressão "banco" ou qualquer termo que sugira tratar-se de um banco, seja em português ou em outro idioma.
Aumento do capital mínimo
Reprodução de apresentação do BC
Operação do MP-SP com Receita e Polícia Federal
TV Globo
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03/11 -
Forbes revela os mais ricos do mundo em novembro; veja o ranking e o que mudou
Forbes revela os mais ricos do mundo em novembro
Outubro foi marcante para Elon Musk. No dia 1º de outubro, o CEO da Tesla e da SpaceX se tornou a primeira pessoa do mundo a acumular um patrimônio superior a US$ 500 bilhões (R$ 2,66 trilhões).
Mesmo com leve queda para US$ 497 bilhões (R$ 2,68 trilhões), ele segue como o mais rico do planeta em novembro, segundo o novo ranking atualizado pela Forbes e divulgado no sábado (1º).
📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça
A fortuna aumentou US$ 6 bilhões (R$ 32,4 bilhões), ampliando a vantagem sobre Larry Ellison para US$ 28 bilhões (R$ 151,2 bilhões) — um total de US$ 177 bilhões (R$ 955,8 bilhões) à frente do rival.
Como os preços das ações variam com frequência, os valores de patrimônio líquido mudam diariamente. A seguir, estão as 10 pessoas mais ricas do mundo em 1º de novembro de 2025, segundo a revista.
Veja a lista abaixo da Forbes:
1. Elon Musk (Tesla, SpaceX e X): US$ 497 bilhões
2. Larry Ellison (Oracle): US$ 320 bilhões
3. Jeff Bezos (Amazon): US$ 254 bilhões
4. Larry Page (Google): US$ 232 bilhões
5. Mark Zuckerberg (Meta): US$ 232 bilhões
6. Sergey Brin (Google): US$ 215 bilhões
7. Bernard Arnault (LVMH): US$ 183 bilhões
8. Jensen Huang (Nvidia): US$ 176 bilhões
9. Steve Ballmer (Microsoft): US$ 156 bilhões
10. Michael Dell (Dell Technologies): US$ 155 bilhões
Mudanças no ranking
As ações da Tesla subiram 3% em outubro, enquanto as da Oracle caíram 7%, fazendo Larry Ellison perder US$ 22 bilhões e ver sua fortuna recuar para US$ 320 bilhões.
Após atingir US$ 400 bilhões em setembro e se tornar brevemente a pessoa mais rica do mundo, Ellison foi afetado por dúvidas sobre o lucro do negócio de nuvem e sua parceria com a OpenAI.
Já Mark Zuckerberg, fundador e CEO da Meta, teve a maior perda do mês: US$ 29 bilhões, após resultados fracos da companhia, caindo para o 5º lugar. Jeff Bezos, por sua vez, subiu para o 3º, com a valorização de 11% das ações da Amazon, elevando sua fortuna a US$ 254 bilhões.
Os cofundadores do Google, Larry Page e Sergey Brin, ganharam US$ 30 bilhões e US$ 28 bilhões, respectivamente, com o avanço de 16% das ações da Alphabet.
Michael Dell retornou ao top 10, com fortuna de US$ 155 bilhões, impulsionado pela alta das ações da Dell e da Broadcom. Ele ultrapassou Warren Buffett, que perdeu US$ 7 bilhões e saiu da lista dos dez mais ricos.
1. Elon Musk
Elon Musk em foto de 16 de junho de 2023
REUTERS/Gonzalo Fuentes/File Photo
Patrimônio líquido: US$ 497 bilhões
Fonte da fortuna: Tesla, SpaceX, xAI, X
Idade: 53 anos
Residência: Austin, Texas
Cidadania: Estados Unidos
Com alta de US$ 6 bilhões desde o mês passado, a fortuna de Elon Musk pode ficar ainda maior. Isso porque os acionistas da Tesla votarão nesta semana a proposta de um pacote salarial de US$ 1 trilhão ao bilionário. No entanto, a proposta tem sofrido críticas recorrentes ao conselho da companhia.
Musk é CEO da Tesla e da SpaceX, presidente e diretor de tecnologia da rede social X (antigo Twitter) e fundador da empresa de inteligência artificial xAI.
Nascido na África do Sul, mudou-se para o Canadá antes dos 18 anos, estudou na Queen’s University e depois na Universidade da Pensilvânia, onde se formou em economia.
Sua trajetória empresarial inclui a criação do banco online X.com, que se fundiu com a empresa de Peter Thiel para formar o PayPal, vendido ao eBay em 2002.
Musk fundou a SpaceX no mesmo ano e ingressou na Tesla em 2004 como investidor e presidente, tornando-se CEO em 2008 e levando a companhia à bolsa em 2010. Ele também cofundou a OpenAI em 2015, mas deixou o conselho três anos depois.
Musk tornou-se a pessoa mais rica do mundo em setembro de 2021, posição que manteve durante boa parte de 2022. Após oscilar entre o primeiro e o segundo lugar nos anos seguintes, retomou a liderança em maio de 2024, quando a xAI captou US$ 6 bilhões em investimentos privados. Segundo ele, a empresa agora vale US$ 80 bilhões.
O empresário detém cerca de 12% das ações da Tesla, parte delas usada como garantia para empréstimos.
Em junho de 2024, os acionistas aprovaram um pacote de opções de ações vinculadas ao desempenho, que pode chegar a US$ 90 bilhões. Esse mesmo pacote havia sido anulado por uma juíza de Delaware, que o classificou como a maior remuneração já vista nos mercados públicos.
2. Larry Ellison
Larry Ellison, fundador da Oracle.
Oracle PR via Hartmann Studios
Patrimônio líquido: US$ 320 bilhões
Fonte da fortuna: Oracle
Idade: 80 anos
Residência: Woodside, Califórnia
Cidadania: Estados Unidos
Em janeiro, Ellison participou do anúncio do Projeto Stargate, parceria entre a Oracle, a OpenAI, a Softbank e a MGX dos Emirados Árabes Unidos. O consórcio havia prometido investir US$ 500 bilhões em infraestrutura de inteligência artificial nos EUA ao longo de quatro anos, mas reduziu suas metas para 2025, limitando-se à construção de um pequeno data center.
Em agosto, Ellison se uniu ao filho, David, para viabilizar a fusão entre a Paramount e a Skydance Media, empresa de David. Com o acordo, passou a controlar cerca de 77,5% dos direitos de voto da nova companhia.
O bilionário também foi investidor da Tesla e integrou o conselho da montadora entre 2018 e 2022.
Cofundador da Oracle em 1977, Ellison ocupou o cargo de CEO até 2014 e atualmente atua como presidente do conselho e diretor de tecnologia. Em 2012, adquiriu 98% da ilha de Lanai, no Havaí, por US$ 300 milhões, além de manter residências na Califórnia, Nevada e Flórida.
3. Jeff Bezos
Jeff Bezos sofreu perdas bilionárias com queda das ações da Amazon
Pablo Martinez Monsivais/AP Photo
Patrimônio líquido: US$ 254 bilhões
Fonte da fortuna: Amazon
Idade: 61 anos
Residência: Miami, Flórida
Cidadania: Estados Unidos
Fundador da gigante do e-commerce em 1994, Bezos foi CEO até 2021 e atualmente ocupa o cargo de presidente executivo do conselho.
No ano em que deixou o comando da Amazon, Bezos viajou ao espaço em um foguete da Blue Origin, empresa aeroespacial que fundou e financia com bilhões de dólares.
Em 2025, a companhia ganhou destaque ao enviar uma tripulação composta apenas por mulheres, incluindo a cantora Katy Perry, a apresentadora Gayle King e Lauren Sanchez, nova esposa de Bezos.
Antes de fundar a Amazon em sua garagem em Seattle, Bezos trabalhou no McDonald’s, formou-se em Princeton e atuou no fundo de investimentos D.E. Shaw.
A Amazon começou como uma livraria online e evoluiu para um império do varejo digital, expandindo-se para serviços de nuvem com a AWS e para o entretenimento com o Amazon Prime Video.
Bezos liderou o ranking de bilionários da Forbes entre 2018 e 2021, mas caiu para a segunda posição em 2022 e para a terceira em 2024.
Em 2019, divorciou-se de MacKenzie Scott, que ficou com 4% das ações da Amazon, enquanto ele manteve 12%. Desde então, reduziu sua participação para cerca de 9%, após vendas e doações que ultrapassam US$ 38 bilhões.
Além da Amazon e da Blue Origin, diversifica seus investimentos por meio da Bezos Expeditions, com participações em empresas como Airbnb e Workday.
4. Larry Page
Larry Page fundou a Calico (California Life Company), voltada para pesquisas sobre a longevidade
Divulgação
Patrimônio líquido: US$ 232 bilhões
Fonte da fortuna: Google
Idade: 52 anos
Residência: Palo Alto, Califórnia
Cidadania: Estados Unidos
Page fundou o Google em 1998 ao lado de Sergey Brin, colega de doutorado em Stanford. Foi CEO até 2001 e reassumiu o comando entre 2011 e 2015. Hoje, integra o conselho da Alphabet, holding que controla o Google, e segue como um dos principais acionistas da companhia.
No fim de 2024, o Departamento de Justiça dos EUA recomendou que o Google vendesse o navegador Chrome para reduzir seu domínio online. A companhia respondeu que a medida prejudicaria consumidores e a liderança tecnológica americana.
Fora do Google, Page foi um dos investidores fundadores da Planetary Resources, empresa voltada à mineração de asteroides, adquirida pela companhia de blockchain ConsenSys em 2018.
5. Mark Zuckerberg
Mark Zuckerberg, CEO da Meta
ANDREW CABALLERO-REYNOLDS / AFP
Patrimônio líquido: US$ 232 bilhões
Fonte da fortuna: Meta (Facebook)
Idade: 41 anos
Residência: Palo Alto, Califórnia
Cidadania: Estados Unidos
Zuckerberg cofundou o Facebook em 2004, enquanto estudava em Harvard. A rede social cresceu e se tornou a maior do mundo, com bilhões de usuários. Sob sua liderança, a empresa adquiriu e expandiu o Instagram e o WhatsApp, consolidando o ecossistema da Meta.
Atualmente, Zuckerberg é CEO da Meta, empresa que abriu capital em 2012. Ele mantém aproximadamente 13% das ações da companhia, participação que garante forte influência nas decisões estratégicas.
6. Sergey Brin
Sergey Brin na festa do Oscar da Vanity Fair após a 97ª edição do Oscar, em Beverly Hills, Califórnia, EUA, em 2 de março de 2025
REUTERS/Danny Moloshok
Patrimônio líquido: US$ 215 bilhões
Fonte da fortuna: Google
Idade: 51
Residência: Los Altos, Califórnia
Cidadania: Estados Unidos
Brin fundou o Google em 1998 ao lado de Larry Page, enquanto ambos faziam doutorado em ciência da computação em Stanford. Atualmente, integra o conselho da Alphabet e permanece como um dos maiores acionistas da empresa.
Em 2024, Brin deixou a semi-aposentadoria para colaborar no desenvolvimento do Gemini AI. Ele foi creditado como “colaborador principal” no lançamento do modelo em dezembro.
7. Bernard Arnault
Bernard Arnault, CEO da LVMH, ao chegar para participar de um jantar de estado oficial no Palácio do Eliseu, em Paris, em 6 de maio de 2024.
Ludovic Marin/AFP
Patrimônio líquido: US$ 183 bilhões
Fonte da fortuna: LVMH
Idade: 76
Residência: Paris
Cidadania: França
Arnault é CEO do maior conglomerado de luxo do mundo, que possui cerca de 70 marcas, incluindo Louis Vuitton, Dior, Moët & Chandon, Sephora e Tiffany & Co.
O executivo iniciou sua carreira investindo parte da fortuna herdada da família, ligada à construção civil, na compra da Christian Dior. Desde então, construiu um império que hoje envolve seus cinco filhos, todos ocupando cargos estratégicos na LVMH.
O bilionário já foi considerado a pessoa mais rica do mundo em 2023 e voltou a liderar brevemente o ranking entre fevereiro e maio de 2024.
8. Jensen Huang
O diretor-executivo da Nvidia, Jensen Huang, em um discurso de abertura na Consumer Electronics Show (CES) em Las Vegas, Nevada, em 6 de janeiro de 2025
Getty Images
Patrimônio líquido: US$ 176 bilhões
Fonte da fortuna: Nvidia
Idade: 62
Residência: Los Altos, Califórnia
Cidadania: Estados Unidos
Huang cofundou a Nvidia em 1993 e possui cerca de 3% da empresa, que abriu capital em 1999. Sob sua liderança, as GPUs (Unidades de Processamento Gráfico) da Nvidia se tornaram essenciais para o desenvolvimento de inteligência artificial.
Em 30 de junho de 2025, a companhia atingiu valor de mercado de US$ 3,9 trilhões.
Nascido em Taiwan, Huang passou parte da infância na Tailândia antes de se mudar com o irmão para os Estados Unidos, enviado pelos pais devido à instabilidade política na região.
9. Steve Ballmer
Steve Ballmer
Arquivo pessoal
Patrimônio líquido: US$ 156 bilhões
Fonte da fortuna: Microsoft, LA Clippers
Idade: 69
Residência: Washington
Cidadania: Estados Unidos
Colega de Bill Gates em Harvard, Ballmer entrou na Microsoft em 1980 como o 30º funcionário, após abandonar o MBA em Stanford. Ele liderou a empresa como CEO entre 2000 e 2014.
Após se aposentar, Ballmer adquiriu o time de basquete Los Angeles Clippers por US$ 2 bilhões, na época um recorde na NBA. Atualmente, a equipe é avaliada em US$ 5,5 bilhões, segundo a Forbes.
10. Michael Dell
Michael Dell
Reprodução/X
Patrimônio líquido: US$ 155 bilhões
Fonte da fortuna: Dell Technologies
Idade: 60
Residência: Austin, Texas
Cidadania: Estados Unidos
Michael Dell começou aos 19 anos vendendo computadores no dormitório da Universidade do Texas, faturando US$ 80 mil no primeiro ano. Hoje, é presidente e CEO da Dell Technologies, criada em 2016 após a fusão de US$ 60 bilhões entre a Dell e a EMC.
Após abrir o capital em 1988, Dell retirou a empresa da bolsa em 2013 em parceria com a Silver Lake Partners, levando-a de volta ao mercado em 2018 após uma reestruturação financeira.
Em 2021, a divisão de nuvem VMware foi separada da companhia e, dois anos depois, vendida à Broadcom por US$ 69 bilhões (R$ 372,6 bilhões) — dos quais 39% foram destinados à Dell.
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g1
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03/11 -
Desigualdade salarial: mulheres recebem 21% menos que homens no setor privado
Mulheres recebem menos que homens no setor privado
As mulheres recebem 21,2% menos do que homens na comparação entre os empregados pelo setor privado do país. Os dados são do Relatório de Transparência Salarial e Critérios Remuneratórios, divulgado nesta segunda-feira (3) pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
As informações fazem parte do Relatório Anual de Informações Sociais (RAIS), que analisaram aproximadamente 54 mil empresas com 100 ou mais empregados, considerando o período entre o segundo semestre de 2024 e o primeiro semestre de 2025.
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A desigualdade salarial tem piorado desde o início da série histórica: no primeiro relatório, publicado em março do ano passado, a diferença era de 19,4%. No segundo, em setembro, subiu para 20,7%. Já o terceiro, divulgado em abril deste ano, registrou uma diferença salarial de 20,9% — número que evoluiu para os atuais 21,2%.
Os dados reforçam o que já havia sido indicado pelo último Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE): mesmo com maior escolaridade, as mulheres seguem recebendo cerca de 20% menos que os homens.
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O levantamento do MTE avaliou mais de 19,4 milhões de vínculos empregatícios, dos quais 41,1% são de mulheres e 58,9% de homens. A remuneração média das mulheres é de R$ 3.908,76, enquanto a dos homens chega a R$ 4.958,43.
O número de mulheres empregadas nas grandes empresas subiu de 7,2 milhões em 2023 para 8 milhões em 2025, elevando a participação feminina de 40% para 41,1%. No entanto, a massa de rendimentos das mulheres representa apenas 35% do total.
Se a massa de rendimentos — soma total dos valores recebidos pelas pessoas ocupadas — acompanhasse o crescimento da presença feminina no mercado de trabalho, cerca de R$ 92,7 bilhões poderiam ser injetados na economia.
Distribuição em locais com mais de 100 empregados.
Arte/g1
Distribuição salarial nos locais com mais de 100 empregados.
Arte/g1
Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgados pelo IBGE, mostram que a presença das mulheres no mercado de trabalho cresceu de forma significativa nos últimos anos.
Entre o segundo trimestre de 2016 e o segundo trimestre de 2025, o número de mulheres ocupadas aumentou de 37,9 milhões para 44,6 milhões — um acréscimo de mais de 6,7 milhões. Já o número total de homens ocupados subiu de 51,9 milhões para 57,7 milhões, um crescimento de 5,8 milhões na mesma base de comparação.
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Desigualdade salarial por raça
A desigualdade salarial é mais acentuada entre mulheres negras e homens não negros. A diferença nos salários medianos de admissão entre esses grupos chega a 33,5% — R$ 1.836,00 para mulheres negras e R$ 2.764,30 para homens não negros.
Já a diferença no rendimento médio é ainda maior: 53,3%. Mulheres negras recebem, em média, R$ 2.986,50, enquanto homens não negros ganham R$ 6.391,94. Na prática, isso representa uma remuneração aproximadamente 114% superior para os homens não negros. (Veja o comparativo abaixo)
Diferença salarial entre gêneros pela remuneração.
Arte/g1
A ministra das Mulheres, Márcia Lopes, ressalta a urgência de combater desigualdades mais profundas, como a que afeta mulheres negras.
“A inserção das mulheres no mercado não basta. É inaceitável que mulheres negras recebam metade do rendimento de homens não negros. Temos como compromisso intensificar medidas que resolvem essas distorções, promovam políticas de apoio, como a ampliação da licença-paternidade e o auxílio-creche", afirma a ministra.
Segundo o documento, mesmo com os avanços no mercado de trabalho — com um crescimento de 21,1% no número de empresas com pelo menos 10% de mulheres negras desde 2023, de 29 mil para 35 mil companhias — as diferenças salariais continuam significativas.
O relatório aponta que, no mesmo período, subiu para 6,4% o número de estabelecimentos com diferença de até 5% nos salários médios para mulheres e homens, de 16,7 mil para 17,8 mil estabelecimentos.
Os dados também mostram que a desigualdade permanece elevada em diversos estados, como:
Paraná (28,5%);
Rio de Janeiro (28,5%);
Santa Catarina (27,9%);
Mato Grosso (27,9%);
Espírito Santo (26,9%).
Por outro lado, os estados com a menor diferença são:
Piauí (7,2%);
Amapá (8,9%);
Acre (9,1%);
Distrito Federal (9,3%);
Ceará (9,9%) e
Pernambuco (10,4%).
Mulheres vivem mais, ganham menos e, ao chegar à velhice, 50% delas vivem abaixo da linha de pobreza.
Surprising Snapshots para Pixabay
As justificativas para desigualdade
Segundo o levantamento, os principais motivos apontados pelas empresas para justificar as diferenças salariais são: tempo de experiência na empresa (78,7%), cumprimento de metas de produção (64,9%) e existência de plano de cargos, salários ou carreira (56,4%).
Além disso, apenas 38,9% das empresas afirmam ter políticas de promoção de mulheres, e 21,9% oferecem auxílio-creche. A licença parental estendida é adotada por 20,9% das empresas, enquanto 44% disponibilizam flexibilidade na jornada de trabalho.
O relatório também registra ações adicionais adotadas pelas empresas para promover a diversidade em seus quadros de empregados:
38,9% políticas de promoção de mulheres;
29,6% políticas de incentivo à contratação de mulheres;
23,1% incentivo à contratação de mulheres negras;
19,7% incentivo à contratação de mulheres com deficiência;
18,8% incentivo à contratação de pessoas LGBTQIA+;
18,9% incentivo à contratação de mulheres chefes de família;
7,8% incentivo à contratação de mulheres indígenas;
7,3% incentivo à contratação de mulheres vítimas de violência.
Ações para promover a diversidade nas empresas.
Arte/g1
O Ministério do Trabalho ainda reforça que, para promover a inclusão das mulheres no mercado de trabalho, é essencial oferecer apoio por meio de licenças parentais estendidas e acesso a creches.
“As empresas precisam avançar na construção de planos de ação que promovam a igualdade salarial entre homens e mulheres dentro de suas empresas. Precisamos acelerar esse processo”, afirma Paula Montagner, subsecretaria de Estatísticas e Estudos do Trabalho, da Pasta.
Dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT) apontam que o Brasil poderia ampliar sua economia em R$ 382 bilhões com a adoção de políticas voltadas à igualdade de gênero — valor que poderia dobrar com a plena equidade entre homens e mulheres.
O Banco Mundial também alerta que, caso as mulheres tivessem as mesmas oportunidades que os homens no mercado de trabalho, o Produto Interno Bruto (PIB) global poderia crescer mais de 20%.
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TV Globo
Fiscalização
Em 2025, a equipe de fiscalização do Ministério do Trabalho realizou 787 ações, que alcançaram cerca de um milhão de empregados. Dessas, 319 já foram concluídas e 468 estão em andamento, resultando em 154 autos de infração.
A fiscalização segue ativa, e as empresas devem comprovar a publicação do relatório de igualdade salarial, disponibilizado pelo MTE. Do total de 54.041 empresas, 38.233 (71%) fizeram o download do documento em outubro, e cerca de 31 mil informaram o site onde ele pode ser consultado.
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03/11 -
Ibovespa fecha acima dos 150 mil pontos pela 1ª vez e bate novo recorde; dólar cai a R$ 5,35
Congresso pode votar corte de gastos; Haddad comenta
O Ibovespa ultrapassou os 150 mil pontos pela primeira vez na história e registrou o sexto recorde seguido nesta segunda-feira (3). O principal índice da bolsa brasileira avançou 0,61%, fechando aos 150.454 pontos. O dólar, por sua vez, caiu 0,42%, cotado a R$ 5,3574.
Os investidores seguiram atentos ao cenário externo e mantiveram a expectativa pela decisão do Copom sobre os juros na quarta-feira (5). Diante da paralisação do governo dos EUA e do atraso na divulgação de dados oficiais, o mercado também acompanhou indicadores privados e declarações de integrantes do Federal Reserve (Fed), o banco central americano.
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▶️ No Brasil, o Boletim Focus foi divulgado às 8h25, com projeções atualizadas após os dados do Caged e do desemprego da última semana. A estimativa de inflação deste ano foi reduzida pela sexta semana seguida, para 4,55%.
▶️ Nos Estados Unidos, o impasse sobre o orçamento mantém o governo parcialmente paralisado há 34 dias. A ausência de consenso entre democratas e republicanos suspendeu a divulgação de indicadores-chave, como o payroll e o índice de preços ao consumidor (CPI).
🔎 O atraso dos dados oficiais deixa investidores sem parâmetros claros sobre os próximos passos do Federal Reserve. Mesmo assim, parte do mercado segue apostando em corte de juros em dezembro.
▶️ Apesar das limitações, alguns números privados foram divulgados hoje nos EUA, como o PMI da indústria, do Instituto de Gestão de Fornecimento (ISM). Investidores também monitoraram os discursos de Mary Daly e Lisa Cook, integrantes do Fed.
▶️ Com o fim do horário de verão nos EUA, as bolsas de Nova York passam a abrir às 11h30 e fechar às 18h, o que altera também o expediente da B3. O pregão brasileiro encerrará no mesmo horário, enquanto os mercados de câmbio e juros mantêm o funcionamento normal.
Veja a seguir como esses fatores influenciam o mercado.
Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair
💲Dólar
a
Acumulado da semana: -0,42%;
Acumulado do mês: -0,42%;
Acumulado do ano: -13,31%.
📈Ibovespa
Acumulado da semana: +0,61%;
Acumulado do mês: +0,61%;
Acumulado do ano: +25,08%.
À espera do Copom
Os investidores brasileiros iniciam a semana com os olhos voltados para a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que começa amanhã e será concluída na quarta-feira (5).
A expectativa é de que o BC mantenha a taxa básica de juros em 15% ao ano, em linha com o consenso do mercado.
Para Alison Correia, analista de investimentos e cofundador da Dom Investimentos, o ponto central desta reunião será o discurso que acompanhará o anúncio.
Segundo ele, há um consenso de que a Selic permanecerá no patamar atual, mas o mercado quer entender quando o Banco Central começará a discutir a possibilidade de cortes.
“Mais importante do que a manutenção da taxa é o que será dito depois”, afirmou Correia, acrescentando que há expectativa de que as reduções nos juros possam ocorrer já no início do próximo ano.
O especialista destaca ainda que as declarações do presidente da instituição, Gabriel Galípolo, e de outros dirigentes serão fundamentais para medir o tom da autoridade monetária.
Boletim Focus
Os analistas do mercado financeiro reduziram a estimativa de inflação deste ano pela sexta semana seguida, para 4,55%.
A expectativa faz parte do boletim "Focus", divulgado nesta segunda-feira (3) pelo Banco Central (BC), com base em pesquisa realizada com mais de 100 instituições financeiras na última semana.
➡️ Para 2026, a projeção permaneceu em 4,20% ;
➡️ Para 2027, a expectativa caiu de 3,82% para 3,80%;
➡️ Para 2028, a previsão recuou de 3,54% para 3,50%.
Já a projeção do mercado para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2025 permaneceu estável em 2,16%. Para 2026, a projeção de crescimento do PIB continuou em 1,78%.
Em relação à taxa básica de juros, a projeção permanece em 15% ao ano — atual nível da taxa básica de juros. Para o fim de 2026, a projeção continuou em 12,25% ao ano. Para o fechamento de 2027, a projeção do mercado permaneceu em 10,50% ao ano.
A projeção para a taxa de câmbio no fim de 2025 permaneceu em R$ 5,41. Para o encerramento de 2026, a estimativa continuou R$ 5,50.
PMI da indústria americana
O setor industrial dos Estados Unidos encolheu pelo oitavo mês seguido em outubro, refletindo a queda nos novos pedidos e atrasos nas entregas de fornecedores, agravados pelas tarifas sobre produtos importados.
O índice PMI industrial, medido pelo Instituto de Gestão de Fornecimento (ISM), caiu de 49,1 em setembro para 48,7 em outubro. Leituras abaixo de 50 indicam contração, e o setor representa 10,1% da economia americana.
Apesar da queda, o PMI se manteve acima de 42,3, nível que historicamente indica expansão da economia como um todo.
Economistas esperavam alta para 49,5, mas a paralisação do governo, que já dura um mês, tem dificultado a leitura precisa do cenário econômico.
O subíndice de novos pedidos subiu de 48,9 para 49,4, mas ainda mostra retração em oito dos últimos nove meses.
A produção voltou a cair, e fabricantes apontam as tarifas como principal obstáculo. O índice de entregas de fornecedores subiu de 52,6 para 54,2, indicando prazos mais longos para abastecimento.
A paralisação também ameaça o consumo, com a suspensão do auxílio-alimentação para cerca de 42 milhões de pessoas desde sábado, o que pode afetar ainda mais a atividade econômica.
EUA em paralisação pelo 34º dia
A paralisação do governo dos EUA chega nesta segunda-feira ao 34º dia, prestes a se tornar a mais longa da história do país.
O impasse entre democratas e republicanos sobre o novo pacote orçamentário mantém suspensas diversas atividades federais e ameaça milhões de americanos que dependem de benefícios como auxílio alimentar e subsídios de saúde.
Além disso, o shutdown tem provocado o atraso dos dados oficiais, como o payroll e o índice de preços ao consumidor (CPI), deixando os investidores sem parâmetros claros sobre os próximos passos do Federal Reserve.
O presidente Donald Trump afirmou, em entrevista ao programa "60 Minutes" da CBS, exibida no domingo (2), que não aceitará ser pressionado pelos democratas, que exigem a extensão dos subsídios do Affordable Care Act. Segundo ele, só haverá negociação após a reabertura do governo.
Enquanto isso, trabalhadores federais continuam sem receber salários, e cresce a incerteza sobre o acesso ao programa de assistência alimentar, que atende cerca de 42 milhões de pessoas.
O Senado deve se reunir nesta segunda-feira, mas não há expectativa de resolução imediata.
Trump também sugeriu que os republicanos eliminem a regra do filibuster no Senado, permitindo a aprovação do orçamento com maioria simples — proposta que enfrenta resistência dentro do próprio partido.
Bolsas globais
Os mercados americanos acompanham o movimento positivo global nesta segunda-feira, impulsionados pela expectativa de uma nova rodada de balanços de grandes empresas.
Apesar da ausência de dados econômicos — causada pela paralisação do governo, que entra no segundo mês —, o foco dos investidores está nos resultados de companhias como Spotify, Uber, McDonald's e DoorDash.
Os índices de Wall Street fecharam sem direção única. O S&P 500 subiu 0,17%, aos 6.852,04 pontos, enquanto o Nasdaq avançou 0,46%, aos 23.834,72 pontos. O Dow Jones, por outro lado, recuou 0,47%, aos 47.337,32 pontos.
Na Europa, os mercados fecharam mistos em meio à expectativa por decisões de política monetária dos bancos centrais da região e à divulgação de resultados de grandes empresas.
A semana começou com o balanço da Ryanair, que registrou lucro de 1,72 bilhão de euros no segundo trimestre e 2,54 bilhões no primeiro semestre, um crescimento de 42%. Ferrari, Aramco, BMW, AstraZeneca e outras companhias devem divulgar seus números nos próximos dias, movimentando o mercado.
No fechamento, o STOXX 600 subiu 0,02%, o DAX da Alemanha avançou 0,73%, o FTSE 100 do Reino Unido caiu 0,16%, e o CAC 40 da França recuou 0,14%.
Na Ásia, os mercados fecharam em alta, refletindo o otimismo gerado pelo acordo comercial entre a China e os EUA. Após a reunião entre os presidentes Xi Jinping e Donald Trump, os dois países concordaram em reduzir tarifas e suspender novas restrições às exportações chinesas de minerais raros.
Em Xangai, o SSEC subiu 0,55%, e o CSI300 avançou 0,27%. Em Hong Kong, o Hang Seng teve alta de 0,97%. O Kospi, da Coreia do Sul, liderou os ganhos com valorização de 2,78%. Taiwan, Cingapura e outras praças também fecharam em alta. Já o índice Nikkei, de Tóquio, não operou nesta sessão.
*Com informações da agência de notícias Reuters.
Notas de dólar.
Luisa Gonzalez/ Reuters
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03/11 -
Ovos: preços em queda atingem menor patamar de 2025 no mercado doméstico, aponta boletim da USP
Preços dos ovos registram queda após onda de calor
Claudia Assencio/g1
Exportações de ovos brasileiros caem, mas embarques ainda são recordes para o 3º trimestre de 2025.
Claudia Assencio/g1
Os preços dos ovos fecharam em queda o mês de outubro de 2025 nas cinco regiões acompanhadas pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) do campus da Universidade de São Paulo (USP), em Piracicaba (SP).
Em Bastos (SP), maior cidade produtora no interior do estado, os preços médios mensais dos ovos brancos e vermelhos foram as menores desde novembro de 2024. "As [cotações] mais baixas do ano, em termos reais, deflacionamento pelo Índice Geral de Preços (IGP-DI) de agosto de 2025", pontua o Cepea.
Em Bastos, os preços médios da caixa de ovos brancos fecharam em R$ 128 no último dia 31 de outubro deste ano. As cotações dos ovos vermelhos registram média de R$145. Em agosto deste ano, os valores eram de R$ 149 e R$ 164, respectivamente.
Pesquisadores explicam que o movimento de queda se intensificou na segunda quinzena de outubro, refletindo a maior disponibilidade da proteína no mercado interno, aliada à demanda enfraquecida, típica do período. Trata-se do segundo mês consecutivo de recuo nas cotações
Quedas nas exportações em outubro
Após altas desde o início de 2025, as exportações brasileiras de ovos caíram no terceiro trimestre de 2025, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) analisadas pelo Cepea.
🛳️O motivo da redução dos embarques da proteína in natura se repete desde o primeiro movimento de queda, em julho de 2025: a menor demanda dos Estados Unidos. O país, antes maior comprador de ovos, perdeu liderança para o Japão, após as tarifas impostas pelo governo norte-americano.
Recorde para período
Apesar da redução, o desempenho dos embarques entre julho e setembro foi recorde para o período, considerando-se a série histórica da Secretaria, iniciada em 1997.
Foram 9,46 mil toneladas exportadas nos últimos três meses, volume 42% abaixo do enviado no trimestre anterior, mas expressivos 99,8% superior ao do mesmo intervalo do ano passado – os dados são da Secex e foram compilados e analisados pelo Cepea.
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Preços dos ovos registram alta no fim de janeiro de 2025
Claudia Assencio/g1
Japão x Estados Unidos
Em agosto de 2025, as exportações brasileiras de ovos tiveram queda, depois que as taxas dos EUA entraram em vigor para os produtos brasileiros.
Os Estados Unidos eram o principal comprador de ovos brasileiros desde março deste ano, mas perderam a liderança dentre os principais destinos da proteína brasileira para o Japão. Veja os dados, abaixo.
A análise é do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) do campus da Universidade de São Paulo (USP), em Piracicaba (SP), feita a partir dos dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) e divulgada nesta sexta-feira (12).
Os EUA compraram 2,13 mil toneladas de ovos in natura e processados produzidos pelo agronegócio brasileiro em agosto deste ano. O volume 60% menor que o de julho. No entanto, a marca ainda é 72% superior ao de agosto de 2024, apontam os pesquisadores do Cepea.
"O Japão tornou-se o principal destino da proteína nacional no último mês, adquirindo 578 toneladas de ovos, 29% a mais que em julho. Mesmo com a retração nos últimos dois meses, o desempenho da parcial deste ano segue positivo", observa o Centro de Estudos da Esalq-USP.
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1ª queda nos embarques em julho
O balanço das exportações brasileiras de ovos interrompeu o movimento de alta no primeiro semestre de 2025. O primeiro recuo ocorreu em julho deste ano, com queda de 20% nas vendas para o exterior.
Pesquisadores explicam que a baixa mensal se deve à redução de 31% na quantidade embarcada de ovos para os Estados Unidos.
"De acordo com dados da Secex, compilados e analisados pelo Cepea, o Brasil embarcou 5,26 mil toneladas de ovos in natura e processados em julho, volume 20% inferior ao de junho", aponta o Cepea.
Ovos ficam mais caros em fevereiro
Reprodução/EPTV
O volume de ovos exportados foi menor entre junho e julho deste ano, mas supera em 305% o montante embarcado em julho de 2024.
Apesar do recuo
De janeiro a agosto, o Brasil exportou cerca de 32,3 mil toneladas de ovos in natura e processados.
O volume é 192,2% acima da quantidade registrada nos oito primeiros meses de 2024. E, já supera, em 75%, o total embarcado em todo o ano passado, ainda conforme números da Secex analisados pelo Cepea.
Agosto com alta nas cotações
No mercado doméstico, as cotações dos ovos iniciaram agosto em alta na maioria das regiões acompanhadas pelo Cepea. Veja, abaixo.
"Esse movimento foi impulsionado pelo fim das férias escolares, que favoreceu a retomada da demanda, e pelo período de início do mês, quando a população costuma estar mais capitalizada e o consumo da proteína tende a aumentar", analisa o Cepea.
Preços Médios - Ovos
Preço dos ovos dispara: entenda a crise que atinge o Brasil e os EUA
Getty Images via BBC
Preços dos ovos caíram em junho
Os preços do ovos caíram e atingiram o menor patamar diário nas principais regiões produtoras no Brasil em junho, segundo boletim do Cepea, divulgado no fim do primeiro semestre de 2025 . 📝Entenda cenário, abaixo.
🐔Gripe aviária na Europa: As restrições às importações de produtos avícolas do país, incluindo os ovos, também afetou o mercado, com a interrupção da compra de carne de frango pela China, Europa e Argentina, após o 1º registro de gripe aviária no país em granja comercial.
Embora o Brasil já tenha recuperado o status de livre da gripe aviária, pesquisadores do Cepea ressaltam que a retomada das importações dos produtos avícolas, incluindo ovos, ainda não foi totalmente reestabelecida até o momento.
📉Movimento de queda nos preços: O movimento de queda já tinha começado em abril de 2025, quando o ovo alcançou o menor preço do ano após recordes de 40% de alta nas cotações. Em maio, o recuo nas cotações fez o mercado de ovos encerrar o mês com baixa liquidez em todas as praças acompanhadas pelo Cepea.
Os preços dos ovos já registram queda de mais de 10% em maio, com as médias mensais nos menores patamares desde janeiro de 2025 em todas as praças acompanhadas.
"Essa desvalorização esteve relacionada à retração da demanda e ao aumento da oferta em algumas áreas, e não ao registro de Influenza Aviária de Alta Patogenecidade (IAAP) em granja comercial de Montenegro (RS)", apontava boletim do Cepea.
Exportações de carne de frango e ovos dobram em outubro, aponta Esalq-USP
💰Cotações
Agentes do setor consultados pelo Centro de Pesquisas nas regiões de Bastos (SP), Belo Horizonte (MG), Recife (PE), Grande São Paulo (SP), Santa Maria do Jequitibá (ES) explicaram que ritmo mais lento das vendas aumentou os estoques nas granjas em diversas praças em maio deste ano.
"Esse cenário levou à desvalorização da proteína, diante da dificuldade de escoamento da produção. Além disso, há relatos de descarte de poedeiras mais velhas em algumas regiões, medida que pode influenciar no controle da oferta no mercado interno e ajudar a sustentar os valores da proteína", observam os produtores.
📈Preços: Entre os dias 16 e 26 de junho, a cotação dos ovos vermelhos caiu mais de 10,6% no atacado na região produtora de de Santa Maria de Jetibá (ES), passando de R$ 207 para R$ 185 a caixa com 30 dúzias. No início do ano, em fevereiro, o produto custava R$ 276.
🥚Na região de Bastos (SP), o preço da caixa de ovos brancos passou de R$169,52 para R$ 159 entre os dias 16 e 26 de junho. As cotações dos ovos vermelhos na praça do interior paulista caíram de R$ 191 para R$ 177 no mesmo período.
Granja em Bastos produz 20% de todos os ovos consumidos no Brasil
TV TEM/Reprodução
Na Grande São Paulo, a valor dos ovos brancos diminuiu de R$ 179 para R$ 164 em dez dias, queda de 7,3. Já os vermelhos, recuaram de 199,95 para R$ 182 entre os dias 16 e 26 de junho.
Na praça produtora de Recife, os preços da caixa dos ovos vermelhos passaram de R$ 185 para R$ 161, uma queda de quase 13% em dez dias. Em Minas Gerais, o preços ovos vermelho cai de R$ 213 para R$ 188 a caixa.
📈Veja, abaixo, valores nas regiões consultadas pelo Cepea:
Preço Ovos comercias/ Caixa com 30 dúzias
Custos de produção
Segundo a pesquisadora, em 2024, os custos dos principais insumos da atividade, como milho e farelo de soja, aumentaram, enquanto a queda nos preços dos ovos comprometeu a rentabilidade dos produtores. Sem falar da necessidade de investir em espaços climatizados.
"Além disso, outros custos, como embalagens, também pressionaram a cadeia produtiva. Diante desse cenário desafiador no ano passado, os produtores enfrentaram margens reduzidas. Agora, em 2025, com uma menor disponibilidade de ovos, foi possível repassar esses reajustes de forma mais intensa para as cotações", analisou.
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03/11 -
Boletim Focus: mercado financeiro reduz estimativa de inflação em 2025 para 4,55%
Mercado reduz previsão e inflação se aproxima de teto da meta
Os analistas do mercado financeiro reduziram a estimativa de inflação deste ano pela sexta semana seguida, para 4,55%.
A expectativa faz parte do boletim "Focus", divulgado nesta segunda-feira (3) pelo Banco Central (BC), com base em pesquisa realizada com mais de 100 instituições financeiras na última semana.
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➡️ Para 2026, a projeção permaneceu em 4,20% ;
➡️ Para 2027, a expectativa caiu de 3,82% para 3,80%;
➡️ Para 2028, a previsão recuou de 3,54% para 3,50%.
Análise: queda da inflação pode ser mais lenta que o esperado
Pelo sistema de metas, cabe ao Banco Central (BC) ajustar os juros para manter a inflação dentro do intervalo estabelecido.
Para isso, a instituição olha para frente, pois a Selic demora de seis a 18 meses para ter impacto pleno na economia.
Neste momento, por exemplo, o BC já considera a expectativa de inflação acumulada em 12 meses até o primeiro trimestre de 2027.
Desde janeiro, a inflação acumulada em 12 meses passou a ser comparada com a meta e seu intervalo de tolerância.
Se a inflação permanecer fora desse intervalo por seis meses consecutivos, a meta é considerada descumprida.
Caso a meta de inflação não seja atingida, o BC deve enviar uma carta pública ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, explicando os motivos (leia mais abaixo).
Desde o início de 2025, com a adoção do sistema de meta contínua, o objetivo é manter a inflação em 3%, sendo considerado dentro da meta se variar entre 1,5% e 4,5%.
Com a inflação acima do teto do sistema de metas por seis meses consecutivos até junho, o presidente do BC, Gabriel Galípolo, precisou enviar uma carta pública ao ministro Fernando Haddad explicando os motivos do novo descumprimento.
Segundo ele, a inflação brasileira ultrapassou o teto da meta (4,5%) no acumulado de 12 meses até junho devido à atividade econômica aquecida, da variação cambial, do custo da energia elétrica e de anomalias climáticas.
🔎 Por que isso importa? Quanto maior a inflação, menor o poder de compra da população — especialmente entre quem recebe salários mais baixos. Isso ocorre porque os preços sobem, mas os salários não acompanham esse aumento.
Inflação x vida real: por que os preços do dia a dia podem subir muito mais do que o IPCA
Produto Interno Bruto
A projeção do mercado para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2025 permaneceu estável em 2,16%.
Para 2026, a projeção de crescimento do PIB continuou em 1,78%.
➡️ O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e é utilizado para medir o desempenho da economia.
Taxa de juros
Economistas do mercado financeiro mantiveram a projeção para a taxa básica de juros em 2025.
Para o fechamento de 2025, a projeção permanece em 15% ao ano — atual nível da taxa básica de juros.
Para o fim de 2026, a projeção continuou em 12,25% ao ano.
Para o fechamento de 2027, a projeção do mercado permaneceu em 10,50% ao ano.
Outras estimativas
Veja abaixo outras estimativas do mercado financeiro, segundo o BC:
Dólar: a projeção para a taxa de câmbio no fim de 2025 permaneceu em R$ 5,41. Para o encerramento de 2026, a estimativa continuou R$ 5,50.
Balança comercial: a projeção de superávit da balança comercial em 2025 ficou estável em US$ 62 bilhões. Para 2026, a estimativa de saldo positivo subiu de US$ 65,8 bilhões para US$ 66 bilhões.
Investimento estrangeiro: a previsão para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil em 2025 foi mantida em US$ 70 bilhões. Para 2026, a estimativa também permaneceu inalterada, em US$ 70 bilhões.
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03/11 -
Feirão Limpa Nome tem descontos de até 99% para negociar dívidas; veja como participar
Feirão que oferece descontos para negociar dívidas e limpar o nome começa nesta segunda-feira (3)
O Feirão Limpa Nome do Serasa, que oferece descontos para negociar dívidas, começa nesta segunda-feira (3) e vai até o dia 30 novembro. É a chance de usar o 13º para pagar as contas.
Quase 80 milhões de pessoas estão inadimplentes no país — a maior marca da história. São pessoas que, por algum motivo, não conseguiram pagar as contas em dia e ficaram com o nome sujo.
No Brasil, as dívidas com bancos e cartões de crédito representam 27,02% do total. Depois, vêm as contas básicas, como luz e água (21,33%), e os débitos com financeiras (19,92%).
Nesta edição, mais de 1.600 empresas — de bancos a operadoras de telefone e varejistas — vão oferecer descontos que podem chegar a 99%.
Segundo as empresas participantes, existe a oportunidade de pagar parcelas de menos de R$ 10 por mês.
A negociação pode ser feita pela internet, no aplicativo e presencialmente nas mais de 7 mil agências dos correios, de graça.
A ação não é apenas para inadimplentes — quem tem dívidas em aberto, mesmo antes de negativar o nome, também pode negociar e evitar o bloqueio de crédito.
Você pode parcelar até mais de 70 vezes algumas opções, mas, reforçando, é muito importante a educação financeira. Escolheu parcelar uma dívida, tenha certeza de que você vai cumprir com aquele pagamento.
Serviço:
💰 Feirão Serasa Limpa Nome 2025
Quando: de 3 a 30 de novembro
Site: www.serasa.com.br/limpa-nome-online/feirao/
Pode ser também pelo aplicativo ou presencialmente nas mais de 7 mil agências dos correios
Feirão Serasa Limpa Nome
Reprodução
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03/11 -
Educação Financeira #316: qual é o melhor momento para trocar de carro?
O melhor momento para comprar um carro pode variar de acordo com o tipo de veículo, as condições do mercado e até mesmo o perfil do comprador.
No primeiro episódio da nova temporada do podcast Educação Financeira, o especialista em carros usados Rogério Galvão, explica que não existe uma “data mágica” para fazer o melhor negócio, mas sim janelas de oportunidade.
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Segundo ele, início e fim de ano, fim de mês e períodos de troca de modelo costumam ser os momentos mais vantajosos para quem está em busca de um carro novo, seminovo ou usado.
O especialista também alerta para os cuidados com promoções sazonais, como as da Black Friday, e dá a dica: é essencial usar a razão e não a emoção na hora da compra: pensar no orçamento, nas necessidades da família e nos custos de manutenção antes de se deixar levar pelo design ou pela empolgação do momento.
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O que são podcasts?
Podcasts são episódios de programas de áudio distribuídos pela internet e que podem ser apreciados em diversas plataformas — inclusive no g1, no ge.com e no gshow, de modo gratuito.
Os conteúdos podem ser ouvidos sob demanda, ou seja, quando e como você quiser!
Geralmente, os podcasts costumam abordar um tema específico e de aprofundamento na tentativa de construir um público fiel.
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03/11 -
Bolsa Família 2025: pagamentos começam na próxima semana; veja se vai receber
Os pagamentos de novembro do Bolsa Família 2025 começam na próxima semana pela Caixa Econômica Federal. Os primeiros a receber serão os beneficiários com Número de Identificação Social (NIS) com final 1. (veja mais abaixo o calendário completo)
O dinheiro vai ser disponibilizado nos últimos 10 dias úteis de cada mês, de forma escalonada. A exceção é o mês de dezembro, quando os pagamentos são antecipados.
Confira o calendário do Bolsa Família para novembro de 2025:
Final do NIS: 1 - pagamento em 14/11
Final do NIS: 2 - pagamento em 17/11
Final do NIS: 3 - pagamento em 18/11
Final do NIS: 4 - pagamento em 19/11
Final do NIS: 5 - pagamento em 21/11
Final do NIS: 6 - pagamento em 24/11
Final do NIS: 7 - pagamento em 25/11
Final do NIS: 8 - pagamento em 26/11
Final do NIS: 9 - pagamento em 27/11
Final do NIS: 0 - pagamento em 28/11
Para dezembro, a previsão de pagamentos é:
Dezembro: de 10/12 a 23/12.
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Veja abaixo perguntas e respostas sobre o Bolsa Família.
Quem pode receber o Bolsa Família?
A principal regra para receber o benefício é ter renda mensal familiar de até R$ 218 por pessoa.
Para se enquadrar do programa, é preciso somar a renda total e dividir pelo número de pessoas. Caso o valor fique abaixo dos R$ 218, a família está elegível ao Bolsa Família.
Os beneficiários também precisam arcar com contrapartidas, como:
manter crianças e adolescentes na escola;
fazer o acompanhamento pré-natal (no caso de gestantes);
manter as carteiras de vacinação atualizadas.
Onde se cadastrar?
Os beneficiários precisam se inscrever no Cadastro Único (CadÚnico) — principal instrumento do governo federal para a inclusão de famílias de baixa renda em programas sociais — e aguardar uma análise de enquadramento.
Estar no Cadastro Único não significa a entrada automática nos programas sociais do governo, uma vez que cada um deles tem regras específicas. Mas o cadastro é pré-requisito para que a inscrição seja avaliada.
VEJA COMO FAZER O CADASTRO ÚNICO DO GOVERNO FEDERAL
Como sacar o Bolsa Família?
Os beneficiários recebem e podem movimentar os valores pelo aplicativo Caixa TEM e internet banking. Assim, não é necessário ir até uma agência da Caixa Econômica Federal — que é responsável pelo pagamento do Bolsa Família — para realizar o saque.
Segundo a Caixa, os beneficiários também podem utilizar o cartão do programa para realizar compras nos estabelecimentos comerciais, por meio da função de débito.
Além disso, há a opção de realizar saques nos terminais de autoatendimento, casas lotéricas e correspondentes Caixa Aqui, além das agências da Caixa.
Bolsa Família pode ser solicitado em uma unidade do Cras
Lyon Santos/MDS
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02/11 -
'Traição': a fúria de pecuaristas americanos com plano de Trump de comprar mais carne bovina argentina
A ideia do governo era quadruplicar a cota tarifária de importação de carne bovina argentina
Getty Images via BBC
Quando estava prestes a terminar o ensino médio, o avô de Christian Lovell lhe disse, enquanto estavam sentados em um caminhão, que pensasse no futuro.
Como a vida no campo é dura, aconselhou-o a cursar uma universidade e construir uma carreira para ter uma vida mais estável e garantir o futuro financeiro. Ele seguiu o conselho e, anos depois, Lovell voltou ao rancho da família, em Illinois, nos Estados Unidos.
"É uma paixão, um estilo de vida", disse à BBC News Mundo, o serviço em espanhol da BBC. "Ser pecuarista não é um trabalho como qualquer outro, é algo que levamos no sangue."
Com essa mesma paixão, Lovell defende os pecuaristas americanos diante do plano do governo do presidente americano, Donald Trump, de permitir a entrada de uma quantidade maior de carne bovina argentina para reduzir os preços do produto nos EUA.
Assim como muitos outros criadores do país, Lovell está decepcionado e furioso com o anúncio presidencial. A proposta, afirma, "é uma traição aos pecuaristas americanos".
"Sentimos que ele nos vendeu a um concorrente estrangeiro, que nos deixou para trás."
Tudo começou quando o presidente americano anunciou, em meados de outubro, que seu governo havia chegado a um acordo para reduzir o preço da carne bovina ao consumidor.
"Estamos trabalhando na questão da carne bovina e acredito que temos um acordo que vai reduzir o preço", declarou Trump, sem dar mais detalhes.
Dias depois, voltou a mencionar o tema no avião presidencial.
"Compraríamos carne da Argentina", disse. "Se fizermos isso, os preços da carne vão cair."
As declarações geraram uma onda de reações entre os pecuaristas americanos, um grupo que tradicionalmente vota no Partido Republicano e conta com fervorosos admiradores do presidente.
Segundo a imprensa americana, citando fontes da Casa Branca, o que está em discussão é a possibilidade de quadruplicar a cota tarifária de importação de carne bovina argentina, passando de 20 mil toneladas para 80 mil toneladas.
Trump quer importar mais carne argentina para baixar os preços no mercado americano
The Washington Post via Getty Images/BBC
Em meio à controvérsia, a secretária de Agricultura dos EUA, Brooke Rollins, afirmou em uma entrevista que o presidente "está em negociações com a Argentina", mas alertou que o aumento das importações do país sul-americano "não será significativo".
Após duras críticas das associações de pecuaristas, a Casa Branca anunciou na semana passada um pacote de medidas de apoio ao setor, o que acalmou parcialmente a indignação dos produtores locais.
O conflito surge em meio a outra medida controversa tomada pelo governo americano: o resgate financeiro concedido por Trump em outubro ao governo de seu aliado argentino, Javier Milei, baseado principalmente em um swap cambial de US$ 20 bilhões (cerca de R$ 113 bilhões).
O swap cambial é um instrumento financeiro que envolve a possibilidade de troca futura de duas moedas — no caso, de dólares por peso argentino.
Os críticos argumentam que o governo Trump deveria estar ajudando os agricultores e pecuaristas americanos em vez de fornecer assistência financeira ao país sul-americano. O slogan deveria ser "América Primeiro", alegam, mas, na prática, a entrada de concorrentes estrangeiros contradiz essa aspiração.
"É uma contradição", declarou um decepcionado Bill Bullard, presidente da organização de pecuaristas R-CALF, que esperava que as políticas do governo desestimulassem as importações de carne.
Os preços baixariam se mais carne bovina argentina fosse importada?
Economistas especializados no setor pecuário dos EUA afirmam que a carne bovina argentina representa uma parcela muito pequena do total das importações de carne bovina: apenas 2,1%.
A carne argentina representa 2,1% do total das importações dos EUA
Getty Images via BBC
Até agora neste ano, "importamos mais carne bovina do Uruguai do que da Argentina", disse David Anderson, economista da Universidade Texas A&M, em entrevista à BBC News Mundo.
A carne bovina importada pelos Estados Unidos vem principalmente do Brasil, da Austrália, do Canadá, da Nova Zelândia e do México.
O Brasil é o maior exportador de carne do mundo e responde por 23% das importações americanas do produto, segundo cálculo da Genial Investimentos. Os EUA são o segundo maior mercado para o produto brasileiro, atrás apenas da China.
Se o anúncio de Trump se concretizar, "é improvável que tenha um efeito significativo nos preços", diz Anderson.
Como economista, ele afirma que este é um caso em que "é preciso deixar o mercado agir por conta própria, permitindo que a oferta e a demanda definam o que acontecerá com os preços".
Se os preços subirem, explica, isso será um sinal para que os pecuaristas locais aumentem a produção e um incentivo para que os consumidores comprem menos. "Isso fará com que os preços caiam" de forma natural.
Mas isso não pode acontecer da noite para o dia, pois são necessários pelo menos dois anos para produzir gado adulto.
Arlan Suderman, economista-chefe de commodities da consultoria StoneX, argumenta que, nesse sentido, a Argentina "não é uma grande ameaça".
"Eu não me preocuparia muito com isso", afirma.
No entanto, acrescenta, o país que realmente tem um superávit de carne bovina para exportar é o Brasil, e se Trump reduzisse as tarifas de 50% sobre as importações brasileiras, "isso seria uma história completamente diferente".
Há, porém, outro fator importante nesse quebra-cabeça, alerta o pecuarista Christian Lovell.
"Nós, pecuaristas americanos, não controlamos o preço da carne bovina neste país", afirma. "São as grandes processadoras de carne que definem o preço", já que apenas quatro empresas concentram cerca de 80% do mercado.
"Não há concorrência no setor de processamento de carne. E agora Trump, em vez de nos apoiar, está favorecendo um concorrente estrangeiro", critica Lovell.
Mesmo que o aumento das importações argentinas não tenha um impacto significativo nos preços, a simples possibilidade já causa insegurança entre os pecuaristas.
Por que o preço da carne bovina subiu tanto?
Nos EUA, a queda na oferta de carne bovina é histórica.
Atualmente, o país tem o menor número de cabeças de gado em 74 anos, depois que os pecuaristas reduziram a produção após vários anos de seca e preços baixos.
Os EUA têm o menor número de cabeças de gado em 74 anos
Getty Images via BBC
Paralelamente, a demanda dos consumidores se manteve firme, fazendo com que os preços nos supermercados aumentassem.
As restrições impostas ao México devido à praga do verme perfurador e as tarifas americanas sobre a carne brasileira também não ajudaram a aumentar a oferta de carne no mercado local.
Em agosto deste ano, os EUA aplicaram uma tarifa de 50% sobre diversos produtos brasileiros exportados para o país, incluindo carne.
Mas não foi apenas nos EUA que o preço da carne bovina subiu.
Em outros países, a combinação entre a escassez de carne para exportação e uma demanda global sustentada também teve um impacto, explicou há algumas semanas Monika Tothova, economista sênior da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO, na sigla em inglês), em entrevista à BBC News Mundo.
A isso se somam a seca e outros fenômenos meteorológicos extremos; fatores como surtos de doenças animais; tensões e incertezas persistentes sobre o rumo das políticas comerciais; e um alto custo da alimentação para o gado ou altas taxas de juros para financiar a produção em alguns países.
O preço também aumentou porque, em muitos países, o mercado tem se concentrado em alguns grandes processadores de carne, que têm um poder importante, "limitando a concorrência e fortalecendo as possibilidades de fixar preços", conclui Tothova.
O preço da carne também subiu a nível mundial
Getty Images via BBC
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02/11 -
Começa a sangria nos seringais de SP
Seringueira em produção marca o início da nova safra de látex no Noroeste Paulista (SP)
Reprodução/TV TEM
Com a chegada das chuvas, os seringais do Noroeste Paulista voltam a ganhar vida e a ajudar a economia no campo. Na cidade de Neves Paulista (SP), uma usina de borracha trabalha em ritmo acelerado, e a expectativa é um aumento de até 15% da produção.
O produtor Kauê Sabino mantém 900 mil pés de seringueiras espalhados em 25 propriedades. No último ano, ele conseguiu que a produtividade fosse em média entre cinco e seis quilos por árvore, um total de cinco mil toneladas. Segundo o agrônomo Leandro Dias, as condições climáticas e o bom desenvolvimento das árvores indicam uma safra promissora.
Mesmo com o cenário positivo no campo, a incerteza ainda atinge os produtores, principalmente por causa da tarifação dos Estados Unidos e o aumento da importação do Brasil têm pressionado o setor e reduzindo o preço pago pela borracha natural.
Um desses produtores é a Noêmia Rollemberg Hansen, que precisou cortar metade das 120 mil seringueiras da fazenda e agora busca evitar ou amenizar os prejuízos.
Para o diretor executivo da Associação Paulista de Produtores e Beneficiadores de Borracha (Apabor), Fábio Tônus, ele acredita que o pior já passou e ainda projeta uma recuperação na valorização do quilo da borracha, que atualmente está sendo cotado a R$ 4,50
Veja a reportagem exibida no programa em 01/11/2025:
Começa a sangria nos seringais de SP
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02/11 -
Estiagem derruba produção de batata-doce no Oeste Paulista
Meses de estiagem reduziram a produção e elevaram o preço da batata-doce no oeste paulista
Reprodução/TV TEM
A estiagem prolongada reduziu a produtividade das lavouras de batata-doce e fez o preço da raiz disparar no oeste paulista. Segundo o Instituto de Economia Agrícola, a região é a maior produtora do estado, com mais de 4,5 mil hectares plantados no último ano.
Em Caiabu (SP), o produtor Sadão Suyama cultiva a variedade mineirinha há quase 50 anos e conta que a seca de dez meses prejudicou a formação dos tubérculos. Em 2025, a falta de chuva limitou o avanço das plantações e reduziu a produtividade em várias propriedades. Sem irrigação, ele colhe menos da metade do volume esperado por alqueire.
A estiagem também afetou a qualidade da raiz. O engenheiro agrônomo Edgard Henrique Costa Silva explica que o tamanho e a casca da batata-doce mostram os efeitos do clima. Muitos produtores adiaram a colheita, o que aumentou o risco de pragas e perdas.
Em Álvares Machado (SP), o agricultor Luiz Rocha cultiva 70 hectares com quatro variedades. Entre elas, a cambará, de casca rosada e polpa amarela. Segundo ele, 90% das lavouras da região dependem apenas da chuva, sem sistemas de irrigação.
Com a produção reduzida, o preço da caixa de 26 quilos subiu de R$ 14, no ano passado, para R$ 60 neste ano. Apesar da alta, Edgard alerta que o aumento pode atrair novos produtores e provocar uma superoferta, derrubando os valores nos próximos meses.
Veja a reportagem exibida no programa em 01/11/2025:
Estiagem derruba produção de batata-doce no Oeste Paulista
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02/11 -
Produtores de alcachofra aproveitam a safra para lucrar com turismo rural
Produtores de alcachofra aproveitam a safra para lucrar com turismo rural
Reprodução/TV TEM
Pelas propriedades de São Roque (SP), duas cores predominam: o verde das folhas e o roxo vibrante das alcachofras. Durante a safra, a flor mediterrânea transforma a paisagem e movimenta o turismo rural. O que antes era uma lavoura voltada apenas para o mercado hoje se tornou um passeio que atrai visitantes de várias cidades.
No sítio do produtor Agostinho Vecchiotti, os turistas não apenas compram as flores — eles também colocam a mão na massa. "Está tendo muita procura. Eu explico como é o corte correto e as pessoas adoram colher. É uma experiência que elas contam para os amigos", diz o agricultor.
A propriedade tem três mil pés de alcachofra, e a família decidiu ampliar o negócio: agora também oferece chalés para hospedagem com vista para a plantação. A ideia é unir o turismo rural à valorização do cultivo, reforçando a nova identidade da cidade.
"São Roque já é conhecida pelo roteiro do vinho. Agora também tem a rota da alcachofra. Nós, produtores, nos unimos para criar esse novo atrativo e valorizar a região", explica Agostinho.
A criatividade também floresceu nas cozinhas. A produtora Claudia Moraes e o marido decidiram inovar no restaurante da família e criaram uma paella de alcachofra. No lugar do camarão, entra o cogumelo shimeji. O prato é colorido, aromático e conquistou os turistas que buscam uma opção vegana e sofisticada.
"O fundo, que é a parte nobre da alcachofra, é o que usamos na receita. Dá uma textura macia e um sabor suave", explica Claudia, enquanto o barulho da paella no fogo completa o clima da colheita.
Em outra propriedade, a produtora Ana Lígia Camargo aproveita metade da colheita para fabricar produtos derivados da flor, como conservas, patês, tortas e quiches. "A alcachofra é versátil. Dá para fazer lasanha, rondelli e vários pratos. É um ingrediente que não tem fim", afirma.
O chef Cláudio Cardoso, que há cinco anos trabalha com o preparo dos pratos, reforça que o interesse pela flor vai além do sabor. "As pessoas buscam alimentos naturais, por saúde. A alcachofra ajuda na digestão e na pressão arterial. É uma flor que faz bem e encanta pela versatilidade na gastronomia."
Entre as sobremesas, uma das novidades que mais chama atenção é o sorvete de alcachofra com calda de vinho. A receita é criação da produtora Luciana Moraes, que transformou a herança do pai — também agricultor — em uma homenagem familiar e sucesso entre os visitantes.
A propriedade dela abriga 10 mil pés de alcachofra e oferece hospedagem no meio da lavoura, com degustações e experiências gastronômicas.
Durante a safra, o movimento cresce nas propriedades e restaurantes da cidade. A flor roxa, protegida em saquinhos de papel para preservar a cor, virou símbolo de São Roque.
O cultivo, que antes se restringia à venda em feiras e mercados, agora se tornou uma fonte de renda diversificada. Produtores, chefs e empreendedores rurais apostam em experiências que unem agricultura, turismo e gastronomia, consolidando a rota da alcachofra como um dos principais atrativos da região.
Veja a reportagem exibida no programa em 01/11/2025:
Produtores de alcachofra aproveitam a safra para lucrar com turismo rural
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02/11 -
Testamos o GWM Tank 300: SUV híbrido com consumo de moto e força de jipe
GWM Tank 300 inaugura segunda invasão chinesa ao Brasil
O Tank 300, novo híbrido plug-in da GWM, veio para integrar a seleta lista de carros que combinam luxo e capacidade off-road. Com capacidade para enfrentar o atoleiro, consumo de 40km por litro na cidade e a proposta de ser um 4x4 de verdade, o SUV vem como uma das alternativas mais acessíveis do segmento.
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O modelo faz parte da nova marca da GWM, que chegou ao Brasil no ano passado com outras divisões:
Haval, dedicada a carros a combustão e híbridos de diferentes tipos;
Ora, voltada exclusivamente a veículos 100% elétricos.
O g1 testou o Tank 300 durante uma semana. O modelo enfrentou o trânsito desanimador de São Paulo (SP), mas também foi colocado à prova na estrada e em trechos de terra batida, para avaliar se realmente cumpre a promessa de ser bom nos dois mundos.
Tank 300 é 4x4 raiz
O novo modelo da GWM segue exatamente o que o nome sugere: carros com porte e resistência de um “tanque”. São veículos mais robustos, preparados para encarar melhor as condições de piso do Brasil e para enfrentar trilhas e atoleiros com mais facilidade.
Além da robustez, o Tank 300 traz inspiração clara em vários modelos de outras marcas. As principais referências estão:
O estepe traseiro sem cobertura, instalado em uma tampa de porta-malas que abre para a direita e tem maçaneta vertical, remete diretamente ao Jeep Wrangler;
As lanternas traseiras lembram as do Land Rover Defender 90;
Os parabarros sobre as rodas e os faróis redondos trazem inspiração nos modelos aventureiros da Jeep e do Mercedes Classe G;
O acabamento interno, com saídas de ar redondas, relógio analógico e detalhes cromados sobre as grelhas dos alto-falantes, também segue o estilo da Mercedes;
Já os faróis, embora redondos, são “cortados” por listras iluminadas muito semelhantes às do Ford Bronco.
GWM Tank 300
Design e desempenho
O design, o porte e os detalhes do Tank 300 chamaram a atenção de quem o via nas ruas durante o teste. Muita gente olhava com expressão de “que carro é esse?”.
A curiosidade do público foi ainda mais reforçada pela ausência do logotipo da GWM — o novo modelo traz apenas um “T” na dianteira e na traseira, já que, na China, Tank é uma marca independente dentro do grupo GWM.
Deixando o design de lado, o Tank 300 segue à risca a cartilha de um verdadeiro 4x4. Começa pela construção em chassi sobre carroceria, que torna o conjunto mais firme e resistente, especialmente fora do asfalto.
No uso off-road, o sistema funciona de forma semelhante: um bloqueio central distribui a força do motor para as rodas traseiras — e ainda é possível travar os diferenciais dianteiro e traseiro para reforçar o desempenho 4x4 e garantir tração mesmo em terrenos difíceis.
O Tank 300 também conta com um piloto automático adaptativo, desenvolvido para uso fora de estrada, e uma interface especial na central multimídia. Nesse último caso, o carro exibe dados como inclinômetro, bússola, pressão atmosférica, altitude, ângulo de esterço das rodas e inclinação longitudinal e lateral.
Além disso, o veículo conta com uma entrada de ar do motor elevada, ideal para enfrentar ruas ou trechos alagados. A altura livre do solo de 22,2 cm e da suspensão, macia na medida certa para o off-road, ajudam a absorer os solavancos — inclusive no asfalto irregular — sem perder a estabilidade.
GWM Tank 300 por dentro
Durante os testes, o Tank 300 rodou bastante no asfalto e em estradas de terra batida. O solo estava seco há semanas, o que deixava a camada superficial mais solta — mas mesmo assim o SUV manteve tração com facilidade, mesmo em velocidades mais altas.
Houve, no entanto, um pequeno desarranjo quando uma das rodas perdeu tração e o diferencial travou em uma curva com o volante totalmente esterçado para a direita.
Na cidade, os quase 400 cv mostraram toda a força do conjunto. Quando a bateria estava cheia, o Tank 300 priorizou o modo elétrico, rodando sem o auxílio do motor a combustão. Tanto no trânsito lento de São Paulo quanto a 120 km/h na Rodovia dos Bandeirantes, rumo a Campinas (SP).
Com isso, percebemos o aspecto mais marcante do conforto: o silêncio. As rodas, feitas para tracionar em pisos escorregadios, não geraram ruído perceptível — exceto em velocidades acima de 100 km/h no asfalto.
Tudo isso, somado ao motor 2.0 turbo a combustão desligado e ao sistema de cancelamento ativo de ruídos — semelhante ao usado em fones de ouvido modernos — trouxe um resultado surpreendente: nem mesmo um caminhão ao lado, no semáforo, fazia o som entrar. Mais uma vez: silêncio.
Nesse cenário, que favorece o motor elétrico e mantém o motor a combustão desligado, o consumo ultrapassou 40 km/l e chegou a 48,5 km/l — consumo que se esperaria de uma moto Honda CG 160, não de um carro com aerodinâmica e peso de pouco mais de duas toneladas.
GWM Tank 300
André Fogaça/g1
Esse número impressionante, no entanto, só é alcançado quando a bateria tem pelo menos 15% de carga. Abaixo disso, o sistema híbrido aciona automaticamente o motor a combustão para mover o carro e, ao mesmo tempo, manter a carga acima de 13%.
Dessa forma, o sistema mantém o bom desempenho do carro, entregando os 394 cv de potência combinada, mas o consumo dispara, chegando a 7 km/l em nossos testes. Para evitar isso, é essencial recarregar os 37,1 kWh da bateria em tomadas externas, sem depender da gasolina.
Cabe dizer que a GWM pelo menos equipou o Tank 300 com um carregador rápido, capaz de elevar a carga da bateria de 20% para 80% em cerca de 24 minutos. Já em carregadores mais lentos, como os encontrados em shoppings, a recarga completa leva pouco mais de seis horas.
Interior e navegabilidade
Por dentro, o conforto se destaca pelos materiais de toque macio em quase toda a cabine. Parte dos plásticos das portas traseiras, no entanto, é rígida — e chama atenção por tentar imitar costuras de couro.
No espaço interno, o Tank 300 dá a impressão de ter espaço para sete pessoas, embora acomode cinco. Mesmo com ocupantes de 1,90 m na frente e outros de altura semelhante atrás, o conforto é garantido, com sobra de espaço para todos.
O único ponto negativo é a altura interna na segunda fileira. Como o teto solar se abre para dentro, o vidro ocupa parte do espaço, fazendo com que até pessoas com menos de 1,80 m encostem a cabeça no acabamento do teto.
Em termos de navegabilidade, as telas do Tank 300 são generosas. O painel de instrumentos tem poucas opções de personalização, mas se destaca por exibir o sistema de navegação, seja o nativo do carro ou de aplicativos como o Waze.
Dessa forma, a central multimídia pode ser usada para outras funções, como controlar o sistema de som ou abrir aplicativos. Tudo isso sem comprometer a visibilidade da rota no sistema de navegação, que permanece sempre ao alcance dos olhos do motorista.
O painel de instrumentos também exibe uma leitura completa dos carros que estão logo à frente, contribuindo para os modos de direção assistida.
GWM Tank 300 identifica carros, caminhões e até motos no painel de instrumentos
André Fogaça/g1
Se as telas cumprem bem o seu papel, algumas tecnologias deixam a desejar, principalmente no piloto automático.
Além dos efeitos sonoros que tocam sempre que o motorista ativa ou desativa a função, a regeneração das baterias também é desativada quando o piloto automático está em uso. Nessa situação, o freio motor deveria recuperar parte da carga da bateria, mas isso não acontece no Tank 300.
Isso ficou evidente durante a descida da serra entre São Paulo (SP) e Santos (SP), com o piloto automático adaptativo ligado o tempo todo para evitar multas por excesso de velocidade. Nesse momento, o carro não recuperou nem 1% de carga na bateria.
Ou seja, o conforto do piloto automático adaptativo acaba sendo inimigo da autonomia no modo elétrico e do baixo consumo de combustível no modo híbrido.
GWM Tank 300 cumpre o que promete
No fim das contas, o Tank 300 chega perto do Jeep Wrangler em termos de preparos para o off-road. A principal diferença está no acabamento: enquanto o modelo da GWM é mais refinado, com revestimento completo nas portas, o Wrangler deixa parte da lataria exposta nas bordas internas.
Além disso, o motor híbrido do Tank 300 oferece mais de 100 cv extras, quase o dobro do torque e um consumo mais eficiente de combustível quando as baterias estão carregadas. O modelo também se destaca pelos recursos de assistência à condução, como o piloto automático adaptativo com permanência em faixa — item exclusivo da GWM.
Ainda assim, quando o foco é o off-road mais extremo e personalizável, o Wrangler continua imbatível. Ele permite, por exemplo, desconectar a barra estabilizadora, fazendo com que as rodas se adaptem ao relevo sem que a cabine sofra torções. Também é possível remover parte do teto e as portas com facilidade — algo único no segmento.
Portanto, se a proposta é ter um carro para o off-road, mas sem abrir mão de luxo, tecnologia, conforto e autonomia elétrica de quase 90 km, o Tank 300 surge como a opção mais equilibrada e acessível. Veja os preços dos principais concorrentes:
Mercedes-AMG G63, com preço inicial de R$ 2.149.900
Land Rover Defender 110, a partir de R$ 844.990
Jeep Wrangler, disponível por R$ 499.990
Por outro lado, se a prioridade for um veículo mais robusto e com alto nível de personalização para o off-road, o Wrangler segue como a escolha mais interessante.
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01/11 -
Mega-Sena, concurso 2.935: prêmio acumula e vai a R$ 41 milhões
G1 | Loterias - Mega-Sena 2935
O sorteio do concurso 2.935 da Mega-Sena foi realizado na noite deste sábado (1º), em São Paulo. Nenhuma aposta acertou as seis dezenas, e o prêmio para o próximo sorteio acumulou em R$ 41 milhões.
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Veja os números sorteados: 09 - 18 - 28 - 34 - 38 - 57
megasena-2935-iqffV
g1
6 acertos - Não houve ganhadores
5 acertos - 45 apostas ganhadoras: R$ 48.378,50
4 acertos - 3.341 apostas ganhadoras: R$ 1.074,08
Como ninguém fez 6 acertos, o prêmio do próximo sorteio, a ser realizado na terça-feira (4), acumulou em R$ 41.000.000,00.
Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio
mega-sena
Reprodução/YouTube
Para apostar na Mega-Sena
As apostas podem ser realizadas até as 19h (horário de Brasília) em qualquer lotérica do país ou por meio do site e aplicativo Loterias Caixa, disponíveis em smartphones, computadores e outros dispositivos.
O pagamento da aposta online pode ser realizado via PIX, cartão de crédito ou pelo internet banking, para correntistas da Caixa. É preciso ter 18 anos ou mais para participar.
Probabilidades
A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada.
Para um jogo simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 6, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa.
Já para uma aposta com 20 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 232.560,00, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 1.292, ainda de acordo com a instituição.
Bilhetes da Mega-Sena, em imagem de arquivo
Marcelo Brandt/G1
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01/11 -
Por que grandes empresas de tecnologia como a Amazon estão demitindo milhares de funcionários
Por que grandes empresas de tecnologia como a Amazon estão demitindo milhares de funcionários
BBC
A gigante da tecnologia Amazon confirmou na última terça-feira (28) que planeja cortar milhares de empregos, reduzindo sua força de trabalho global em "aproximadamente 14 mil cargos". A decisão alimentou uma preocupação antiga: a de que a inteligência artificial (IA) está começando a substituir trabalhadores.
A gigante da tecnologia juntou-se a uma lista crescente de empresas nos Estados Unidos que apontam a tecnologia de IA como motivo por trás das demissões.
Mas alguns questionam se a IA é totalmente responsável por isso — e expressam ceticismo sobre se as recentes demissões de grande destaque são realmente um sinal claro do impacto da tecnologia no emprego.
A Chegg, empresa de educação online, citou as "novas realidades" da IA ao anunciar, na segunda-feira (27), uma redução de 45% em sua força de trabalho.
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Quando a Salesforce, que oferece serviço como software em nuvem, cortou 4 mil cargos de atendimento ao cliente no mês passado, seu diretor-executivo afirmou que agentes de IA estavam realizando esse trabalho.
A gigante americana de logística UPS afirmou, na terça-feira, que cortou 48 mil empregos desde o ano passado. A presidente da empresa de entregas já havia relacionado as demissões, em parte, ao uso de aprendizado de máquina (machine learning em inglês), que permite que computadores aprendam e melhorem com a experiência.
Mas extrapolar as declarações de executivos durante cortes é "possivelmente a pior forma" de determinar os efeitos da IA sobre os empregos, avalia Martha Gimbel, diretora-executiva do Budget Lab, centro de pesquisa em economia da Universidade de Yale, nos EUA.
Segundo ela, dinâmicas específicas de cada empresa costumam influenciar esses movimentos.
"Há uma tendência real — porque todos estão muito assustados com o possível impacto da IA no mercado de trabalho daqui pra frente — de reagir de forma exagerada a anúncios isolados de empresas", afirmou Gimbel.
Certos grupos da força de trabalho — como recém-formados e funcionários de centros de dados, por exemplo — são, de fato, particularmente vulneráveis à adoção da tecnologia.
Um estudo recente do Federal Reserve, o banco central americano, em Saint Louis, no Estado de Missouri, encontrou uma correlação entre ocupações com maior presença de IA e aumentos no desemprego desde 2022.
Mas Morgan Frank, professor da Universidade de Pittsburgh, nos EUA, estudou o risco de desemprego por ocupação e descobriu que os únicos trabalhadores afetados pelo lançamento do ChatGPT, em novembro de 2022, foram os do setor de apoio administrativo e de escritório.
Para eles, a probabilidade de solicitar seguro-desemprego aumentou no início de 2023, segundo ele — imediatamente após a chegada do chatbot desenvolvido pela OpenAI.
Já para as ocupações de computação e matemática, "não há nenhuma mudança perceptível na tendência em torno do lançamento do ChatGPT", disse Frank.
"Tanto os trabalhadores de tecnologia quanto os administrativos estão em um mercado de trabalho mais difícil do que há alguns anos", afirmou.
"Mas eu seria cético em dizer que a IA é a razão de tudo isso", acrescentou.
'Padrões' de contratação e demissão
Professor defende que impacto do ChatGPT em empregos foi limitado
Getty Images via BBC
A Amazon e muitas de suas concorrentes no setor de tecnologia contrataram em ritmo acelerado nos anos que antecederam a pandemia de coronavírus e nos primeiros meses dela, quando o Federal Reserve (Fed) reduziu as taxas de juros dos Estados Unidos para quase zero.
Segundo especialistas, esse movimento de contratações acabou preparando essas empresas para reduções futuras em sua força de trabalho — uma dinâmica separada do boom da inteligência artificial generativa observado nos últimos três anos.
O Fed também começou a elevar as taxas de juros aproximadamente na mesma época em que o ChatGPT foi lançado.
"Muito dessa conversa soa muito diferente para as pessoas porque a expressão 'inteligência artificial' está no meio dela", disse Martha Gimbel, do Budget Lab.
"Mas, até agora, nada do que vi parece diferente dos padrões típicos de contratação e demissão das empresas, especialmente neste ponto de um ciclo econômico."
Uma grande questão, acrescentou ela, é como serão os padrões de contratação quando a economia voltar a um período de crescimento sólido.
A longo prazo, disse Gimbel, será fundamental distinguir entre as perdas de empregos provocadas por fatores cíclicos e as causadas pela IA.
Se, por exemplo, a economia dos EUA entrar em recessão, cargos em recursos humanos e marketing seriam cortes esperados.
Esses empregos, porém, também estão entre os mais expostos à IA — o que complica a tarefa de identificar se os cortes resultam das condições macroeconômicas, da adoção da tecnologia, ou de uma combinação das duas coisas.
Amazon na linha de frente
A Amazon, que confirmou o plano de cortar cerca de 14 mil cargos corporativos, afirmou que precisa estar "organizada de forma mais enxuta" para aproveitar as oportunidades oferecidas pela inteligência artificial.
A empresa vem apresentando bom desempenho. Em julho, divulgou resultados trimestrais que superaram as expectativas de Wall Street em vários aspectos — incluindo um aumento de 13% nas vendas em relação ao ano anterior, totalizando US$ 167,7 bilhões (R$ 902,8 bi).
Enrico Moretti, professor de economia da Universidade da Califórnia, em Berkeley, disse que as maiores empresas de tecnologia, como a Amazon, estão na linha de frente dos cortes de empregos relacionados à IA, "em parte porque são tanto produtoras quanto consumidoras de IA".
Ainda assim, ele reconhece que uma correção após o forte ritmo de contratações durante a pandemia também pode ter motivado a nova rodada de demissões da empresa.
A Amazon provavelmente consegue automatizar funções mais rapidamente do que a maioria de suas concorrentes por causa de sua escala, afirmou Lawrence Schmidt, professor associado de finanças na escola de gestão do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (o MIT).
"Não é nada absurdo pensar que a Amazon queira eliminar certos tipos de cargos — ou deixar de contratar mais pessoas para determinadas funções — se essas atividades puderem ser rapidamente automatizadas", disse Schmidt.
"Independentemente do que aconteça com o número total de empregos", acrescentou, "é de se esperar que haja uma realocação."
Nuvem da Amazon cai e derruba serviços no mundo todo
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01/11 -
Lula sanciona lei que autoriza governo a mirar piso da meta fiscal em 2025
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou nesta sexta-feira (31) uma lei que autoriza o governo a congelar um volume menor de gastos para alcançar a meta fiscal de 2025.
O texto estabelece que o Planalto poderá adotar o piso da meta fiscal como referência para o congelamento de recursos do orçamento.
O objetivo fiscal é dividido em três níveis: superior, centro e inferior. A meta central deste ano estabelece que as contas públicas devem ter déficit zero.
As outras duas bandas, que são chamadas de intervalos de tolerância, permitem que o governo cumpra a meta fiscal mesmo que esteja distante do déficit zero. Para este ano, os limites superior e inferior foram fixados em:
superávit de R$ 30,9 bilhões;
e déficit de R$ 30,9 bilhões.
Pela nova lei, ao longo do orçamento de 2025, o governo poderá mirar apenas o limite inferior.
Isso significa que, para manter as contas em dia, o Executivo poderá congelar apenas o necessário para atender à meta mais branda deste ano, evitando que um montante maior de gastos seja bloqueado.
O entendimento, embora não esteja em lei, é o que vem sendo adotado pela equipe econômica do governo. A legislação, aprovada pelo Congresso na última quinta (30) e sancionada por Lula um dia depois, apenas assegura que o Planalto siga com o mesmo critério.
O reforço legal ocorreu depois de o Tribunal de Contas da União (TCU) questionar a regra atualmente adotada pelo governo.
A Corte de Contas defende que o objetivo passe a ser o centro da meta, o que o Planalto afirma que poderia levar a cortes adicionais de gastos.
Disputa no TCU
Sede do Tribunal de Contas da União, em Brasília
Valter Campanato/Agência Brasil
O TCU chegou a decidir que o governo teria de rever o critério adotado em 2025 e mirar o centro da meta fiscal, que é de déficit zero. A equipe econômica avaliou que a mudança poderia levar a um bloqueio de até R$ 30 bilhões nas contas, levando a um colapso da máquina pública neste ano.
O Planalto recorreu, e o relator do caso, ministro Benjamin Zymler, decidiu que o governo poderá continuar a adotar a regra em 2025.
O TCU ainda definirá, em julgamento definitivo, se o governo será obrigado a perseguir o centro da meta nos próximos anos.
LDO de 2026
A discussão sobre o parâmetro que deve ser adotado para a meta fiscal é um dos motivos que atrasaram a votação da proposta que define as diretrizes do Orçamento de 2026.
O texto já teve a análise adiada sucessivas vezes na Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso.
Sob críticas do governo, o relator da proposta, deputado Gervásio Maia (PSB-PB), incorporou em seu parecer mais recente a decisão do TCU que obriga o governo a mirar o centro da meta.
As diretrizes orçamentárias estabelecem que as contas públicas deverão ter saldo positivo em 2026 — o chamado superávit. A meta é um saldo de R$ 34,2 bilhões, com um intervalo de tolerância (superior e inferior) para o cumprimento do objetivo.
Gervásio Maia estabeleceu que, durante a execução do Orçamento de 2026, eventuais congelamentos e bloqueios de despesas terão de ser feitos mirando o superávit de R$ 34,2 bilhões.
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01/11 -
Por dentro de um desmanche: veja como carros viram peças vendidas pela metade do preço
Por dentro do desmanche: como carros viram peças e reduzem custos
As montadoras têm diversificado o seu tipo de negócio nos últimos anos. Algumas já não se apresentam apenas como “fabricantes”, mas como prestadoras de serviços de mobilidade. E isso tem refletido na forma como ofertam veículos, serviços (como de locação, por exemplo) e até peças de manutenção.
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A Stellantis, dona das marcas Fiat, Jeep, Peugeot e Citroën, inaugurou, em meados de agosto, o primeiro centro de desmontagem veicular da América Latina, com investimento de R$ 13 milhões. A unidade fica localizada em Osasco (SP) e marca a entrada da montadora no que o mercado chama de "reciclagem estruturada de veículos sinistrados e em fim de vida útil".
🚗 Na prática, a empresa reaproveita carros — inclusive de outras marcas — que não podem mais rodar, seja porque foram destruídos em acidentes, por exemplo, ou porque já estão fora de uso. A ideia é dar um destino certo a esses veículos, de forma a desmontar, reciclar e reaproveitar suas partes.
"Numa iniciativa de economia circular, fazia muito sentido trazer peças e produtos de volta para o mercado. Geramos mais valor para a cadeia que ainda é menos explorada", afirma Alexandre Aquino, vice-presidente de economia circular da Stellantis para a América do Sul.
Com o projeto, a empresa se torna a primeira montadora na América do Sul a investir em um espaço dedicado ao desmonte legal e rastreável de automóveis.
Apesar de pioneira, no entanto, a Stellantis não é a única que vê no desmanche uma nova oportunidade de aumentar o faturamento. Em entrevista exclusiva ao g1, a Toyota afirmou que pretende entrar nesse segmento nos próximos anos.
Centro de desmontagem veicular da Stellantis recebe carros de todas as marcas
Divulgação | Stellantis
Veja nesta reportagem o passo a passo do desmonte de carros e entenda o que tem impulsionado o crescimento deste mercado no Brasil.
Qual é o tamanho do mercado de desmanche?
Segundo dados divulgados pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) em parceria com a Dana Brasil, o mercado de reposição automotiva movimentou R$ 260 bilhões com a venda de peças em 2024.
A estimativa do setor é que aproximadamente dois milhões de veículos cheguem ao fim da vida útil por ano. Ainda assim, dados da Associação Brasileira da Reciclagem Automotiva (Abcar) e do Sindicato do Comércio Atacadista de Sucata Ferrosa e Não Ferrosa do Estado de São Paulo (Sindinesfa), apontam que apenas 1,5% desse total recebe destinação adequada.
"É importante destacar que essas empresas não seguem um padrão único de operação. A maioria é formada por negócios familiares, com funcionários que são da própria família, e sem estrutura industrial padronizada", explica Julio Cesar Luchesi de Freitas, presidente da Abcar.
Esse cenário, segundo as entidades Abcar e Sindinesfa, revela um potencial de R$ 14 bilhões anuais em peças recuperáveis que ainda não é aproveitado pelo setor. Globalmente, o mercado de remanufatura movimentou US$ 70 bilhões (cerca de R$ 377 bilhões) em 2024, crescendo em média 9,3% ao ano.
O avanço tecnológico e a maior rastreabilidade das peças têm impulsionado a formalização do setor, antes dominado por operações informais. Até o momento, no entanto, há apenas pouco mais de 5 mil desmontes homologados no Brasil, com um mercado estimado em R$ 2 bilhões, segundo a Abcar e o Sincopeças-SP.
Centro de desmanche da Fiat tem capacidade para desmontar até 8 mil carros por ano
Rafael Peixoto | g1
Combate ao comércio ilegal de peças
A Lei do Desmanche (n.º 12.977), que regulamenta a atividade de desmontagem de veículos automotores no Brasil, foi sancionada em 20 de maio de 2014. O objetivo principal da legislação é organizar o setor e combater o comércio ilegal de peças, contribuindo para a redução de roubos e furtos de veículos.
Entre as exigências previstas, a lei determina que os desmanches legais sejam credenciados, rastreáveis e sigam normas específicas, como a emissão de notas fiscais para as peças comercializadas e o registro das operações nos Detrans de cada estado.
A despeito da lei, poucos estados cumprem com as regulamentações do desmanche de veículos terrestres no Brasil, segundo o presidente da Abcar. Assim, nem sempre é possível estabelecer quanto é o preço médio da peça remanufaturada no país.
"É difícil ter um número exato para cada ponto. A legislação foi implementada em 2014, com a resolução saindo em 2016. Mas, na prática, entre todos os estados do Brasil, apenas São Paulo tem o sistema funcionando plenamente — desde o credenciamento até a rastreabilidade das peças", disse Julio Cesar Luchesi de Freitas, presidente da Abcar.
Segundo Freitas, há iniciativas em andamento no Rio Grande do Sul e em Minas Gerais, mas ainda estão em fase de implementação. Outros estados estão "se movimentando", mas a lei não foi efetivamente colocada em prática.
"Há empresas grandes, com até 100 funcionários, mas são minoria. Muitas têm apenas quatro colaboradores, e algumas nem possuem funcionários registrados. Ou seja, varia muito. Existe uma estimativa geral, mas não há dados precisos para afirmar com certeza", explicou Freitas.
Em comparação ao mercado internacional, o Brasil tem uma frota menor de veículos em relação a países da Europa e dos Estados Unidos, por exemplo — o que naturalmente resulta em um número inferior de peças disponíveis para reposição.
O presidente da Abcar destaca, no entanto, que o desempenho brasileiro é proporcionalmente superior quando se trata de peças recuperadas.
"Estima-se que o país recupere cerca de 30% a mais de peças em relação ao número de veículos sucateados. Isso acontece porque, ao contrário dos mercados europeu e norte-americano — que costumam reaproveitar apenas os componentes mais relevantes e descartam o restante devido à grande oferta de veículos e peças novas —, o Brasil aproveita uma maior variedade de peças, impulsionado pela menor disponibilidade de reposição nova no mercado", relatou Freitas.
De onde vem o valor baixo das peças?
Segundo o presidente da Abcar, é comum que os desmanches comercializem peças com descontos significativos.
“Em média, os preços giram em torno de 50% abaixo do valor de uma peça nova”, afirma Freitas, reiterando que o que explica o preço mais baixo é justamente a eliminação do custo de produção.
Conforme Freitas, o que explica o preço da peça mais barata é eliminar o custo de produção. "O custo operacional do processo de desmontagem acaba sendo mais barato do que o custo industrial na produção de uma nova peça", alega o executivo.
O segmento de reposição automotiva envolve tanto peças originais quanto paralelas novas, além de incluir também as remanufaturadas. De acordo com a Stellantis, uma peça recondicionada pode evitar o desperdício de até 80% da matéria-prima necessária para a fabricação de uma nova.
Para tornar essa economia mais visível, imagine uma engrenagem que tenha apenas algumas avarias. Se essa peça for recuperada e voltar funcionar, ela pode retornar para um carro que precisasse dessa peça, sem a necessidade de produzir uma totalmente nova. (Veja a imagem abaixo)
Recuperar uma peça gera economia de 80% da matéria-prima que seria usada para produzir uma nova
Gui Sousa | g1
A Stellantis, que tem apostado no setor para aumentar o faturamento, consegue vender peças por menos da metade do preço.
Um exemplo, segundo Aquino, é o farol de um Jeep Commander. A peça, que chega a custar quase R$ 3.500 na internet, é revendido por R$ 1.500 na loja física e online da Circular AutoPeças após recuperado.
O passo a passo do desmanche
O procedimento é dividido em cinco etapas principais. Veja abaixo.
Teste de motor e eletrônica:
Nesta etapa inicial, os componentes são verificados para identificar quais ainda funcionam. O motor e a transmissão são colocados à prova com o carro ligado, para avaliar se ainda há condições de rodagem. Também são testados os sistemas eletrônicos, como faróis, lanternas, luzes internas e do painel.
Descontaminação:
Com o veículo no elevador, inicia-se a retirada de óleos, combustíveis e fluidos. O mecânico responsável remove o bujão do cárter — onde o óleo lubrificante do motor fica armazenado quando o carro está desligado. Em seguida, é retirado o líquido de arrefecimento, conhecido popularmente como “água do radiador”.
Desmontagem:
A desmontagem física do veículo ocorre em três fases:
1️⃣ Primeiro, todos os parafusos e pontos de fixação do motor, câmbio, rodas e eixos dianteiro e traseiro são soltos.
2️⃣ Depois, essas peças, que compõem o conjunto motriz do veículo, são retiradas.
3️⃣ Por fim, são removidos a lataria (tampas, capô e portas), os acabamentos externos (lanternas, faróis) e os internos (painel, volante, bancos e tapeçaria).
Lavagem das peças:
Todas as peças que ainda podem ser recuperadas ou vendidas são encaminhadas para limpeza.
Fotografia:
Após a lavagem, as peças são fotografadas para cadastro, recebem etiquetas do Detran e são publicadas para venda na internet.
⛔Peças de segurança, como airbags, freios e cintos de segurança não são reaproveitadas e seguem diretamente para reciclagem.
O desmanche é basicamente feito em três etapas: soltar parafusos, retirar o conjunto motriz e os acabamentos
Gui Sousa | g1
Em paralelo, uma linha separada cuida dos sistemas eletrônicos — fios, módulos e centrais de comando (ECUs) —, encaminhados para reciclagem especializada.
“Desmontar um carro é mais fácil do que montar. Na desmontagem, é preciso se preocupar apenas com as peças que serão reutilizadas, não com o carro todo”, explica Martin Siroit, gerente de manufatura da Circular AutoPeças.
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Classificação, rastreabilidade e venda
Etiquetas do Detran são colocadas em todas as peças para evitar fraude
Rafael Peixoto | g1
Após desmontadas, as peças passam por uma limpeza com produtos biodegradáveis e são classificadas de 0 a 9 conforme seu estado de conservação (veja abaixo).
Peças com notas de 0 a 4: enviadas para remanufatura;
Peças com notas de 5 a 9: vendidas diretamente, sem recondicionamento.
Cada componente recebe uma etiqueta de rastreamento emitida pelo Detran, com informações sobre origem, nota e procedência.
A rastreabilidade das peças começa com a emissão de uma cartela, por parte do Detran de cada estado. Essa cartela conta com informações das 49 peças que podem ser vendidas no mercado.
“A etiqueta mostra a classificação e garante transparência total ao cliente, com segurança e procedência legal”, explica Aquino.
Essa cartela é atrelada a um veículo específico por meio do chassi e da placa. Cada etiqueta é destinada para uma peça (farol direito, farol esquerdo, volante e assim por diante). É através dessa etiqueta que o Detran pode fazer eventuais auditorias nas peças.
Peças são lavadas e catalogadas após o desmanche
Divulgação | Stellantis
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01/11 -
Importadora dos EUA redireciona café brasileiro para o Canadá para escapar de tarifaço
Importadora dos EUA redireciona café brasileiro para o Canadá para escapar de tarifaço
Atingido há quase três meses pelo tarifaço de 50% imposto por Donald Trump ao Brasil, o setor de café dos Estados Unidos busca alternativas para reduzir o prejuízo decorrente da taxa.
O café brasileiro responde tradicionalmente por um terço dos grãos no mercado dos EUA, o maior consumidor da bebida no mundo.
Desde que a tarifa entrou em vigor, em 6 de agosto, importadores enfrentam custos mais altos, cargas do grão brasileiro paradas, contratos cancelados e preços até 40% mais altos para o consumidor, segundo a agência Reuters.
A importadora Lucatelli Coffee é um exemplo. Após comprar US$ 720 mil em café brasileiro já sob a nova taxa, ela decidiu redirecionar o produto para o Canadá para escapar da tarifa de 50%.
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Para isso, armazenou o carregamento na Flórida, onde ele pode ser abrigado temporariamente sem a cobrança do imposto. No entanto, se a Lucatelli decidir vender o café brasileiro nos EUA, a empresa terá que pagar a tarifa de 50%.
Steven Walter Thomas, dono da empresa, disse à Reuters que o envio do produto ao Canadá aumenta os custos com transporte, mas é compensado pela isenção da taxa.
"É um dilema: esperar e torcer por um acordo comercial ou tomar um banho de sangue na logística para redirecionar o café", diz Thomas.
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Estoques no fim
Enquanto torcem por um eventual acordo entre os governos do Brasil e dos EUA, as importadoras norte-americanas sofrem com o baixo nível de seus estoques e buscam substitutos para o café brasileiro com preços que ainda lhes permitam algum lucro.
Algumas torrefadoras dos EUA cancelaram pedidos de café do Brasil, segundo a Reuters. O cancelamento teria custado entre US$ 20 e US$ 25 por saca de 60 quilos, que hoje vale cerca de US$ 515, sem considerar as tarifas.
Assim, aos torrefadoras evitaram a tarifa de 50% sobre contêineres de cerca de US$ 250 mil, mas ficaram sem café para vender.
"Temos estoques, mas eles estão se esgotando rapidamente", disse Michael Kapos, da torrefadora Downeast Coffee Roasters, que fornece o produto para redes e mercados na Costa Leste dos EUA.
A empresa conseguiu cancelar parte dos pedidos, mas não todos.
Pelos contratos, o comprador arca com novas tarifas impostas após o fechamento do negócio. O cancelamento só ocorre se as duas partes concordarem, o que é difícil nos casos em que o café já foi embarcado.
Kapos disse que a empresa testa cafés de outros países para substituir os grãos brasileiros, mas o custo é maior.
Os preços de cafés da Colômbia, México e América Central subiram até 10% desde o anúncio da tarifa, em 9 de julho. Já o café brasileiro caiu cerca de 5%.
Consumidora olha pacotes de café em supermercado em Union City, Nova Jersey, nos EUA, em outubro de 2025
REUTERS/Marcelo Teixeira
Café ficou 41% mais caro nos EUA em um ano
Ao mesmo tempo, os preços do café no varejo nos EUA têm aumentado constantemente desde o ano passado e devem subir ainda mais.
Os preços do café moído e torrado nos supermercados dos EUA subiram 41% em setembro em relação ao ano anterior, de acordo com dados do governo americano.
Parte da inflação é relacionada ao aumento dos preços globais do café, que teve produção mais baixo nos últimos anos por causa de problemas climáticos. Outra parte, no entanto, se deve às tarifas impostas pelo próprio governo americano.
Os consumidores perceberam o aumento. "Não estou mais olhando muito para as marcas. Estou procurando as ofertas", disse à Reuters Sherryl Legyin, enquanto examinava as prateleiras de um supermercado em Nova Jersey, em outubro.
Outra cliente, Yasmin Vazquez, percebeu a inflação de seu café instantâneo favorito. "Custava US$ 6 ou US$ 7, mas agora está sendo vendido por US$11. E parece que ficou menor", diz ela.
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Quando Trump impôs a tarifa de 50% sobre o Brasil, ele citou motivações comerciais e também políticas, acusando o Supremo Tribunal Federal de perseguir o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Semanas depois, Bolsonaro foi condenado a 27 anos de prisão pelo STF por sua participação em uma tentativa de golpe de Estado, enquanto Trump e Lula começaram a dialogar.
Os dois presidentes se reuniram no último domingo (26). Lula se disse estar otimista pelo fim das tarifas; Trump afirmou que o encontro foi “muito bom”, mas não garantiu necessariamente um acordo.
Enquanto isso, Steven Walter Thomas, dono da Lucatelli Coffee, lamentou o aspecto político do tarifaço e o prejuízo que sofre com ele.
"Não se trata de reciprocidade ou comércio, é punitiva, política e pessoal. É entre Trump e Lula", disse Thomas à Reuters. "O Brasil não está pagando, eu estou. Eu e meus clientes."
Pacotes de café em mercado em Nova Jersey, EUA
Reuters
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01/11 -
Mega da Virada: apostas para prêmio recorde de R$ 850 milhões começam hoje; veja como jogar
Mega da Virada: Como o prêmio é calculado e quais chances de ganhar?
As apostas para a Mega da Virada 2025 já podem ser feitas a partir deste sábado (1º). O concurso especial irá pagar o maior prêmio da história, de R$ 850 milhões — valor 33% superior ao da edição do ano passado, informou a Caixa Econômica Federal.
Segundo a instituição, o prêmio pode ultrapassar R$ 1 bilhão, dependendo do volume arrecadado — ou seja, da quantidade de apostas feitas. Mudanças nas regras das loterias, em vigor desde agosto, também devem garantir um valor mais alto para quem acertar as seis dezenas.
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Uma portaria do Ministério da Fazenda elevou de 62% para 90% a parcela da premiação destinada à faixa principal da Mega da Virada. A medida amplia as chances de um prêmio bilionário, afirmou a Caixa.
O sorteio da Mega da Virada será realizado em 31 de dezembro e a aposta simples, com seis números, custa R$ 6.
Além do ajuste na distribuição do prêmio, outra novidade desta edição é a ampliação do horário para realizar apostas em todas as modalidades das Loterias Caixa, incluindo a Mega da Virada, a partir da próxima segunda-feira (3).
Os apostadores terão uma hora adicional para adquirir cotas de bolões pelo aplicativo e pelo portal das Loterias Caixa, com o novo horário limite estendido até 20h30.
Como jogar?
As apostas podem ser feitas com volante específico da Mega da Virada em qualquer lotérica do país. Os jogos também podem ser feitos pelo portal Loterias Caixa ou pelo aplicativo Loterias Caixa. Os clientes do banco também podem fazer apostas pelo Internet banking.
➡️ Como fazer um bolão?
Para fazer um bolão, o apostador pode comprar cotas de bolões organizados pelas lotéricas — nesse caso, pode ser cobrada uma tarifa de serviço adicional de até 35% do valor da cota.
Além disso, as cotas também podem ser compradas no portal Loterias Caixa ou pelo aplicativo Loterias Caixa, também com tarifa de serviço adicional de 35% do valor da cota.
Para fazer o jogo, basta preencher o campo próprio no volante ou solicitar ao atendente da lotérica.
Segundo a Caixa, na Mega-Sena, os bolões têm preço mínimo de R$ 18. As cotas, no entanto, não podem ser inferior a R$ 7. O banco ainda explica que é possível realizar um bolão de no mínimo dois e no máximo 100 cotas, e que é permitida a realização de no máximo dez apostas por bolão.
"Em caso de bolão com mais de uma aposta, todas elas deverão conter a mesma quantidade de números de prognósticos", diz a Caixa, em nota.
Mega da Virada paga o maior prêmio da história em 2023
Edi Sousa/Ato Press/Estadão Conteúdo
Veja abaixo perguntas e respostas sobre a Mega da Virada:
Quais são as faixas de premiação?
Diferentemente da Mega-Sena e de outros concursos, a Mega da Virada não acumula. Isso significa que o prêmio é pago mesmo que nenhum apostador acerte as seis dezenas.
Na prática, portanto, caso não haja um ganhador na primeira faixa (seis dezenas), o valor passa para os ganhadores da segunda faixa — e assim por diante. A divisão é esta:
Primeira faixa – seis acertos (sena)
Segunda faixa – cinco acertos (quina)
Terceira faixa – quatro acertos (quadra)
Quarta faixa – três acertos
Quinta faixa – dois acertos
Sexta faixa – um acerto
Como o valor do prêmio é estipulado?
De acordo com a Caixa Econômica Federal, a maior parte do prêmio vem da arrecadação com as vendas de bilhetes do próprio sorteio.
Também incrementam a cifra da Mega da Virada os valores acumulados dos prêmios regulares da Caixa ao longo do ano.
Onde conferir o resultado?
Os sorteios das Loterias Caixa são realizados em São Paulo. Os apostadores da Mega da Virada podem acompanhar a transmissão ao vivo pela página da instituição no YouTube.
Os números sorteados e o rateio do prêmio também ficam disponibilizados no site da Caixa após a realização do concurso.
Como resgatar o prêmio?
O sortudo poderá receber o prêmio nas agências da Caixa. Pelas regras, valores iguais ou acima de R$ 10 mil são pagos no prazo mínimo de dois dias úteis após o ganhador se apresentar em uma agência.
Os documentos necessários são o bilhete premiado ou o comprovante da aposta, além de documento pessoal com foto e CPF.
A Caixa lembra que, se o bilhete foi emitido na lotérica, é importante que o ganhador se identifique no verso do bilhete premiado antes mesmo de sair de casa.
As informações necessárias são: nome completo, número do documento de identificação e CPF. Dessa forma, diz a instituição, o apostador garante que ninguém mais retire o prêmio.
O ganhador tem até 90 dias corridos, a partir da data do sorteio, para receber. Passado esse período, o prêmio prescreve e o valor é repassado ao Fundo de Financiamento Estudantil (FIES).
No caso de prêmios de até R$ 2.112,00, como em outros concursos, os valores podem ser recebidos nas casas lotéricas.
Veja os dez maiores prêmios da Mega da Virada até agora
2024: R$ 635,4 milhões
2023: R$ 588,8 milhões
2022: R$ 541,9 milhões
2021: R$ 378,1 milhões
2020: R$ 325,2 milhões
2017: R$ 306,7 milhões
2019: R$ 304,2 milhões
2018: R$ 302,5 milhões
2014: R$ 263,2 milhões
2015: R$ 246,5 milhões
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01/11 -
'Free flow': pedágio eletrônico chega a mais estradas de SP; veja trechos e valores
'Free flow': pedágio eletrônico passa a valer em mais estradas de SP; veja os valores
Os motoristas que circulam entre cidades do interior e do litoral de São Paulo poderão pagar pedágio por meio do sistema "free flow" — que dispensa a parada do veículo para o pagamento — a partir deste sábado (1º).
As novas regras para o modelo de pedágio eletrônico, aprovadas pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran) em outubro do ano passado, trazem ainda uma série de descontos e isenções. (Veja mais abaixo)
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Segundo a concessionária, serão seis pórticos, instalados nas seguintes cidades:
Arujá;
Mogi das Cruzes;
Bertioga;
Santos;
Miracatu.
Segundo o presidente da Concessionária Novo Litoral (CNL), João Couri, afirmou que a implementação do pedágio trará melhorias nas rodovias.
"A rodovia já foi elevada a um novo padrão de segurança e também de trafegabilidade, onde todo o pavimento passou por um tratamento de aumento de indicadores e também a rodovia como um todo receberá R$ 5 bilhões de investimentos, principalmente em 90 quilômetros de duplicação, outros 80 quilômetros de vias marginais, várias passarelas", disse Couri.
Entenda nesta reportagem:
Qual o valor cobrado em cada pedágio?
Quais os descontos e isenções concedidos?
Como são as regras do free flow?
O que muda entre a antiga e a nova regra?
O que é o pedágio eletrônico (free flow)?
O pedágio free flow aplica multa?
Como acontece a cobrança do pedágio?
Free flow coleciona reclamações
Qual o valor cobrado em cada pedágio?
Rodovia Pedro Eroles (Mogi-Dutra), trecho Arujá: R$ 1,56 por sentido;
Rodovia Pedro Eroles (Mogi-Dutra), trecho Mogi das Cruzes: R$ 1,99 por sentido;
Estrada da Pedreira: R$ 0,57 por sentido;
Rodovia Dom Paulo Rolim Loureiro (Mogi-Bertioga), trecho Bertioga: R$ 6,95 por sentido;
Rodovia Manoel Hipólito Rego (Rio-Santos), trecho Santos: R$ 5,80 por sentido;
Rodovia Padre Manoel da Nóbrega, trecho Miracatu: R$ 5,59 por sentido.
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Quais os descontos e isenções concedidos?
De acordo com a concessionária, os descontos podem chegar a 20% sobre o valor da tarifa. Veja as regras para pagar menos:
Usuários de tags têm 5% de desconto;
Motociclistas são isentos da tarifa;
Moradores de Mogi das Cruzes não pagam deslocamento no município;
Moradores de Santos, nos bairros de Caruara, Iriri, Monte Cabrão e Cabuçu não pagam a passagem no município;
Moradores do Taboão não pagam o pedágio em uma mesma viagem quando utilizam o acesso do km 38+300 da mesma rodovia;
Usuários que cruzarem o pórtico na altura do km 40+800 da SP-088 e acessarem a Estrada da Pedreira (km 41+190), em ambos os sentidos, pagarão apenas pelo trecho efetivamente percorrido da SP-088. O valor é de R$ 0,57;
Motoristas frequentes pagam menos, com 10% de desconto a partir da 11ª passagem e 20% a partir da partir da 21ª passagem. Segundo a concessionária, as reduções não são cumulativas e vale a maior.
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Como são as regras do free flow?
O Contran aprovou as novas regras para os pedágios eletrônicos em outubro do ano passado. O novo texto substituiu o conjunto de normas aprovadas em 2022.
A nova lista de regras visa facilitar a comunicação dos usuários e o uso do sistema de pedágio eletrônico, permitindo que os motoristas transitem pelas rodovias sem precisar parar para efetuar o pagamento.
O g1 listou as principais mudanças e como sua viagem acontecerá a partir do novo sistema. Veja abaixo todas as alterações.
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O que muda entre a antiga e a nova regra?
💵 O prazo de pagamento do pedágio passa de 15 para 30 dias após o motorista passar pelo free flow;
🗓️ Caso a data limite para pagamento não seja considerada dia útil, o prazo será estendido até o próximo dia útil;
🙋 Os usuários podem contestar as passagens ou valores cobrados que julgar indevidos;
💳 Todos os dados sobre cobrança passam a estar disponíveis em um local centralizado, além do aplicativo Carteira Digital de Trânsito — onde o motorista já pode acessar a CNH e até ver quantas multas tomou;
🛑 Novas placas e símbolos instalados em todos os trechos onde o pedágio free flow de livre passagem é adotado, incluindo nos acessos das vias;
🚗 Motoristas passarão a pagar apenas pelo trecho percorrido;
🧑🏫 Órgãos e concessionárias promoverão campanhas educativas para explicar o funcionamento do novo pedágio;
📷 As imagens capturadas do veículo serão armazenadas nos sistemas por 90 dias contados da data da passagem, ou cinco anos para motoristas que não pagaram o pedágio;
🏡 Veículos registrados no exterior não poderão deixar o país até o pagamento de todas as passagens nos pedágios eletrônicos.
Sinalização sobre pedágios eletrônicos aprovada pelo Contran
Divulgação/Contran
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O que é o pedágio eletrônico (free flow)?
O pedágio eletrônico, ou free flow (“fluxo livre”, em inglês), é um sistema de cobrança que dispensa cabines de atendimento e não exige o uso de tag pelo motorista.
Nesse sistema, o motorista não precisa reduzir a velocidade para que os dados do veículo sejam lidos. Outra vantagem é a cobrança proporcional ao trecho percorrido, já que o sistema identifica onde o carro entrou e saiu da rodovia.
O pedágio eletrônico já é adotado em mais de 20 países, como Noruega, Portugal, Estados Unidos, Itália, China e Chile — um dos pioneiros na América Latina a implementar o sistema em suas rodovias.
No Brasil, o sistema já funciona em rodovias federais, como a BR-101 (Rodovia Rio-Santos), e agora foi autorizado para uso em vias urbanas e rurais, abrangendo estradas e rodovias federais, estaduais, distritais e municipais em todo o país.
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O pedágio free flow aplica multa?
Não. A função do pedágio eletrônico é apenas identificar corretamente o veículo para realizar a cobrança. As câmeras e sensores instalados nos pórticos são usados exclusivamente para esse propósito.
A multa por evasão de pedágio é aplicada apenas quando o pagamento não é efetuado. Trata-se de uma infração grave, com penalidade de R$ 195,23 e cinco pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
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Como acontece a cobrança do pedágio?
O sistema de cobrança do free flow utiliza a mesma tecnologia das tags já comuns no Brasil, com avanços importantes para identificar corretamente cada tipo de veículo.
Diversas câmeras e sensores são instalados nos pórticos fixos nas rodovias. Eles identificam os veículos com tag ou fazem a leitura das placas para determinar quem será cobrado.
Algumas câmeras possuem lentes duplas para capturar imagens em 3D, permitindo identificar o tipo de veículo, o número de eixos e quais estão suspensos. Isso garante a cobrança correta de acordo com o porte do veículo, como no caso dos caminhões.
Luzes infravermelhas são utilizadas para garantir a identificação dos veículos mesmo em condições adversas, como neblina ou fumaça.
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Free flow coleciona reclamações
A isenção da cobrança de pedágio na região de Mogi das Cruzes foi concedida após uma um pedido da prefeitura da cidade para garantir a isenção da cobrança para seus cidadãos. Arujá também entrou na Justiça com o mesmo pedido, mas não conseguiu o benefício.
A prefeita de Mogi das Cruzes, Mara Bertaiolli (PL), afirmou que “não tem cabimento o mogiano pagar para entrar e sair de sua cidade”.
Além das duas cidades do Alto Tietê, a Justiça Federal de Guarulhos também determinou a suspensão das multas aplicadas a motoristas que passarem pelos pedágios do sistema de cobrança automática.
Com a medida, os órgãos federais ficam proibidos de multar os motoristas que passarem pelos pórticos do sistema sem efetuar o pagamento, até nova decisão judicial.
Na ação, o MPF argumenta que o modelo de cobrança apresenta falhas sistêmicas e problemas de transparência, apontando que um projeto-piloto da ANTT — chamado Sandbox Regulatório — registrou alto número de multas indevidas e dificuldades técnicas na identificação dos usuários.
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Contran aprova novas regras para pedágio eletrônico em rodovias do país
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01/11 -
Mega-Sena pode pagar R$ 34 milhões neste sábado
Como funciona a Mega-sena
O concurso 2.935 da Mega-Sena pode pagar um prêmio de R$ 34 milhões para os acertadores das seis dezenas. O sorteio ocorre às 20h deste sábado (1º), em São Paulo.
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No concurso da última quinta (30), ninguém levou o prêmio máximo.
A aposta mínima para a Mega-Sena custa R$ 6 e pode ser realizada também pela internet, até as 19h – saiba como fazer a sua aposta online.
A Mega tem três sorteios semanais: às terças, quintas e sábados.
Mega-Sena
Marcelo Brandt/G1
Para apostar na Mega-Sena
As apostas podem ser realizadas até as 19h (horário de Brasília) em qualquer lotérica do país ou por meio do site e aplicativo Loterias Caixa, disponíveis em smartphones, computadores e outros dispositivos.
É necessário ter 18 anos ou mais para participar. O pagamento, nesse caso, é realizado de forma online, com opção via PIX.
Probabilidades
A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para um jogo simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 6, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa.
Já para uma aposta com 20 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 232.560,00, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 1.292, ainda de acordo com a instituição.
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31/10 -
Receita exigirá CPF em fundos de investimento para rastrear organizações criminosas
Superintendência da Receita Federal, em Brasília.
Marcelo Camargo/Agência Brasil
A Receita Federal publicou nesta sexta-feira (31) uma nova norma que exige que os fundos de investimento identifiquem os CPFs dos cotistas finais. A medida tem como objetivo aumentar a transparência e combater crimes como lavagem de dinheiro e ocultação de patrimônio.
Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a resolução mira o crime organizado. Em entrevista a jornalistas, em São Paulo, ele afirmou que atualmente há fundos que investem em outros fundos, criando estruturas que dificultam a identificação do CPF dos reais beneficiários.
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"Hoje, sabemos que, para esconder o dinheiro, você tem uma série de estratagemas. Um deles é criar fundos sobre fundos. Um fundo, que é cotista de outro fundo, que é cotista de outro fundo, e você não chega na pessoa física, que é o verdadeiro detentor daquela riqueza", afirmou o ministro.
Com a nova norma, todos os fundos serão obrigados a informar o CPF das pessoas envolvidas, acrescentou. Assim, segundo Haddad, "se houver um esquema de pirâmide, de fundo que controla outros fundos, você vai ter que chegar no CPF da pessoa."
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"Não tem mais aquela história de 'o cotista desse fundo é um outro fundo'. Você fala: 'bom, mas quem é o cotista desse fundo?' E assim sucessivamente, até você chegar à pessoa física", afirmou.
Em nota, a Receita Federal informou que passará a receber mensalmente dos administradores de fundos de investimento dados sobre todos os fundos e seus cotistas, incluindo identificação, patrimônio líquido, número de cotas, CPF/CNPJ, entre outros.
Os envios serão feitos por meio do sistema Coleta Nacional, que já são feitos regularmente ao Banco Central do Brasil (BC).
"Estes relatórios representam avanço relevante, garantindo acesso a dados abrangentes e analíticos sobre fundos de investimento", informou o órgão.
Medida vem após megaoperação
A resolução começou a ser preparada após a megaoperação da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público (MP) contra o PCC, em agosto, que desvendou a infiltração do crime organizado no setor financeiro.
As investigações apontam que o esquema utilizava ao menos 40 fundos de investimento e diversas fintechs — empresas de serviços financeiros digitais — para lavar dinheiro, mascarar transações e ocultar patrimônio.
Além da lavagem de dinheiro do crime organizado, o esquema também gerava grandes lucros na cadeia de combustíveis, segundo a PF. Para viabilizar isso, centenas de empresas eram abertas para ocultar a origem e o destino dos recursos.
A Polícia Federal também identificou que as transações eram realizadas por fintechs, em vez de bancos tradicionais, com o objetivo de dificultar o rastreamento dos valores ligados ao PCC.
A Receita Federal constatou que uma dessas fintechs atuava como um “banco paralelo” da facção, movimentando mais de R$ 46 bilhões entre 2020 e 2024. Os mesmos operadores também controlavam fintechs menores, formando uma segunda camada de ocultação.
Boa parte dos recursos obtidos sem origem comprovada foi usada para comprar usinas sucroalcooleiras e expandir o grupo, que passou a controlar também distribuidoras, transportadoras e postos de combustíveis.
Os lucros e o dinheiro lavado eram aplicados em fundos de investimento, com múltiplas camadas de ocultação destinadas a esconder os reais beneficiários.
A Receita Federal identificou ao menos 40 fundos — multimercado e imobiliários — com patrimônio de R$ 30 bilhões, todos sob controle do grupo. Muitos eram fundos fechados com apenas um cotista.
Fernando Haddad durante coletiva sobre megaoperação contra o PCC
Jorge Silva/Reuters
'Asfixia financeira'
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta sexta que é necessário “asfixiar” financeiramente o crime organizado.
Ele mandou um recado a Cláudio Castro (PL), pedindo que o governador do Rio de Janeiro mobilize a bancada de seu partido na Câmara dos Deputados em apoio à aprovação do projeto que endurece as regras contra o devedor contumaz.
🔎 O devedor contumaz é o contribuinte que, de forma deliberada e recorrente, deixa de pagar impostos com o objetivo de burlar a legislação tributária.
No contexto das megaoperações contra o Comando Vermelho, no Rio de Janeiro, e contra o PCC, na Faria Lima, o ministro da Fazenda afirmou que, por trás desse tipo de sonegador, está o crime organizado.
Segundo Haddad, há ações em andamento, em nível federal, para combater os lucros das facções — incluindo aqueles obtidos por meio de atividades no setor de combustíveis.
"Essa é uma das principais fontes de financiamento do crime organizado no Rio", afirmou. "Além da questão territorial — de cumprir mandado de prisão —, se não asfixiar o financiamento, não vai dar certo. Nós temos que entrar por cima, combatendo e asfixiando."
Haddad defendeu o projeto que endurece regras contra o devedor contumaz como uma medida efetiva no combate à atuação das facções.
"Essa é uma palavra chique para falar de sonegador. E, por trás de sonegador, o que tem, na verdade, é o crime organizado", declarou. "Ele se vale de estratégias jurídicas fraudulentas para evitar que as autoridades cheguem às pessoas que estão lavando dinheiro em supostas atividades lícitas."
Haddad afirmou que, em geral, a origem do crime organizado é ilícita, mas procura se misturar com atividades lícitas para lavar dinheiro. Ele deu como exemplo postos de gasolina, motéis e determinadas franquias de lojas utilizadas para ocultar recursos.
"Então, é muito importante que o partido do governador Cláudio Castro [PL] não vote contra o projeto sobre o devedor contumaz como fez nesta semana", disse o ministro.
Na quinta-feira (30), a Câmara aprovou o regime de urgência para o projeto que combate os grandes devedores de impostos. O texto, que já havia recebido o aval do Senado, deve ser levado em breve ao plenário pelo presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), segundo Haddad.
Na votação pela urgência do projeto, o PL foi o partido com maior número de votos contrários: 35 deputados foram contra, enquanto 30 foram favoráveis.
"Eu quero dizer ao governador Cláudio Castro com toda clareza: uma boa parte do crime organizado do Rio de Janeiro, especificamente do estado, está se escondendo por trás dessas estratégias jurídicas que esta lei visa coibir", afirmou o ministro da Fazenda.
Veja Mais
31/10 -
Aneel mantém bandeira vermelha 1 em novembro, e conta de luz segue com cobrança a mais
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou, nesta sexta-feira (31), que manterá o acionamento da bandeira vermelha patamar 1 para novembro. Isso significa um adicional de R$ 4,46 a cada 100 kWh - a bandeira já havia sido aplicada em outubro.
🔎A bandeira tarifária sinaliza ao consumidor os custos reais da geração de energia no país. Quando a geração fica mais cara, a cobrança extra é aplicada automaticamente nas contas.
Segundo a Aneel, o volume de chuvas abaixo da média e a redução dos níveis dos reservatórios segue desfavorável. "Dessa forma, para garantir o fornecimento de energia é necessário acionar usinas termelétricas, que têm custo mais elevado", justificou a agência.
"Além disso, a geração solar é intermitente e não fornece energia de forma contínua, especialmente no período noturno e nos horários de maior consumo. Por isso, o acionamento das termelétricas continua sendo essencial para atender à demanda", complementou.
Como funciona o sistema de cores
💡 O sistema de cores da Aneel sinaliza as condições de geração de energia. Se chove pouco e as hidrelétricas geram menos, é preciso acionar usinas termelétricas, que são mais caras.
Bandeira tarifária da conta de energia para novembro será vermelha patamar 1.
Reprodução/TV Fronteira
💡 Para pagar por essas usinas, a Aneel aciona as bandeiras amarela, vermelha 1 ou vermelha 2, com taxas extras na conta de luz.
Saiba quanto custa cada bandeira:
Cada bandeira tarifária acionada pela Aneel pode gerar um custo extra ao consumidor:
🟩bandeira verde (condições favoráveis de geração de energia) – sem custo extra;
🟨bandeira amarela (condições menos favoráveis) – R$ 18,85 por MWh (megawatt-hora) utilizado (ou R$ 1,88 a cada 100kWh);
🟥bandeira vermelha patamar 1 (condições desfavoráveis) – R$ 44,63 por MWh utilizado (ou R$ 4,46 a cada 100 kWh);
🟥bandeira vermelha patamar 2 (condições muito desfavoráveis) – R$ 78,77 por MWh utilizado (ou R$ 7,87 a cada 100 kWh).
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31/10 -
Haddad defende 'asfixia financeira' ao crime organizado e manda recado a Cláudio Castro
Haddad defende 'asfixia financeira' ao crime organizado e manda recado a Cláudio Castro
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta sexta-feira (31) que é necessário “asfixiar” financeiramente o crime organizado.
Ele mandou um recado a Cláudio Castro (PL), pedindo que o governador do Rio de Janeiro mobilize a bancada de seu partido na Câmara dos Deputados em apoio à aprovação do projeto que endurece as regras contra o devedor contumaz.
🔎 O devedor contumaz é o contribuinte que, de forma deliberada e recorrente, deixa de pagar impostos com o objetivo de burlar a legislação tributária.
No contexto das megaoperações contra o Comando Vermelho, no Rio de Janeiro, e contra o PCC, na Faria Lima, o ministro da Fazenda afirmou que, por trás desse tipo de sonegador, está o crime organizado.
Segundo Haddad, há ações em andamento, em nível federal, para combater os lucros das facções — incluindo aqueles obtidos por meio de atividades no setor de combustíveis.
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"Essa é uma das principais fontes de financiamento do crime organizado no Rio", afirmou. "Além da questão territorial — de cumprir mandado de prisão —, se não asfixiar o financiamento, não vai dar certo. Nós temos que entrar por cima, combatendo e asfixiando."
Em entrevista a jornalistas no escritório do Ministério da Fazenda, em São Paulo, Haddad defendeu o projeto que endurece regras contra o devedor contumaz como uma medida efetiva no combate à atuação das facções.
"Essa é uma palavra chique para falar de sonegador. E, por trás de sonegador, o que tem, na verdade, é o crime organizado", declarou. "Ele se vale de estratégias jurídicas fraudulentas para evitar que as autoridades cheguem às pessoas que estão lavando dinheiro em supostas atividades lícitas."
Haddad afirmou que, em geral, a origem do crime organizado é ilícita, mas procura se misturar com atividades lícitas para lavar dinheiro. Ele deu como exemplo postos de gasolina, motéis e determinadas franquias de lojas utilizadas para ocultar recursos.
"Então, é muito importante que o partido do governador Cláudio Castro [PL] não vote contra o projeto sobre o devedor contumaz como fez nesta semana", disse o ministro.
Na quinta-feira (30), a Câmara aprovou o regime de urgência para o projeto que combate os grandes devedores de impostos. O texto, que já havia recebido o aval do Senado, deve ser levado em breve ao plenário pelo presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), segundo Haddad.
Na votação pela urgência do projeto, o PL foi o partido com maior número de votos contrários: 35 deputados foram contra, enquanto 30 foram favoráveis. (veja os nomes mais abaixo)
"Eu quero dizer ao governador Cláudio Castro com toda clareza: uma boa parte do crime organizado do Rio de Janeiro, especificamente do estado, está se escondendo por trás dessas estratégias jurídicas que esta lei visa coibir", afirmou o ministro da Fazenda.
Fernando Haddad durante coletiva sobre megaoperação contra o PCC
Jorge Silva/Reuters
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31/10 -
Mega da Virada: apostas para prêmio recorde de R$ 850 milhões começam neste sábado
Mega da Virada: Como o prêmio é calculado e quais chances de ganhar?
As apostas para a Mega da Virada 2025 começam neste sábado (1º), informou a Caixa Econômica Federal. O concurso especial deste ano irá pagar o maior prêmio da história: R$ 850 milhões, valor 33% superior ao da edição do ano passado.
Segundo a Caixa, o prêmio pode ultrapassar R$ 1 bilhão, dependendo do volume arrecadado — ou seja, da quantidade de apostas feitas. Mudanças nas regras das loterias, em vigor desde agosto, também devem garantir um valor mais alto para quem acertar as seis dezenas.
📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça
Uma portaria do Ministério da Fazenda elevou de 62% para 90% a parcela da premiação destinada à faixa principal da Mega da Virada. A medida amplia as chances de um prêmio bilionário, afirmou a Caixa.
O sorteio da Mega da Virada será realizado em 31 de dezembro e a aposta simples, com seis números, custa R$ 6.
Além do ajuste na distribuição do prêmio, outra novidade desta edição é a ampliação do horário para realizar apostas em todas as modalidades das Loterias Caixa, incluindo a Mega da Virada, a partir da próxima segunda-feira (3).
Os apostadores terão uma hora adicional para adquirir cotas de bolões pelo aplicativo e pelo portal das Loterias Caixa, com o novo horário limite estendido até 20h30.
Como jogar?
As apostas podem ser feitas com volante específico da Mega da Virada em qualquer lotérica do país. Os jogos também podem ser feitos pelo portal Loterias Caixa ou pelo aplicativo Loterias Caixa. Os clientes do banco também podem fazer apostas pelo Internet banking.
➡️ Como fazer um bolão?
Para fazer um bolão, o apostador pode comprar cotas de bolões organizados pelas lotéricas — nesse caso, pode ser cobrada uma tarifa de serviço adicional de até 35% do valor da cota.
Além disso, as cotas também podem ser compradas no portal Loterias Caixa ou pelo aplicativo Loterias Caixa, também com tarifa de serviço adicional de 35% do valor da cota.
Para fazer o jogo, basta preencher o campo próprio no volante ou solicitar ao atendente da lotérica.
Segundo a Caixa, na Mega-Sena, os bolões têm preço mínimo de R$ 18. As cotas, no entanto, não podem ser inferior a R$ 7. O banco ainda explica que é possível realizar um bolão de no mínimo dois e no máximo 100 cotas, e que é permitida a realização de no máximo dez apostas por bolão.
"Em caso de bolão com mais de uma aposta, todas elas deverão conter a mesma quantidade de números de prognósticos", diz a Caixa, em nota.
Mega da Virada paga o maior prêmio da história em 2023
Edi Sousa/Ato Press/Estadão Conteúdo
Veja abaixo perguntas e respostas sobre a Mega da Virada:
Quais são as faixas de premiação?
Diferentemente da Mega-Sena e de outros concursos, a Mega da Virada não acumula. Isso significa que o prêmio é pago mesmo que nenhum apostador acerte as seis dezenas.
Na prática, portanto, caso não haja um ganhador na primeira faixa (seis dezenas), o valor passa para os ganhadores da segunda faixa — e assim por diante. A divisão é esta:
Primeira faixa – seis acertos (sena)
Segunda faixa – cinco acertos (quina)
Terceira faixa – quatro acertos (quadra)
Quarta faixa – três acertos
Quinta faixa – dois acertos
Sexta faixa – um acerto
Como o valor do prêmio é estipulado?
De acordo com a Caixa Econômica Federal, a maior parte do prêmio vem da arrecadação com as vendas de bilhetes do próprio sorteio.
Também incrementam a cifra da Mega da Virada os valores acumulados dos prêmios regulares da Caixa ao longo do ano.
Onde conferir o resultado?
Os sorteios das Loterias Caixa são realizados em São Paulo. Os apostadores da Mega da Virada podem acompanhar a transmissão ao vivo pela página da instituição no YouTube.
Os números sorteados e o rateio do prêmio também ficam disponibilizados no site da Caixa após a realização do concurso.
Como resgatar o prêmio?
O sortudo poderá receber o prêmio nas agências da Caixa. Pelas regras, valores iguais ou acima de R$ 10 mil são pagos no prazo mínimo de dois dias úteis após o ganhador se apresentar em uma agência.
Os documentos necessários são o bilhete premiado ou o comprovante da aposta, além de documento pessoal com foto e CPF.
A Caixa lembra que, se o bilhete foi emitido na lotérica, é importante que o ganhador se identifique no verso do bilhete premiado antes mesmo de sair de casa.
As informações necessárias são: nome completo, número do documento de identificação e CPF. Dessa forma, diz a instituição, o apostador garante que ninguém mais retire o prêmio.
O ganhador tem até 90 dias corridos, a partir da data do sorteio, para receber. Passado esse período, o prêmio prescreve e o valor é repassado ao Fundo de Financiamento Estudantil (FIES).
No caso de prêmios de até R$ 2.112,00, como em outros concursos, os valores podem ser recebidos nas casas lotéricas.
Veja os dez maiores prêmios da Mega da Virada até agora
2024: R$ 635,4 milhões
2023: R$ 588,8 milhões
2022: R$ 541,9 milhões
2021: R$ 378,1 milhões
2020: R$ 325,2 milhões
2017: R$ 306,7 milhões
2019: R$ 304,2 milhões
2018: R$ 302,5 milhões
2014: R$ 263,2 milhões
2015: R$ 246,5 milhões
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31/10 -
Consignado CLT: R$ 37 bilhões em contratos antigos já migraram para nova plataforma; trabalhadores poderão fazer portabilidade
O Ministério do Trabalho informou nesta sexta-feira (31) que mais de R$ 37 bilhões de contratos antigos de crédito consignado a trabalhadores do setor privado, referentes a 2,3 milhões de contratos, já migraram para a nova plataforma do Crédito do Trabalhador.
Ainda restam cerca de 1 milhão de contratos a serem convertidos, a maioria com valores menores, acrescentou o governo.
Entenda o novo consignado CLT, que vai valer para entregadores e motoristas de app
Esses contratos antigos haviam sido fechados antes de março deste ano, quando o governo inaugurou a nova plataforma, na qual as operações podem ser fechadas por meio do aplicativo da Carteira de Trabalho Digital (CTPS Digital).
➡️Com a migração desses contratos, explicou o Ministério do Trabalho, os trabalhadores poderão buscar a chamada portabilidade, ou seja, trocar os empréstimos atuais por outros — que ofereçam juros mais baixos.
Os empréstimos também podem ser buscados diretamente nas instituições financeiras.
A portabilidade dos contratos, segundo o governo, segue sendo feita pelos canais dos bancos.
A partir de 1º de dezembro, novo prazo divulgado nesta sexta-feira (31), a operação também deverá estar disponível dentro da Carteira de Trabalho Digital.
💲Nesta modalidade, as parcelas são quitadas com desconto no contracheque, ou seja, no salário do funcionário que pega um empréstimo em uma instituição financeira.
Com a migração dos contratos antigos, o consignado CLT movimentou R$ 82,1 bilhões desde março deste ano. Ao todo, foram fechados 12,2 milhões de contratos envolvendo 7,1 milhões de trabalhadores. O valor médio de empréstimo por pessoa é de R$ 11,4 mil.
➡️A ideia é que o trabalhador possa dar como garantia de até 10% do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para operações de crédito, além de 40% da multa de demissão por justa causa, mas isso ainda não está regulamentado.
O governo informou que ainda "prepara a implantação do sistema de garantias, medida que deve contribuir para uma nova redução das taxas de juros".
O consignado CLT é o mais vantajoso do mercado financeiro atual
Pegatroco/Divulgação
Taxa de juros
Segundo o Banco Central, o juro do consignado ao setor privado sobe para 3,9% ao mês em setembro e segue bem acima da linha para aposentados e servidores.
O patamar ainda é o dobro da registrada no crédito com desconto em folha para aposentados (1,81% ao mês) e servidores públicos (1,84% ao mês) no mesmo período.
Veja as taxas médias de juros de outras linhas de crédito em setembro:
➡️ Crédito pessoal não consignado: 5,99% ao mês;
➡️ Cheque especial das pessoas físicas: 7,61% ao mês;
➡️ Cartão de crédito rotativo: 15,15% ao mês.
Sem teto no consignado ao setor privado
Até o momento, não há teto nos juros da nova linha de crédito do consignado ao setor privado. As taxas cobradas são definidas livremente pelas instituições financeiras com base no perfil de cada cliente.
A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) tem defendido que não é necessário fixar um teto para os juros, pois as taxas cobradas, segundo a entidade, serão mais baixas com a garantia dos recursos do FGTS.
No lançamento da nova modalidade de crédito, em cerimônia no Palácio do Planalto na semana passada, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, afirmou que, caso seja "observado que o sistema financeiro esteja abusando, o governo poderá estabelecer teto de juros no futuro".
Em março, o governo publicou um decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) determinando que o Comitê Gestor das Operações de Crédito Consignado será responsável por definir os parâmetros, termos e condições dos contratos para empréstimos garantidos com recursos do FGTS.
Com isso, o governo abriu a porta para que seja criado, no futuro, um teto de juros na nova modalidade de crédito – caso julgue ser necessário.
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31/10 -
Saiba como garantir uma boa produção de ovos e conheça novas variedades de mandioca
ovos
Jakub Kapusnak
O Globo Rural deste domingo (2) mostrou dicas para manter uma boa produção de ovos e apresentou novas cultivares de mandioca desenvolvidas pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Confira a seguir.
Boa produção de ovos
O Hender Geraldo, de Pirenópolis (GO), entrou em contato com o Globo Rural para pedir uma cartilha sobre a criação de galinhas poedeiras, que são aquelas que botam ovos.
O material da Embrapa Suínos e Aves reúne as melhores práticas para o bem-estar das aves. Há ainda informações sobre instalações, poleiros, ninhos e como garantir uma boa produção de ovos.
📲 Acesse aqui.
Novas variedades de mandioca
O programa deste domingo (2) também mostra novas variedades de mandioca. Confira cartilhas da Embrapa sobre cada uma delas a seguir:
Cultivares com raízes de polpa rosada
Cultivar de polpa amarela
Cultivares de raízes amarela e creme
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31/10 -
Em operação contra contrabando, Receita prende 27 pessoas e apreende mais de R$ 160 milhões em mercadorias ilegais
Aeronave com mais de 500 iphones contrabandeados foi apreendida em Porto Belo (SC)
Reprodução/Receita Federal
A Secretaria da Receita Federal informou nesta sexta-feira (31) que uma operação contra o contrabando efetuou 27 prisões em flagrante e apreendeu mais de R$ 160 milhões em mercadorias ilegais.
Além disso, segundo o órgão, foram apreendidos:
3,5 toneladas de drogas apreendidas, sendo 600 quilos de cocaína;
215 mil litros de bebidas clandestinas;
uma aeronave, que guardava mais de 500 smartphones;
220 veículos.
Ainda de acordo com a Receita, os agentes frustraram o roubo de mil pistolas que estavam armazenadas em um posto alfandegário.
E um prédio de 20 andares em Belo Horizonte foi interditado, sob indícios de atuação de uma organização criminosa envolvida com lavagem de dinheiro, sonegação, contrabando e outros crimes.
Só neste empreendimento, as estimativas iniciais apontam que as mercadorias apreendidas somam R$ 50 milhões, mas o montante pode aumentar.
Realizada entre os dias 20 e 31 de outubro, a atividade mobilizou cerca de 400 servidores do Fisco, além de homens do Exército, da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal, de secretarias de Fazenda estaduais e do Ministério da Agricultura.
Entre os resultados obtidos, está o fechamento de um laboratório clandestino que fabricava ilegalmente canetas emagrecedoras de uma conhecida marca no mercado.
"Dentro da loja, a equipe da Receita Federal encontrou canetas falsificadas como se fossem da marca atuante no mercado, que eram preenchidas com substâncias que supostamente seriam o medicamento emagrecedor, mas armazenadas totalmente fora dos padrões exigidos", informou o Fisco.
De acordo com o órgão, o laboratório, que disfarçava suas atividades através da fachada de uma loja de celulares.
Veja os vídeos que estão em alta no g1
Segundo a Receita, a operação também busca desmantelar a estrutura do crime organizado, que se utiliza das pessoas e logística envolvidas no ingresso de mercadorias ilegais para introduzir drogas, armas, cigarros, bebidas e medicamentos falsificados.
Chamada de Operação Fronteira, a ação é executada anualmente desde 2021. Trata-se da maior iniciativa do órgão direcionada à vigilância e repressão em pontos de fronteira terrestre, marítima e aérea.
O trabalho, segundo o Fisco, está alinhado com o Programa de Proteção Integrada de Fronteiras (PPIF), que conta com a participação de 18 órgãos e prevê ações conjuntas de integração federativa da União com os Estados e Municípios, situados na faixa de fronteira, e na costa marítima.
"Graças ao compartilhamento de inteligência e potencialização do uso de recursos, a ação consegue atingir estruturas importantes para o crime organizado", informou a Receita Federal.
O secretário da Receita, Robinson Barreirinhas, defendeu o uso de inteligência em operações como essa. Segundo ele, é possível enfrentar o crime organizado sem disparar um único tiro sequer.
Barreirinhas informou ainda que a Receita passa por uma restruturação interna que vai levar à instalação de uma delegacia do Fisco, além de 10 novas delegacias de repressão a crimes no país.
O secretário informou que, em breve, a Receita atuará na regulamentação para combate ao uso de criptoativos por organizações criminosas.
O g1 apurou que o texto deve sair nas próximas semanas e vem sendo costurado junto com o Banco Central e com a Comissão de Valores Imobiliários (CVM).
Superintendência da Receita Federal, em Brasília.
Marcelo Camargo/Agência Brasil
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31/10 -
Leilão do Detran-SP tem moto Dafra Super 100 por R$ 450 e Jeep Compass por R$ 25 mil
Como funcionam os leilões
O Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran-SP) vai realizar um novo leilão de carros e motos na próxima semana. Os veículos, que foram recolhidos por infrações de trânsito, estão disponíveis para visitação até esta sexta-feira (31).
O lote mais barato é por uma moto Dafra Super 100, de 2009, com lance inicial de R$ 450. Já o mais caro é um Jeep Compass de 2019, com lances a partir de R$ 25 mil.
O leilão acontece de forma virtual até a próxima semana, mas os veículos estão em dois pátios para vistiação: um em Itapira (SP) e outro em Jaguariúna (SP). A visitação pública acontece até esta sexta-feira (31), das 9h às 17h.
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Atenção às datas de lances públicos:
Veículos conservados destinados à circulação: acontece no dia 4 de novembro, às 9h;
Sucata aproveitável e sucata com motor inservível: acontece no dia 5 de novembro, às 9h;
Sucata para reciclagem: acontece no dia 6 de novembro, às 9h.
Chevrolet Vectra GT-X custa R$ 12.950, exatos R$ 5.549 mais em conta que um iPhone 17 Pro Max 2TB
Divulgação | Detran-SP
Neste leilão, existem:
🚗 26 veículos aptos a circular;
⚙️ 26 sucatas com motor ainda podendo ser aproveitado;
🔧 83 sucatas com motor condenado, mas podendo servir como peças sobressalentes para outros veículos;
♻️ 27 sucatas para fundição e reciclagem.
Segundo o edital do leilão, um carro apto a circular significa que ele pode retornar a andar em via pública, ficando o comprador responsável pelo registro do veículo perante o órgão ou entidade executivo de trânsito, com o pagamento das respectivas taxas.
O Detran-SP não é responsável pelas peças e afirma que o comprador já está ciente da situação mecânica do veículo, não aceitando posteriores reclamações.
Neste leilão, a Dafra Super 100 de 2009 é a moto mais barata, com lance mínimo de R$ 450. Já o carro mais em conta é um Peugeot 206 Selection de 2003, com lance partindo de R$ 1 mil.
Dafra Super 100 de 2009, com lance mínimo de R$ 450
divulgação/Detran-SP
Veja outros destaques do leilão
Honda CG 150 Titan de 2007
Lance inicial: R$ 900
Honda C100 Biz de 2001
Lance inicial: R$ 800
Suzuki Intruder de 2010
Lance inicial: R$ 500
Honda CG 160 Fan ESDI de 2017
Lance inicial: R$ 1.250
Chevrolet Corsa Wind de 1996
Lance inicial: R$ 1.800
Nissan Sentra de 2011
Lance inicial: R$ 2.500
Honda CG 160 Fan 2022
Lance inicial: R$ 3.200
Renault Sandero GTline de 2011
Lance Inicial: R$ 3.000
Fiat Punto Attractive de 2011
Lance inicial: R$ 5.000
Jeep Compass Sport de 2010
Lance inicial: R$ 5.000
Hyundai Azera com lance de R$ 5.000, R$ 2.999 mais barato que o iPhone 17 de 254 GB (R$ 7.999)
divulgação/Detran-SP
A avaliação estimada para cada veículo é calculada com base nos valores praticados pelo mercado e no estado de conservação da unidade. O lance mínimo é o valor de partida para as ofertas.
Os leilões são abertos a todas as pessoas e empresas, mas são vedadas as participações de:
Servidores do Detran-SP e parentes de servidores até o segundo grau;
Leiloeiro, seus parentes até segundo grau e membros de sua equipe de trabalho;
Proprietários, sócios e/ou administradores dos pátios terceirizados, licitados ou conveniados onde se encontram custodiados os veículos, seus parentes até segundo grau e os membros da equipe de trabalho;
Pessoas físicas e jurídicas impedidas de licitar e contratar com a administração, sancionadas com as penas previstas nos incisos III e IV do art. 156 da Lei federal n.º 14.133, de 2021 ou, ainda, no art. 7º da Lei federal n.º 10.520, de 17 de julho de 2002.
Veja dicas para participar de leilões
Leilão de veículos feito pelo Detran-SP
divulgação/Governo de São Paulo
Como em qualquer leilão, é preciso analisar minuciosamente cada item para saber qual faz sentido na sua garagem. Para te ajudar, o g1 reuniu as principais dicas e as opiniões de especialistas para que você tome a melhor decisão.
Existem dois tipos de leilões: os particulares e os públicos. A primeira pergunta que o consumidor pode se fazer é: de onde vêm esses veículos?
Os leilões públicos costumam ofertar modelos que foram apreendidos ou abandonados. De acordo com Otávio Massa, advogado tributarista, esses veículos têm origem em operações de fiscalização aduaneira e foram retidos por questões legais, fiscais ou por abandono em recintos alfandegados.
Existem também os carros inservíveis de órgãos públicos, como os que já não têm mais utilidade para o propósito governamental e são vendidos para reutilização ou como sucata.
“Os veículos são vendidos no estado em que se encontram, sem garantias quanto ao seu funcionamento ou condições, e o arrematante assume todos os riscos”, explica Massa.
Em meio aos riscos, há excelentes preços. Porém, existe um passo a passo para verificar o estado do carro, que vamos falar adiante.
Diferentemente das revendas oficiais ou multimarca, não é oferecida uma garantia para o produto. É nesse momento que o consumidor tem que ligar o alerta: produtos de leilões particulares podem ter garantia para apenas alguns itens. Os públicos, por sua vez, não têm garantia.
Por isso, é importante checar se é possível fazer uma vistoria presencial no modelo antes de pensar no primeiro lance.
Luciana Félix, que é especialista em mecânica de automóveis e gestora da Na Oficina em Belo Horizonte, lembra ainda que a burocracia pode ser um grande empecilho para o uso do item leiloado. Um exemplo que ela cita é o de um carro aprendido, que pode ter problemas na documentação.
“Esses carros já vêm com burocracias devido ao seu histórico. (...) Às vezes, são carros que necessitam de uma assistência jurídica. Você tem que contratar um advogado para fazer toda a baixa dessa papelada”, alega a especialista.
Leilões particulares
De acordo com a especialista em mecânica automotiva Luciana Félix a maioria dos pregões particulares oferece carros de seguradoras (geralmente de sinistros, com perdas totais ou parciais), de locadoras, e de empresas com pequena frota, que colocam a antiga para leilão quando precisam fazer a substituição.
Simplificando o conceito:
🔒Leilões particulares: frotas de empresas, devoluções de leasing, de seguradoras
🦁Leilões da Receita Federal: apreendidos, confiscados ou abandonados.
Tipo de compra
Segundo Ronaldo Fernandes, especialista em Leilões da SUIV, empresa que possui um banco de dados de peças automotivas, é fundamental entender que existem duas maneiras de adquirir automóveis ofertados em leilões: para restaurar ou utilização; e aqueles voltados exclusivamente para empresas de desmanche legal.
“Não há um tipo específico de veículos que vai a leilão, mas é muito importante verificar qual o tipo de venda que está sendo oferecida para o veículo de interesse, pois alguns veículos poderão circular normalmente e outros servirão somente para desmonte ou reciclagem devido à sua origem”, afirma Fernandes.
Nos casos em que os carros são vendidos para desmanches, a origem deles se dá por conta do tamanho do sinistro. “Dependendo do tamanho do sinistro, o automóvel só poderá ser vendido como sucata, ou seja, sem documentação para rodar novamente”, afirma Fernandes.
Critérios para venda
Segundo o advogado tributarista Otávio Massa, os critérios para que um carro vá a leilão incluem:
Valor comercial: veículos com valor residual significativo que justifique a venda;
Condição recuperável: mesmo que parcialmente danificados, se ainda tiverem peças reutilizáveis ou puderem ser reparados;
Procedimento legal: veículos apreendidos ou abandonados que legalmente devem ser vendidos em leilão público.
Resumindo, o que define se um veículo vai ser leiloado é o quanto ele ainda pode despertar o interesse financeiro de novos compradores. Thiago da Mata, CEO da plataforma Kwara, afirma que é feita uma avaliação prévia para determinar o valor a ser cobrado.
“Normalmente, ativos que possuem débitos superiores ao seu valor de mercado são considerados sucata e vão para descarte. Da mesma forma, veículos cujo estado de conservação seja muito crítico podem ter o mesmo destino para que possam ser aproveitadas as peças”, argumenta.
Otávio Massa corrobora com a visão de da Mata ao afirmar que “não há uma porcentagem mínima específica estabelecida por lei, mas o critério principal é se o veículo tem valor comercial residual. Veículos sem valor ou severamente danificados podem ser descartados”.
Carros, caminhões, ônibus e outros modelos destinados a desmanche têm seus respectivos números de chassis cancelados. É como se o automóvel deixasse de existir.
Prudência e dinheiro no bolso
De acordo com Thiago da Mata, da Kwara, inspecionar o veículo é de suma importância. Afinal, os carros podem ter distintos estados de conservação, o que tem que entrar na lista de preocupações de quem participa de um pregão.
“[Os veículos] podem tanto estar em bom estado de conservação, como também é possível que tenham ficado em pátio público durante um período de tempo importante”, afirma.
Os carros podem ter marcas provocadas pelo período em que ficaram expostos ao clima: pintura queimada, oxidação da lataria, manchas provocadas pela incidência solar. E esses reparos também precisam entrar no planejamento financeiro do comprador.
Idealmente, a inspeção deve ser feita de forma presencial, segundo os especialistas consultados nesta reportagem.
Ao verificar um carro, por exemplo, é preciso verificar tudo: bancos, painéis de porta, console central, volante, conferir os equipamentos, a quilometragem, ligar o carro, abrir o capô, checar a existência de bateria de 12V e, se possível, levar um especialista ou mecânico de confiança para checar as partes técnicas e prever possíveis custos extras com manutenção.
Luciana Félix, que é especialista em manutenção, diz que o consumidor precisa ver até o histórico de manutenção, se possível. E documentar tudo com fotos.
“Comprar carros em leilão é tipo um investimento de risco, você pode se dar muito bem ou muito mal, pois você não poderá andar com o carro para saber como está o seu motor ou câmbio, pois todos os veículos estão lacrados”, argumenta a proprietária da Na Oficina.
É importante ressaltar que essa é a mesma verificação que se faz ao comprar um automóvel usado, seja presencial ou via marketplace: deve ser feita uma avaliação técnica, além de checagem da quilometragem rodada e documentação do ativo.
“Importante que seja feita a verificação de débitos ou algum tipo de bloqueio para venda, pois a responsabilidade por estes pagamentos pode ser diferente de leilão para leilão. Estas informações devem estar presentes no Edital, que deve ser lido com atenção antes que qualquer lance seja dado”, alerta Thiago da Mata, da Kwara.
Quando a compra é feita pela internet e não existe a possibilidade de visitar o produto, é indicado solicitar uma vídeo-chamada para fazer essa inspeção. Não é o ideal, mas já ajuda a verificar o estado do carro, mesmo que seja à distância.
O que verificar:
Documentação: incongruências jurídicas;
Custos para regularização;
Estado de conservação do carro;
Custos para restauro;
Condições de compra;
Inspeção mecânica e de equipamentos.
Assim, se você vai participar de um leilão pela primeira vez, atente-se para os seguintes passos.
Estude: leia o edital e entenda as regras do leilão;
Verifique a procedência: se certifique que o veículo não tem pendências legais;
Defina um orçamento: estabeleça um limite máximo de gastos;
Inspecione: se possível, veja o veículo pessoalmente ou solicite um relatório detalhado;
Experiência: participe de leilões menores para entender a lógica de funcionamento.
▶️ LEMBRE-SE: Utilize apenas canais oficiais para se comunicar com o leiloeiro e verifique sempre a autenticidade das mensagens. Evitar fraudes já é um bom começo.
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31/10 -
Petrobras reduz em 1,7% preço do gás natural para distribuidoras
A Petrobras informou nesta sexta-feira (31) que reduzirá em média 1,7% o preço dos contratos de gás natural firmados com distribuidoras, a partir do início de novembro, em comparação com o trimestre anterior.
Os contratos preveem atualizações trimestrais na parte do preço atrelada à molécula do gás, que varia conforme as oscilações do petróleo Brent e da taxa de câmbio entre o real e o dólar.
No trimestre que começa em novembro de 2025, o preço de referência do petróleo Brent registrou alta de 2,18%, enquanto o real se valorizou 3,83% frente ao dólar — ou seja, passou a ser necessário menos reais para comprar a moeda americana, informou a Petrobras.
Desde dezembro de 2022, o preço médio da molécula de gás vendida às distribuidoras acumula queda de cerca de 33%, segundo a empresa.
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As variações por distribuidora dependem dos produtos contratados com a Petrobras.
O preço final do gás natural ao consumidor não é determinado apenas pelo preço de venda da molécula pela companhia, mas também pelo custo do transporte até a distribuidora, pelo portfólio de suprimento de cada distribuidora, assim como por suas margens e pelos tributos federais e estaduais, explicou a companhia.
A atualização não se refere ao preço do GLP (gás de cozinha), envasado em botijões ou vendido a granel.
Veja a nota da Petrobras na íntegra
"A Petrobras informa que, em 1/11/25, conforme os contratos acordados com as distribuidoras, os preços de venda da molécula de gás serão atualizados, com redução média de cerca de 1,7% em relação ao trimestre anterior.
Os contratos com as distribuidoras preveem atualizações trimestrais da parcela do preço relacionada à molécula do gás e vinculam esta variação, para cima ou para baixo, às oscilações do preço do petróleo Brent e da taxa de câmbio R$/US$.
Para o trimestre que inicia em novembro de 2025, a referência do petróleo Brent subiu 2,18% e o câmbio teve apreciação de 3,83% (isto é, a quantia em reais para se converter em um dólar reduziu 3,83%).
Desde dezembro 2022, o preço médio da molécula vendido às distribuidoras acumula uma redução da ordem de 33%. As variações por distribuidora dependem dos produtos contratados com a Petrobras.
O preço final do gás natural ao consumidor não é determinado apenas pelo preço de venda da molécula pela companhia, mas também pelo custo do transporte até a distribuidora, pelo portfólio de suprimento de cada distribuidora, assim como por suas margens (e, no caso do GNV – Gás Natural Veicular, dos postos de revenda) e pelos tributos federais e estaduais.
Além disso, as tarifas ao consumidor são aprovadas pelas agências reguladoras estaduais, conforme legislação e regulação específicas.
A atualização anunciada para 01/11/25 não se refere ao preço do GLP (gás de cozinha), envasado em botijões ou vendido a granel."
Petrobras perde R$ 34 bilhões em valor de mercado após demissão de Jean Paul Prates
Jornal Nacional/ Reprodução
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31/10 -
Amazon não demitiu 14 mil funcionários por crise financeira, mas por 'cultura', diz CEO da empresa
Logo da Amazon, gigante da tecnologia.
REUTERS/Dado Ruvic/Illustration/File Photo
O presidente da Amazon, Andy Jassy, afirmou que as demissões anunciadas pela big tech nesta semana não foram motivadas por uma crise financeira, mas por questões de "cultura". A declaração foi feita durante a apresentação dos resultados do terceiro trimestre.
"A redução da força de trabalho não foi realmente impulsionada por motivos financeiros, nem mesmo é realmente por causa de IA", disse Jassy. "É cultura".
Segundo ele, o crescimento da Amazon criou muitas camadas de trabalhadores, o que "pode levar à desaceleração e retardar a tomada de decisões".
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De acordo com o Business Insider, Andy Jassy enfatizou que, com a transformação contínua da IA, nunca houve um momento mais crítico para a empresa operar de forma mais enxuta e ágil.
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Os cortes de 14 mil trabalhadores atingem áreas de apoio e estratégicas, como recursos humanos e publicidade. A empresa afirmou que a redução é global, mas não detalhou quais países foram afetados.
Segundo a agência Reuters, as demissões fazem parte de um plano que pode resultar em cerca de 30 mil cortes de empregos no total.
A empresa acrescentou aproximadamente 32 mil trabalhadores entre o segundo e o terceiro trimestre deste ano, chegando a uma força de trabalho de 1,58 milhão de pessoas.
Nos últimos dois anos, a Amazon já havia feito cortes menores em áreas como dispositivos, comunicações e podcasting.
Ainda segundo a Reuters, a big tech encerrou o terceiro trimestre com a unidade de nuvem AWS registrando aumento de 20% na receita. A empresa projeta vendas líquidas entre US$ 206 bilhões e US$ 213 bilhões no quarto trimestre. A AWS responde por 60% da receita operacional total da Amazon.
iPhone Air: primeiras impressões do celular fininho e quais são seus rivais
Apple anuncia o novo Iphone 17
Agente do ChatGPT reserva restaurante, faz compra, mas erra ao insistir demais
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31/10 -
Transporte por aplicativo dispara, mas está ausente em 4 mil cidades, segundo prefeituras
O número de municípios brasileiros que oferecem serviços de transporte por aplicativo cresceu 65% entre 2020 e 2024, de acordo com a Pesquisa de Informações Básicas Municipais (MUNIC) 2024. Esse é um dos dados divulgados nesta sexta-feira (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e integra uma coleção de resultados sobre a infraestrutura das cidades.
Mesmo com o avanço, o serviço ainda é minoria no país: apenas um em cada quatro municípios brasileiros tem esse tipo de serviço. Entre os 5.568 municípios que responderam ao levantamento, 1.465 (26%) informaram possuir serviços como Uber, 99 ou Cabify em operação. A maioria (73%, 4.084 cidades), porém, declarou não contar com esse tipo de serviço. Os outros 21 municípios (0,4% do total) não informaram a situação ou recusaram a responder
Em comparação, os meios tradicionais de transporte continuam predominando. Veja abaixo o percentual de municípios que informaram ter cada um dos modais:
🛥️ Barco: 9% (506 municípios)
🚉 Metrô: menos de 1% (21 municípios)
🏍️ Mototáxi: 53% (2925 municípios)
🚕 Táxi: 80% (4427 municípios)
🚂 Trem: 2% (106 municípios)
🚐 Van: 60% (3338 municípios)
✈️ Avião: 3% (192 municípios)
🤳 Serviço por aplicativo (Uber, Cabify, 99Taxi e outros): 26% (1465 municípios)
🚌 Ônibus intermunicipal: 78% (436 municípios)
🚎 Ônibus intramunicipal: 31% (1735 municípios)
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Tamanho dos municípios influencia no uso de modais de transporte
Para a pesquisadora Caroline Santos, do setor de Pesquisa e Gestão Pública do IBGE, a avaliação dos dados deve considerar o tamanho dos municípios.
"O que a gente percebe pela análise dos dados é que o transporte rodoviário é predominante. A nossa malha rodoviária é gigante. A presença desse transporte está diretamente relacionada ao tamanho dos municípios e tem uma relação muito direta com o tamanho da população", explica.
A pesquisadora também associa a menor presença de ônibus intramunicipais (aqueles que circulam localmente entre bairros de uma mesma cidade) com o tamanho dos municípios. Cidades menores dependem mais de transportes intermunicipais, que geralmente são de responsabilidade estadual.
A maioria (81%) das cidades do Brasil tem até 20 mil habitantes e, entre as 4,1 mil que informam não ter transporte por aplicativo, 3,3 mil tem até esse tamanho. De acordo com a pesquisadora, o crescimento na presença de aplicativos de transporte foi alavancado pelos municípios com mais habitantes.
Apenas um em cada quatro municípios brasileiros tem serviços de transporte por apps, segundo pesquisa do IBGE.
Heloise Hamada/G1
A pesquisadora explica que esse dado deve ser lido em conjunto com a presença do transporte público. "A presença do transporte oferecido pelos municípios e estados é justamente o que sinaliza, o que mostra o serviço de aplicativo aumentando".
"Olhando esse dado de serviço por aplicativo, o crescimento dele foi grande para municípios na faixa de 50 a 100 mil habitantes. Vejo isso como um reflexo desse esgotamento da nossa malha, e talvez da falta de planejamento".
Rio de Janeiro lidera na cobertura de transporte por apps, Piauí e Paraíba ficam atrás
O Rio de Janeiro é o estado com maior proporção de municípios atendidos por aplicativos de transporte: 62% das cidades fluminenses oferecem o serviço. Em seguida aparecem São Paulo (48%) e Santa Catarina (45%).
Na outra ponta, estados como Piauí e Paraíba estão entre os que têm menor presença desse tipo de transporte, segundo o IBGE. Veja no mapa:
Dados sobre enchentes no Rio Grande do Sul e igualdade racial são novidades na pesquisa
As pesquisas MUNIC e ESTADIC trazem resultados sobre a infraestrutura administrativa de municípios e estados, como informações de recursos humanos, governança e instrumentos de gestão migratória. Os dados sobre transporte por aplicativos apareceram pela segunda vez nas pesquisas.
A novidade nessa edição foi um capítulo especial com informações sobre o impacto das enchentes no Rio Grande do Sul em maio de 2024 e a inclusão de dados sobre igualdade racial.
O levantamento revela que 37% dos municípios atingidos pelas enchentes não emitiram avisos à população, sendo que 115 não possuíam um sistema de alertas e outros 55 tinham o sistema, mas optaram por não usá-lo.
Nos dados estaduais, a pesquisa aponta que oito estados não tinham reserva de vagas para negros, quilombolas, indígenas e ciganos em concursos em 2024. São eles: Amazonas, Roraima, Pará, Tocantins, Pernambuco, Minas Gerais, Santa Catarina e Goiás.
Para a pesquisadora, o dado mostra que a política de cotas, que tem mais de 15 anos, não está sendo cumprida. No entanto, ela avalia que a presença desse resultado é um avanço que veio de demandas do Ministério da Igualdade Racial, possibilitando a existência de dados para formular políticas públicas.
"A continuidade dessa análise pode nos munir de informações para que a gente veja se está ou não surtindo efeito, se as ações que estão sendo implementadas hoje para que a gente possa reduzir a desigualdade", conclui.
Transporte por aplicativo dispara, mas está ausente em 4 mil cidades, segundo prefeituras
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31/10 -
INSS faz acordo para restituir cobranças indevidas de consignados
O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) firmou pela primeira vez um acordo para devolver cobranças indevidas em empréstimos consignados.
O Instituto e o Banco BMG assinaram um termo de compromisso que prevê a restituição de cerca de R$ 7 milhões cobrados indevidamente de mais de 100 mil beneficiários.
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Segundo o INSS, o valor será abatido na próxima fatura do cartão do banco. O órgão informou ainda que está em negociação com outras instituições financeiras para adotar medidas semelhantes.
O termo de compromisso firmado exclusivamente com o Banco BMG também estabelece ajustes nos procedimentos para novos empréstimos consignados. Um deles é a obrigatoriedade de registrar, por meio de videochamada gravada, o aceite do contratante no momento da contratação.
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O termo também prevê o compromisso do banco de não compartilhar dados pessoais com terceiros, como correspondentes bancários, salvo quando houver autorização do titular ou em situações previstas em lei.
O banco também se comprometeu a suspender a prática de venda casada de seguros junto aos empréstimos consignados.
Os empréstimos consignados vinculados a benefícios do INSS, como aposentadorias e pensões, vinham sendo alvo de diversas reclamações de beneficiários.
A principal queixa era de cobranças indevidas, o que levou o instituto a suspender vários contratos com bancos nos últimos meses para apurar as irregularidades.
INSS suspende acordo com quatro bancos
Nos últimos dias, o INSS suspendeu cautelarmente o contrato com quatro instituições financeiras, que ficam proibidas de oferecer novos empréstimos consignados a aposentados e pensionistas.
Os despachos foram publicados no Diário Oficial da União (DOU) em 16 de outubro. As instituições afetadas são: Banco Inter, Facta Financeira, Cobuccio Sociedade de Crédito e Paraná Banco.
Segundo a publicação, a medida foi necessária para interromper irregularidades nos serviços de empréstimo consignado e proteger o interesse público até a conclusão das investigações.
No dia 10 de outubro, o INSS havia suspendido o contrato com o Banco Master. Em agosto, o instituto também havia suspendido a autorização de outras oito instituições financeiras.
Bancos e financeiras afirmaram ter sido surpreendidos pela suspensão preventiva de novas operações de crédito consignado determinada pelo INSS. Master, Inter, Facta e Paraná Banco disseram cumprir todas as normas do setor e manter diálogo com o Instituto para restabelecer os serviços.
As instituições reforçaram o compromisso com a transparência, a conformidade regulatória e o respeito aos aposentados e pensionistas. A Cobuccio Sociedade de Crédito não respondeu ao pedido de comentário.
Prédio do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Rafa Neddermeyer/Agência Brasil
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31/10 -
Desemprego fica em 5,6% em setembro e repete mínima histórica, diz IBGE
Desemprego fica estável em setembro e repete mínima histórica
A taxa de desemprego no Brasil ficou em 5,6% no trimestre móvel encerrado em setembro, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua). Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
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Esse foi o terceiro trimestre móvel consecutivo em que o índice permaneceu em 5,6%, repetindo a mínima histórica do indicador, iniciado em 2012. No mesmo período de 2024, a taxa estava em 6,4%.
Ao todo, 6,045 milhões de pessoas estavam sem emprego no país — o menor número já registrado na série histórica. Esse resultado representa uma queda de 3,3% (menos 209 mil) em relação ao trimestre anterior e de 11,8% (menos 809 mil) na comparação com o mesmo período de 2024.
A população ocupada permaneceu estável em 102,4 milhões, mas ainda em nível recorde, crescendo 1,4% no ano (um avanço de 1,4 milhão de pessoas empregadas).
O nível da ocupação — proporção de pessoas ocupadas no total da população em idade de trabalhar — ficou em 58,7%, estável no trimestre e 0,3 ponto percentual (p.p.) acima do registrado um ano antes.
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Formalização cresce e bate novo recorde
O número de trabalhadores empregados no setor privado atingiu 52,7 milhões no trimestre encerrado em setembro, o maior contingente da série histórica — ainda que sem variações significativas em relação às comparações temporalmente próximas.
Desse total, os empregados com carteira assinada (excluindo domésticos) chegaram a 39,2 milhões — novo recorde do IBGE — com estabilidade no trimestre e alta de 2,7% (mais 1 milhão de trabalhadores) em 12 meses.
Já os empregados sem carteira ficaram em 13,5 milhões, números estáveis no trimestre e 4,0% abaixo do registrado no ano anterior (menos 569 mil pessoas). No setor público, o contingente chegou a 12,8 milhões de pessoas, o que significa uma alta de 2,4% no ano.
A informalidade alcançou 37,8% da população ocupada — o equivalente a 38,7 milhões de trabalhadores — mantendo o mesmo nível do trimestre anterior e abaixo do visto em setembro de 2024 (38,8%).
Entre os informais, os trabalhadores por conta própria somaram 25,9 milhões, números considerados estáveis no trimestre e 4,1% acima do ano passado (mais 1 milhão).
Para Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE, “o nível da ocupação em patamares elevados nos últimos meses, indica a sustentabilidade da retração do desemprego ao longo de 2025".
Desemprego fica em 5,6% em setembro
Veja os destaques da pesquisa
Taxa de desocupação: 5,6%
Taxa de subutilização: 13,9%
População desocupada: 6,045 milhões
População ocupada: 102,4 milhões
População fora da força de trabalho: 65,9 milhões
População desalentada: 2,6 milhões
Empregados com carteira assinada: 39,2 milhões
Empregados sem carteira assinada: 13,5 milhões
Trabalhadores por conta própria: 25,9 milhões
Trabalhadores informais: 38,7 milhões
Análise por setor
Apesar da estabilidade no total de ocupados, dois dos dez grupos de atividade analisados pelo IBGE registraram expansão:
Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (+3,4%, ou mais 260 mil pessoas);
Construção (+3,4%, ou mais 249 mil).
Por outro lado, houve retração em:
Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (-1,4%, ou menos 274 mil pessoas);
Serviços domésticos (-2,9%, ou menos 165 mil).
Em comparação com o mesmo trimestre de 2024, o avanço da ocupação se concentrou em:
Transporte, armazenagem e correio (+6,7%, ou mais 371 mil pessoas);
Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (+3,9%, ou mais 724 mil).
O único recuo significativo foi novamente em Serviços domésticos (-5,1%, ou menos 301 mil).
"Nesse terceiro trimestre, a queda no número de trabalhadores ficou concentrada no comércio [segmentos de alimentos/bebidas; vestuário e calçados] e serviços domésticos. Parte dessa perda foi compensada pela expansão de trabalhadores na agropecuária e construção, o que contribuiu para a estabilidade da população ocupada total”, disse Beringuy.
Renda real e massa salarial também registram máximas
O rendimento médio real habitual atingiu R$ 3.507, maior valor da série histórica, se mantendo estável no trimestre e 4% acima do registrado um ano antes. A massa de rendimento real totalizou R$ 354,6 bilhões, novo recorde histórico, com alta anual de 5,5% (mais R$ 18,5 bilhões).
Na comparação trimestral, apenas uma categoria de ocupação teve aumento no rendimento: alojamento e alimentação (5,5%, ou mais R$ 122), com estabilidade nas demais.
Por outro lado, em comparação ao trimestre de julho a setembro de 2024, houve aumento em cinco categorias:
Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (6,5%, ou mais R$ 134);
Construção (5,5%, ou mais R$ 145);
Informação, Comunicação e Atividades Financeiras, Imobiliárias, Profissionais e Administrativas (3,9%, ou mais R$ 184);
Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (4,3%, ou mais R$ 199);
Serviços domésticos (6,2%, ou mais R$ 79).
Os demais grupamentos não apresentaram variação significativa.
“Mesmo em estabilidade no trimestre atual, a massa de rendimento registra valor recorde devido a ganhos de rendimento real e expansão do contingente de trabalhadores alcançados no primeiro semestre de 2025”, avalia Beringuy.
Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS)
Divulgação/Agência Brasil
Entenda como o desemprego é calculado no Brasil
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31/10 -
Ibovespa sobe e fecha acima dos 149 mil pontos pela 1ª vez na história; dólar cai
Desemprego fica em 5,6% em setembro
O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, bateu um novo recorde nesta sexta-feira (31) e fechou acima dos 149 mil pontos pela primeira vez na história. O dólar, por sua vez, encerrou o pregão praticamente estável, com queda de 0,01%, cotado a R$ 5,3798.
Investidores acompanharam a divulgação dos novos dados de emprego no Brasil e seguiram atentos à temporada de balanços corporativos. Nos Estados Unidos, falas de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central do país), também ficaram no radar.
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▶️ Nesta sexta-feira (31), o destaque ficou com o desemprego medido pela Pnad Contínua. A taxa ficou em 5,6% no trimestre móvel encerrado em setembro, mantendo-se se em relação ao trimestre encerrado em agosto, quando o índice já havia atingido o menor patamar da série histórica iniciada em 2012.
▶️ No campo corporativo, o mercado continua acompanhando os resultados do terceiro trimestre deste ano. Ontem, a Vale divulgou o seu balanço e apontou um lucro de US$ 2,68 bilhões — alta de 11% frente ao mesmo período de 2024 e acima das projeções de analistas. As ações da Vale subiram 1,88% e ajudaram a manter a bolsa no campo positivo.
🔎 As ações da mineradora têm forte influência sobre o Ibovespa devido ao seu peso na composição do índice. Assim, quando os papéis da companhia avançam, costumam impulsionar o desempenho da bolsa como um todo.
▶️ No cenário internacional, os resultados das gigantes de tecnologia continuam no foco dos investidores. A Apple registrou lucro de US$ 27,46 bilhões no trimestre, um avanço de 86,4% em relação ao mesmo período do ano anterior. Já a Amazon teve ganho de US$ 21,2 bilhões, alta de 38% frente ao terceiro trimestre de 2024.
▶️ Na agenda americana, os investidores aguardam falas de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano). A presidente do Fed de Dallas, Lorie Logan, discursou às 10h30, enquanto Raphael Bostic, do Fomc, apresenta sua visão sobre os próximos passos da instituição às 13h.
Veja a seguir como esses fatores influenciam o mercado.
Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair
💲Dólar
a
Acumulado da semana: -0,23%;
Acumulado do mês: +1,08%;
Acumulado do ano: -12,94%.
📈Ibovespa
Acumulado da semana: +2,30%;
Acumulado do mês: +2,26%;
Acumulado do ano: +24,32%.
Desemprego no Brasil
A taxa de desemprego no Brasil ficou em 5,6% no trimestre móvel encerrado em setembro, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O índice se manteve estável em relação ao trimestre encerrado em agosto, quando o desemprego já havia atingido o menor patamar da série histórica iniciada em 2012.
No trimestre concluído em julho, o resultado também foi o mesmo. Já em maio, a taxa era de 6,2%, e, no mesmo período de 2024, havia alcançado 6,6%.
Ao todo, 6,045 milhões de pessoas estavam sem emprego no país — o menor número já registrado na série histórica. Esse resultado representa uma queda de 3,3% (menos 209 mil) em relação ao trimestre anterior e de 11,8% (menos 809 mil) na comparação com o mesmo período de 2024.
A população ocupada permaneceu estável em 102,4 milhões, mas ainda em nível recorde, crescendo 1,4% no ano (mais 1,4 milhão).
Felipe Tavares, economista-chefe da BGC Liquidez, destaca que, na véspera, com dados do Caged, que mostraram a criação de 213 mil empregos formais em setembro — acima das 180,7 mil vagas previstas pelos economistas — fizeram o mercado ficar apreensivo pelos números de hoje.
Contudo, o resultado foi bem-recebido. “A taxa de desemprego ter se mantido mostra um sinal positivo para a perspectiva de menor aquecimento no mercado de trabalho”, diz Tavares.
🔎 A taxa de desemprego é um dos principais termômetros da atividade econômica. Quando o desemprego está baixo, significa que mais pessoas estão empregadas, consumindo e movimentando a economia. Isso pode gerar pressão sobre os preços — ou seja, inflação.
Falas de membros do Fed
A presidente do Fed de Dallas, Lorie Logan, afirmou hoje que não via justificativa para o corte de juros realizado esta semana. Segundo ela, o cenário atual mostra um mercado de trabalho equilibrado e uma inflação que deve permanecer acima da meta de 2% por mais tempo.
“Não vi necessidade de cortar as taxas esta semana. E seria difícil cortá-las novamente em dezembro, a menos que haja evidências claras de que a inflação cairá mais rápido do que o esperado ou que o mercado de trabalho esfriará mais rapidamente."
Na quarta-feira, o Federal Reserve (Fed), o banco central americano, reduziu a taxa básica de juros pela segunda vez no ano, em 0,25 ponto percentual, para a faixa de 3,75% a 4%.
O presidente do Fed, Jerome Powell, justificou a medida como forma de evitar uma piora no mercado de trabalho. Logan, que não tem direito a voto no comitê este ano, disse que os dados disponíveis — mesmo com a paralisação do governo — não indicam necessidade de estímulos adicionais.
Ela destacou que o consumo segue acima da tendência, empresas investem em inteligência artificial e centros de dados, e que os riscos ao emprego ainda podem ser monitorados.
Logan também apoiou a decisão de interromper a redução do balanço patrimonial do Fed, citando sinais de que ele já se aproxima de um tamanho adequado.
EUA em paralisação pelo 31º dia
A paralisação parcial do governo dos EUA completa hoje 31 dias, aproximando-se do recorde histórico de 35 dias.
Apesar do agravamento dos impactos sobre a população e os serviços públicos, não há expectativa de que o impasse seja resolvido neste fim de semana. O Congresso só deve retomar as votações na próxima semana, mantendo o cenário de incerteza.
O bloqueio orçamentário é resultado de um impasse entre parlamentares sobre os gastos públicos. Embora haja sinais de que alguns congressistas estejam buscando um acordo, ainda não há clareza sobre os termos de uma possível solução.
Enquanto isso, os efeitos da paralisação se intensificam. Famílias de baixa renda temem a interrupção do programa de assistência alimentar (SNAP), que distribui cerca de 9 bilhões de dólares por mês a 42 milhões de pessoas.
O Departamento de Agricultura afirma que não poderá manter os pagamentos após 1º de novembro sem a aprovação de um novo orçamento.
Além disso, o setor aéreo também sente os reflexos. Atrasos e interrupções em voos já afetam até mesmo senadores, e líderes do setor expressaram preocupação em reunião na Casa Branca.
Em meio à pressão, o presidente Trump sugeriu eliminar o filibuster no Senado para encerrar o shutdown, mas enfrenta resistência dentro do próprio partido.
Bolsas globais
O mercado americano conseguiu recuperar parte das perdas da véspera nesta sexta-feira (31), impulsionado por resultados positivos de grandes empresas de tecnologia. Amazon e Apple divulgaram lucros acima do esperado, o que animou os investidores.
A Amazon teve forte desempenho graças ao crescimento do setor de computação em nuvem e ao aumento nas vendas, mesmo com a inflação. No terceiro trimestre, a companhia apresentou um lucro líquido de US$ 21,2 bilhões, alta de 38% frente ao mesmo período de 2024.
Já a Apple foi beneficiada pela boa recepção da nova linha de iPhones, apesar das tensões comerciais globais. O lucro líquido da companhia foi de US$ 27,46 bilhões, alta de 86,4% em relação ao ano passado.
Com isso, os três principais índices de Wall Street fecharam em alta. Enquanto o S&P 500 subiu 0,29%, aos 6,841.83 pontos, o Nasdaq Composite avançou 0,61%, aos 23,725.89 pontos. Já o Dow Jones Industrial Average teve ganhos de 0,08%, aos 47,562.13 pontos.
Na Europa, os mercados fecharam em queda, refletindo a cautela dos investidores diante dos balanços corporativos divulgados ao longo da semana.
Além disso, a decisão do Banco Central Europeu de manter os juros inalterados e a desaceleração da inflação na zona do euro reforçaram a percepção de que a economia segue dentro do esperado, mas sem grandes estímulos no curto prazo.
Os principais índices europeus registram perdas: o índice pan-europeu STOXX 600 recuou 0,5%. Na Alemanha, o DAX caiu 0,67%, enquanto o FTSE 100, no Reino Unido, teve baixa de 0,44%. Na França, o CAC 40 recuou 0,44%, e na Itália o FTSE MIB avança 0,06%.
Na Ásia, os mercados fecharam sem direção única. Na China, os investidores aproveitaram os ganhos recentes para realizar lucros, após os índices locais atingirem os maiores níveis em uma década.
A trégua comercial entre China e EUA, com promessas de redução de tarifas e retomada de compras agrícolas, perdeu força como fator de impulso, dando lugar à atenção sobre os resultados das empresas chinesas e à economia local.
O índice de Xangai caiu 0,81%, enquanto o CSI300, que reúne as maiores empresas de Xangai e Shenzhen, recuou 1,47%. Em Hong Kong, o Hang Seng teve queda de 1,43%.
Em contrapartida, o índice Nikkei, de Tóquio, subiu 2,12%, e o Kospi, de Seul, avançou 0,50%. Já Taiwan e Cingapura registraram leves quedas de 0,19% e 0,07%, respectivamente.
*Com informações da agência de notícias Reuters.
Notas de dólar.
Reuters
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31/10 -
Contas públicas têm déficit de R$ 17,5 bilhões em setembro; dívida sobe para 78,1% do PIB
As contas do setor público consolidado apresentaram um déficit primário de R$ 17,5 bilhões em setembro deste ano, informou o Banco Central (BC) nesta sexta-feira (31).
🔎 O déficit primário ocorre quando as receitas com tributos e impostos ficam abaixo das despesas do governo. Se o contrário acontece, o resultado é de superávit primário.
🔎O resultado não leva em conta o pagamento dos juros da dívida pública, e abrange o governo federal, os estados, municípios e as empresas estatais.
Economistas alertam que excesso de gastos fora da meta compromete credibilidade das contas públicas
Segundo o Banco Central (BC), houve piora na comparação com o mesmo mês do ano passado, quando foi registrado um saldo negativo de R$ 7,3 bilhões.
Esse também foi o pior resultado, para setembro, desde 2023, mês em que houve um rombo de R$ 18,1 bilhões. Os valores não foram ajustados pela inflação.
Veja abaixo o desempenho que levou ao déficit das contas em setembro deste ano:
governo federal registrou saldo negativo de R$ 15 bilhões;
estados e municípios tiveram saldo deficitário de R$ 3,5 bilhão;
empresas estatais apresentaram superávit de R$ 996 milhões.
Contas públicas registram novo rombo em setembro deste ano, revela Banco Central
Adriana Foffetti/Ato Press/Estadão Conteúdo
Parcial do ano
No acumulado dos nove primeiros meses deste ano, ainda segundo dados oficiais, as contas do governo registraram um déficit primário de R$ 79,2 bilhões — o equivalente a 0,84% do Produto Interno Bruto (PIB).
Com isso, houve uma melhora na comparação com o mesmo período do ano passado, quando foi registrado um saldo negativo de R$ 93,6 bilhões (1,08% do PIB).
No caso somente do governo federal, o resultado ficou negativo em R$ 99,6 bilhões na parcial deste ano, informou o BC, contra um déficit de R$ 105,6 bilhões nos nove primeiros meses de 2024.
Para este ano, a meta fiscal do governo federal é de zerar o rombo das contas públicas.
Mas, pelas regras do arcabouço fiscal, que reúne as regras de equilíbrio para as contas públicas, o governo pode ter um déficit de até 0,25% do PIB sem que o objetivo seja formalmente descumprido, o equivalente a cerca de R$ 31 bilhões.
Para fins de cumprimento da meta fiscal, também são excluídos outros R$ 43,3 bilhões em precatórios, ou seja, decisões judiciais.
Após despesas com juros
Quando se incorporam os juros da dívida pública na conta – no conceito conhecido no mercado como resultado nominal, utilizado para comparação internacional –, houve déficit de R$ 102,2 bilhões nas contas do setor público em setembro.
➡️No acumulado em 12 meses até setembro, foi registrado um resultado negativo (déficit) de R$ 1,02 trilhão, ou 8,16% do PIB.
🔎Esse número é acompanhado com atenção pelas agências de classificação de risco para a definição da nota de crédito dos países, indicador levado em consideração por investidores.
O resultado nominal das contas do setor público sofre impacto do resultado mensal das contas, das atuações do BC no câmbio, e dos juros básicos da economia (Selic) fixados pela instituição para conter a inflação.
Segundo o BC, as despesas com juros nominais somaram R$ 984,8 bilhões (7,89% do PIB) em doze meses até setembro deste ano.
Dívida pública
A dívida do setor público consolidado subiu 0,6 ponto percentual em setembro deste ano, avançando para 78,1% do PIB — o equivalente a R$ 9,75 trilhões.
A proporção com o PIB é considerada por especialistas como o conceito mais apropriado para medir e comparar a dívida das nações. E o formato de cálculo do FMI é adotado internacionalmente.
➡️Este é o maior nível para a dívida pública desde novembro de 2021, quando a dívida somava 78,2% do PIB.
➡️No acumulado do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ou seja, em pouco mais de dois anos e meio, a dívida já avançou 6,4 pontos percentuais. A alta na dívida está relacionada, principalmente, com o aumento de gastos públicos.
➡️Para o Fundo Monetário Internacional (FMI), conceito internacional — que considera os títulos públicos na carteira do BC —, o endividamento brasileiro foi bem maior em setembro: 90,5% do PIB.
➡️Em cerca de 90% do PIB, o patamar da dívida brasileira está bem acima de nações emergentes e de países da América do Sul, ficando próxima de nações da Zona do Euro (segundo dados do FMI).
Para tentar conter o crescimento da dívida, em 2023 o governo aprovou o chamado "arcabouço fiscal", ou seja, novas regras para as contas públicas em substituição ao teto de gastos. Por estas regras:
a despesa não pode registrar crescimento maior do que 70% do aumento da arrecadação;
a alta de gastos fica limitada, em termos reais, a 2,5% por ano;
o arcabouço busca justamente conter o crescimento da dívida pública no futuro.
Sem um corte robusto de despesas, necessário para manter de pé o arcabouço fiscal, especialistas em contas públicas estimam que a regra terá de ser abandonada nos próximos anos.
🔎Eles argumentam que, no atual formato, as regras ficarão insustentáveis.
Por conta disso, preveem uma expansão maior da dívida pública no futuro, o que pode resultar em aumento das taxas de juros cobradas pelas instituições financeiras ao setor real da economia.
Analistas do mercado financeiro estimaram, na semana passada, que a dívida pública brasileira deve atingir 93,3% do PIB em 2034 (pelo conceito brasileiro) — patamar distante dos países emergentes e mais próximo da Europa.
➡️Pelo conceito adotado pelo FMI, a dívida brasileira superaria 100% do PIB em 2034.
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31/10 -
Brasil enfrenta tarifa mais alta do que a China após acordo entre Trump e Xi Jinping
Donald Trump e Xi Jinping firmam compromissos para reduzir tensão comercial entre EUA e China
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quinta-feira (30) uma redução das tarifas de importação sobre produtos chineses, que passaram de 57% para 47%. A decisão foi tomada após uma reunião com o presidente da China, Xi Jinping.
Com a medida, o gigante asiático — principal rival econômico dos EUA — passou a pagar taxas mais baixas do que o Brasil. Os produtos brasileiros enfrentam hoje alíquotas de até 50% para entrar no mercado americano, embora existam várias exceções.
📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça
Além do Brasil, a Índia também enfrenta tarifas de até 50% impostas por Donald Trump. No caso indiano, a medida foi uma resposta à manutenção das compras de petróleo russo pelo país, contrariando as sanções dos EUA em meio à guerra na Ucrânia.
Já o Brasil foi penalizado após Trump acusar o país de promover uma “caça às bruxas” contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado.
No último domingo (26), Trump e o presidente Lula (PT) se encontraram na Malásia para discutir as relações comerciais. A reunião, que durou cerca de 45 minutos, aumentou as expectativas sobre uma possível redução das tarifas impostas pelos EUA.
“O que importa em uma negociação é olhar para o futuro. A gente não quer confusão, quer resultado”, afirmou Lula.
Trump, por sua vez, disse que, apesar de o encontro ter sido “muito bom”, isso não garante um acordo imediato. “Eles gostariam de fazer um acordo. Vamos ver, agora mesmo estão pagando cerca de 50% de tarifa.”
Na reunião, os líderes decidiram iniciar um processo de negociação bilateral. Já na segunda-feira (27), representantes comerciais dos dois países realizaram a primeira reunião.
Participaram das conversas o chanceler Mauro Vieira, o secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Márcio Rosa, e o embaixador Audo Faleiro. O grupo definiu um calendário de reuniões focado nos setores mais afetados pelas tarifas.
Segundo o ministro do Desenvolvimento e vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, ainda não há data marcada para uma nova reunião.
Lula e Trump se encontram na Malásia.
Ricardo Stuckert/PR
O encontro entre Trump e Xi Jinping
A reunião entre o presidente dos EUA e o líder chinês ocorreu na madrugada desta quinta-feira, na Coreia do Sul. Segundo Trump, em troca da redução na tarifa sobre produtos da China, Pequim deve:
retomar a compra de soja americana;
manter o fluxo de exportação de terras raras;
e combater o comércio ilícito de fentanil.
O encontro, que durou quase duas horas, foi o primeiro entre os dois chefes de Estado desde o retorno de Trump à Presidência, em janeiro. Na prática, representou um avanço nas tentativas de reduzir as tensões da guerra comercial entre os dois países.
Além da redução da tarifa geral, os EUA se comprometeram a cortar pela metade os tributos sobre produtos relacionados ao fentanil, passando de 20% para 10%. Trump também afirmou que a China vai comprar “quantidades enormes” de soja e outros produtos agrícolas.
🏥 O que é fentanil? É uma droga sintética muito potente, que vicia 50 vezes mais do que a heroína. Atualmente, é o principal responsável pelas mortes por overdose de opioides nos EUA. Mas também pode ser prescrito por médicos no país, como analgésico.
O entendimento firmado nesta quinta evita a tarifa de 100% sobre produtos chineses que Trump havia ameaçado. Além disso, estende por cerca de um ano uma trégua comercial delicada entre as duas maiores economias do mundo.
Outro ponto relevante do acordo entre os líderes envolve as chamadas terras raras. A China concordou em suspender, por um ano, os controles de exportação anunciados neste mês sobre esses insumos.
🔎 As terras raras são um grupo de 17 elementos químicos presentes em vários países. A maior parte das reservas conhecidas está concentrada na China, com o Brasil entre os principais detentores. Esses elementos são essenciais para a produção de smartphones, carros elétricos e outras tecnologias avançadas, o que os torna estratégicos para a indústria global.
Esses novos controles globais exigiriam licenças de exportação para produtos que contivessem até vestígios desses elementos, com o intuito de impedir seu aproveitamento em aplicações militares.
Outros pontos do entendimento entre Trump e Xi são:
Suspensão das restrições de exportação dos EUA, que impediam empresas de adquirir tecnologia americana, como equipamentos usados na produção de semicondutores.
Compromisso da China em comprar soja dos EUA. Segundo o secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, o país prometeu adquirir 25 milhões de toneladas por ano ao longo dos três próximos anos.
Suspensão temporária de novas tarifas portuárias pelos EUA. O governo Trump aceitou suspender por um ano a aplicação de novas taxas a embarcações construídas, registradas ou pertencentes à China.
Colaboração no combate ao tráfico de fentanil. A China se comprometeu a fornecer aos EUA uma “cooperação significativa” para diminuir o envio de precursores químicos da substância — inclusive via Canadá e México — em troca da redução da tarifa para 10%.
* Com informações da agência de notícias Reuters.
Donald Trump em encontro com Xi Jinping
REUTERS/Evelyn Hockstein
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Reforma tributária obriga empresas a revisar cadastros de clientes e sistemas fiscais; veja o que muda
Entenda o que muda com a Reforma Tributária
Alguma empresa da qual você é cliente pediu recentemente a atualização do seu endereço? Em tempos de tantos golpes, especialmente no ambiente digital, a reação mais comum é desconfiar. Mas, desta vez, o motivo do pedido pode ser outro: a reforma tributária.
Com o início da transição para o novo modelo tributário, previsto para 2026, companhias que não revisarem e atualizarem suas informações fiscais poderão enfrentar cobranças indevidas, autuações e limitações no uso de créditos.
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Para evitar esses problemas, muitas empresas já estão fazendo ajustes operacionais, como o recadastramento de clientes, fornecedores e produtos.
Segundo Wendell R. dos Santos, tributarista do L.O. Baptista Advogados, a revisão dessas informações é um dos pontos mais sensíveis do processo de adaptação.
“A lógica de incidência dos tributos sobre o consumo será alterada, e o domicílio fiscal do comprador [do produto ou serviço] passará a ser decisivo para definir a alíquota aplicável e para garantir a correta distribuição da receita entre estados e municípios.”
Atualmente, os impostos são cobrados no local de origem do produto ou serviço. Com a reforma, a tributação passará a ocorrer no destino — onde o bem ou serviço é consumido.
🔎 Com o modelo dual de Imposto sobre Valor Agregado (IVA), a reforma tributária propõe mudanças na forma como a arrecadação é distribuída como forma de reduzir distorções entre os estados. Para isso, ICMS, ISS, PIS e Cofins serão substituídos por dois novos tributos: o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), gerido por estados e municípios, e a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), de competência federal.
Dados desatualizados e riscos fiscais
Os especialistas ouvidos pelo g1 destacam que, a partir do ano que vem, informações detalhadas sobre a localização dos clientes — como endereço completo e código do município — deverão constar nos documentos fiscais eletrônicos, com validade jurídica.
“Ou seja, esse cadastro dos clientes deixa de ser apenas uma ferramenta comercial e se torna um elemento indispensável para a conformidade fiscal da empresa no novo sistema”, explica Rayan Felipe Sartori, advogado tributarista do escritório Gaia Silva Gaede.
🚨Embora empresas possam solicitar a atualização do endereço de clientes em razão da reforma tributária, outros dados cadastrais não são exigidos, como número de documentos de identificação (RG, CPF ou passaporte), data de nascimento ou informações sensíveis.
Além disso, o tributarista destaca que a atualização cadastral não se limita à base de clientes: a revisão deve abranger toda a estrutura de dados fiscais da empresa, incluindo dados de fornecedores, produtos, serviços e estabelecimentos.
🧑💼 No caso dos fornecedores, será necessário verificar o regime tributário — como Simples Nacional, Lucro Real, Lucro Presumido ou regimes especiais — para assegurar o correto aproveitamento de créditos e evitar erros nas notas fiscais.
🛒 Já para produtos e serviços, será preciso atualizar a classificação fiscal — Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM) e Nomenclatura Brasileira de Serviços (NBS) — e vinculá-la aos novos códigos tributários. Essa atualização definirá a alíquota aplicável e indicará se haverá incidência do Imposto Seletivo, destinado a itens com impacto sobre a saúde ou o meio ambiente.
🏢 Quanto aos estabelecimentos, cada unidade — matriz, filiais ou centros de distribuição — deverá estar corretamente identificada. Informações como o Código de Município (IBGE) e o novo CNPJ alfanumérico, também previsto para entrar em vigor a partir do próximo ano, precisam estar atualizados.
Diante das mudanças, Morvan Meirelles Costa Junior, tributarista e sócio do escritório Meirelles Costa, destaca que a revisão cadastral deixou de ser uma tarefa apenas operacional e passou a ser uma parte estratégica da conformidade tributária.
“A integração entre as áreas de compras, fiscal e TI [tecnologia da informação] é fundamental — as informações precisam ser consistentes desde a cotação até a emissão da nota fiscal.”
Segundo Junior, falhas ou inconsistências nos cadastros — mesmo que causadas por dados desatualizados — podem gerar impactos tributários. Entre os principais riscos estão:
⚠️ Aplicação incorreta de alíquotas: erros no código do município, dado essencial para a tributação, podem levar à cobrança equivocada do IBS.
⚠️ Autuações e penalidades: informações incompletas ou imprecisas podem resultar em notificações fiscais e sanções por descumprimento das normas.
⚠️ Comprometimento do crédito tributário: inconsistências cadastrais podem comprometer o uso dos créditos de IBS e CBS ao longo da cadeia, afetando o princípio da não cumulatividade e elevando o custo tributário das operações.
Reforma tributária
freepik
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31/10 -
Imposto de Renda: Receita paga lote residual da restituição nesta sexta; veja se vai receber
IRPF: pagamento do lote residual acontece em 31 de outubro; veja como consultar
A Receita Federal começa a pagar o lote residual de restituições do Imposto de Renda do mês de outubro de 2025 nesta sexta-feira (31).
Esse lote contempla restituições de declarações de 2025 transmitidas fora do prazo e com pendências solucionadas pelos contribuintes, além de restituições residuais de exercícios anteriores.
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Ao todo, 248.894 contribuintes serão contemplados, no valor total de R$ 602,9 milhões. Desse total, R$ 349,3 milhões serão destinados a contribuintes que têm prioridade legal no recebimento.
Veja abaixo:
6.627 idosos acima de 80 anos
36.714 contribuintes entre 60 e 79 anos
5.040 contribuintes com alguma deficiência física ou mental ou moléstia grave
10.871 contribuintes cuja maior fonte de renda seja o magistério
158.775 contribuintes que receberam prioridade por utilizarem a declaração pré-preenchida e/ou optarem por receber a restituição via PIX;
Outros 30.867 contribuintes que recebem a restituição neste lote não são prioritários.
imposto de renda 2025
Divulgação
Como fazer a consulta?
Assim que a consulta estiver disponível, o contribuinte deve acessar a página da Receita na internet e clicar na opção "Meu Imposto de Renda". Em seguida, basta clicar em "Consultar a Restituição".
A página oferece orientações e os canais de prestação do serviço, permitindo uma consulta simplificada ou completa da situação da declaração, por meio do extrato de processamento, acessado no e-CAC. Caso identifique alguma pendência na declaração, o contribuinte pode retificá-la, corrigindo as informações.
A Receita Federal disponibiliza, também, aplicativo para tablets e smartphones que permite consultar diretamente nas bases da Receita Federal informações sobre liberação das restituições do IRPF e a situação cadastral de uma inscrição no CPF.
Malha fina
Ao realizar a consulta, o contribuinte também poderá saber se há alguma pendência em sua declaração que impeça o pagamento da restituição, ou seja, se ele caiu na chamada "malha fina".
Para saber se está na malha fina, os contribuintes também podem acessar o "extrato" do Imposto de Renda no site da Receita Federal no chamado e-CAC (Centro Virtual de Atendimento).
Ao fazer o login, selecione a opção “Meu Imposto de Renda (Extrato da DIRPF)”. Na aba “Processamento”, escolha o item “Pendências de Malha”. Lá, você poderá verificar se sua declaração está na malha fina e verificar qual o motivo pelo qual ela foi retida.
Para acessar o extrato do IR, é necessário utilizar o código de acesso gerado na própria página da Receita Federal ou certificado digital emitido por autoridade habilitada.
As restituições de declarações que apresentam inconsistência (em situação de malha) são liberadas apenas depois de corrigidas pelo cidadão, ou após o contribuinte apresentar comprovação de que sua declaração está correta.
Prazo para resgate
Segundo a Receita Federal, o pagamento das restituições será feito apenas em conta bancária de titularidade do contribuinte, para evitar erro nos dados bancários informados ou algum problema na conta destino.
Para não haver prejuízo ao contribuinte, a Receita ainda oferece o serviço de reagendamento disponibilizado pelo agente financeiro Banco do Brasil pelo prazo de um ano da primeira tentativa de crédito.
Assim, o contribuinte poderá corrigir os dados bancários para uma conta de sua titularidade. Neste caso, o cidadão poderá reagendar o crédito dos valores de forma simples e rápida pelo Portal Banco do Brasil pelos seguintes meios:
Site, acessando https://www.bb.com.br/irpf
Ligando para a Central de Relacionamento BB por meio dos telefones 4004-0001 (capitais), 0800-729-0001 (demais localidades) e 0800-729-0088 (telefone especial exclusivo para deficientes auditivos).
Ao utilizar esse serviço o contribuinte deve informar o valor da restituição e o número do recibo da declaração. Após isso, deve-se aguardar nova tentativa de crédito.
Caso o contribuinte não resgate o valor de sua restituição no prazo de um ano, deverá requerê-lo pelo Portal e-CAC, disponível no site da Receita Federal, acessando o menu Declarações e Demonstrativos > Meu Imposto de Renda e clicando em "Solicitar restituição não resgatada na rede bancária".
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31/10 -
Bolsa Família 2025: veja o calendário de pagamentos de novembro
A Caixa Econômica Federal iniciará os pagamentos de novembro do Bolsa Família 2025 no próximo dia 14. Os primeiros a receber serão os beneficiários com Número de Identificação Social (NIS) com final 1. (veja mais abaixo o calendário completo)
O dinheiro vai ser disponibilizado nos últimos 10 dias úteis de cada mês, de forma escalonada. A exceção é o mês de dezembro, quando os pagamentos são antecipados.
Confira o calendário do Bolsa Família para novembro de 2025:
Final do NIS: 1 - pagamento em 14/11
Final do NIS: 2 - pagamento em 17/11
Final do NIS: 3 - pagamento em 18/11
Final do NIS: 4 - pagamento em 19/11
Final do NIS: 5 - pagamento em 21/11
Final do NIS: 6 - pagamento em 24/11
Final do NIS: 7 - pagamento em 25/11
Final do NIS: 8 - pagamento em 26/11
Final do NIS: 9 - pagamento em 27/11
Final do NIS: 0 - pagamento em 28/11
Para dezembro, a previsão de pagamentos é:
Dezembro: de 10/12 a 23/12.
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Veja abaixo perguntas e respostas sobre o Bolsa Família.
Quem pode receber o Bolsa Família?
A principal regra para receber o benefício é ter renda mensal familiar de até R$ 218 por pessoa.
Para se enquadrar do programa, é preciso somar a renda total e dividir pelo número de pessoas. Caso o valor fique abaixo dos R$ 218, a família está elegível ao Bolsa Família.
Os beneficiários também precisam arcar com contrapartidas, como:
manter crianças e adolescentes na escola;
fazer o acompanhamento pré-natal (no caso de gestantes);
manter as carteiras de vacinação atualizadas.
Onde se cadastrar?
Os beneficiários precisam se inscrever no Cadastro Único (CadÚnico) — principal instrumento do governo federal para a inclusão de famílias de baixa renda em programas sociais — e aguardar uma análise de enquadramento.
Estar no Cadastro Único não significa a entrada automática nos programas sociais do governo, uma vez que cada um deles tem regras específicas. Mas o cadastro é pré-requisito para que a inscrição seja avaliada.
VEJA COMO FAZER O CADASTRO ÚNICO DO GOVERNO FEDERAL
Como sacar o Bolsa Família?
Os beneficiários recebem e podem movimentar os valores pelo aplicativo Caixa TEM e internet banking. Assim, não é necessário ir até uma agência da Caixa Econômica Federal — que é responsável pelo pagamento do Bolsa Família — para realizar o saque.
Segundo a Caixa, os beneficiários também podem utilizar o cartão do programa para realizar compras nos estabelecimentos comerciais, por meio da função de débito.
Além disso, há a opção de realizar saques nos terminais de autoatendimento, casas lotéricas e correspondentes Caixa Aqui, além das agências da Caixa.
Bolsa Família
Luis Lima Jr/FotoArena/Estadão Conteúdo
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31/10 -
Feriados de novembro: saiba quais são, quem tem direito à folga e como funciona a remuneração
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Novembro está para começar e já é aguardado com expectativa pelos trabalhadores: o penúltimo mês do ano terá três feriados nacionais, conforme o calendário oficial. O primeiro deles acontece já neste domingo (2).
Entre os feriados do mês, no entanto, apenas um ocorre em dia útil — o que pode proporcionar uma pausa no meio da semana ou permitir emenda para quem tem folga na sexta, no sábado ou no domingo.
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Veja abaixo os feriados nacionais de novembro.
2 de novembro: Finados (domingo);
15 de novembro: Proclamação da República (sábado);
20 de novembro: Consciência Negra (quinta-feira).
O Dia da Consciência Negra, em 20 de novembro, é feriado nacional desde 2023. A mudança foi aprovada pelo Congresso e sancionada em dezembro daquele ano pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Antes disso, a data não integrava o calendário nacional nem era considerada ponto facultativo, e a folga dependia de legislação estadual ou municipal.
⚠️ Vou trabalhar, e agora? Quem for escalado para trabalhar na data tem direitos assegurados, como a remuneração em dobro ou um dia de folga compensatória.
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Abaixo, o g1 explica os direitos dos trabalhadores em relação aos feriados nacionais a partir das seguintes perguntas:
Meu chefe pode me obrigar a trabalhar durante o feriado?
Quais são os meus direitos?
Remuneração em dobro ou folga? Quem define?
Tenho compromissos religiosos no dia de Finados. A empresa pode me obrigar a trabalhar?
E quando o feriado cai aos sábados ou domingo?
Faltei ao trabalho, apesar de ter sido escalado. Posso ser demitido por justa causa?
As regras são diferentes para empregado fixo e temporário?
Como funciona no caso do trabalhador intermitente?
Qual é o próximo feriado de 2025?
1. Meu chefe pode me obrigar a trabalhar durante o feriado?
Sim. Apesar do artigo 70 da CLT proibir atividades profissionais durante feriados nacionais, a legislação abre exceções para serviços considerados essenciais, como setores de indústria, comércio, transportes, comunicações, serviços funerários, atividades ligadas à segurança, entre outros.
Além disso, o empregador pode solicitar que o funcionário trabalhe durante o feriado quando houver uma Convenção Coletiva de Trabalho, que é um acordo antecipado feito entre empregadores e sindicatos.
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2. Quais são os meus direitos?
A legislação trabalhista brasileira determina que o trabalho exercido durante os feriados deve ser remunerado em dobro. "A não ser que o empregador ofereça uma folga compensatória", explica o advogado trabalhista Luís Gustavo Nicoli.
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Saiba quais feriados caem em fim de semana ou dia útil e como isso afeta o trabalho
Esdras Pereira/g1
3. Remuneração em dobro ou folga? Quem define?
A definição do tipo de compensação — seja pagamento em dobro ou concessão de folga compensatória — é geralmente definida em acordo entre empregadores e sindicatos, por meio da Convenção Coletiva de Trabalho.
Na ausência desse acordo, a decisão pode ser negociada diretamente entre empregador e funcionário. No entanto, é essencial que as duas partes concordem com o que for decidido, e que a compensação escolhida esteja em conformidade com a legislação.
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4. Tenho compromissos religiosos no dia de Finados. A empresa pode me obrigar a trabalhar?
Sim. A empresa pode exigir o trabalho em dias de feriado, especialmente em setores essenciais que não podem interromper suas atividades.
Por outro lado, situações específicas — como compromissos religiosos ou circunstâncias pessoais do empregado — podem ser negociadas diretamente com o empregador.
O artigo 70 da CLT estabelece que, exceto trabalho em atividades indispensáveis ou cuja autorização de funcionamento esteja previamente estabelecida por meio de normas legais (ou negociação coletiva), o trabalho em dias de feriados religiosos e nacionais é vetado.
"É recomendável que a empresa demonstre flexibilidade nessas situações, buscando soluções que conciliem as necessidades do serviço com os direitos e interesses pessoais do empregado, respeitando acordos individuais e coletivos", explica Elisa Alonso, advogada trabalhista e sócia do RCA Advogados.
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5. E quando o feriado cai no sábado ou no domingo?
Quando o feriado cai no sábado ou domingo, as regras são as mesmas dos demais feriados — ou seja, os empregados têm as mesmas obrigações e direitos. A folga compensatória ou o pagamento em dobro dependem de o trabalhador exercer ou não suas atividades nesses dias.
Se o sábado ou o domingo já forem dias de folga, o feriado não altera a rotina. Mas, para quem trabalha nessas datas, o feriado garante o direito ao descanso remunerado: a empresa deve pagar em dobro ou conceder folga compensatória.
“Mesmo quando o feriado cai no sábado ou domingo, ele permanece como dia de repouso obrigatório, conforme a CLT e a Constituição Federal. Portanto, deve ser respeitado como descanso remunerado, sem necessidade de compensação, salvo previsão em acordo ou convenção coletiva”, explica Elisa Alonso, do RCA Advogados.
A regra é a mesma para qualquer feriado, independentemente do dia da semana em que ocorre, exceto quando houver negociação coletiva que estabeleça condições específicas.
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6. Faltei ao trabalho apesar de ter sido escalado. Posso ser demitido por justa causa?
Depende. A ausência, quando há determinação do empregador para o comparecimento, pode ser interpretada como insubordinação — ou seja, desobediência a uma ordem direta de um superior.
"Mas a dispensa por justa causa, em geral, não decorre de um fato isolado, mas de um comportamento faltoso de forma reiterada", afirma Ana Gabriela Burlamaqui, advogada trabalhista.
Por isso, esse tipo de desligamento costuma ser precedido por advertências formais e tentativas de correção de conduta.
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7. As regras são diferentes para empregado fixo e temporário?
As regras gerais sobre trabalho em feriados valem tanto para empregados fixos quanto para temporários, incluindo o direito ao pagamento em dobro ou à folga compensatória.
Porém, aqueles que possuem contratos de trabalho temporário podem ter condições específicas previstas no acordo firmado.
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8. E para os trabalhadores intermitentes?
No caso do funcionário contratado pelo regime de trabalho intermitente — previsto na CLT desde a Reforma Trabalhista de 2017 —, o pagamento por trabalho em feriados deve ser definido no momento da admissão.
O contrato precisa especificar o valor da hora trabalhada, já incluindo os adicionais referentes a feriados ou horas extras.
"Assim, o trabalhador intermitente recebe o valor previamente acordado para os dias em que presta serviço, inclusive em feriados", explica o advogado Luís Nicoli.
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9. Qual é o próximo feriado de 2025?
Depois de novembro, o próximo feriado nacional será o Natal, em 25 de dezembro, que cai numa quinta-feira — o que pode permitir emenda para quem folga na sexta, sábado ou domingo.
A véspera de Ano Novo, em 31 de dezembro, também cai numa quinta-feira e é ponto facultativo a partir das 13h, permitindo emenda para quem folga em 1º de janeiro ou encerra o expediente mais cedo.
O g1 preparou um calendário com todos os pontos facultativos e feriados nacionais de 2025. Confira:
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31/10 -
Globo é eleita a melhor empresa de Comunicação do país no prêmio TOP30, da Veja Negócios
Manuel Belmar recebe, em nome da Globo, o prêmio TOP30 – As Melhores Empresas do País.
Claudio Gatti
A Globo foi eleita a melhor empresa de Comunicação do Brasil no prêmio "TOP30 – As Melhores Empresas do País", promovido pela revista Veja Negócios.
Os vencedores da primeira edição do ranking foram anunciados na noite desta quinta-feira (30), em evento realizado no Hotel Palácio Tangará, em São Paulo. Ao todo, a premiação reconheceu empresas de destaque em 30 diferentes setores da economia.
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Manuel Belmar, CFO da Globo, representou a empresa na cerimônia.
“Em uma indústria que se transforma em tempo real, a Globo cresce com consistência, impulsionada por uma estratégia clara: investir em conteúdo de qualidade, em tecnologia de ponta e em modelos de negócio sustentáveis", disse.
"Esse reconhecimento é para todos que fazem a Globo todos os dias. Pessoas que entendem que comunicar é construir pontes, inspirar e transformar”, acrescentou o executivo.
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O objetivo do ranking, elaborado a partir de uma parceria entre a Editora Abril e a agência de classificação de risco Austin Rating, é reconhecer as empresas que se sobressaem por desempenho, solidez e excelência em gestão.
Para a análise dos dados, a Austin Rating considerou os balanços anuais mais recentes (2022, 2023 e 2024) das empresas avaliadas.
A definição dos vencedores foi feita com base em indicadores como receita líquida, ativo total, patrimônio líquido, lucro líquido, margem líquida, retorno sobre investimento e nível de endividamento.
Segundo a Veja Negócios, a Austin Rating avaliou 10 mil empresas com base em um banco de dados construído ao longo de 39 anos.
A análise foi realizada individualmente, "sem consolidação de grupos, garantindo uma análise mais transparente e comparável", afirmou a organização.
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30/10 -
Mega-Sena, concurso 2.934: prêmio acumula e vai a R$ 34 milhões
G1 | Loterias - Mega-Sena 2934
O sorteio do concurso 2.934 da Mega-Sena foi realizado na noite desta quinta-feira (30), em São Paulo. Nenhuma aposta acertou as seis dezenas, e o prêmio para o próximo sorteio acumulou em R$ 34 milhões.
Clique aqui para seguir o canal de Loterias do g1 no WhatsApp
Veja os números sorteados: 09 - 17 - 23 - 26 - 33 - 59
5 acertos - 31 apostas ganhadoras: R$ 37.328,03
4 acertos - 2.803 apostas ganhadoras: R$ 680,49
O próximo sorteio da Mega será no sábado (1º).
Mega-Sena, concurso 2.934
Reprodução/Caixa
Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio
Para apostar na Mega-Sena
As apostas podem ser realizadas até as 19h (horário de Brasília) em qualquer lotérica do país ou por meio do site e aplicativo Loterias Caixa, disponíveis em smartphones, computadores e outros dispositivos.
O pagamento da aposta online pode ser realizado via PIX, cartão de crédito ou pelo internet banking, para correntistas da Caixa. É preciso ter 18 anos ou mais para participar.
Probabilidades
A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada.
Para um jogo simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 6, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa.
Já para uma aposta com 20 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 232.560,00, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 1.292, ainda de acordo com a instituição.
Bilhetes da Mega-Sena, em imagem de arquivo
Marcelo Brandt/G1
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30/10 -
Keeta, a delivery chinesa de comida, começa operação no Brasil; veja as cidades onde funcionará
Aplicativo de delivery Keeta começará a operar no Brasil.
Reprodução/LinkedIn Keeta
O aplicativo de delivery Keeta, subsidiária internacional da empresa chinesa Meituan, começará a operar no Brasil.
Com a promessa de investir US$ 1 bilhão (cerca de R$ 5,4 bilhões) em cinco anos, a companhia lançou seu aplicativo piloto em Santos e São Vicente, no litoral de São Paulo, nesta quinta-feira (30).
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"A iniciativa traz para o país toda a expertise global e a tecnologia de ponta da Meituan, prometendo uma experiência aprimorada para os usuários da Keeta no Brasil e no mundo", diz a empresa em seu site oficial.
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Onde o aplicativo vai funcionar?
A empresa lançou, inicialmente, um aplicativo piloto, com operação em Santos e São Vicente, no litoral de São Paulo.
De acordo com a companhia, o aplicativo já conta com mais de mil marcas de restaurantes e mais de 2 mil entregadores parceiros na região.
"Estamos trazendo entregas baseadas em IA [inteligência artificial], com On-Time Promise [promessa de entrega no prazo], comissão mais baixa e suporte 24 horas para consumidores, restaurantes e entregadores parceiros", informou a Keeta em seu perfil no LinkedIn.
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30/10 -
MP do setor elétrico muda regra para cálculo do preço do petróleo e pode elevar arrecadação
André Trigueiro: Brasil vive 'contradição' com autorização para pesquisas de petróleo na Foz do Amazonas
A medida provisória do setor elétrico, aprovada nesta quinta-feira (30) em comissão mista do Congresso, incluiu uma mudança na regra de cálculo do preço de referência do petróleo no Brasil. Isso mudaria, por consequência, o valor dos royalties.
A proposta prevê que o valor do petróleo seja definido com base em cotações internacionais, o que pode aumentar a arrecadação do governo federal e dos governos estaduais sobre a produção no país. O tema dividiu entidades do setor (veja mais abaixo).
Atualmente, o preço de referência é calculado por uma resolução da ANP, aprovada em julho, que usa uma fórmula técnica combinando diferentes tipos de óleo combustível com teores específicos de enxofre.
O valor é usado para calcular royalties e participações governamentais pagos pelas empresas que exploram petróleo no país.
Pelo novo texto, o preço passaria a ser definido a partir da média das cotações divulgadas por agências internacionais reconhecidas, que registram transações reais entre empresas independentes. Se não houver dados disponíveis, será aplicada a metodologia da Lei 14.596/2023, usada em operações entre empresas vinculadas para fins de imposto de renda.
O relatório também prevê que o preço de referência será detalhado por decreto presidencial, considerando o tipo de petróleo e a localização do campo.
Reações do setor
A mudança gerou reação de entidades da indústria.
O Instituto Brasileiro de Petróleo (IBP) criticou a medida, afirmando que ela introduz insegurança jurídica e pode desestimular investimentos, especialmente em campos de menor produtividade.
“Vincular o cálculo às regras de preço de transferência desvirtua a lógica técnico-econômica e cria insegurança”, disse o IBP.
Já a Associação Nacional dos Refinadores Privados (RefinaBrasil) apoiou a proposta e afirmou que o modelo atual gera perda de arrecadação e desestimula o refino no país.
“A atual defasagem faz o Brasil perder até R$ 83 bilhões em arrecadação em uma década. A mudança traz racionalidade econômica e segurança jurídica”, afirmou a entidade.
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30/10 -
Maior ataque hacker do país foi feito a partir de quarto de hotel em Brasília, próximo ao Alvorada
Operação da PF mira ataque hacker
O ataque hacker que causou o maior prejuízo já registrado pelo sistema financeiro nacional foi lançado a partir de um quarto do hotel Royal Tulip, em Brasilia.
🏨 O hotel é um dos mais caros da capital federal – e fica a menos de 1 quilometro do Palácio da Alvorada, residência oficial do presidente da República.
De acordo com informações da investigação da Polícia Federal, obtidas pela TV Globo, o ataque foi cometido em 30 de junho e resultou no desvio de R$ 813 milhões de bancos.
"Os criminosos se reuniram em um hotel aqui em Brasília exatamente no momento em que o dinheiro estava sendo subtraído da conta desse banco privado", explicou o coordenador-geral de Combate a Fraudes Cibernéticas da PF, delegado Valdemar Latance Neto.
Nos dias seguintes à ação, uma parte dos criminosos fugiu do Brasil. Alguns partiram para a Europa. Um outro grupo fretou um avião com destino à Argentina.
Os responsáveis pelo ciberataque foram os alvos da segunda fase da operação Magna Fraus, desencadeada nesta quinta-feira (30) pela Polícia Federal e pelo Ministério Público de São Paulo.
Agentes foram às ruas para cumprir 26 mandados de prisão e outros 42 mandados de busca e apreensão, em seis estados e no Distrito Federal.
Até a última atualização, 12 pessoas haviam sido presas no Brasil e outras sete no exterior, com a ajuda da Interpol: seis na Espanha e uma na Argentina.
PF faz operação contra ataques hackers ao PIX
Os agentes também apreenderam veículos, joias, relógios, itens de luxo, armas, munições, além de cerca de R$ 1 milhão em criptoativos.
Funcionário vendeu senhas de sistema
Esse ataque foi possível a partir do sistema da empresa C&M, que prestava serviço de interligação de bancos menores à rede do Banco Central. Um funcionário da C&M vendeu senhas de acesso aos criminosos. Ele foi preso dias depois da ação.
Segundo a Polícia Federal, o dinheiro foi desviado de contas pertencentes a bancos e instituições de pagamento e que eram usadas para gerenciar transferências feitas por seus clientes via PIX.
O Banco Central informou que não houve invasão do sistema PIX propriamente, e que não houve prejuízo para clientes de bancos.
Os investigados podem responder por organização criminosa, invasão de dispositivo informático, furto mediante fraude eletrônica e lavagem de dinheiro.
Operação mirou ataque hacker a sistemas ligados ao PIX
Reprodução/PF
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30/10 -
Justiça do Rio de Janeiro aprova pedido de recuperação judicial da Ambipar
Ambipar: entenda como a empresa passou de queridinha do ESG para à beira da falência
A Justiça do Rio de Janeiro aprovou nesta quarta-feira (30) o pedido de recuperação judicial da Ambipar.
A companhia havia protocolado o pedido na 3ª Vara Empresarial da Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro neste mês, em meio a uma crise de caixa e risco de pagamento acelerado de dívidas de bilhões de reais. O pedido inclui outras empresas do grupo, como a Environmental ESG Participações.
Nos Estados Unidos, a Ambipar Emergency Response, que faz parte do grupo, entrou com um pedido de falência dentro das regras do Capítulo 11, que é o equivalente americano à recuperação judicial.
Segundo a empresa, as medidas foram tomadas depois que surgiram suspeitas de irregularidades em operações financeiras (chamadas de swap) feitas pela antiga diretoria financeira. Essas suspeitas vieram à tona após a saída repentina do antigo diretor financeiro, João de Arruda.
A Ambipar afirmou que o episódio abalou a confiança do mercado e fez alguns credores cobrarem o pagamento antecipado de dívidas.
A situação se agravou no fim de setembro, quando as ações da Ambipar despencaram depois da troca de diretor financeiro. O cargo passou a ser ocupado por Ricardo Garcia, que também é o responsável pela área de relações com investidores.
No pedido apresentado à Justiça, os advogados da empresa informaram que já há uma investigação criminal em andamento para apurar a conduta do ex-diretor e de seus aliados.
O que está acontecendo com a Ambipar?
A crise financeira da Ambipar se intensificou no segundo semestre de 2025, após uma série de eventos que abalaram a confiança do mercado e comprometeram sua saúde financeira.
O problema teve início com uma operação financeira complexa realizada pela antiga equipe de finanças, que gerou grandes perdas e elevou os riscos para a companhia.
No final de setembro, a Ambipar conseguiu da Justiça do Rio de Janeiro uma medida cautelar que, entre outras proteções, suspendeu cláusulas contratuais que poderiam acelerar o vencimento de dívidas do grupo e exigir o cumprimento imediato de obrigações relevantes.
Na prática, as medidas evitaram que credores cobrassem todos os pagamentos de uma vez enquanto a empresa tentava se reorganizar financeiramente.
O pedido de proteção por parte da Ambipar foi motivado por uma operação de crédito da companhia com o Deutsche Bank, que exigiu garantias adicionais e consumiu rapidamente um valor elevado do caixa da empresa.
No pedido, mencionado no despacho que concedeu a tutela cautelar, a companhia citou riscos de cláusulas de vencimento cruzado (cross-default) que poderiam gerar um rombo de R$10 bilhões e levar à insolvência imediata do grupo.
🔎Cláusulas de vencimento cruzado são regras estabelecidas em contratos de dívida que fazem uma obrigação vencer antecipadamente se outra dívida do mesmo devedor não for paga ou entrar em atraso.
Desde que obteve a primeira medida cautelar — confirmada após recurso do Deutsche Bank —, as ações da Ambipar acumularam, até a véspera, um tombo de 93%, em meio a especulações sobre o risco de uma eventual recuperação judicial da companhia. Em um ano, os papéis já caíram 95,67%.
Mais tarde, a saída repentina do diretor financeiro da companhia, João Arruda, levantou suspeitas de irregularidades e piorou a crise de gestão, que começou a aparecer nos resultados da empresa.
No segundo trimestre de 2025, a Ambipar voltou a registrar prejuízo, repetindo o desempenho negativo do primeiro trimestre. Segundo o balanço financeiro, o prejuízo foi de R$ 134,1 milhões, revertendo o lucro de R$ 45,5 milhões obtido no mesmo período do ano anterior.
Nas últimas semanas, a Ambipar enfrentou uma série de reveses. Entre eles, a B3 anunciou a retirada das ações da empresa de nove índices da bolsa, e a companhia perdeu o selo de ações verdes, devido a preocupações com sua governança e situação financeira.
Ao mesmo tempo, investidores que aplicaram em Certificados de Operações Estruturadas (COEs) ligados à companhia viram seu dinheiro praticamente desaparecer.
Esses COEs, distribuídos por corretoras como XP e BTG Pactual, prometiam retornos elevados e aparente proteção do capital. Na prática, porém, expuseram os investidores a riscos pouco conhecidos.
A história da Ambipar
Fundado em 1995 pelo empresário Tércio Borlenghi Neto, o Grupo Ambipar surgiu como uma empresa brasileira voltada para soluções ambientais. Ao longo de quase três décadas, transformou-se em uma multinacional presente em 41 países e cinco continentes, com mais de 23 mil funcionários.
Em 2019, a empresa passou por um processo de mudança e de reestruturação societária, o que consolidou suas operações em duas áreas principais: Ambipar Environmental, especializada na gestão e valorização de resíduos, e a Ambipar Response, com o atendimento emergencial de acidentes químicos e ambientais.
Na prática, a companhia, trata e reaproveita o lixo, separando, reciclando e transformando resíduos em novos materiais ou energia sempre que possível, seguindo o conceito de economia circular.
Em julho de 2020, A Ambipar estreou na Bolsa de valores brasileira, a B3, tornando-se a primeira empresa de gestão ambiental a ser listada no país.
A oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) registrou forte demanda, com pedidos que superaram em 10 vezes a quantidade de papéis disponíveis. Um ano depois, as ações chegaram a valorizar 50%, consolidando a companhia como uma das favoritas dos investidores.
A entrada da Ambipar na B3 coincidiu com um período em que o compromisso das empresas com questões ambientais ganhava destaque.
Na época, a pauta ESG (sigla em inglês para Ambiental, Social e Governança) também estava em alta no Brasil e no mundo, impulsionada pela pandemia de coronavírus — que aumentou a pressão por práticas sustentáveis e responsabilidade corporativa.
Após estrear com sucesso na bolsa brasileira, a Ambipar investiu R$ 1,5 bilhão na compra de 22 empresas em um ano, ampliando um portfólio que já incluía 10 aquisições anteriores.
A expansão acelerada entre 2020 e 2022 levou o grupo a adquirir companhias na América do Norte, Europa e Brasil, como a americana Witt O’Brien’s e a britânica Enviroclear.
No entanto, a estratégia de crescimento agressivo sem foco em lucro ou geração de caixa se mostrou insustentável. Segundo o especialista em reestruturação Max Mustrangi, foram 40 aquisições em menos de cinco anos em um setor de baixa margem.
A valorização do dólar também agravou a situação, aumentando o peso das dívidas externas e levando a empresa a enfrentar prejuízos e pedir recuperação judicial.
O Grupo Ambipar
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30/10 -
Brasil cria 213 mil empregos formais em setembro; queda de 15,5% em comparação ao mesmo mês de 2024
A economia brasileira gerou 213 mil empregos formais em setembro deste ano, informou nesta quinta-feira (30) o Ministério do Trabalho e do Emprego.
Ao todo, segundo o governo federal, foram registradas em agosto:
➡️2,29 milhões de contratações;
➡️2,08 milhões de demissões.
Veja os vídeos que estão em alta no g1
📈 O resultado representa queda de 15,5% em relação a setembro do ano passado, quando foram criados cerca de 252,3 mil empregos com carteira assinada.
👉🏽 Esse também foi o pior resultado para meses de setembro desde 2023, ou seja, em dois anos.
O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, observou que o resultado de setembro veio acima da expectativa do mercado financeiro, que projetava uma mediana de 175 mil vagas formais criadas no mês passado.
“Número não é novidade para o ritmo que a economia vem se comportando, apesar dos juros altos. Muitos setores da economia reclamando dos juros altos”, declarou o ministro.
Atualmente, a taxa Selic, fixada pelo Banco Central para conter as pressões inflacionárias, está em 15% ao ano, o maior nível em quase 20 anos.
Veja os resultados para os meses de agosto:
2020: 299,7 mil vagas fechadas;
2021: 330,2 mil empregos criados;
2022: 278,5 mil vagas abertas;
2023: 204,7 mil vagas abertas.
A comparação dos números com anos anteriores a 2020, segundo analistas, não é mais adequada porque o governo mudou a metodologia.
Parcial do ano
De acordo com o Ministério do Trabalho, 1,71 milhão de empregos formais foram criados no país de janeiro a setembro deste ano.
📈 O número representa queda de 14% na comparação com o mesmo período de 2024, quando foram abertas 1,99 milhão de vagas com carteira assinada.
Essa foi a menor geração de empregos para os seis primeiros meses de um ano desde 2023, quando foram abertas 1,59 milhão de vagas formais.
Ao fim de setembro de 2025, ainda conforme os dados oficiais, o Brasil tinha saldo de 48,91 milhões de empregos com carteira assinada.
O resultado representa aumento na comparação com agosto deste ano (48,69 milhões) e com relação a setembro de 2024 (47,51 milhões).
Segundo dados do SEBRAE e CNAE, uma padaria é aberta a cada seis minutos no país
Reprodução: EPTV
Empregos por setor
Os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de setembro de 2025 mostram que foram criados empregos formais em quatro dos cinco setores da economia. O maior número absoluto foi no setor de serviços.
Regiões do país
Os dados também revelam que foram abertas vagas nas cinco regiões do país no mês passado.
Salário médio de admissão
O governo também informou que o salário médio de admissão foi de R$ 2.286,34 em setembro deste ano, o que representa queda real (descontada a inflação) em relação a agosto de 2025 (R$ 2.306,94,).
Na comparação com setembro do ano passado, houve alta no salário médio de admissão. Naquele mês, o valor foi de R$ 2.268,99.
Caged x Pnad
Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados consideram os trabalhadores com carteira assinada, ou seja, não incluem os informais.
Com isso, os resultados não são comparáveis com os números do desemprego divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), coletados por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Continua (Pnad).
Segundo dados oficiais, a taxa de desemprego no Brasil foi de 5,6% no trimestre encerrado em agosto. De acordo com o IBGE, essa foi a menor taxa da série histórica iniciada em 2012.
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30/10 -
Preço do leite: entenda efeitos da desvalorização no campo após 6ª queda seguida nas cotações
Produção de leite
Reprodução/TV Gazeta
O preço do leite cru pago ao produtor baixou 4,2% em setembro deste ano, na comparação com agosto. Essa é a sexta baixa consecutiva nas cotações no campo, apontam dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP, em Piracicaba (SP). Na comparação anual, a queda nos preços chega a 19%.
📝Entenda, abaixo na reportagem, os principais fatores listados pela instituição para explicar o cenário nos últimos meses e veja efeitos da desvalorização no campo.
O movimento de desvalorização deve persistir até o fim de 2025, segundo projeções de agentes do setor consultados pelo Cepea. "Tendo em vista que o mercado doméstico está bastante abastecido", justifica.
A queda nas cotações fizeram com que a média dos preços do leite entre os maiores centros produtores nacionais (Média Brasil) fechasse em R$ 2,4410 o litro em setembro de 2025. Uma baixa real de 19% na comparação com o mesmo mês no ano passado.
Que fatores explicam cenário de baixas?
O Cepea analisa a movimentação do setor e aponta que:
De um lado, observa-se crescimento consistente da produção ao longo de 2025, sustentado por investimentos realizados após margens mais favoráveis em 2024
A sazonalidade da primavera e do verão, com melhora das pastagens, também impulsiona a oferta. O ICAP-L (Índice de Captação de Leite) subiu 5,8% de agosto para setembro e acumula alta de 12,2% no ano, indicando forte ampliação da produção
Além do avanço interno, a disponibilidade total de leite foi reforçada pelo aumento de 20% nas importações de lácteos em setembro, totalizando 198,1 milhões de litros em equivalente leite, dos quais quase 80% correspondem a leite em pó
O mercado interno permanece amplamente abastecido, mesmo com crescimento de 11% nas exportações de setembro
Efeitos
O cenário aponta para continuidade da pressão de baixa a curto prazo:
"As sucessivas quedas podem provocar desaceleração gradual da produção, mas parte desse efeito tende a ser compensada pelo aumento sazonal típico da safra das águas, sobretudo no Sudeste e no Centro-Oeste. O volume deve continuar crescendo, mas em ritmo menor que o habitual, sugerindo início de ajuste na oferta", analisa.
Preço do leite pago ao produtor cai em agosto
Balança comercial
As importações recuaram 4,8% entre janeiro e setembro de 2025, na comparação com o acumulado do mesmo período do ano passado, somando1,65 bilhão de litros equivalentes. O volume é considerado alto pelos agentes do setor, aponta o Cepea.
As exportações diminuíram 36,7% no mesmo período, somando 52,9 milhões de litros.
"Essa abundância de oferta tem mantido o mercado saturado. A produção segue em alta e sem sinais de desaceleração no curto prazo, enquanto o consumo permanece incapaz de crescer no mesmo ritmo, resultando em estoques elevados e em margens industriais comprimidas, sobretudo nos segmentos de UHT e muçarela", aponta o Cepea.
Derivados 🧀
Pesquisa do Cepea realizada com o apoio da OCB mostra que, em setembro, o leite UHT, queijo muçarela e o leite em pó registraram respectivas desvalorizações de 2,87%, 2,08% 1,66%, no atacado paulista.
Custos de produção na indústria
A combinação de custos fixos elevados e de baixa rentabilidade na indústria tem levado à redução dos preços pagos ao produtor, agravando as tensões nas negociações.
"Muitos produtores relatam dificuldades para cobrir o custo de produção. [...] Em setembro, o Custo Operacional Efetivo (COE) recuou 0,9% na Média Brasil. Contudo, essa redução é pequena diante da queda das cotações, resultando em estreitamento das margens dos pecuaristas", detalha.
O aumento dos preços dos grãos também deteriorou o poder de compra do produtor: em setembro, foram necessários 26,5 litros de leite para adquirir um saco de 60 kg de milho, alta de 5,4% frente a agosto.
Embora levemente abaixo da média dos últimos 12 meses (27,5 litros), a tendência indica perda de rentabilidade e cautela crescente nos investimentos.
Levantamento da USP aponta aumento de 18% no valor do leite em 2025
Queda em maio
Após quatro altas seguidas nos preços no início de 2025, o Custo Operacional Efetivo (COE) caiu 0,72% em maio na “média Brasil”.
A maior disputa entre indústrias de laticínios pela aquisição de leite cru impulsionou os valores pagos pela matéria-prima no primeiro bimestre de 2025.
Produção de leite em propriedade no RS
Reprodução/RBS TV
O preço do leite ao produtor caiu quase 4% em maio deste ano, na comparação com abril de 2025, quando os valores já demonstravam movimento de queda. O principal motivo para o recuo, segundo o Cepea, foi a desvalorização de insumos voltados à nutrição do rebanho.
📈Na média entre os maiores centros produtores nacionais, o preço do litro de leite captado fechou a R$ 2,6431o litro, com quedas de 3,9% frente ao de abril/25 e de 7,4% em relação ao de maio/24 nos estados de Minas Gerais, Bahia, Goiás, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, que integram a Média Brasil.
"Esse cenário favorece investimentos na atividade, assegurando oferta mais consistente. Apesar de atípica para o período, a baixa nos valores pagos ao produtor era esperada pelos agentes do setor e ocorre em função do aumento da oferta e do enfraquecimento na demanda por lácteos na ponta final da cadeia", explica os pesquisadores do Cepea.
Altas nos preços no início do ano
O preço do leite ao produtor iniciou 2025 com altas nos preços. O alimento subiu 3,3% na comparação em janeiro e fevereiro. A valorização do leite cru foi motivada pela maior competição das indústrias pela matéria-prima.
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30/10 -
Senado aprova MP com novas regras para o setor elétrico e teto para despesas com tarifa social
Mudança nas regras do setor elétrico pode beneficiar mais de 60 milhões de brasileiros, calcula o governo
O Senado Federal aprovou nesta quinta-feira (30) a medida provisória que altera regras do setor elétrico. O texto já foi aprovado pela Câmara dos Deputados e vai à sanção presidencial.
A MP precisava ser aprovada pelo Congresso Nacional até 7 de novembro para não perder validade.
A proposta prevê, entre outros pontos, um teto para os gastos da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) – mecanismo que financia políticas públicas, como tarifa social, Luz para Todos e subsídios às energias renováveis.
Além disso, a MP prevê a abertura gradual do mercado de energia, permitindo que todos os consumidores — inclusive residenciais — possam escolher o fornecedor de eletricidade. Hoje, essa opção está disponível apenas para grandes empresas.
Também há uma nova forma de calcular royalties do petróleo (veja mais abaixo).
Antes de o texto ser aprovado por Câmara e Senado, o senador Eduardo Braga (MDB-AM), relator do texto, disse que o governo e líderes parlamentares fecharam acordo para retirar do texto um dispositivo sobre contratações obrigatórias de energia das termoelétricas a gás — tema que será tratado na votação de um veto relacionado ao projeto das eólicas offshore.
“[Esse trecho] é uma matéria ainda pendente no Congresso Nacional”, afirmou Braga.
“Tivemos de retirar para garantir a votação, já que há posição contrária do governo”, completou.
Trabalhadores realizam obra para melhorar qualidade da energia elétrica em Alter do Chão, no Pará
Divulgação
O que muda?
Veja abaixo o que mudará com a MP em relação ao sistema que vigora atualmente:
CDE – Conta de Desenvolvimento Energético
Como é hoje:
A CDE financia políticas públicas, como tarifa social, Luz para Todos e subsídios às renováveis. Os valores são pagos pelos consumidores via tarifa.
Como fica:
Haverá um teto de gastos a partir de 2027, com base no orçamento real de 2025.
Se faltar dinheiro, será criado o Encargo de Complemento de Recursos (ECR) — pago apenas por quem se beneficia da CDE.
Quem fica isento?
Famílias de baixa renda;
Beneficiários do Luz para Todos e da CCC;
Custos administrativos da CDE, CCC e RGR;
Estados que não estavam conectados ao SIN até 2009.
Royalties do petróleo
O texto também muda a forma de calcular royalties e participações governamentais pagos pelas empresas que exploram petróleo no país. (leia mais aqui)
Como é hoje:
O preço de referência é calculado por uma resolução da ANP, aprovada em julho, que usa uma fórmula técnica combinando diferentes tipos de óleo combustível com teores específicos de enxofre.
Como fica:
A MP prevê que o valor seja definido com base em cotações internacionais, o que pode aumentar a arrecadação do governo sobre a produção de petróleo no país. O tema dividiu entidades do setor.
Plataforma P-63 da Petrobras
Divulgação/Petrobras
Abertura do mercado de energia
Como é hoje:
Só grandes consumidores podem escolher livremente seu fornecedor de energia.
Como fica:
Todos os consumidores poderão escolher, em fases:
Indústrias e comércio: até 24 meses;
Consumidores residenciais: até 36 meses;
Será criado o Supridor de Última Instância (SUI), para garantir fornecimento emergencial em caso de falhas.
Armazenamento de energia
Como é hoje:
Regra ainda incipiente e sem incentivos amplos.
Como fica:
Armazenamento entra no planejamento oficial do sistema elétrico;
Incentivos fiscais (PIS/Cofins/IPI) para baterias até 2026;
Equipamentos poderão entrar no REIDI, com benefícios tributários.
Micro e minigeração (energia solar residencial)
Como é hoje:
Proposta inicial previa cobrança de R$ 20 a cada 100 kWh compensados.
Como fica:
A cobrança foi excluída pela Câmara (233 x 148).
Ou seja, não haverá tarifa extra para quem instala painéis solares em casa no modelo de autoconsumo local.
Comercialização de gás
👉🏽 A MP autoriza a Pré-Sal Petróleo (PPSA) – empresa pública que representa a União na gestão dos contratos de partilha de produção – a comercializar diretamente o gás natural da União, para reduzir tarifas e estimular a indústria.
Corte de geração
Uma alteração também determinou que os geradores de usinas eólicas e solares deverão ser ressarcidos quando houver redução da produção de energia elétrica causados por fatores externos.
👉🏽 Segundo o texto, os geradores serão ressarcidos por meio de encargos de serviços do sistema.
"Os montantes de corte de geração devem ser somados à geração verificada para fins de cálculo e revisão de garantia física e no cálculo do consumo líquido para o autoprodutor", diz o texto.
Caso o texto seja aprovado pelo Congresso, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) terá até 60 dias para apurar os valores dos cortes de geração a partir de 1º de setembro de 2023 até a data de publicação da lei.
Também deverá encaminhar os resultados à Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), que deverá calcular os ressarcimentos e processar as devidas compensações, em um prazo de 90 dias, contado da data de publicação desta lei, para os eventos que ainda não tenham sido objeto de compensação.
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30/10 -
Aplicativo do Santander fica fora do ar e clientes reclamam nas redes sociais
Fachada de agência do Santander
Divulgação
O aplicativo do Santander apresenta instabilidade nesta quinta-feira (30) e gerou uma onda de reclamações de clientes nas redes sociais. Os principais relatos indicavam que os usuários não conseguiam fazer login no app, nem completar transações com o PIX.
O site Downdetector, que acusa problemas em canais digitais, apontava pelo menos 390 reclamações feitas até às 12h18.
Procurado, o Santander afirmou que registrou uma "instabilidade parcial e momentânea" do seu aplicativo na manhã desta quinta-feira.
"A questão foi solucionada e o aplicativo opera normalmente para os clientes", disse o banco em nota.
Aplicativo do Santander apresentava instabilidade nesta quinta-feira (30).
Reprodução/Arquivo pessoal
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Nas redes sociais, vários clientes do banco reclamavam do aplicativo. Em resposta às marcações no X, o Santander pedia desculpas pelo ocorrido. "Identificamos uma instabilidade que já está sendo regularizada pelo nosso time", disse o banco. Veja abaixo:
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Veja as reclamações dos clientes nas redes sociais:
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30/10 -
‘O Brasil não está pagando, eu estou’: importadores de café dos EUA sofrem após 85 dias de tarifaço
Consumidora olha pacotes de café em supermercado em Union City, Nova Jérsei, nos EUA, em outubro de 2025
REUTERS/Marcelo Teixeira
As importadoras norte-americanas de café brasileiro reviram seus estoques enquanto torcem por um eventual acordo entre Estados Unidos e Brasil, quase três meses após o tarifaço de 50% começar a valer.
O café brasileiro responde tradicionalmente por um terço dos grãos no mercado dos EUA, o maior consumidor da bebida no mundo.
Desde que a tarifa entrou em vigor, em 6 de agosto, importadores enfrentam custos mais altos e buscam alternativas para o café brasileiro.
A medida causa estragos em toda a cadeia do café nos EUA: há cargas do grão brasileiro paradas, contratos cancelados e preços até 40% mais altos para o consumidor, segundo a agência Reuters.
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Steven Walter Thomas, dono da importadora norte-americana Lucatelli Coffee, lamentou a tarifa e disse que ela é política, não comercial.
"Não se trata de reciprocidade ou comércio, é punitiva, política e pessoal. É entre Trump e Lula", disse Thomas à Reuters. "O Brasil não está pagando, eu estou. Eu e meus clientes."
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Redirecionamento para outros países
Quando Trump impôs a tarifa de 50% sobre o Brasil, ele citou motivações comerciais e também políticas, acusando o Supremo Tribunal Federal de perseguir o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Semanas depois, Bolsonaro foi condenado a 27 anos de prisão pelo STF por sua participação em uma tentativa de golpe de Estado, enquanto Trump e Lula começaram a dialogar.
Os dois presidentes se reuniram no último domingo (26). Lula se disse estar otimista pelo fim das tarifas; Trump afirmou que o encontro foi “muito bom”, mas não garantiu necessariamente um acordo.
Enquanto isso, os estoques de café nos EUA devem chegar ao limite em dezembro, o que pressiona torrefadores e redes de cafeterias a encontrar alternativas viáveis.
Para evitar a tarifa, empresas como a Lucatelli Coffee estão redirecionando o café brasileiro para outros países.
A Lucatelli importou US$ 720 mil em café brasileiro já sob a nova taxa. O carregamento foi armazenado em um depósito alfandegado na Flórida, onde ele pode ser armazenado temporariamente sem a cobrança do imposto.
Mas se a Lucatelli decidir vendê-lo nos EUA, a empresa terá que pagar a tarifa de 50%.
Thomas, que fornece para redes como a Brooklyn Water Bagel Company, da Flórida, disse à Reuters que está enviando parte do café brasileiro ao Canadá. A medida aumenta os custos com transporte, mas evita a tarifa de 50%.
"É um dilema: esperar e torcer por um acordo comercial ou tomar um banho de sangue na logística para redirecionar o café", resume.
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Alternativas caras
Algumas torrefadoras dos EUA cancelaram pedidos de café do Brasil, segundo a Reuters. O cancelamento teria custado entre US$ 20 e US$ 25 por saca de 60 quilos, que hoje vale cerca de US$ 515, sem considerar as tarifas.
Assim, aos torrefadoras evitaram a tarifa de 50% sobre contêineres de cerca de US$ 250 mil, mas ficaram sem café para vender.
"Temos estoques, mas eles estão se esgotando rapidamente", disse Michael Kapos, da torrefadora Downeast Coffee Roasters, que fornece o produto para redes e mercados na Costa Leste dos EUA.
A empresa conseguiu cancelar parte dos pedidos, mas não todos.
Pelos contratos, o comprador arca com novas tarifas impostas após o fechamento do negócio. O cancelamento só ocorre se as duas partes concordarem, o que é difícil nos casos em que o café já foi embarcado.
Kapos disse que a empresa testa cafés de outros países para substituir os grãos brasileiros, mas o custo é maior.
Os preços de cafés da Colômbia, México e América Central subiram até 10% desde o anúncio da tarifa, em 9 de julho. Já o café brasileiro caiu cerca de 5%.
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30/10 -
Acordo entre Trump e Xi Jinping: como a trégua entre EUA e China pode afetar o Brasil e o mundo
Donald Trump e Xi Jinping firmam compromissos para reduzir tensão comercial entre EUA e China
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente da China, Xi Jinping, selaram nesta um acordo que reduz a tensão comercial entre os dois países nesta quinta-feira (30).
Enquanto os EUA vão diminuir as tarifas médias sobre produtos chineses para 47% — cerca de 10 pontos percentuais abaixo do valor anterior — a China aceitou suspender por um ano as restrições à exportação de terras raras, retomar a compra de soja americana e reforçar o combate ao tráfico de fentanil.
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O entendimento, fechado em uma reunião na Coreia do Sul, encerra a rodada de negociações sobre as sobretaxas aplicadas em abril e ajuda a reduzir o clima de tensão entre as duas potências.
Para especialistas, a trégua entre EUA e China traz um alívio temporário para as cadeias globais de suprimentos e para o comércio internacional. O g1 explica a seguir como o acordo pode afetar a economia mundial, e quais os impactos diretos para o Brasil.
Cadeias de produção e tecnologia
Um dos pontos centrais do acordo são as terras raras, elementos essenciais para tecnologia, carros, aviões e defesa, que estavam no centro da disputa entre EUA e China.
🪨 O que são? São 17 metais, como praseodímio, disprósio e neodímio. Apesar do nome, não são raros nem terras, mas sua extração e refino são complexos. China é líder, e o Brasil ocupa a segunda posição no ranking.
A maior parte das reservas e do processamento desses elementos está na China — o que dá ao país uma vantagem estratégica.
Como forma de retaliação às tarifas impostas por Trump, a China restringiu recentemente as exportações desses minerais, o que prejudicou empresas do mundo todo e expôs o quanto os norte-americanos dependem desses elementos.
Agora, com o anúncio de trégua nas tarifas, as indústrias fora do país asiático que dependem da extração desses minerais ganham mais previsibilidade no acesso aos insumos.
“As terras raras são agora o instrumento mais eficaz que a China pode acionar”, afirmou Zongyuan Zoe Liu, pesquisadora sênior do Council on Foreign Relations, à ABC News. “O restante do mundo não possui capacidade produtiva disponível ou acessível a preços viáveis.”
“Eles entendem que esse não é um poder que poderão usar para sempre. Por isso, querem aproveitá-lo enquanto ainda causa impacto”, completou Liu.
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Chips de inteligência artificial
Apesar de a exportação de chips da gigante Nvidia não ter sido discutida na reunião, essa também é uma área sensível para os dois países.
Isso porque 25% das vendas da empresa americana, líder mundial em tecnologia usada em sistemas como o ChatGPT, dependem do mercado chinês.
“Há uma interdependência muito clara: os chineses precisam desses chips, e as empresas americanas não querem perder o mercado. Isso força os dois lados a negociar”, afirma José Roselino, professor da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).
Felipe Tavares, economista-chefe da BGC Liquidez, explica que a escassez global de chips já tem causado impactos concretos. “A Honda, no México, precisou interromper a produção de carros, e no Brasil o setor automotivo teme ter de fazer o mesmo. Com o acordo entre China e EUA, essas restrições internacionais tendem a diminuir — ou pelo menos a aliviar”, afirma.
A leitura dos especialistas é que se o acordo não tivesse sido firmado, a disputa poderia ter provocado paralisações em diversos setores — como fábricas da indústria que são dependentes de insumos dos dois países —, pressionado os preços de commodities como soja, milho, petróleo e minerais, e até desacelerado o crescimento global, já que EUA e China são pilares do comércio e do investimento internacional.
O economista-chefe da BGC Liquidez vê o acordo como uma sinalização de maior entendimento entre Trump e Xi, oferecendo conforto e redução das incertezas aos mercados globais.
“Isso deve aliviar alguns fluxos de comércio que estão obstruídos, como chips, e melhorar a volatilidade dos mercados”, afirma.
Impactos para o Brasil
Para o Brasil, o acordo pode afetar setores como agricultura e mineração. A retomada das compras de soja americana pode reduzir a demanda pelo grão brasileiro, pressionando preços e volumes.
Segundo a Reuters, antes do encontro entre Trump e Xi, a China já havia comprado carregamentos da safra 2025 dos EUA. Hoje, o secretário do Tesouro dos EUA, Scot Bressent, afirmou que o país asiático comprará no mínimo 25 milhões de toneladas métricas de soja por ano nos próximos três anos, o suficiente para encher cerca de 833 mil caminhões ou 350 navios graneleiros.
🔎 Atualmente, a China é o maior comprador de soja do mundo, e o Brasil é seu principal fornecedor. No primeiro semestre de 2025, os portos do sul do país — Santos, Paranaguá, Rio Grande e São Francisco do Sul — responderam por quase 66% das exportações para a China.
Dados da Administração Geral da Alfândega da China (GACC) mostram que, em setembro, enquanto a China não importou soja dos EUA, os embarques brasileiros aumentaram 29,9% em relação ao ano anterior, chegando a 10,96 milhões de toneladas, ou 85,2% do total importado pelo país asiático.
Segundo o professor Roselino, os produtores de soja dos EUA fazem parte da base política do Trump, e estavam sendo prejudicados com a suspensão das importações de soja pelos chineses.
Por isso, resolver essa questão era importante para equilibrar a política interna americana. “O interesse dos produtores americanos pesou muito nessa negociação, e acabou abrindo oportunidades para o Brasil ganhar espaço no mercado de soja”, explica o professor da UFSCar.
Para Murillo Oliveira, especialista em investimentos e comércio exterior da Saygo Comex, a volta das compras chinesas de soja americana pode reduzir, ainda que de forma marginal, as exportações brasileiras do grão, que tem peso fundamental na balança comercial do país.
"Mesmo assim, o Brasil deve manter relevância como fornecedor e aproveitar a oportunidade de diversificar suas relações comerciais, fortalecendo laços com os EUA no campo dos minerais estratégicos", afirma.
Terras raras
O acordo entre as duas potências mundiais também deixou claro a valorização das terras raras. Atualmente, o Brasil tem a segunda maior reserva mundial desses minerais, mas ainda não dispõe de tecnologia em larga escala para processá-las.
Na prática, os minerais extraídos são exportados como matéria-prima bruta, sem que o país se beneficie da produção de produtos derivados. Por exemplo, o material retirado em Serra Verde, em Goiás, segue para o exterior.
Em entrevista ao g1 neste mês, Jonathan Colombo, engenheiro e professor do MBA em ESG de Mudanças Climáticas e Transição Energética da FGV, explica que, embora o Brasil tenha acesso a esses recursos, isso não significa que o país consiga aproveitá-los da melhor forma.
Relação Brasil-EUA
No último domingo (26), os presidentes Donald Trump e Luiz Inácio Lula da Silva se reuniram para avançar nas negociações sobre tarifas dos EUA impostas às exportações brasileiras. Foi o primeiro encontro oficial entre os líderes, que antes haviam se falado apenas por telefone ou brevemente na ONU.
Após a reunião, Lula disse a jornalistas que o encontro foi “surpreendentemente bom” e garantiu: “Se depender do Trump e de mim, vai ter acordo”. O Brasil deve solicitar a suspensão das tarifas impostas pelos EUA durante o período de negociação, mas ainda não há previsão de quando isso ocorrerá.
“Esperamos em pouco tempo, em algumas semanas, concluir uma negociação bilateral que trate de cada um dos setores da atual tributação americana ao Brasil”, afirmou à época do encontro o chanceler brasileiro, Mauro Vieira, destacando que Lula está disposto a discutir “todos os setores e áreas de comércio bilateral, e também a questão de minerais críticos e terras raras”.
Trump, por sua vez, elogiou Lula e a reunião que tiveram, mas reforçou que a boa relação com o presidente brasileiro não garantiria um acordo ou a redução de tarifas.
Com a trégua entre as duas maiores economia do mundo e menos barreiras imprevisíveis entre China e EUA, o comércio global tende a se normalizar, beneficiando o Brasil como exportador.
No entanto, se os EUA se tornarem preferenciais para produtos agrícolas ou industriais, o país pode enfrentar maior concorrência ou perder fluxos comerciais que antes eram favoráveis.
Donald Trump em encontro com Xi Jinping
REUTERS/Evelyn Hockstein
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30/10 -
Com meta de zerar rombo, governo tem déficit de R$ 100 bilhões em suas contas até setembro
As contas do governo registraram um déficit primário de R$ 100,4 bilhões na parcial deste ano, até o mês de setembro, informou Tesouro Nacional nesta quinta-feira (30).
🔎 O déficit primário ocorre quando as receitas com tributos e impostos ficam abaixo as despesas do governo. Se as receitas excedem as despesas, o resultado é um superávit primário. Esses valores não englobam os juros da dívida pública.
O resultado representa uma melhora em comparação com o mesmo período do ano passado, quando foi registrado um resultado negativo de R$ 108,7 bilhões (corrigido pela inflação).
Esse foi o pior resultado, para este período, desde 2022, quando foi registrado um superávit de R$ 37,7 bilhões nas contas do governo.
Economistas alertam que excesso de gastos fora da meta compromete credibilidade das contas públicas
📈 Nos nove primeiros meses deste ano, houve um aumento real de 3,5% na receita líquida, após as transferências constitucionais a estados e municípios, totalizando R$ 1,68 trilhão.
📈 Ao mesmo tempo, as despesas totais do governo somaram R$ 1,78 trilhão de janeiro a setembro deste ano, com uma alta real de 2,8% no período.
Meta fiscal
O resultado até setembro deste ano está distante da meta fiscal deste ano, que é de zerar o déficit nas contas do governo.
➡️Pelas regras do arcabouço fiscal, entretanto, o governo pode ter um déficit de até 0,25% do PIB sem que o objetivo seja formalmente descumprido, o equivalente a cerca de R$ 31 bilhões. Essa é uma banda existente em relação ao objetivo central.
➡️Para fins de cumprimento da meta fiscal, também poderão ser excluídos outros R$ 43,3 bilhões em precatórios, ou seja, decisões judiciais.
➡️Na prática, portanto, o governo poderá registrar um resultado negativo de até R$ 74,3 bilhões sem que a meta seja formalmente descumprida. O Tesouro Nacional estima, para este ano, um resultado negativo de R$ 73,5 bilhões em 2025 (no limite do autorizado).
➡️A autorização para realização de gastos fora da meta fiscal, por conta de exceções, é uma crítica constante de analistas ao regramento adotado para as contas públicas. A percepção é que isso dificulta o equilíbrio fiscal.
Questionado sobre a decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) de que o governo deve buscar o centro da meta nos próximos anos, sem usar o intervalo de tolerância, o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, disse que o momento é de colocar os argumentos do governo.
Caso a decisão do TCU valesse para 2025, disse ele, não seria factível buscar o centro da meta, dado o adiantado do ano. "Poderia implicar em um contingenciamento [bloqueio de gastos] de R$ 20 bilhões a 30 bilhões. Não poderia fazê-lo sem criar um colapso da máquina publica [restando poucos meses para o fim do ano]', afirmou o secretário do Tesouro, Rogério Ceron.
Mês de setembro
Somente em setembro deste ano, as contas do governo registraram um déficit primário de R$ 14,5 bilhões, de acordo com os dados oficiais.
O resultado representa uma piora em comparação com setembro do ano passado, quando foi registrado um déficit de R$ 5,43 bilhões (corrigido pela inflação).
Esse foi o pior resultado, para meses de setembro, desde 2020, quando, por conta de despesas extraordinárias da Covid-19, o rombo fiscal somou R$ 104 bilhões.
📈 Os números mostram que a receita líquida (após transferências aos estados e municípios) subiu 0,6% em termos reais em setembro, atingindo R$ 172,3 bilhões - impulsionada pela arrecadação recorde no período (que contou com a alta do IOF).
📈 Ao mesmo tempo, também foi registrado aumento de gastos no mês passado, na comparação com o mesmo período de 2024. As despesas totais somaram R$ 186,8 bilhões em setembro, com uma alta real de 5,7%.
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30/10 -
Ibovespa tem 4º recorde seguido, com foco em acordo entre EUA e China e balanços corporativos; dólar sobe
Trump e Xi Jinping se encontram na Coreia do Sul
O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, registrou o 4º dia consecutivo de recordes nesta quinta-feira (30), aos 148 mil pontos. Mais cedo, chegou a renovar sua máxima intradia, atingindo 149.234 pontos, por volta das 12h. Já o dólar fechou em alta de 0,42%, cotado a R$ 5,3804.
Os desdobramentos da política monetária norte-americana e os movimentos diplomáticos entre EUA e China estão no centro das atenções dos investidores. Além disso, dados econômicos locais e a divulgação de resultados corporativos no Brasil e no exterior também influenciaram no rumo da bolsa brasileira ao longo do dia.
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▶️ Após reunião com Xi Jinping, Donald Trump anunciou um acordo para reduzir tarifas sobre produtos chineses. Em troca, Pequim se comprometeu a comprar soja americana e liberar temporariamente a exportação de minerais estratégicos. Apesar disso, o mercado reagiu com cautela.
▶️ Nos Estados Unidos, investidores acompanharam os discursos de membros do Federal Reserve (Fed, o banco central do país), após o corte de 0,25 ponto percentual nos juros na véspera.
▶️ No Brasil, dados do Caged mostraram que o país gerou 213 mil empregos formais em setembro deste ano. O número representa uma queda de 15,5% em relação ao mesmo período do ano passado e foi o pior resultado para setembro desde 2023.
▶️ Por fim, a temporada de balanços segue movimentando o Ibovespa. O índice caminha para uma nova máxima histórica nesta quinta-feira, que marcando o 19º recorde do índice em 2025. O destaque do dia é o resultado da Vale, que será divulgado após o fechamento do mercado e pode influenciar o desempenho da bolsa na sexta-feira (31).
Veja a seguir como esses fatores influenciam o mercado.
Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair
💲Dólar
a
Acumulado da semana: -0,22%;
Acumulado do mês: +1,09%;
Acumulado do ano: -12,93%.
📈Ibovespa
Acumulado da semana: +1,78%;
Acumulado do mês: +1,74%;
Acumulado do ano: +23,69%.
Trump e Xi Jinping firmam acordo
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quinta-feira (30) que chegou a um acordo com o líder chinês, Xi Jinping, para reduzir as tarifas aplicadas a produtos chineses. Segundo Trump, as taxas sobre produtos chineses caíram de 57% para 47%.
Já os tributos impostos sobre produtos relacionados ao fentanil passaram de 20% para 10%.
Em troca, Pequim deve:
retomar a compra de soja americana;
manter o fluxo de exportação de terras raras;
e combater o comércio ilícito de fentanil.
Trump também disse que o país asiático vai comprar "quantidades enormes" de soja e outros produtos agrícolas.
Trump afirmou que Xi prometeu uma "ação firme" sobre a exportação das substâncias usadas para produzir fentanil. A China pediu a redução de tarifas sob o argumento de que já havia intensificado a fiscalização no país.
“Eu achei que foi uma reunião incrível”, disse Trump a repórteres a bordo do Air Force One, logo após deixar Busan.
O Ministério do Comércio da China confirmou que o país e os EUA concordaram em estender sua trégua comercial temporária por mais um ano, como parte de um acordo que eles alcançaram depois que as principais autoridades econômicas se reuniram na Malásia na semana passada.
Os dois líderes se reuniram em uma base aérea na cidade de Busan, na Coreia do Sul, para discutir uma possível trégua na guerra comercial. A reunião, primeira entre Trump e Xi desde o retorno do republicano à presidência dos EUA em janeiro, durou quase duas horas.
EUA em paralisação pelo 30º dia
A paralisação do governo dos EUA chega ao seu 30º dia nesta quinta-feira (30), sem previsão de encerramento. No Capitólio, o Senado se reúne, mas ainda não há votação marcada para reabrir o governo.
Enquanto isso, os impactos da falta de financiamento se intensificam, atingindo programas essenciais e milhões de cidadãos. Um dos pontos mais críticos é o risco de interrupção do programa de assistência alimentar (SNAP), que beneficia mais de 40 milhões de americanos e pode ficar sem recursos já neste sábado (1º).
A pressão sobre os parlamentares aumenta, e há sinais de que as negociações entre os partidos começam a ganhar força, ainda que lentamente. Líderes como o senador John Thune indicam que há mais diálogo entre democratas e republicanos nos bastidores.
Junto a isso, a volta de Trump de sua viagem à Ásia também pode influenciar os rumos das conversas.
Enquanto isso, milhares de servidores públicos continuam afastados ou trabalhando sem remuneração. A crise já afeta serviços essenciais: na quarta-feira, a Administração Federal de Aviação (FAA) ordenou a suspensão temporária de voos em aeroportos importantes por falta de pessoal.
Agenda econômica
Entre os indicadores, o Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) recuou 0,36% em outubro, após ter avançado 0,42% em setembro — uma queda mais acentuada do que o previsto, segundo dados divulgados pela Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quinta-feira.
A expectativa dos analistas ouvidos pela Reuters apontava para uma queda de 0,22% no período. Com o resultado de outubro, o IGP-M acumula alta de 0,92% em 12 meses.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), responsável por 60% da composição do IGP-M e que mede a variação dos preços no atacado, recuou 0,59% em outubro, após ter registrado alta de 0,49% em setembro.
“Em outubro, os preços ao produtor foram influenciados pela queda de importantes matérias-primas agropecuárias, como leite in natura, café em grão, soja e bovinos”, explicou Matheus Dias, economista do FGV IBRE.
No âmbito do IPA, as matérias-primas brutas apresentaram deflação de 1,41% em outubro, revertendo a alta de 1,47% observada em setembro.
Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que representa 30% do IGP-M, desacelerou para uma alta de 0,16% em outubro, ante 0,25% no mês anterior.
Em outubro, a tarifa de eletricidade residencial caiu 1,78%, após ter registrado alta de 4,76% no mês anterior, conforme os dados do IGP-M.
Por fim, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) avançou 0,21% no período, repetindo a variação registrada no mês anterior.
Na agenda, investidores também repercutem uma série de resultados corporativos divulgados na véspera e aguardam novos balanços para esta quinta-feira.
Bolsas globais
Em Wall Street, os mercados americanos fecharam o dia em queda, refletindo a reação dos investidores ao anúncio de Donald Trump sobre a redução de tarifas aplicadas à China, após reunião com o presidente Xi Jinping.
Segundo dados preliminares, o S&P 500 caiu 0,99%, aos 6.822,16 pontos, enquanto o Nasdaq Composite recuou 1,57%, aos 23.581,14 pontos. O Dow Jones Industrial Average recuou 0,24%, aos 47.518,62 pontos.
As ações da Alphabet, controladora do Google, dispararam mais de 8% após a companhia registrar receita acima de US$ 100 bilhões e lucro próximo de US$ 35 bilhões, superando com folga as projeções dos analistas.
Já a Meta, dona do Facebook, viu seus papéis despencarem mais de 9%, mesmo com resultados sólidos, após alertar sobre um aumento significativo nas despesas previstas para 2026.
A Microsoft também apresentou números positivos, mas suas ações recuaram 2% diante da surpresa com os altos investimentos em infraestrutura de computação em nuvem e inteligência artificial.
Perto da abertura, os índices futuros operavam em baixa: o S&P 500 recuava 0,2%, o Dow Jones caía 0,4% e o Nasdaq também registrava queda de 0,2%.
Na Europa, as bolsas fecharam majoritariamente em queda com os investidores atentos à divulgação de resultados financeiros de grandes empresas e à decisão de juros do Banco Central Europeu. Dados de crescimento econômico também ficaram no radar, aumentando a sensibilidade do mercado.
O índice STOXX 600 caiu 0,1%, enquanto o DAX, na Alemanha, caiu 0,02%. O CAC 40, em Paris, registrou queda de 0,53%, e o FTSE MIB, em Milão, recuou 0,09%. A única exceção foi Londres, onde o FTSE 100 avançou 0,04%.
Na Ásia, os mercados fecharam com desempenho misto. As bolsas chinesas caíram após a reunião entre Trump e Xi Jinping, que resultou em uma trégua comercial já esperada pelos investidores.
Apesar dos sinais de alívio nas tensões, o mercado se manteve cauteloso, com receio de que o acordo não traga mudanças significativas.
No fechamento, o índice de Xangai caiu 0,73%, e o CSI300 recuou 0,80%. Em Hong Kong, o Hang Seng perdeu 0,24%. Já em Tóquio, o Nikkei subiu 0,03%, o Kospi, em Seul, avançou 0,14%, e o Taiex, em Taiwan, teve leve queda de 0,03%. Em Cingapura, o Straits Times caiu 0,16%.
*Com informações da agência de notícias Reuters.
Dólar atinge a segunda maior cotação da história: R$ 5,86
Reprodução/TV Globo
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30/10 -
Brasil com menos álcool: entenda o que está por trás da mudança e como o mercado reage
Queda no consumo de bebidas alcoólicas vira oportunidade para bares e indústrias
Aos 23 anos, Gabrielle Ribeiro decidiu parar de consumir bebidas alcoólicas. Reuniu todas as garrafas que tinha em casa e as colocou dentro de um saco de lixo.
A influenciadora digital trocou as festas por noites de sono, os dias de ressaca por trilhas matinais e os copos de drinks por suplementos. Perdeu 16 quilos, passou a economizar até R$ 300 por semana e, de quebra, conquistou milhares de seguidores ao compartilhar a sua história nas redes sociais.
"Parar de beber foi a melhor coisa que eu fiz por mim. É mais interessante acordar no domingo e postar foto de uma medalha de corrida do que ficar com aquela ressaca moral", brinca.
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Gabrielle não está sozinha. Cerca de 53% dos brasileiros que consomem álcool reduziram a ingestão no último ano, segundo o Datafolha. A pesquisa ouviu 1.912 pessoas.
Entre os jovens da geração Z, de 16 a 30 anos, apenas 45% afirmam beber — bem menos que nas gerações anteriores, aponta uma pesquisa da MindMiners feita com 3 mil pessoas. Já entre os Millenials (que hoje têm entre 31 e 41 anos) 57% mantêm o hábito. Na geração X (entre 42 e 61 anos), o número sobe para 67%, e entre os Boomers (entre 62 e 78 anos), chega a 65%.
O bem-estar, a estabilidade emocional e o controle financeiro estão entre as razões que têm levado muita gente a repensar sua relação com o álcool.
Nem todos, porém, passaram por uma ruptura como a de Gabrielle. Há quem nunca tenha se identificado com o sabor ou com a ideia de beber. É o caso de Rayane Moreira, que cresceu vendo o álcool causar conflitos em casa.
"Como é que eu vou beber para espairecer e trago problemas para dentro de casa?", questionava ainda na adolescência. Mesmo depois de deixar uma religião que proibia o consumo, ela manteve a decisão.
Em encontros sociais, prefere sucos, refrigerantes ou água. E quando decide beber, opta por drinks zero álcool — os chamados mocktails — ou vinhos.
Histórias como as de Rayane e Gabrielle mostram um comportamento que tem sido mais frequente em gerações mais novas — e que tem mexido no mercado.
O consumo de cervejas sem álcool no Brasil cresceu mais de 200% entre 2020 e 2023, passando de 197,8 milhões para 649,9 milhões de litros, segundo a Euromonitor. A expectativa é que o volume se aproxime de 1 bilhão de litros em 2025.
O país já é o segundo maior mercado mundial de cerveja zero, apontam os dados da World Brewing Alliance (WBA), associação comercial internacional da indústria cervejeira.
O cenário revela um público mais aberto à moderação e à experimentação. Mesmo quem continua bebendo, faz isso com mais critério. Essa busca por qualidade impulsiona rótulos premium.
Maurício Porto, proprietário do bar Caledonia, já sente os impactos. Especialista em uísques e coquetelaria, ele conta que a procura por mocktails cresceu tanto que o estoque chega a acabar em alguns dias.
A carta da casa tem cinco coquetéis sem álcool, preparados com técnicas de infusão de especiarias e clarificação — técnica para tornar o líquido mais claro e límpido —, o mesmo cuidado dado às versões tradicionais.
"Hoje, eu vejo efetivamente que os coquetéis sem álcool saem (...) as pessoas tinham preconceito e passaram a perder. A qualidade dos coquetéis sem álcool melhorou muito".
A indústria também tem se ajustado. A Ambev, maior cervejaria do país, afirma que rótulos como Bud Zero, Corona Cero e Stella Pure Gold têm ganhado força, e a companhia projeta que o segmento de cervejas sem álcool cresça até cinco vezes mais rápido que o das tradicionais até 2028.
Na Diageo, gigante global de destilados premium, o foco é diversificar e sofisticar a experiência. A empresa aposta em marcas como Seedlip e Ritual Zero Proof e em versões 0.0 de clássicos como Guinness e Tanqueray.
"Não é sobre beber mais, mas sobre beber melhor", afirma Guilherme Martins, vice-presidente de Inovação e Marketing.
Essas transformações mostram que o setor está longe de enfrentar uma crise. Pelo contrário: o novo comportamento do consumidor abriu espaço para inovação, qualidade e novas experiências.
Ao longo desta reportagem, entenda por que o país está bebendo menos, como essa transição afeta o setor e de que forma a moderação e a "gourmetização" do consumo estão redesenhando o cenário das bebidas no Brasil.
Por que os jovens bebem menos?
Crise ou oportunidade?
O que dizem as empresas?
Há quase um ano, Gabrielle Ribeiro decidiu parar de consumir bebidas alcoólicas por conta da saúde
Gabrielle Ribeiro
Por que os jovens bebem menos?
A geração Z é a que menos consome álcool. Gabrielle e Rayane são exemplos dessa mudança no perfil de consumo.
O álcool perdeu o papel de símbolo social entre os mais novos, que preferem investir tempo e energia em experiências ligadas à saúde, bem-estar e estabilidade emocional.
Entre os que não bebem:
58% dizem simplesmente não ter interesse;
34% não gostam do sabor;
30% preferem evitar os efeitos físicos e emocionais da bebida;
19% citam a busca por qualidade de vida;
17% mencionam razões religiosas.
Rayane Moreira nunca se sentiu atraída pela bebida
Rayane Moreira
O levantamento da MindMiners também relaciona a queda de consumo a questões financeiras. Entre os motivos apontados pelos jovens para reduzir o consumo, aparecem frases como: "Estou gastando muito dinheiro" e "Menos gasto com bebidas".
Além disso, a geração Z tem menor renda disponível, o que influencia diretamente a frequência e o volume de consumo.
O diretor de estratégia da Ambev ressalta que "o jovem historicamente consome menos do que a média da população", o que está bastante relacionado a um fator econômico. "A renda disponível é menor", diz.
O preço também é uma barreira para outros tipos de bebidas — incluindo até mesmo a categoria de cerveja sem álcool. Ainda segundo o levantamento da MindMiners, por exemplo, a classe C é a que menos conhece e consume essa categoria, reforçando a perspectiva de que os valores também limitam o acesso para esse público
Crise ou oportunidade?
De maneira geral, a mudança no comportamento dos consumidores não necessariamente representa uma ameaça à indústria de bebidas, mas sim uma reconfiguração do mercado, impulsionada por consumidores mais exigentes, moderados e abertos à experimentação.
Dados da Nielsen, por exemplo, indicam que o segmento de cervejas sem álcool é o que mais cresce no país, com desempenho anual três vezes superior ao das cervejas tradicionais.
Mesmo entre quem ainda consome álcool, há sinais de mudança: 41% dos entrevistados disseram ter alterado a frequência de consumo no último ano, e 43% pretendem reduzir ainda mais, motivados principalmente por saúde e questões econômicas, segundo dados da MindMiners.
🍸 Outro indicativo importante da mudança no perfil de consumo é a prática que ficou conhecida como "zebra stripe" — que é quando o consumidor alterna entre bebidas com e sem álcool. A prática, segundo especialistas, tem ganhado força no mercado, especialmente entre os jovens.
"A pessoa vai intercalando e, no final da noite, tomou seis cervejas, mas só três tinham álcool (...) isso permite prolongar o tempo de consumo sem perder o controle, reforçando a ideia de equilíbrio, que não significa restrição total, mas moderação consciente", explica Gustavo Castro, da Ambev.
Além da moderação, o baixo consumo tem impulsionado a valorização da experiência e da qualidade.
Os consumidores estão dispostos a pagar mais por bebidas premium, que oferecem sabor, sofisticação e identidade.
"A busca por rótulos premium, como os uísques single malt (que cresceram 10% nos últimos três anos), mostra que o prazer está menos na embriaguez e mais na descoberta sensorial, se tornando até mesmo um hobby", afirma Maurício.
O bar Caledonia tem cinco drinks não alcoólicos em sua carta de bebidas
Maurício Porto
O que dizem as empresas?
Na outra ponta dessa transformação estão as empresas, que viram na moderação uma oportunidade de ouro.
A Ambev, maior cervejaria do país — com faturamento anual em torno de R$ 77 bilhões —, tem acompanhado de perto a virada de comportamento dos consumidores e ampliado o portfólio de produtos com teor alcoólico reduzido.
O diretor de estratégia e insights, Castro, diz que o segmento de cervejas sem álcool da companhia cresceu 15% em volume de vendas no segundo trimestre de 2025, em relação ao mesmo período do ano anterior, e deve crescer cinco vezes mais rápido que o das cervejas tradicionais até 2028.
Marcas como Bud Zero, Corona Cero, Stella Pure Gold e Brahma Zero têm ganhado protagonismo e hoje estão entre as mais estratégicas para o futuro da Ambev.
A Corona Cero, em especial, simboliza bem essa nova fase: lançada no Brasil em 2022, ela é a primeira cerveja do mundo com infusão de vitamina D e apenas 51 calorias, unindo o sabor clássico da marca à tendência de produtos associados ao bem-estar e à saúde.
“Antigamente, as pessoas tomavam cerveja zero por restrição; hoje elas escolhem tomar por opção”, afirma Castro.
A Diageo, gigante global de destilados premium, também reforçou seu movimento estratégico. Em setembro de 2024, a empresa comprou a marca de bebidas sem álcool Ritual Zero Proof, expandindo seu portfólio e consolidando sua liderança no mercado de destilados sem álcool nos Estados Unidos.
Por ora, o rótulo não está disponível no Brasil e há uma razão para isso: segundo a própria empresa, o consumidor brasileiro valoriza mais marcas já conhecidas e tende a experimentar versões 0.0 de bebidas familiares, em vez de marcas inéditas.
Exemplo disso é a Tanqueray 0.0%. A novidade mantém o perfil de sabor e os botânicos do gin tradicional, marca mais famosa da Diageo, mas sem álcool.
A empresa também investe em formação profissional, e mantém parcerias com bares que ditam tendências, ajudando a desenvolver novos cardápios e técnicas de coquetelaria.
Indústrias têm ampliado o portfólio de bebidas zero álcool para atender à nova demanda
Ambev e Diageo
O bar Caledonia também vê oportunidade nessa mudança de consumo. Originalmente dedicado à cultura do uísque, o bar se reinventou para acompanhar a crescente demanda por coquetéis sem álcool.
Maurício observa que a mudança não se dá por abstinência total, mas por uma escolha consciente de beber menos e melhor. Para ele, o maior desafio na criação de mocktails é simular a sensação do álcool — não necessariamente o sabor, mas a complexidade e a estrutura que ele confere à bebida.
Para isso, o bar investe em técnicas avançadas como clarificação, infusão de especiarias e uso de ingredientes sofisticados, como xaropes, soluções salinas e até salmoura de azeitona.
Hoje, o Caledonia oferece cinco opções de coquetéis sem álcool, que não se limitam a versões doces ou simplificadas.
“Não é porque ele é um drink não alcoólico que ele tem que ser um negócio doce de grudar o paladar. Paladar infantil e não alcoólico não são a mesma coisa”, pontua Maurício. A proposta é criar bebidas que sejam gostosas e complexas por si só, sem a pretensão de imitar os alcoólicos.
A evolução da carta de mocktails começou com o "Ginger Lemonade", inspirado no clássico Dark & Stormy, e ganhou força após um campeonato promovido pela Monin, fabricante de xaropes premium.
Em 2023, dois novos coquetéis foram incorporados, e em 2024, mais dois foram criados para ampliar a diversidade da oferta. O sucesso é evidente: há dias em que o estoque de mocktails se esgota, como aconteceu com o "Oliver Twist", que vendeu 50 unidades em um único dia.
Maurício vê essa transformação como parte de um movimento maior, em que o ato de beber se torna um hobby.
“Você não tá bebendo pra ficar doidão. Você tá bebendo pra entender um negócio, pra descobrir”, resume.
Empregadores têm até sexta para regularizar FGTS de trabalhadores domésticos; veja como fazer
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30/10 -
Regras que limitam antecipação do saque-aniversário do FGTS entram em vigor no sábado; entenda
Limitar antecipação do saque-aniversário corrige uma das maiores injustiças, diz Haddad
As novas regras que limitam a antecipação do saque-aniversário do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) entram em vigor a partir do próximo sábado (1º), informaram o Ministério do Trabalho e a Caixa Econômica Federal.
A instituição financeira explicou que, até lá, está realizando os ajustes necessários nos seus sistemas para implementar as restrições anunciadas pelo Conselho Curador do FGTS no começo deste mês.
"Até essa data [próximo sábado], permanece válida a sistemática atual", acrescentou a instituição financeira, em resposta ao g1.
O Ministério do Trabalho informou que, entre 2020 e 2025, as operações de antecipação do FGTS somaram R$ 236 bilhões.
Dos atuais 42 milhões de trabalhadores ativos do FGTS, 21,5 milhões (51%) aderiram ao saque-aniversário.
Desses, cerca de 70% realizaram operações de antecipação do saldo junto às instituições financeiras.
Conselho do FGTS estabelece limites novos para antecipação do saque-aniversário
O que é o saque-aniversário
🔎 Por meio do saque-aniversário, criada em 2019 na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro, o trabalhador pode sacar parte do saldo de sua conta do FGTS, uma vez por ano, no mês de seu aniversário. A adesão ao saque-aniversário é opcional.
🔎 Com o início do saque-aniversário, os bancos também passaram a ofertar uma linha de crédito para antecipar os valores que podem ser sacados anualmente pelos trabalhadores. Sobre esses valores, há cobrança de taxa de juros.
🔎 Até o próximo sábado, os trabalhadores podem antecipar várias parcelas por meio de empréstimos buscados em bancos, sem limite, assim como realizar várias operações ao mesmo tempo (simultâneas). Também não há limite para o valor do empréstimo.
O que foi alterado
📅 Com a nova regra, que vale a partir de sábado, a antecipação dos recursos do saque-aniversário ficará limitada a somente cinco parcelas nos primeiros doze meses, considerado de transição. Após esse prazo, a antecipação ficará limitada a três parcelas (o equivalente a três anos de saques).
💳 Outra mudança é que o trabalhador poderá fazer, somente uma vez por ano, a contratação de crédito para antecipar parcelas do saque-aniversário do FGTS. Pela regra atual, não há limite e era possível fazer várias operações anualmente, as chamadas "operações simultâneas".
🗓️ Além disso, os bancos terão "prazo mínimo" de 90 dias, contados a partir da data de opção pelo saque-aniversário, para autorizar a linha de crédito. Pelas regras atuais, não há um prazo mínimo. Segundo o governo, 26% da concessão do crédito acontece no mesmo dia em que o trabalhador adere ao saque-aniversário.
💵Com as alterações, também haverá um limite de R$ 500 de antecipação do saque aniversário por parcela sacada. Pelas regras anteriores, não havia limite de valor.
"Antes, o trabalhador podia antecipar o valor integral da conta. Agora, o limite mínimo é de R$ 100 e o máximo de R$ 500 por saque-aniversário. Dessa forma, o trabalhador poderá antecipar até cinco parcelas de R$ 500, totalizando R$ 2.500", explicou o Ministério do Trabalho.
➡️Novas regras para antecipação de crédito do saque-aniversário do FGTS: veja quem poderá aderir e outras respostas
Posição do governo
O Ministério do Trabalho do governo Lula já fez várias críticas ao saque-aniversário do FGTS. Uma delas é que os trabalhadores ficam desamparados ao aderir à antecipação se forem demitidos (pois os valores são dados em garantia).
Outra é que a modalidade reduz o valor de recursos disponível no FGTS, utilizado para o financiamento imobiliário e obras de infraestrutura no país.
No começo de outubro, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, afirmou que a antecipação do saque-aniversário se transformou em uma armadilha grande para os trabalhadores.
Ele afirmou que, ao aderir à modalidade, o trabalhador tem seus recursos bloqueados, ao ser demitido, se antecipar os recursos por meio das linhas de crédito com os bancos.
"Tem efeito colateral, que é o enfraquecimento do FGTS como fundo de investimento, seja na habitação, no saneamento ou na infraestrutura. E tem outro efeito colateral para o trabalhador, que é quando ele é demitido, tem sua conta defasada porque ele gastou de forma antecipada muitas vezes sem planejar", disse Marinho, na ocasião.
Já o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou que a limitação da antecipação do saque-aniversário deixou de lado uma das "maiores injustiças" contra o trabalhador brasileiro.
"A decisão do [ministro do Trabalho] Marinho deixou de lado uma das maiores injustiças contra o trabalhador. Imagina você permitir a um trabalhador antecipar até 30 anos de saque-aniversário. Imagina o valor da 30ª prestação anual trazida a valor presente [com desconto alto por conta dos juros cobrados]. Nunca vi nada tão escandaloso quanto isso", disse Haddad, também em outubro.
Críticas do mercado financeiro
Para Eduardo Lopes, presidente da Zetta, uma associação criada por empresas de tecnologia com objetivo de promover a competitividade, a antecipação do saque aniversário é mais abrangente, por englobar qualquer pessoa que tenha saldo no FGTS.
➡ No ano passado, mais de 130 milhões de pessoas que eram elegíveis ao saque-aniversário, contra cerca de 48 milhões de trabalhadores com carteira assinada (que podem buscar o consignado do CLT), estimou o presidente da Zetta.
"O saque-aniversário é uma linha de crédito que é acessada por muitas pessoas que estão negativadas. A gente fez a pesquisa no ano passado e, em torno de 70% das pessoas que acessavam essa linha, estavam negativadas. Ou seja, elas não tinham acesso a nenhuma ou outra linha de crédito, só tinham acesso à antecipação do saque aniversário, porque tinha essa garantia muito firme", avaliou Eduardo Lopes, da Zetta, neste mês.
Para ele, as restrições impostas pelo Conselho do FGTS aos empréstimos do saque-aniversário do FGTS terão "impacto bastante grande na oferta de crédito" para a população de baixa renda. Ele observou, também, que a linha difere muito do crédito consignado ao trabalhador do setor privado com garantia do FGTS, modalidade lançada no governo Lula.
"Dizer que as pessoas que agora não conseguirem na antecipação do FGTS vão para o crédito trabalhador [consignado CLT]... Não, com certeza. Só de olhar os números, são 80 milhões de pessoas que não vão ter acesso [ao consignado], elas não estão empregadas. Dizer que vai haver uma migração, não procede. São muito diferentes as linhas de crédito. É como comparar laranjas com bananas", concluiu Eduardo Lopes.
➡️Antecipação do saque-aniversário ou consignado CLT: veja diferenças entre as linhas de crédito
Em artigo, Bruno Barsanetti, doutor em economia pela Northwestern University, e Arthur Kuchenbecker é doutor em economia pela FGV EPGE, avaliam que o FGTS é um importante mecanismo de segurança contra o desemprego, mas impõe um custo de oportunidade significativo ao manter o patrimônio do trabalhador imobilizado em um ativo de baixo rendimento.
"A nova evidência empírica sugere que a implementação do saque-aniversário não simplesmente 'desbloqueou' o uso de uma poupança compulsória, mas promoveu uma gestão financeira mais eficiente para as famílias e permitiu modalidades mais sustentáveis de crédito. Ao invés de limitar o saque-aniversário, alternativas mais produtivas aos trabalhadores envolveriam o aprimoramento das formas de rentabilidade ou a flexibilização do trade-off [troca] com o saque-rescisão", avaliaram os analistas.
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30/10 -
Como um ex-lavador de pratos criou a Nvidia, 1ª empresa da história a atingir US$ 5 trilhões em valor
O lavador de pratos que criou a Nvidia, a empresa mais valiosa do mundo
Já ouviu falar em "Jensanity"? Este foi o nome dado para a comoção provocada pelo presidente da Nvidia, Jensen Huang, em uma feira de tecnologia em Taiwan, no fim de maio.
Huang, de 62 anos, é considerado um herói em seu país de nascimento. O ex-lavador de pratos se tornou um dos dez mais ricos do mundo depois de migrar para os Estados Unidos e criar a Nvidia, a empresa mais valiosa do mundo e a primeira da história a atingir US$ 5 trilhões em valor de mercado, feito atingido nesta quarta-feira (29)
Não foi a primeira vez que a Nvidia dominou o noticiário A fabricante de chips vem ganhando espaço por ser um dos maiores expoentes na inteligência artificial. E central na disputa entre EUA e China pela liderança nessa tecnologia.
O valor das ações da Nvidia multiplicou por 12 vezes nos últimos três anos. Nesse meio tempo, a empresa impulsionou o surgimento de sistemas avançados de IA, como ChatGPT, Claude e outros.
Nesta quarta-feira (29), a fortuna de Jensen era avaliada em US$ 178 bilhões, segundo a Forbes. Ele aparecia como a oitava pessoa mais rica do mundo.
Mas a fama da Nvidia começou anos atrás, no mundo dos games. Abaixo, veja curiosidades sobre a empresa mais valiosa do mundo.
Quem é Jensen Huang?
O que faz a Nvidia?
Por que a Nvidia está crescendo?
O que quer dizer Nvidia?
Jensen Huang, CEO da Nvidia, durante feira em Taiwan em junho de 2024
REUTERS/Ann Wang/File Photo
Quem é Jensen Huang?
O imigrante taiwanês Jen-Hsun Huang, que hoje é conhecido pelo nome Jensen Huang, fundou a Nvidia em 1993, junto com dois sócios. Atualmente, Huang é dono de cerca de 3% da companhia, que se entrou para a bolsa de valores de Nova York em 1999.
O imigrante ex-lavador de pratos que fundou a Nvidia
Ele passou parte da infância no próprio país e na Tailândia, até que seus pais decidiram enviá-lo com seu irmão para os EUA.
Os dois estudaram em um instituto que funcionava como um reformatório, e Jensen tinha que lavar os banheiros do local, conforme uma reportagem da BBC de 2024.
Aos 15 anos, Huang conseguiu um emprego em uma lanchonete, lavando pratos e servindo mesas. Segundo ele, esta foi uma "excelente" escolha trabalhista.
"Recomendo encarecidamente a todos que tenham seu primeiro emprego no setor de restaurantes, que ensina a ser humilde e trabalhar duro", disse o fundador da Nvidia.
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Criança segura cartaz dizendo 'Jensen, eu te amo', do lado de fora de um restaurante onde o fundador da Nvidia jantou, em Taiwan, em maio deste ano
Ann Wang/Reuters
Huang estudou engenharia elétrica na Universidade Estadual de Oregon e se formou engenheiro em 1984. Ali ele também conheceu a esposa, Lori.
Depois, fez mestrado em Stanford, na Califórnia, e trabalhou em empresas de tecnologia. Em 1993, fundou a Nvidia ao lado de Chris Malachowsky e Curtis Priem.
A ideia surgiu durante um papo deles em uma lanchonete da mesma rede em que Jensen trabalhava lavando pratos.
O que faz a Nvidia?
A Nvidia fabrica chips usados para treinar modelos de inteligência artificial, como o do ChatGPT, que exigem muita capacidade computacional. Entre os clientes da empresa, estão praticamente todas as gigantes da tecnologia, como Microsoft, Google, Amazon, Meta e Spotify.
Seus principais produtos neste setor são as unidades de processamento gráfico (GPU, na sigla em inglês) H100 e A100. A empresa também já lançou o Blackwell (B100), a geração mais avançada, com maior capacidade, desempenho e eficiência, projetada para superar a H100.
A fabricação de chips vai além da inteligência artificial: a Nvidia produz versões para computadores pessoais desses componentes, importantes especialmente para o funcionamento de games. Foi nesse setor, inclusive, que a empresa ficou mundialmente conhecida (saiba mais abaixo).
Principal produto da Nvidia, o H100, é de longe o chip mais demandado do setor e custa dezenas de milhares de dólares por unidade. Segundo a empresa especializada TrendForce, o ChatGPT requer cerca de 30 mil GPUs (chips) para funcionar.
"Os GPUs são mais difíceis de encontrar do que drogas", ironizou Elon Musk, em um evento organizado pelo "Wall Street Journal" em 2023.
A Nvidia concebe seus processadores, mas não os fabrica em um local próprio, assim como fazem a AMD ou a Apple. A maioria de seus produtos é fabricada pela Taiwan Semiconductor Manufacturing Company, ou TSMC, referência mundial nesse setor.
E a infraestrutura da IA não seria possível sem centenas de empresas taiwanesas, grandes e pequenas, que fornecem os componentes e o know-how de fabricação necessários para produção dos complexos sistemas de IA da Nvidia.
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Jensen Huang cercado por fãs na Computex, feira de tecnologia que aconteceu em maio, em Taiwan
Ann Wang/Reuters
Fama nos games
🎮🎮🎮 Antes de dominar os chips de inteligência artificial, a empresa era completamente dedicada às placas de vídeo, que servem para melhorar a qualidade dos gráficos em jogos e vídeos.
Como escolher uma placa de vídeo para jogar
A Nvidia lançou sua primeira GPU em 1999, com o boom da internet, e desenvolveu produtos para data centers, infraestrutura que permite a uma empresa obter uma potência de processamento de dados reservada até então a pesquisadores ou grandes empresas tecnológicas.
As duas principais concorrentes da Nvidia no mercado de placas gráficas são duas empresas americanas: AMD (Advanced Micro Devices) e Intel.
Por que a Nvidia está crescendo?
Os resultados da Nvidia são explicados principalmente pelos altos investimentos de outras companhias em sistemas de inteligência artificial.
A Nvidia é uma das poucas que vende chips usados no treinamento de modelos de IA. A construção desses sistemas depende de milhares de chips como o H100.
A Huawei e seus pares chineses tentam há anos se igualar à Nvidia na produção de chips de ponta que possam competir com os produtos da empresa norte-americana para modelos de treinamento da IA.
Assim como a AMD, a Nvidia foi proibida de vender seus chips de ponta para a China, ainda no governo de Joe Biden.
Isso faria, teoricamente, com que os rivais asiáticos não pudessem competir com os avanços dos EUA na inteligência artificial.
Mas o lançamento de uma versão do robô conversador (chatbot) Deepseek, em janeiro deste ano, colocou essa ideia em xeque. Em uma semana, a IA chinesa virou o assunto mundial: todos queriam saber como foi possível criar um chatbot que seria semelhante ao ChatGPT, sem os chips da Nvidia e supostamente por um custo muito abaixo.
Jensen Huang fala sobre os chips da Nvidia durante a Computex, feira de tecnologia na China
Ann Wang/Reuters
O que quer dizer Nvidia?
Segundo reportagem da BBC, o nome da empresa mistura:
NV são as iniciais de "nova/próxima visão" ("new vision", em inglês)
VID é uma referência a vídeo — uma relação com as placas gráficas para computadores que foram o negócio que deu fama à empresa
e o nome também remete à palavra "invidia", que é usada em latim para se referir à inveja.
Segundo a agência France PresseHuang é um empresário atípico, de modos diretos e aparência descontraída.
Assim como a vestimenta preta usada por Steve Jobs, cofundador da Apple, as roupas de couro que Huang frequentemente usa durante suas apresentações tornaram-se uma marca registrada.
Huang é partidário da "tolerância ao risco" e propenso a que uma empresa "seja suficientemente flexível para mudar de trajetória rapidamente".
Pouco depois do nascimento da Nvidia, o grupo desistiu de um contrato com os fabricantes de videogames Sega para se reorientar a um novo processador capaz de competir no mercado de computadores pessoais (PCs). Nessa mudança, a empresa quase faliu, segundo a AFP.
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30/10 -
Empregadores têm até sexta para regularizar FGTS de trabalhadores domésticos; veja como fazer
Ministério do Trabalho vai notificar 80 mil empregadores que devem FGTS de domésticos
O prazo para mais de 80 mil empregadores regularizarem o recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) dos trabalhadores domésticos termina na sexta-feira (31).
O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) começou a enviar notificações em 17 de setembro, por meio do Domicílio Eletrônico Trabalhista (DET) — plataforma oficial de comunicação do órgão com empregadores de todo o país, voltada para facilitar o cumprimento de obrigações trabalhistas. Veja como funciona.
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De acordo com relatório divulgado em primeira mão pelo g1, cerca de 80,5 mil empregadores não haviam depositado o FGTS até setembro. No total, são mais de 154 mil trabalhadores domésticos em todo o país, com débitos que somam mais de R$ 375,1 milhões.
Entre os estados, São Paulo concentra os maiores números: 26,5 mil empregadores, 53 mil trabalhadores e quase R$ 136 milhões em débitos. Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia também registram valores expressivos.
Já estados como Roraima, Amapá e Acre apresentam os menores volumes, com valores totais devidos inferiores a R$ 1 milhão, o que reflete as diferenças regionais no mercado de trabalho doméstico formalizado. Veja abaixo:
Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) devido para trabalhadores domésticos por estado
Arte/g1
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Veja os vídeos que estão em alta no g1
O que acontece após o prazo?
A ação, coordenada pela Coordenação Nacional de Fiscalização do Trabalho Doméstico e de Cuidados (Conadom), terá caráter orientativo neste primeiro momento, estimulando a regularização voluntária.
Após o prazo desta sexta-feira (31), empregadores que não regularizarem a situação poderão ter seus processos encaminhados para notificação formal e levantamento oficial dos débitos, para cobrança e multa.
A Inspeção do Trabalho recomenda que empregadores acompanhem regularmente as mensagens no DET, para evitar perda de prazos e possíveis prejuízos legais. (Saiba como atualizar o cadastro no sistema)
Os empregadores que ainda não regularizaram a situação, devem acessar o DET para verificar a existência de mensagens e providenciar o pagamento dos valores devidos ao FGTS.
Para o trabalhador, por sua vez, a orientação é a de acompanhar regularmente o aplicativo FGTS, da Caixa Econômica Federal, para verificar se os depósitos estão sendo feitos corretamente em sua conta vinculada. (Veja passo a passo como fazer a consulta)
Se perceber falta de recolhimento ou valores diferentes do esperado, é importante conversar com o empregador e solicitar a regularização. Esse monitoramento frequente é essencial para garantir que o direito ao FGTS seja cumprido corretamente.
As notificações enviadas em setembro foram elaborados a partir do cruzamento de informações do eSocial com as guias registradas e pagas à Caixa Econômica Federal, que indicam possíveis débitos no recolhimento do FGTS.
Além de incentivar a regularização, a ação busca reforçar a importância do cumprimento das obrigações trabalhistas no setor doméstico, envolvendo empregadores, entidades sindicais e trabalhadores.
Como verificar os débitos
Para verificar se há pendências no recolhimento do FGTS, o empregador deve acessar o eSocial e identificar as guias mensais que não foram pagas.
Todos os encargos trabalhistas – como as contribuições ao INSS, o Imposto de Renda (quando devido), os 8% de FGTS e a parte destinada à multa rescisória – são reunidos em uma única guia mensal.
A consulta das pendências pode ser feita na aba “Folha de pagamento – Consultar Guias Pagas” do portal eSocial. Caso necessário, o passo a passo detalhado para essa verificação está disponível no Manual Pessoa Física – Empregador Doméstico, no site oficial do governo federal.
Mais de 80 mil empregadores devem regularizar FGTS de trabalhadores domésticos
Reprodução/Pixabay
DET é obrigatório para MEIs e empregadores domésticos
Desde agosto de 2024, o Domicílio Eletrônico Trabalhista (DET) passou a ser obrigatório para Microempreendedores Individuais (MEIs) e para empregadores de trabalhadores domésticos.
A plataforma, administrada pela Secretaria de Inspeção do Trabalho, funciona como um canal oficial de comunicação do órgão com os empregadores. Sua finalidade é simplificar o cumprimento das obrigações trabalhistas.
De acordo com o governo, todos os CPFs e CNPJs já têm cadastro automático no DET. No entanto, desde agosto do ano passado, os usuários devem acessar a plataforma para atualizar seus dados de contato. Esse procedimento é gratuito. (Veja como fazer)
As informações fornecidas pelo empregador servem para o envio de comunicados da Inspeção do Trabalho, como atos administrativos, fiscalizações, intimações, notificações, decisões administrativas e avisos em geral.
❌ Não há multa pela não atualização do cadastro, de acordo com o ministério. "Acontece que, caso o empregador receba uma notificação pelo DET e seus dados de contato não estejam atualizados, ele não receberá o alerta da mensagem recebida", explica o órgão.
Nesses casos, se o empregador não acessar o DET e não atender à notificação do auditor, ele poderá ser autuado por não apresentar os documentos exigidos, por perder os prazos de defesa, entre outros motivos.
As mensagens recebidas na caixa postal do DET têm validade legal, e o governo considera que o usuário toma ciência delas automaticamente após 15 dias. Essas notificações não precisam ser publicadas no Diário Oficial da União nem enviadas por correio.
Para MEIs e empregadores com trabalhador doméstico registrado, todas essas regras entraram em vigor no ano passado. Independentemente do prazo, a atualização do cadastro pode ser feita a qualquer momento, informa o Ministério do Trabalho e Emprego.
Para os demais empregadores, a obrigatoriedade do DET já estava em vigor há mais tempo.
Como consultar o saldo do FGTS
CNPJ passará a ter letras e números; veja quem será afetado e o que muda
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30/10 -
Mega-Sena pode pagar R$ 7 milhões nesta quinta-feira
Como funciona a Mega-sena
O concurso 2.934 da Mega-Sena pode pagar um prêmio de R$ 7 milhões para os acertadores das seis dezenas. O sorteio ocorre às 20h desta quinta-feira (30), em São Paulo.
Clique aqui para seguir o canal de Loterias do g1 no WhatsApp
No concurso da última terça (28), ninguém levou o prêmio máximo.
A aposta mínima para a Mega-Sena custa R$ 6 e pode ser realizada também pela internet, até as 19h – saiba como fazer a sua aposta online.
A Mega tem três sorteios semanais: às terças, quintas e sábados.
Mega-Sena
Marcelo Brandt/G1
Para apostar na Mega-Sena
As apostas podem ser realizadas até as 19h (horário de Brasília) em qualquer lotérica do país ou por meio do site e aplicativo Loterias Caixa, disponíveis em smartphones, computadores e outros dispositivos.
É necessário ter 18 anos ou mais para participar. O pagamento, nesse caso, é realizado de forma online, com opção via PIX.
Probabilidades
A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para um jogo simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 6, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa.
Já para uma aposta com 20 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 232.560,00, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 1.292, ainda de acordo com a instituição.
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30/10 -
Comissão do Congresso deve votar nesta quinta relatório de MP com mudanças no setor elétrico; entenda a discussão
Parlamentares devem votar nesta quinta-feira (30) o relatório da medida provisória (MP) que propõe uma ampla reformulação nas regras do setor elétrico. A análise estava prevista para terça (28), mas foi adiada após um pedido de vista coletiva (mais tempo para estudo da proposta).
A MP, relatada pelo senador Eduardo Braga (MDB-AM), perde a validade no dia 7 de novembro. Se aprovada na comissão mista, a medida ainda precisará passar pelos plenários da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.
Braga acolheu 109 das mais de 400 emendas apresentadas por parlamentares e destacou que a intenção do texto é tornar o setor mais eficiente e competitivo, sem aumentar custos para os consumidores.
Entre os principais pontos estão a fixação de um teto para os gastos da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) e a abertura gradual do mercado livre de energia, permitindo que todos os consumidores — inclusive residenciais — possam escolher o fornecedor de eletricidade, algo hoje restrito a grandes empresas.
🔎 A CDE é um fundo setorial que financia políticas públicas no setor elétrico, como a tarifa social para famílias de baixa renda, o programa Luz Para Todos, subsídios a fontes renováveis e compensações a consumidores que geram sua própria energia, como os que usam painéis solares.
Mercado livre de energia elétrica pode chegar a comércio e residências em até 2 anos
Teto para a CDE
O relatório estabelece um limite máximo de arrecadação para as despesas da CDE, exceto as voltadas a políticas públicas. O teto valerá a partir de 2027, com base no orçamento real da CDE de 2025.
O valor estimado para 2024 é de R$ 49,2 bilhões, mas o relator ressalta que o montante não deve ser totalmente utilizado.
Para eventuais insuficiências de recursos, o texto cria o Encargo de Complemento de Recursos (ECR), financiado pelos beneficiários da própria CDE, proporcionalmente ao benefício obtido.
Ficam isentos do ECR:
beneficiários do Luz Para Todos;
consumidores de baixa renda;
beneficiários da Conta de Consumo de Combustíveis (CCC);
custos administrativos da CDE, CCC e RGR;
e perdas de energia em estados cujas capitais não estavam integradas ao Sistema Interligado Nacional (SIN) até 2009.
Abertura do mercado livre de energia
O texto prevê que todos os consumidores poderão escolher o fornecedor de energia elétrica.
O cronograma de implantação será escalonado:
até 24 meses após a sanção da MP, para consumidores industriais e comerciais;
até 36 meses, para os demais consumidores.
Também será criado o Supridor de Última Instância (SUI), responsável por garantir o fornecimento emergencial em caso de falhas ou interrupções no sistema.
Armazenamento de energia
O parecer inclui o armazenamento de energia no planejamento da expansão da rede elétrica e cria regras de remuneração e acesso para incentivar o uso de baterias e tecnologias de flexibilidade.
O texto prevê isenção de PIS/Pasep, Cofins e IPI, além de redução a zero do imposto de importação de equipamentos de baterias (BESS) até 2026. O item também foi incluído no Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento da Infraestrutura (REIDI).
Micro e minigeração
O relatório estabelece nova cobrança no Sistema de Compensação de Energia Elétrica (SCEE), com exceção da microgeração de autoconsumo local, como residências com painéis solares.
A taxa será de R$ 20 para cada 100 kWh compensados, com atualização anual pelo IPCA, e valerá até 31 de dezembro de 2028.
Comercialização de gás pela PPSA
O relatório também autoriza a Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA) a comercializar o gás natural da União, com o objetivo de reduzir tarifas e estimular o desenvolvimento industrial.
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30/10 -
Encontro entre Trump e Xi Jinping, da China, tem redução de tarifas e acordos sobre fentanil e exportação de terras raras
Trump e Xi Jinping se encontram na Coreia do Sul
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que fechou um acordo com Xi Jinping, presidente da China, para reduzir tarifas sobre produtos chineses na quinta-feira (30).
Segundo Trump, as taxas sobre produtos chineses caíram de 57% para 47%. Em troca, Pequim deve:
retomar a compra de soja americana;
manter o fluxo de exportação de terras raras;
e combater o comércio ilícito de fentanil.
Os dois se reuniram em uma base aérea na cidade de Busan, na Coreia do Sul, para discutir uma possível trégua na guerra comercial. A reunião, primeira entre os dois líderes desde o retorno de Trump à presidência em janeiro, durou quase duas horas.
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Já os tributos impostos sobre produtos relacionados ao fentanil passaram de 20% para 10%. Trump também disse que o país asiático vai comprar "quantidades enormes" de soja e outros produtos agrícolas.
🏥 O que é fentanil? É uma droga sintética muito potente, 50 vezes mais viciante do que a heroína. Hoje é o principal medicamento responsável pelas mortes por overdose de opioides nos EUA. Mas também pode ser prescrito por médicos no país, como analgésico.
➡️ A China é a principal fonte dos precursores químicos usados para produzir o fentanil. Em 2019, segundo reportagem da BBC, Pequim classificou o fentanil como um narcótico controlado. Mas o comércio de algumas substâncias envolvidas na produção da droga, muitas delas com finalidades legítimas, continua permitido, e traficantes buscam maneiras de burlar a lei.
Trump afirmou que Xi prometeu uma "ação firme" sobre a exportação das substâncias usadas para produzir fentanil. A China pediu a redução de tarifas sob o argumento de que já havia intensificado a fiscalização no país.
“Eu achei que foi uma reunião incrível”, disse Trump a repórteres a bordo do Air Force One, logo após deixar Busan.
Sobre o fornecimento de terras raras, o republicano afirmou que os dois fecharam um acordo renovável de um ano.
“Todas as questões sobre terras raras foram resolvidas, e isso é para o mundo”, disse Trump.
🪨 O que são terras raras? São um grupo formado por 17 metais, como o praseodímio, o disprósio e o neodímio. Eles são essenciais para a tecnologia moderna, como na fabricação de smartphones e TVs de tela plana. Também têm papel fundamental na estratégia militar, usados em aviões de caça e drones.
O presidente americano falou ainda que os países "trabalharão juntos" para resolver a guerra da Ucrânia.
Já no caminho de volta para os Estados Unidos, Trump afirmou que alguns assuntos não foram abordados. Entre eles, os chips de inteligência artificial Blackwell, da Nvidia. O produto é alvo de tensão entre os países por causa das restrições de exportação impostas pelos EUA.
Como um ex-lavador de pratos criou a Nvidia, 1ª empresa da história a atingir US$ 5 trilhões em valor
Após o encontro, o presidente chinês disse, em pronunciamento, que os dois países "não devem cair no ciclo vicioso da vingança" e que os times econômicos das potências chegaram a soluções consensuais para as divergências entre os dois países.
Por fim, Xi afirmou que eles têm "boas perspectivas de cooperação em inteligência artificial".
No início do encontro, Xi afirmou que, há poucos dias, os negociadores comerciais de ambos os países alcançaram um “consenso fundamental sobre como tratar as principais preocupações mútuas”. Ele acrescentou que está disposto a continuar trabalhando com Trump para fortalecer a base das relações entre China e EUA.
“Vamos ter uma reunião muito bem-sucedida, não tenho dúvida disso. Mas ele é um negociador muito duro”, disse Trump ao apertar a mão de Xi, no começo da reunião.
Durante o encontro, as ações chinesas chegaram a subir para o maior nível em uma década, mas recuaram horas depois.
O índice de referência Shanghai Composite Index subia até 0,2%, para 4.025,70 pontos nas negociações da manhã, atingindo seu nível mais alto desde 2015. Os setores bancário, de seguros e de bebidas alcoólicas lideraram os ganhos, embora o sentimento geral permanecesse cauteloso.
Em Hong Kong, o Hang Seng Index, subiu 0,6% após retomar as negociações, interrompidas por um feriado na quarta-feira (29).
O yuan, moeda chinesa, alcançou seu valor mais alto em quase um ano frente ao dólar, enquanto investidores apostam em uma possível diminuição das tensões comerciais que têm impactado o comércio global. Nos últimos dias, bolsas de valores ao redor do mundo — de Wall Street a Tóquio — registraram recordes.
Pouco antes do encontro, Trump afirmou em uma rede social que os EUA aumentariam imediatamente os testes de armas nucleares, citando o crescimento do arsenal chinês. O republicano se recusou a responder à pergunta de um repórter sobre essa publicação durante a reunião.
Trump ordena que Departamento de Defesa inicie testes com armas nucleares
Disputa comercial
A guerra comercial entre os dois países reacendeu neste mês depois que a China propôs ampliar drasticamente as restrições às exportações de minerais de terras raras, essenciais para tecnologias de ponta — um setor dominado pelo país asiático.
Trump chegou a prometer retaliar com tarifas adicionais de 100% sobre as exportações chinesas, além de outras medidas, incluindo possíveis restrições às exportações para a China de produtos feitos com softwares americanos — ações que poderiam ter abalado a economia global.
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REUTERS/Evelyn Hockstein
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29/10 -
Câmara aprova projeto de corte de gastos que limita auxílio por incapacidade e Seguro Defeso
A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (29) o projeto com medidas de corte de gastos anunciadas pelo governo, como a limitação do Seguro Defeso, do auxílio-doença e compensação aos regimes próprios de previdência. Foram 286 votos a favor e 146 votos contrários.
O o projeto segue para votação pelo Senado.
Congresso pode votar corte de gastos; Haddad comenta
A proposta trouxe de volta temas que estavam em uma medida provisória (MP) que perdeu a validade na Câmara no começo do mês. Por isso, o governo costurou uma estratégia para incluí-los em um projeto que trata sobre regularização patrimonial. (veja mais abaixo)
As alterações tentam compensar um rombo de cerca de R$ 30 bilhões no orçamento do próximo ano, criado pela decisão do Congresso de não analisar a MP.
Entre outros pontos, o texto limita a 30 dias o prazo de validade de auxílio por incapacidade temporária concedido por análise documental (Atestmed). Para benefícios com prazo superior, será necessária perícia presencial ou com o uso de tecnologia de telemedicina. Atualmente, não existe prazo na lei.
Medida semelhante foi feita com as compensações entre Regime Próprio de Previdência, administrado pelo Instituto Nacional de Segurança Social (INSS), e os regimes estatutários de previdência, controlados por Estados e municípios.
O relator, deputado Juscelino Filho (União-MA), incluiu no texto a previsão de que a despesa federal com a compensação financeira entre os regimes será limitada à dotação orçamentária específica na data de publicação do Orçamento de cada ano.
O projeto também limita as compensações tributárias, situações em que as empresas usam créditos fiscais para abater tributos. Pelo texto aprovado, a compensação será considerada indevida quando a empresa usar um crédito que não tem relação com a sua atividade econômica. Só com esta medida o governo espera arrecadar cerca de R$ 10 bilhões no próximo ano.
"A nosso ver, a inclusão de tais medidas colaborará significativamente para o aperfeiçoamento do texto, bem como para o cumprimento das metas de resultado fiscal", afirmou o relator, deputado Juscelino Filho (União-MA).
O deputado federal Juscelino Filho (União Brasil-MA) em imagem de arquivo
Câmara dos Deputados
Seguro Defeso
O Seguro Defeso, benefício previdenciário pago a pescadores artesanais durante o período de proibição da pesca, também é alterado pela proposta. Segundo o texto, o benefício exigirá:
necessidade de registro do beneficiário no CadÚnico;
a previsão de cruzamentos de informações de cadastros oficiais;
a transferência da competência para processamento de requerimentos de concessão do benefício do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) para o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE);
a necessidade de comprovação do exercício da atividade pesqueira e de domicílio na área abrangida ou limítrofe àquela em que foi instituído o período de defeso.
Seguro Defeso, benefício previdenciário pago a pescadores artesanais durante o período de proibição da pesca, também é alterado pela proposta.
Divulgação/Ministério da Pesca e Aquicultura
Pé de Meia
A proposta também inclui o programa Pé de Meia no piso constitucional da educação ao classificar o incentivo como uma bolsa de estudos para estudantes matriculados no ensino médio.
A economia prevista pelo Ministério da Fazenda é de R$ 4,8 bilhões, mas integrantes da base governista afirmam que o valor pode chegar a R$ 10 bilhões.
“Com a inclusão do Pé de Meia no piso da educação, significa R$13 bilhões a menos para educação, assistência, permanência e política de expansão das universidades e institutos federais. Aqui tem um ataque pesado ao ensino superior”, afirmou a deputada Fernanda Melchionna (PSOL-RS).
Regularização de bens
O corte de gastos foi feito dentro de um projeto que também estabeleceu um programa de regularização patrimonial.
O novo regime permite a adesão em duas modalidades:
para a atualização do valor dos bens;
para a regularização dos bens que não tenham sido declarados ou tenham sido declarados com omissões.
O programa permite a regularização de recursos, bens ou direitos de pessoas com domicílio no Brasil em 31 de dezembro de 2024 ou que tenham tido propriedade no país antes deste período.
No caso das pessoas físicas que atualizarem valores de móveis ou imóveis, será cobrado Imposto sobre a Renda de 4% sobre a diferença entre o valor da aquisição e o valor atualizado.
Para as pessoas jurídicas, será permitida a inclusão do bem com valor atualizado de mercado no ativo permanente do seu balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2024, com a diferença sendo tributada com a alíquota definitiva de 4,8% de Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas e de 3,2% da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL).
O programa durará até 90 dias a partir da entrada em vigor da lei. O pagamento do imposto devido poderá ser feito em cotas entre os valores de R$ 1 mil. A primeira cota deverá ser paga até o último dia útil do mês de apresentação da declaração e as demais reajustadas com juros equivalentes à taxa Selic.
"Assim, o texto combina justiça tributária, eficiência arrecadatória e segurança jurídica, oferecendo aos contribuintes instrumentos adequados para atualização patrimonial e regularização fiscal, enquanto proporciona ao erário receitas adicionais mediante adesão voluntária, caracterizando solução equilibrada entre os interesses públicos e privados envolvidos", afirmou o relator.
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29/10 -
Haddad defende cooperação na segurança com o RJ, após STJ manter fechada refinaria suspeita de envolvimento com facção
A Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) vai entrar em contato com a Procuradoria-Geral do Estado do Rio de Janeiro (PGE-RJ) para explicar por que a refinaria Refit, localizada em Manguinhos, deve permanecer interditada — contrariando a posição do governo fluminense.
O anúncio foi feito nesta quarta-feira (29) pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, após o Superior Tribunal de Justiça (STJ) restabelecer o fechamento do complexo.
Haddad critica governador do RJ e defende asfixia financeira contra crime organizado
A decisão do STJ, assinada pelo presidente Herman Benjamin, acolheu pedido da PGFN e anulou uma liminar do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), que havia autorizado, na segunda-feira (27), a retomada das atividades da Refit.
“A doutora Anelize [Linze, procuradora da Fazenda Nacional] vai entrar em contato com o governador Cláudio Castro amanhã para explicar toda a problemática que o Rio está enfrentando”, disse Haddad, acrescentando que a medida se justifica porque, “aparentemente, o governador não tem conhecimento integral da situação”.
O ministro afirmou que a união entre as procuradorias federal e estadual é essencial para combater irregularidades no setor de combustíveis e defendeu que o estado tem a ganhar com a cooperação. Segundo Haddad, essa articulação é necessária para evitar “cenas como as de ontem”, em referência à operação policial que deixou mais de 120 mortos em comunidades da Zona Norte do Rio.
“Ninguém pode imaginar que esse tipo de situação vá atrair turista, investimento, ou que a arrecadação dele [Castro] vai aumentar”, completou o ministro.
Entenda o caso
A Refit foi interditada em setembro em uma operação conjunta da Receita Federal e da Agência Nacional do Petróleo (ANP), sob suspeita de irregularidades fiscais e operacionais. Segundo o diretor-geral da ANP, Artur Watt Net, não havia evidências de que a refinaria realizava, de fato, o processo de refino de combustível, já que importava produtos praticamente prontos, como gasolina e óleo diesel.
Mesmo com um passivo tributário de quase R$ 10 bilhões, o governo do Rio de Janeiro havia atuado para reabrir a refinaria, argumentando que o fechamento colocaria em risco o plano de recuperação judicial da empresa.
A defesa apresentada pelo procurador-geral do estado, Renan Miguel Saad, estimava que a reabertura garantiria R$ 1 bilhão em débitos fiscais e R$ 50 milhões mensais em repasses ao estado.
A decisão do TJ-RJ, agora suspensa, determinava a liberação total das atividades da refinaria e previa uma perícia técnica multidisciplinar, com prazo de cinco dias para avaliar as condições de operação, segurança e cumprimento das exigências fiscais e regulatórias.
Irregularidades apontadas pela ANP
De acordo com relatório da agência, foram encontradas as seguintes falhas na Refit:
Descumprimento nas regras de armazenamento de combustíveis de três distribuidoras;
Suspeita de importação irregular de gasolina não especificada, declarada incorretamente como nafta;
Ausência de evidências de refino de petróleo;
Uso de tanques não autorizados pela ANP e armazenamento de produtos de classe de risco superior;
Falta de comprovação da comercialização e do uso adequado dos combustíveis.
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29/10 -
Congresso tenta derrubar restrições à antecipação do saque-aniversário do FTGS, mas governo resiste
O relator de um projeto de corte de gastos, deputado Juscelino Filho (União-MA), decidiu retirar do texto a derrubada das restrições impostas pelo governo à antecipação do saque-aniversário do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FTGS).
Inicialmente, o projeto previa acabar com as restrições, mas o governo resistia. Ao levar o texto à votação no plenário, Juscelino retirou esse trecho.
Congresso pode votar corte de gastos; Haddad comenta
A divergência entre governo e parte da Câmara sobre esse teme vinha dificultando o avanço do projeto de lei, que traz medidas sugeridas pela gestão Lula para a contenção dos gastos públicos.
O texto da contenção de gastos também estabelecia que eventuais mudanças no saque-aniversário precisam passar antes pelo Congresso.
Originalmente, o projeto relatado por Juscelino tratava apenas de atualização patrimonial de bens e imóveis. O governo, entretanto, pegou "carona" na tramitação da matéria para incluir medidas fiscais que ajudarão o governo a fechar as contas para o Orçamento de 2026.
O trecho envolvendo o saque-aniversário, por outro lado, foi incluído simultaneamente por Juscelino sem aval do governo. A iniciativa conta com a resistência em especial do Ministério da Fazenda.
Principal obstáculo
À GloboNews, o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), admitiu que a questão do saque-aniversário era o principal imbróglio sobre o projeto de lei. Ele chegou a dizer que a votação poderia ser adiada.
Em função do impasse, Guimarães participou de uma reunião no início da tarde desta quarta-feira (29) com o secretrário-executivo da Fazenda, Dario Durigan, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-MA), e o relator, Juscelino Filho.
🔎Por meio do saque-aniversário, criado em 2019 na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro, o trabalhador pode sacar parte do saldo de sua conta do FGTS, anualmente, no mês de seu aniversário. A adesão ao saque-aniversário é opcional.
No começo de outubro, o Conselho Curador do FGTS anunciou as mudanças na antecipação do saque-aniversário.
Com a nova regra, fica restringida a linha de crédito que antecipa parcelas dessa modalidade de saque do FGTS. Essa antecipação vem sendo feita atualmente por bancos, com cobrança de juros.
G1 em 1 Minuto: Entenda o que mudou no saque-aniversário do FGTS
Em média, quem adere ao saque-aniversário vem sacando até oito anos de FGTS por contrato de antecipação.
Agora, haverá um limite de R$ 500 por parcela antecipada e o trabalhador poderá antecipar até 5 parcelas nos primeiros 12 meses (período de transição), totalizando no máximo R$ 2,5 mil. Antes, não havia teto de valor nem de quantidade de parcelas.
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29/10 -
Globoplay completa 10 anos com Oscar inédito, crescimento em assinantes e novas produções originais
O Globoplay, plataforma de streaming do Grupo Globo, completará 10 anos em novembro e apresentou, na quarta-feira (29), um balanço da primeira década de operação no Brasil, além dos planos e perspectivas para os próximos anos.
Segundo executivos, a marca — que já acumula 30 milhões de usuários ativos por mês (saiba mais abaixo) — continua a acompanhar as mudanças no comportamento do público e deve focar em ampliar o alcance do streaming, diversificar o público e investir em produções regionais nos próximos anos.
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“A gente costuma dizer que o Globoplay é o nosso caçula dentro do Grupo Globo. Completamos 10 anos no ano em que a plataforma conquistou o primeiro Oscar do Brasil, com um original co-produzido pelo Globoplay", disse Manuel Belmar, diretor de Produtos Digitais e Financeiros da Globo.
"É um marco muito especial, em um momento em que grande parte das nossas métricas de sucesso continua avançando", completou.
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Segundo Julia Rueff, diretora-executiva do Globoplay, a plataforma chega ao décimo ano de operação consolidada como um dos principais serviços de streaming do país. A marca já acumula 30 milhões de usuários ativos por mês e testá entre os líderes em engajamento, segundo dados da Kantar Media.
“Temos uma proposta de valor única: o melhor do 'ao vivo' com o melhor do 'on demand' [sob demanda, na tradução para o português]”, afirmou, referindo-se a conteúdos que o usuário pode assistir quando quiser, em vez de depender de uma grade fixa de programação, como acontece na TV tradicional.
A executiva destacou que o serviço cresceu 42% em base de assinantes em 2024 e mantém um ritmo de expansão de 30% neste ano, com mais de 4 bilhões de horas de conteúdo consumidas.
A força da transmissão ao vivo também segue como um diferencial da plataforma: 67% das horas assistidas são de conteúdos ao vivo, incluindo esportes, música e entretenimento.
Manuel Belmar reforçou o papel do Globoplay no desenvolvimento do audiovisual nacional. “Desde o início, o Globoplay nasceu com esse DNA de conexão entre marcas e conteúdos. Quando o mercado entendeu o potencial de combinar o gratuito com o modelo por assinatura, nós já estávamos lá”, disse.
O executivo também ressaltou a importância de acompanhar as mudanças no comportamento do público, ao passo em que mira a competição no mercado global de streaming.
“O desafio é entender para onde o público está indo, oferecendo soluções e inovando permanentemente”, afirmou. “No Brasil, o Globoplay tem uma posição quase incomparável, somos um gigante pronto para competir. Sempre competimos desde sempre com os grandes players de escala.”
Estratégia de conteúdo
Globoplay logo
TV Globo
Responsável pela curadoria de conteúdo da plataforma, Tatiana Costa afirmou que o foco é ampliar o alcance do streaming, diversificar o público e investir em produções regionais.
“Queremos falar com o público jovem, expandir para além do eixo Rio-São Paulo e atrair mais homens para a plataforma. Hoje, 65% do nosso público é composto por mulheres acima de 35 anos”, explicou.
Para 2026, o Globoplay planeja um crescimento de 68% nas produções originais, incluindo séries, novelas e documentários. Entre os destaques anunciados estão:
“Paranoia”, nova série em desenvolvimento com o criador de Euphoria, Ron Leshem, voltada ao público jovem;
Adaptação de “Uma Mulher no Escuro”, segundo livro de Raphael Montes, após o sucesso de "Dias Perfeitos";
O lançamento do centésimo documentário original da plataforma, consolidando o Globoplay como “a casa dos documentários”.
Os Estúdios Globo também criaram uma nova frente de produção multiplataforma de dramaturgia curta. O primeiro título é "Vida Paralelas", de Walcyr Carrasco, e que terá 40 capítulos. A obra está em fase de roteiro e ainda não tem data prevista de publicação no Globoplay.
"Dias Perfeitos", série Original Globoplay
Divulgação
O Globoplay também celebra seus 10 anos destacando o impacto do filme "Ainda Estou Aqui", que marcou um feito histórico ao conquistar o primeiro Oscar do Brasil para uma produção original da plataforma.
Dirigido por Walter Salles, o longa-metragem disputava o troféu com "A garota da agulha" (Dinamarca), "Emilia Pérez" (França), "A semente do fruto sagrado" (Alemanha) e "Flow" (Letônia).
“Foi um ano espetacular para o Globoplay, o ano de 2025. 'Ainda Estou Aqui’ levou milhões de pessoas aos cinemas — a maior bilheteria do cinema nacional — e também é o filme mais consumido no Globoplay. A gente tem um orgulho muito grande de colocar a nossa assinatura nele.”
Antes de chegar ao Globoplay, em abril, o filme permaneceu 21 semanas em cartaz e foi visto por mais de 5,8 milhões de pessoas nos cinemas em 42 países.
Fernanda Torres em 'Ainda estou aqui' (2024)
Divulgação
Crescimento em publicidade
Julia Rueff também comemorou o desempenho comercial da plataforma, que teve alta de 86% em receita publicitária em 2024.
“Se somos relevantes para o consumidor, também somos relevantes para a publicidade. Temos uma combinação de receptividade, impulsionamento e lembrança de marca, com crescimento de dois dígitos ano após ano”, afirmou.
Segundo os executivos da plataforma, o Globoplay caminha para atingir equilíbrio financeiro. “Em abril, devemos fechar pela primeira vez no azul, com projeção positiva para o ano que vem”, disse. O Globoplay ocupa hoje o segundo lugar de audiência no Brasil, segundo a Kantar Media.
Para 2026, a plataforma promete seguir apostando em formatos inovadores, como os microdramas, e em parcerias com produtoras nacionais e internacionais, reforçando o papel estratégico da integração entre as diferentes janelas da Globo.
“Temos a força da TV aberta, da TV por assinatura e do streaming. Essa combinação é muito poderosa”, afirmou Manuel Belmar.
Manuel Belmar, Julia Rueff e Tatiana Costa participam de evento sobre os 10 anos do Globoplay, em SP
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29/10 -
Fed corta juros dos EUA pela 2ª reunião seguida, para a faixa de 3,75% a 4% ao ano
Foto de arquivo: O presidente dos EUA, Donald Trump, observa Jerome Powell, seu indicado para presidir o Federal Reserve (Fed), durante discurso na Casa Branca, em Washington, EUA, em 2 de novembro de 2017.
REUTERS/Carlos Barria/Foto de arquivo
O Federal Reserve (Fed), banco central dos Estados Unidos, reduziu as taxas de juros do país em 0,25 ponto percentual, para a faixa de 3,75% a 4% ao ano — menor nível desde novembro de 2022. A decisão, anunciada nesta quarta-feira (29), veio em linha com as expectativas do mercado financeiro.
Esse foi o segundo corte consecutivo nos juros do país — e o segundo em 2025. Na reunião anterior, realizada em 17 de setembro, o Fed encerrou um período de nove meses sem reduções, ao ajustar a taxa para a banda de 4% a 4,25% ao ano.
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A decisão desta quarta foi motivada pela preocupação do BC dos EUA com o enfraquecimento do mercado de trabalho, apesar da escassez de dados atualizados sobre a taxa de ocupação — consequência do shutdown, que já dura 29 dias.
🔎 O shutdown é a paralisação parcial do governo dos EUA quando o Congresso não aprova o orçamento. Durante o período, órgãos públicos suspendem serviços não essenciais — incluindo a divulgação de dados econômicos.
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O Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) afirmou, em comunicado, que os ganhos de emprego desaceleraram neste ano, enquanto a taxa de desemprego aumentou ligeiramente. "Indicadores mais recentes são compatíveis com esses movimentos", diz o texto.
O presidente do Fed, Jerome Powell, afirmou que “as condições do mercado de trabalho parecem estar se desacelerando gradualmente”. Ele também disse que o corte de juros em dezembro está "longe" de ser uma certeza. (leia mais abaixo)
Enquanto isso, a divulgação excepcional dos dados de inflação — realizada apesar do shutdown — mostrou números abaixo do esperado. Esse resultado levou o Fed a priorizar a preocupação com o mercado de trabalho em vez de focar no avanço dos preços.
Isso acontece porque o banco central dos EUA tem um mandato duplo: precisa estimular o emprego e controlar a inflação.
🤔 De um lado, cortes nos juros costumam tornar o ambiente mais favorável ao mercado de trabalho. Do outro, também podem pressionar a inflação ao tornar o crédito mais acessível.
"O Comitê busca alcançar o máximo emprego e uma inflação de 2% no longo prazo. A incerteza em relação às perspectivas econômicas permanece elevada. O Comitê está atento aos riscos que afetam os dois lados de seu duplo mandato e avalia que os riscos de enfraquecimento do emprego aumentaram nos últimos meses", declarou o Fomc.
➡️ A política de juros nos EUA gera reflexos no Brasil. Quando as taxas americanas caem, tende a diminuir a pressão para que a taxa básica de juros brasileira (Selic) permaneça elevada. Além disso, há possíveis efeitos sobre o câmbio, com valorização do real frente ao dólar. (leia mais abaixo)
A decisão desta quarta-feira foi a sétima desde que Donald Trump assumiu como 47º presidente dos EUA, em 20 de janeiro — e a segunda com redução dos juros. Desde a posse, o cenário econômico se tornou mais adverso diante da guerra tarifária promovida pelo republicano.
Economistas, agentes do mercado e o próprio Fed têm destacado os impactos nos EUA das sobretaxas aplicadas por Trump. Um dos principais receios é o aumento da inflação ao consumidor americano, uma preocupação que levou o BC do país a postergar a decisão de reduzir os juros.
Nos últimos meses, no entanto, dados de um mercado de trabalho mais fraco indicaram uma desaceleração da economia americana, permitindo o corte pelo Fed. Ao mesmo tempo, a inflação permaneceu sob controle, embora continue acima da meta de 2% da instituição.
"A inflação subiu em relação ao início do ano e continua um pouco elevada", declarou o Fomc em comunicado.
O colegiado também afirmou que "continuará monitorando as implicações das novas informações para as perspectivas econômicas" e que está "preparado para ajustar a política monetária, se necessário, caso surjam riscos que possam comprometer o alcance de seus objetivos".
Apenas dois integrantes do Fomc votaram contra a decisão desta quarta: Stephen Miran, indicado ao Fed pelo presidente Donald Trump, que defendeu reduzir os juros em 0,50 ponto, e Jeffrey Schmid, que preferia manter a taxa inalterada.
O que disse Jerome Powell
O presidente do Fed, Jerome Powell, afirmou que “as condições do mercado de trabalho parecem estar se desacelerando gradualmente”. Em entrevista a jornalistas, ele também comentou as expectativas para a próxima decisão sobre os juros.
“Nas discussões do comitê nesta reunião, houve opiniões fortemente divergentes sobre como proceder em dezembro”, afirmou.
“Uma nova redução da taxa básica na reunião de dezembro não é uma conclusão inevitável. Longe disso: a política monetária não está em um curso pré-determinado", acrescentou.
Os mercados acionários recuaram nos EUA após os comentários de Powell sobre as perspectivas para a política monetária, enquanto investidores diminuíram as apostas em novos cortes de juros.
Em comunicado, o Fomc também anunciou que vai encerrar, em dezembro, o programa de aperto quantitativo (QT) — processo em que o banco central reduzia gradualmente o volume de títulos que possui, retirando dinheiro do sistema financeiro.
🔎 Com isso, o Fed passará a reinvestir os recursos de títulos que vencem, mantendo a liquidez no mercado. Isso significa que mais dinheiro ficará disponível para empréstimos, aliviando o custo do crédito e oferecendo apoio à economia e ao mercado de trabalho, que têm mostrado sinais de desaceleração.
Sobre o assunto, Powell afirmou que houve “um aperto mais significativo” nas condições de crédito de curto prazo nas últimas semanas.
Jerome Powell, presidente do Federal Reserve.
Reuters
Ataques ao Fed
Donald Trump intensificou sua ofensiva contra o Federal Reserve desde que assumiu a Presidência. Na terça-feira (28), ele voltou a criticar o presidente da instituição, Jerome Powell, ao chamá-lo de “incompetente” durante um jantar com empresários em Tóquio.
"Temos um chefe incompetente do Fed. Temos um cara ruim, mas ele sairá de lá em alguns meses e teremos alguém novo", afirmou.
Trump acrescentou que gostaria de ver Scott Bessent no comando do banco central dos EUA, mas disse que seu secretário do Tesouro recusou a ideia. “Estou pensando nele para o Fed, mas ele não aceitará o cargo. Ele gosta de ser secretário do Tesouro.”
Após meses criticando Powell — a quem já chamou de "burro" e "teimoso" — o republicano também passou a mirar na indicação de nomes alinhados à sua agenda econômica.
A Suprema Corte dos EUA vai analisar em janeiro a tentativa de Donald Trump de demitir Lisa Cook da diretoria do Fed. Enquanto isso, ela permanece no cargo. O republicano também já nomeou Stephen Miran para substituir Adriana Kugler, diretora que antecipou sua renúncia em agosto.
Caso a Justiça confirme a demissão de Lisa Cook, Trump terá garantido ao menos duas indicações para a diretoria do Federal Reserve.
Em meio às movimentações no Fed, caso Trump alcançasse a maioria de aliados no conselho da instituição — que tem sete membros —, ele teria maior influência sobre a aprovação das nomeações nos 12 bancos regionais. Assim, ampliaria sua interferência sobre a política monetária.
Efeito dos juros no Brasil — e nos mercados
Juros mais baixos nos EUA reduzem o rendimento das Treasuries, os títulos públicos norte-americanos.
Como são considerados os produtos de investimento mais seguros do mundo, Treasuries com rentabilidades mais altas atraem investidores estrangeiros, que direcionam seus recursos para os EUA, fortalecendo o dólar.
Dessa forma, quando os juros caem por lá, investidores podem buscar oportunidades em outros países, como o Brasil, aumentando o fluxo de capital e valorizando o real em relação à moeda norte-americana.
Além disso, um dólar mais fraco reduz a pressão sobre a inflação por aqui, com reflexos no ciclo de juros do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central do Brasil.
Prédio do Federal Reserve dos EUA em Washington, EUA (maio/2020)
Kevin Lamarque / Reuters
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29/10 -
Santander Brasil tem lucro líquido de R$ 4 bilhões no 3º trimestre, acima das expectativas
O Santander Brasil teve um lucro de R$ 4,01 bilhões no terceiro trimestre deste ano, o que representa um aumento de 9,4% em relação ao mesmo período de 2024. O resultado foi divulgado nesta quarta-feira (29) e ficou acima das previsões de analistas, que esperavam cerca de R$ 3,7 bilhões.
Segundo o banco, o bom desempenho veio principalmente de uma melhora na rentabilidade — ou seja, o quanto ele consegue lucrar com o dinheiro que administra — e de um aumento nos ganhos com clientes, apesar de ter sido necessário reservar mais recursos para cobrir possíveis calotes.
Essas reservas para perdas com empréstimos, conhecidas como “provisões”, cresceram 10,5% em um ano e somaram R$ 7,51 bilhões.
🔎 Esse valor é separado para o caso de pessoas ou empresas não conseguirem pagar o que devem. A recuperação de dívidas atrasadas também aumentou, chegando a R$ 986 milhões.
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Mesmo assim, na comparação com o segundo trimestre, o banco conseguiu reduzir ligeiramente essas provisões e melhorar a recuperação de crédito, o que indica um sinal de melhora recente na inadimplência.
O Santander explicou que o aumento das dívidas em atraso ao longo do ano foi influenciado por fatores da economia, como os juros ainda altos, que dificultam o pagamento de empréstimos, e o crescimento dos pedidos de recuperação judicial.
A margem financeira — basicamente, o quanto o banco ganha com empréstimos e investimentos — ficou quase estável, em R$ 15,2 bilhões.
O resultado com clientes cresceu 11%, mas o desempenho nas operações de mercado (como aplicações financeiras e câmbio) registrou perda de R$ 1,3 bilhão, contra um ganho de R$ 325 milhões um ano antes.
Mesmo com isso, o retorno sobre o patrimônio (indicador que mede o lucro em relação ao valor que os acionistas têm no banco) subiu para 17,5%, ante 16,4% no trimestre anterior.
Empréstimos e financiamentos
A carteira total de crédito do Santander — o volume total de empréstimos e financiamentos — chegou a R$ 688,8 bilhões, um aumento de 3,8% em um ano.
Já o índice de inadimplência (atrasos acima de 90 dias) subiu para 3,4%, contra 3,1% em junho, refletindo principalmente atrasos entre pessoas de menor renda e pequenas empresas.
O indicador que mede o surgimento de novos calotes (chamado “NPL formation”) ficou em R$ 6,6 bilhões, com alta de 12,5% em relação a 2024. O banco afirmou que parte desse aumento veio de empréstimos que já estavam atrasados no primeiro semestre e acabaram sendo contabilizados agora.
No crédito rural, o banco reduziu o volume de empréstimos tanto para pessoas físicas (queda de 16,5%) quanto para empresas do setor (queda de 7,8%).
No fim de setembro, o Santander Brasil tinha um índice de capitalização de 15,2%, um nível considerado confortável. O banco também reduziu o número de agências e funcionários: agora são 961 lojas e 51,7 mil empregados, contra mais de 1,2 mil agências e 55 mil funcionários um ano atrás.
Fachada de agência do Santander
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29/10 -
Ibovespa supera os 148 mil pontos e renova recorde com corte de juros nos EUA; dólar fecha a R$ 5,35
Trump critica o presidente do Fed e espera substituí-lo em alguns meses
O Ibovespa encerrou esta quarta-feira (29) em alta de 0,82%, aos 148.633 pontos, atingindo uma nova máxima histórica. Este foi o 18º recorde do índice em 2025, segundo dados da B3.
Ao longo da sessão, o principal índice da bolsa também superou os 149 mil pontos pela primeira vez. Depois, perdeu força. Já o dólar fechou em leve queda de 0,03%, negociado a R$ 5,3580.
O mercado reagiu à decisão do Federal Reserve (Fed), o banco central dos EUA, de cortar os juros do país. Além disso, o cenário geopolítico continuou em evidência, com avanços nas negociações comerciais entre EUA e China e movimentações diplomáticas de Donald Trump na Ásia.
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▶️ O Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) reduziu as taxas de juros dos EUA em 0,25 ponto percentual (p.p.), para a faixa de 3,75% a 4% ao ano — menor nível desde novembro de 2022. Juros mais baixos no país beneficiam mercados emergentes, com o brasileiro.
▶️ Esse foi o segundo corte consecutivo nas taxas do país, e veio em linha com as expectativas do mercado financeiro. O ânimo dos investidores só não foi maior porque o presidente do Fed, Jerome Powell, afirmou em entrevista a jornalistas que não há consenso para a próxima decisão do colegiado.
▶️ Ontem, o Senado dos EUA aprovou um projeto de lei que revoga as tarifas impostas ao Brasil pelo governo Trump. Apesar disso, a medida deve enfrentar resistência na Câmara, onde os parlamentares aprovaram uma norma que restringe tentativas de derrubar as tarifas do republicano.
▶️ Na Ásia, Donald Trump segue em encontros com líderes internacionais e aumenta a expectativa para a reunião com o presidente chinês, Xi Jinping. A China confirmou que os dois chefes de Estado devem se encontrar na quinta-feira, na Coreia do Sul.
▶️ Já a Nvidia fez história nesta quarta-feira ao se tornar a primeira empresa a atingir US$ 5 trilhões em valor de mercado, após uma ascensão meteórica que consolidou sua posição na corrida global da inteligência artificial.
Veja a seguir como esses fatores influenciam o mercado.
Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair
💲Dólar
a
Acumulado da semana: -0,63%;
Acumulado do mês: +0,67%;
Acumulado do ano: -13,30%.
📈Ibovespa
Acumulado da semana: +1,68%;
Acumulado do mês: +1,64%;
Acumulado do ano: +23,57%.
Fed corta juros dos EUA
O Federal Reserve (Fed), banco central dos Estados Unidos, reduziu as taxas de juros do país em 0,25 ponto percentual (p.p.), para a faixa de 3,75% a 4% ao ano — menor nível desde novembro de 2022. A decisão, anunciada nesta quarta-feira, veio em linha com as expectativas do mercado.
Esse foi o segundo corte consecutivo nos juros do país. Na reunião anterior, realizada em 17 de setembro, o Fed encerrou um período de nove meses sem reduções, ao ajustar a taxa para a banda de 4% a 4,25% ao ano.
A decisão desta quarta foi motivada pela preocupação do BC dos EUA com o enfraquecimento do mercado de trabalho, apesar da escassez de dados atualizados sobre a taxa de ocupação — consequência do shutdown, que já dura 29 dias.
Enquanto isso, a divulgação excepcional dos dados de inflação — realizada apesar do shutdown — mostrou números abaixo do esperado. Esse resultado levou o Fed a priorizar a preocupação com o mercado de trabalho em vez de focar no avanço dos preços.
O presidente do Fed, Jerome Powell, afirmou que “as condições do mercado de trabalho parecem estar se desacelerando gradualmente”. Em entrevista a jornalistas, ele também comentou as expectativas para a próxima decisão sobre os juros.
“Nas discussões do comitê nesta reunião, houve opiniões fortemente divergentes sobre como proceder em dezembro”, afirmou.
“Uma nova redução da taxa básica na reunião de dezembro não é uma conclusão inevitável. Longe disso: a política monetária não está em um curso pré-determinado", acrescentou.
Senado americano dá aval a projeto contra tarifas
O Senado dos EUA aprovou na noite da terça-feira (28) um projeto de lei que prevê a anulação das tarifas impostas pelo presidente Donald Trump ao Brasil, incluindo produtos como petróleo, café e suco de laranja.
💰 Apesar do aval do Senado, a proposta — apresentada pelo senador democrata Tim Kaine, da Virgínia — tem poucas chances de avançar.
O texto ainda precisa ser aprovado pela Câmara, controlada pelos republicanos. Recentemente, a Casa implementou novas regras que permitem à liderança barrar o avanço de projetos relacionados a tarifas. Além disso, Trump poderia vetar a proposta.
Para o senador Kaine, as votações são uma maneira de forçar o Senado a debater “a destruição econômica causada pelas tarifas”. Na prática, portanto, a medida tem principalmente caráter simbólico e busca expor a insatisfação com a política tarifária do governo Trump.
Além disso, o projeto é visto como um teste da adesão dos senadores republicanos à política comercial de Trump. O texto propõe revogar o estado de emergência nacional, mecanismo usado pelo presidente para impor tarifas de importação de até 50% sobre produtos brasileiros desde agosto.
Nesse sentido, a votação no Senado, que terminou com placar de 52 a 48 pela aprovação, evidenciou uma resistência dentro do Partido Republicano às tarifas impostas por Trump.
Cinco senadores republicanos votaram a favor da resolução, ao lado de todos os democratas. Foram eles:
Susan Collins (Maine)
Mitch McConnell (Kentucky)
Lisa Murkowski (Alasca),
Rand Paul (Kentucky)
Thom Tillis (Carolina do Norte).
Bolsas globais
Os mercados internacionais encerraram o dia de olho na decisão do Federal Reserve sobre a taxa de juros.
Em Wall Street, os índices fecharam sem direção definida após o comunicado do Fed. As ações recuaram pouco depois que Jerome Powell afirmou que o corte de juros em dezembro “está longe" de ser uma certeza.
O S&P 500 encerrou estável, aos 6.890,73 pontos. Já o Dow Jones recuou 0,15%, aos 47.632,65 pontos, enquanto o Nasdaq Composite avançou 0,55%, aos 23.958,47 pontos. Na véspera, os três principais indicadores haviam fechado em recorde histórico pelo terceiro pregão consecutivo.
As bolsas europeias encerraram em sua maioria com queda, enquanto os investidores seguiam cautelosos antes da decisão de juros norte-americanos. Além disso, a temporada de balanços na região também foi movimentada, com os resultados de empresas como: Airbus, UBS, Banco Santander, Equinor, Deutsche Bank, BASF, Adidas, GSK e Endesa.
O índice pan-europeu Stoxx 600 encerrou em queda de 0,10%, aos 575,19 pontos, o DAX, de Frankfurt, perdeu 0,64%, aos 24.124,21 pontos, e o CAC 40, de Paris, cedeu 0,19%, aos 8.200,88 pontos. Na contramão de seus pares, o FTSE 100, de Londres, destoou dos demais e subiu 0,61%, aos 9.756,14 pontos.
Na Ásia, os mercados encerraram o dia em alta, impulsionados por balanços corporativos positivos e pelo otimismo com as negociações entre os EUA e a China. As ações chinesas atingiram o maior nível em dez anos, com destaque para os setores de energia e metais.
Na China, o índice de Xangai subiu 0,7%, alcançando o nível mais alto desde 2015, enquanto o CSI300 avançou 1,19%, o maior patamar desde 2022.
Em Tóquio, o Nikkei ganhou 2,17%; em Seul, o Kospi subiu 1,76%; e em Taiwan, o Taiex avançou 1,24%. Já em Cingapura, o Straits Times teve leve queda de 0,24%.
O mercado de Hong Kong permaneceu fechado por feriado local.
*Com informações da agência de notícias Reuters.
Funcionário de banco em Jacarta, na Indonésia, conta notas de dólar, em 10 de abril de 2025.
Tatan Syuflana/ AP
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